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Somos todos Jacó

Diego Venancio
23/10/2025
Somos todos Jacó, enganadores por natureza, mas chamados pela graça de Deus para sermos transformados em Cristo. Descubra como a verdade bíblica revela nossa condição e o caminho para a redenção!


“Somos todos” pra lá, “somos todos” pra cá — a mídia sempre inventa slogans para criar, de forma artificial, uma unidade que na realidade é impossível que exista em nossa sociedade.

Somos todos enganadores

A minha tese aqui é dizer que somos todos Jacó. Isso mesmo. Somos todos mentirosos, enganadores e suplantadores. Não há um justo sequer, ninguém que busque o que é bom. Essa é a realidade que a Bíblia revela sobre a natureza humana.

Na cultura moderna, porém, o homem gosta de pensar que é bom, simplesmente porque não mata, não rouba, não inveja — pelo menos não de forma explícita. O problema é que o padrão de bondade não é medido pelo nosso critério humano, mas pela santidade absoluta de Deus.

E a questão fundamental é esta: Deus decidiu fazer de Jacó alguém justo. Deus escolheu o enganador para torná-lo verdadeiro. Isso mostra que não se trata de mérito, mas da graça soberana do Senhor.

Todos nós, diante da perfeição divina, estamos manchados pelos efeitos do pecado: injustos, impuros, imperfeitos, mentirosos e enganadores. Mas Deus, em Cristo, nos chama, nos purifica e nos justifica para sermos santos. Não há outro caminho.

O positivismo moderno, com sua ilusão de que “o homem é bom por natureza”, mata tanto quanto a maldade mais violenta, porque nos cega para a nossa real condição diante de Deus.

O que justifica o homem não são suas boas intenções, mas a obra completa de Jesus Cristo, o Filho de Deus.

Somos todos Jacó — essa é a máxima. Mas, pela graça, depois de transformados, regenerados e salvos, podemos afirmar: “Estamos todos em Cristo”, o único justo que justifica a todos os seus eleitos.

A ilusão do “somos todos”

Está há muito tempo na moda usar a expressão “Somos todos”. Ela é usada em campanhas de marketing ou discursos sociais. É “Somos todos pedestres” na campanha de trânsito, “Somos todos macacos” contra o racismo, ou até “Somos todos campeões” em campanhas esportivas.

Mas a verdade é que precisamos repetir que “somos todos” alguma coisa porque, na essência, não somos nada. Essa guerra de narrativas serve apenas para criar a ilusão de unidade ou virtude, mas não toca a raiz do problema humano. Ao final, tudo não passa de marketing, enquanto a sociedade permanece corrompida como sempre foi.

Esse tipo de discurso tenta maquiar a realidade. Os criadores dessas frases querem engajar pessoas em torno de um tema, mas raramente tratam do âmago da questão: a natureza humana corrompida pelo pecado.

Por isso, quero neste texto, trazer uma verdade que não é fruto de slogans, mas da revelação de Deus. Para compreendê-la, precisamos revisitar a história de Jacó.

Jacó: o enganador escolhido

Jacó, filho de Isaque e Rebeca, irmão gêmeo de Esaú, nasceu agarrado ao calcanhar do irmão mais velho, já sinalizando luta e enfrentamento. Seu nome, em hebraico, significa “aquele que segura pelo calcanhar” e, por extensão, remete à ideia de suplantador, enganador, aquele que faz de tudo para estar à frente.

E podemos observar que Jacó viveu de acordo com esse nome. Astuto, frio e calculista, ele foi o protagonista de episódios que revelam sua natureza enganadora.

Quando Esaú chegou exausto e faminto da caça, Jacó aproveitou a oportunidade e negociou a primogenitura em troca de um prato de lentilhas. Mais tarde, com a ajuda de sua mãe Rebeca, enganou o pai cego, Isaque, passando-se pelo irmão para receber a bênção que caberia ao primogênito. Cobriu os braços com pelos para imitar Esaú e apresentou a refeição preparada pela mãe.

O plano funcionou. O enganador conseguiu a bênção, ainda que Isaque tivesse desconfiado. Assim, Jacó tomou para si o lugar aquilo que, pela tradição, pertencia ao irmão.

A luta de Jacó e sua transformação

Mas foi no encontro e na luta com o próprio Deus que a grande transformação aconteceu. Jacó lutou a noite inteira com o anjo, e o relato bíblico descreve de forma impressionante o que se passou:

“Vendo este que não podia com ele, tocou-lhe na articulação da coxa; deslocou-se a junta da coxa de Jacó, na luta com o homem.

Disse este: Deixa-me ir, pois já rompeu o dia. Respondeu Jacó: Não te deixarei ir se me não abençoares.

Perguntou-lhe, pois: Como te chamas? Ele respondeu: Jacó.

Então disse: Já não te chamarás Jacó, e sim Israel; pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens e prevaleceste.

Tornou Jacó: Dize, rogo-te, como te chamas? Respondeu ele: Por que perguntas pelo meu nome? E o abençoou ali.

Àquele lugar chamou Jacó Peniel, pois disse: Vi a Deus face a face, e a minha vida foi salva.” (Gênesis 32:25-30)

O próprio texto reconhece que Jacó lutava com Deus. E, à luz da revelação bíblica, entendemos que essa manifestação divina em forma humana se refere à segunda pessoa da Trindade — o Filho eterno, que mais tarde se encarnaria como Jesus Cristo.

Jacó, portanto, lutou com Cristo pré-encarnado. E o detalhe mais surpreendente é este: “Vendo este que não podia com ele…”.

Isso é pura graça! É evidente que o Criador dos céus e da terra poderia ter destruído Jacó num instante. Mas não o fez, porque o Seu propósito não era esmagar, e sim transformar. Deus estava moldando o enganador em um novo homem — alguém separado, chamado para viver em santidade e cumprir a sua vontade.

Ao final da luta, Jacó não sai ileso: ele é ferido e passa a mancar. O toque de Deus marca a sua vida para sempre. E junto com a ferida vem a bênção: seu nome é mudado para Israel, que pode significar “aquele que luta com Deus” ou “príncipe de Deus”.

Que grande transformação! O suplantador tornou-se príncipe. O enganador tornou-se herdeiro da promessa. O fraco foi fortalecido na graça.

O propósito soberano de Deus

À primeira vista, tudo parece apenas a vitória da esperteza. Mas a Escritura nos mostra que havia algo muito maior em jogo: o propósito soberano de Deus.

Antes mesmo de nascerem, quando ainda não haviam praticado bem ou mal, já estava determinado: “O mais velho será servo do mais moço”. Paulo nos explica isso na sua carta aos romanos:

“E ainda não eram os gêmeos nascidos, nem tinham praticado o bem ou o mal (para que o propósito de Deus, quanto à eleição, prevalecesse, não por obras, mas por aquele que chama),

já fora dito a ela: O mais velho será servo do mais moço.

Como está escrito: Amei Jacó, porém me aborreci de Esaú.” (Romanos 9:11-13)

A história de Jacó é, portanto, a história de todos nós. Não porque sejamos heróis, mas porque, como ele, somos enganadores e suplantadores por natureza. Mas, também como ele, podemos ser transformados somente pela eleição e pela graça de Deus aplicada pela obra do Senhor Jesus Cristo.

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