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O primeiro Papa da Igreja teria sido Pedro?

Marcos David Muhlpointner
17/07/2025
Será que Pedro foi realmente o primeiro Papa? A pesquisa bíblica nos leva a questionar essa narrativa tradicional. Venha investigar conosco as escrituras e descobrir as nuances interpretativas dessa fascinante discussão!


Falar qualquer coisa sobre a figura do Papa não é algo muito confortável. Isso porque o assunto, certamente, vai suscitar discussões acaloradas. Mas, nós não podemos fugir do tema, por mais difícil que ele possa ser.

A figura de Pedro e o debate sobre ele ser o Papa

Eu concordo que, no colégio apostólico, Jesus tratou os diversos apóstolos de forma diferente. Por exemplo, nós não vemos o registro de nenhuma manifestação de Simão, o zelote. Também não há qualquer registro de um diálogo entre ele e os demais apóstolos. Não há uma única menção do que ele falou nos Evangelhos e nem nas epístolas do Novo Testamento.

Por outro lado, alguns apóstolos se destacaram por causa das cartas que escreveram, as quais foram reconhecidas como canônicas pelas comunidades cristãs da época. Outros são lembrados por episódios específicos vividos com Jesus, como Mateus e Tomé, por exemplo. Mas, será que Pedro teve primazia entre os demais apóstolos a ponto de ser considerado o primeiro papa?

O argumento católico sobre o primeiro Papa

O trecho bíblico mais evocado para sustentar essa ideia é a afirmação de Cristo na famosa passagem de Mateus:

“E eu lhe digo que você é Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do Hades não poderão vencê-la.” (Mateus 16.18)

Mas, afinal, qual é o contexto desse episódio?

Vejamos:

“Tendo Jesus chegado às regiões de Cesaréia de Felipe, interrogou os seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do homem?

Responderam eles: Uns dizem que é João, o Batista; outros, Elias; outros, Jeremias, ou algum dos profetas.” (Mateus 16:13,14)

Em outras palavras, alguns acreditavam que Ele fosse João Batista; outros, que fosse Elias ou, ainda, algum dos profetas. Diante disso, surge a pergunta: estariam eles acreditando em reencarnação? É possível.

Então, Jesus se volta para os doze e faz uma pergunta:

“Mas vós, perguntou-lhes Jesus, quem dizeis que eu sou?” (Mateus 16.15)

Pedro, impetuoso como era, ou talvez como porta-voz dos doze, responde:

“Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mateus 16.16b).

Imediatamente, Jesus o chama de “bem-aventurado”. Vamos ver:

“Disse-lhe Jesus: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelou, mas meu Pai, que está nos céus.” (Mateus 16.17)

Em seguida, Jesus pronuncia a frase do versículo 18:

A autoridade de Pedro e o papel do Papa

Por causa desse episódio, a Igreja Católica Romana argumenta que Pedro foi especialmente designado por Jesus como o principal representante da Sua Igreja.

“Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do hades não prevalecerão contra ela.” (Mateus 16.18)

Associado a esse versículo, o versículo 19 conclui o diálogo:

“Dar-te-ei as chaves do reino dos céus; o que ligares na terra terá sido ligado nos céus; e o que desligares na terra terá sido desligado nos céus”. (Mateus 16:19)

Assim, entende-se que a responsabilidade de ser o vigário de Cristo estaria nas mãos de Pedro.

Você sabe o que é um vigário?

Vigário significa “substituto”. Assim, como Cristo subiu aos céus e está ausente fisicamente, a Igreja reconheceria a necessidade de um legítimo representante que a pastoreasse e a guiasse.

Nesse sentido, quando Jesus chamou Simão de “Pedro” – que significa pedra – muitos passaram a considerá-lo o alicerce, o fundamento sobre o qual Jesus edificaria a Igreja. Jesus lhe concedeu a autoridade para “ligar e desligar”, ou seja, para exercer liderança espiritual e pastoral sobre a Igreja.

Com base nisso, a Igreja Católica sustenta que o Papa, como sucessor de Pedro, possui essa autoridade especial em nome de Cristo.

A verdadeira pedra da Igreja

Apesar das discussões teológicas sobre a pedra sobre a qual a Igreja de Cristo está sendo edificada, afirmar que essa pedra é uma pessoa que não seja Jesus Cristo é um erro grave.

Na Bíblia, a pedra angular, também chamada de pedra fundamental, é símbolo de Jesus como o verdadeiro fundamento da fé cristã. Ele, e somente Ele, é a base essencial para uma vida espiritual sólida e segura.

Infalível é somente o Senhor Jesus Cristo, que é Deus.

Paulo, ao escrever aos efésios, enfatiza esse ponto:

“Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular.” (Efésios 2:20)

O ensino “dos apóstolos e dos profetas” é o alicerce sobre o qual a Igreja está construída, “tendo Jesus Cristo como pedra angular”.

Pedro e a pedra rejeitada

O próprio apóstolo Pedro, anos após o diálogo com Jesus, cita, em uma de suas cartas, o Salmo 118.22 que associa Jesus à pedra rejeitada:

“Para vós outros, portanto, os que credes, é a preciosidade; mas, para os descrentes, a pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular.” (1 Pedro 2:7)

É impossível que qualquer pessoa, seja ela um pastor ou papa, seja a “pedra angular”, pois todos, sem excessão são falhos e pecadores.

Observe que a declaração de Jesus a Pedro vem acompanhada da afirmação de que aquela revelação não veio dele mesmo:

“… porque não foi carne e sangue que to revelou, mas meu Pai, que está nos céus.”(Mateus 16:17b)

Nenhum homem tem autoridade própria para definir o que é ou não o ensino da Palavra de Deus.

Após o fechamento do cânon com o apóstolo João, a revelação divina encontra sua plenitude. Não há necessidade de nenhuma autoridade adicional humana, e este é o cerne do Sola Scriptura, tão vigorosamente defendido pelos reformadores.

A razão é simples e poderosa: Jesus Cristo vive! Ele não é uma figura do passado, mas o cabeça da Igreja, nosso sumo sacerdote e Rei. A sua vitória sobre a morte garante que a verdade que Ele nos revelou nas Escrituras é eterna e imutável.

Não precisamos de novas revelações ou de mediadores humanos, pois temos as Escrituras Sagradas como nossa regra inerrante de fé e prática. Elas contêm tudo o que precisamos para conhecer a Deus e viver uma vida conforme a Sua vontade. Nelas encontramos a liberdade do pecado e a vida eterna. Nelas encontramos a sabedoria divina pois ela é a Palavra de Deus que nos guia, com perfeição, pelos caminhos eternos.

Você gostou dessa reflexão sobre a pedra angular da Igreja?

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