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Maria adorada: uma herança pagã

Diego Venancio
14/08/2025
Hoje abordaremos, com carinho e clareza, os pontos delicados que diferenciam católicos e protestantes: Maria, infalibilidade papal e a Bíblia como única regra de fé. Meu objetivo não é polemizar, mas sim expor esses temas para que você os avalie com isenção e aprofunde sua compreensão.


Assim, hoje vou falar de um assunto bem delicado. Talvez você possa sentir-se incomodado com ele. Mas, tenha certeza de que o meu objetivo não é o de criar polêmica e nem atacar a sua crença. Eu vou expor e alertar, com amor. Deus deseja a sua adoração. E é com esse sentimento, de amor a Deus, por você e pela verdade que vamos abordar esse assunto sobre Maria, mãe de Jesus.

Quem foi Maria

Maria foi, certamente, era uma serva de Deus. Foi uma mulher admirável: ela foi a escolhida por Deus para gerar o Salvador. A sua oração registrada nas Escrituras demonstra de forma clara o seu conhecimento de Deus e a sua devoção.

Mas, certamente ela ficaria desapontada com que muitos tem feito com o seu nome e a sua pessoa.

Católicos e protestantes discordam

Antes de me aprofundar nesse assunto, eu preciso esclarecer que é impossível que protestantes e católicos concordem neste ponto. E por que existe essa discordância? Porque as suas bases são completamente distintas. Os protestantes crêem que “Somente as Escrituras” são a sua regra de fé enquanto que a doutrina católica crê que a produção papal, ou parte dela, pode se tornar inerrante.

Vamos ao início dessa discordância: a figura do papa.

O texto bíblico de Mateus 16 narra a pergunta de Cristo sobre quem o povo dizia que Ele era. Foi Pedro quem respondeu:

“Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.” (Mateus 16:16)

Sobre essa afirmação de Pedro, Jesus afirma:

“Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus.” (Mateus 16:17)

No versículo seguinte, surge o versículo que cria a figura papal devido a um erro de interpretação:

“Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.” (Mateus 16:18)

A “pedra” a que Jesus se referia no texto que acabamos de ler, era a afirmação de suma importância feita por Pedro, revelada pelo Pai que está nos céus. Portanto, essa afirmação de que Cristo é o Deus vivo é a pedra fundamental de sustentação da Igreja do Senhor Jesus.

Portanto, essa interpretação nos parece a óbvia. O texto todo se refere a uma única questão: quem o povo e vocês acreditam que eu sou. Essa é a questão aqui.

Agora, a interpretação equivocada de que a “pedra” seria a pessoa de Pedro faz surgir essa figura papal equivocada e chamada pelos teólogos de Westminster de um “AntiCristo da História”. O que não deixa de ser uma verdade, pois o papa pretende ser o representante de Cristo na terra.

Infalibilidade papal

Segundo a doutrina católica, a infalibilidade papal se aplica quando o papa fala “ex cathedra”, isto é, “do trono”, da autoridade apostólica máxima. Para isso, três critérios devem estar presentes simultaneamente:

  1. O papa fala como pastor e mestre de todos os cristãos, não como teólogo privado.
  2. Define uma doutrina sobre fé ou moral, não sobre ciência, política, opinião pessoal ou disciplina.
  3. Declara expressamente que está definindo tal doutrina como obrigatória para toda a Igreja.

Exemplo clássico de uso da infalibilidade papal

Um dos poucos exemplos oficialmente reconhecidos de pronunciamento infalível ex cathedra foi a proclamação do dogma da Assunção de Maria, feita em 1950 pelo papa Pio XII, afirmando que Maria foi levada em corpo e alma ao céu. Assim, esse dogma se tornou uma doutrina que todos os católicos deveriam crer.

Outro exemplo anterior foi o dogma da Imaculada Conceição de Maria proclamado pelo Papa Pio IX em 1854. Por meio dessa bula papal estabeleceu-se o dogma de que a Virgem Maria, desde o primeiro instante de sua concepção no ventre de sua mãe foi preservada de toda mancha do pecado original. Isso significa que pelos méritos de Jesus, ela foi antecipadamente redimida e guardada imune do pecado, vivendo em santidade e pureza desde o primeiro momento de sua existência, como um privilégio divino.

A Veneração Mariana e a Tradição Católica

A Igreja Católica Romana sustenta que Maria, mãe de Jesus, é a “Mãe de Deus”. Em determinado sentido até pode estar correto, pois ela deu a luz ao Deus-homem, um ser com duas naturezas: a humana, Ele era homem como nós, e a divina pois Jesus não deixou de ser Deus. Além de “Mãe de Deus”, segundo a Igreja Católica Romana, Maria também é a “Rainha do Céu” e “mediadora de todas as graças”.

Embora os reformadores protestantes tenham reconhecido a importância de Maria como serva de Deus, eles rejeitaram veementemente qualquer forma de culto ou intercessão dirigida a ela.

Martinho Lutero afirmou:

“Maria não é nada senão um instrumento escolhido por Deus; não devemos atribuir-lhe mais do que isso.” (Martinho Lutero)

Maria, divina ou serva?

A própria Maria se entendia como uma serva.

“Então, disse Maria:
A minha alma engrandece ao Senhor,

e o meu espírito se alegrou em Deus, meu Salvador,

porque contemplou na humildade da sua serva. Pois, desde agora, todas as gerações me considerarão bem-aventurada,

porque o Poderoso me fez grandes coisas. Santo é o seu nome. “(Lucas 1:46-49)

Maria se apresenta com serva, alguém que também precisa de salvação, e louva a Deus pelo que Ele fez. Sim, ela diz que será considerada bem-aventurada. E nós, protestantes a consideramos bem-aventurada, ou seja, nós a consideramos “feliz”, “privilegiada”. Contudo, privilegiada na medida em que um ser humano pode ser feliz com a benção do Senhor Deus e não por ser uma divindade ou alguém que detenha poderes divinos.

Sendo assim, com o passar dos séculos, a teologia católica desenvolveu um conjunto de doutrinas e práticas que colocam Maria numa posição de mediação quase divina.

O Concílio Vaticano II, por exemplo, afirmou que “a maternidade de Maria perdura na economia da graça… Ela continua a alcançar-nos os dons da salvação eterna.”

Tais afirmações representam um grave desvio das Escrituras, que declaram:

“Há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem” (1 Timóteo 2:5)

Essa elevação de Maria não é meramente uma questão de devoção piedosa. Segundo estudiosos reformados como Alexander Hislop, ela reflete uma continuidade do paganismo religioso que antecede o cristianismo.

As Duas Babilônias e a Origem Pagã do Culto a Maria

Ninrode “começou a ser poderoso na terra” e “foi um poderoso caçador diante do Senhor”. Ele é mencionado no livro de Gênesis, no capítulo 10, a partir do versículo 8.

Dizia-se dele: “Como Ninrode, poderoso caçador diante do Senhor.” Esse título está longe de ser algo bom. Muito pelo contrário, Ninrode era homem sanguinário. Ele foi o fundador das cidades de Babel, Ereque, Acade e Calné. Estas cidades foram os centros iniciais de rebelião contra Deus.

Segundo o livro “As Duas Babilônias” de Alexander Hislop a sua esposa seria Semíramis, uma rainha associada à antiga Babilônia. Após a morte de Ninrode, Semíramis teria promovido a ideia de que ele havia se tornado o deus-sol e que ela, por um ato milagroso, havia concebido um filho chamado Tamuz, sem união física com um homem. Portanto, o que se pretende com essa história é configurar uma espécie de “virgindade” mística.

Tamuz, então, seria a encarnação do deus-sol, filho de Ninrode e Semíramis, e objeto de adoração por várias culturas da Antiguidade.

Essa tríade (pai divinizado, mãe rainha e filho deus) se tornou uma estrutura básica para religiões pagãs em diversas partes do mundo, assumindo nomes distintos conforme a cultura local:

  • Egito: Ísis (mãe), Osíris (pai morto), Hórus (filho)
  • Fenícia: Astarte (Astarote), Baal e Tamuz
  • Roma: Vênus, Saturno e Júpiter

As Duas Babilônias

Em sua obra clássica já mencionada, “As Duas Babilônias”, escrita em 1853, Alexander Hislop argumenta que muitos elementos do catolicismo romano, especialmente o culto mariano, são uma continuação direta das antigas religiões mistéricas da Babilônia. Assim, ele desenvolve essa sua tese propondo que Maria, no catolicismo, ocupa um papel quase idêntico ao de Semíramis, esposa de Ninrode, que mais tarde foi divinizada como deusa-mãe e associada à figura da “rainha dos céus”.

Segundo Hislop, após a morte de Ninrode, Semíramis promoveu a ideia de que ele havia sido reencarnado em seu filho Tamuz, estabelecendo assim a tríade pagã: pai (Ninrode), mãe (Semíramis) e filho (Tamuz).

Essa trindade falsa encontra paralelos nas mitologias egípcia (Ísis, Osíris e Hórus), grega (Afrodite, Adônis) e romana (Vênus, Cupido), onde a deusa-mãe é frequentemente objeto de adoração maior que o próprio deus masculino.

A veneração de Maria, especialmente com títulos como “Rainha do Céu”, ecoa diretamente a linguagem usada no Antigo Testamento contra o culto idólatra:

“As crianças colhem a lenha, os pais acendem o fogo, e as mulheres amassam a massa para fazer bolos à Rainha dos Céus.” (Jeremias 7:18)

Em suma, Deus condena esse culto como uma abominação, e os reformadores veem nisso um espelho do ocorria no romanismo.

Conclusão

Você encontrará com facilidade o livro As Duas Babilônias (1853), de Alexander Hislop, na internet, para comprar. Eu recomendo muito a leitura para que você mesmo veja se os argumentos fazem sentido.

Ainda tenho muito a dizer sobre esse assunto, então vamos continuar com esse assunto na próxima semana. Não perca.

Que Deus o abençoe!

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