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A enfermidade da igreja contemporânea

João Eduardo Cruz
27/02/2025
Os sinais de uma grave enfermidade espiritual estão diante de nós. O que acontece quando igrejas perdem sua essência e abraçam o mundanismo? Há um caminho de cura, mas será que estamos dispostos a percorrê-lo?


Creio que testemunhamos, nestes últimos dias, a enfermidade de grande parte da igreja brasileira contemporânea.

Um aspecto dessa enfermidade consiste em comunidades que se reúnem regularmente, mas que não refletem o que Cristo nos deixou como legado: ser uma agência do Reino de Deus neste mundo.

Outro, é o sincretismo religioso que vem acompanhado de aspirações mundanas, materialistas e ideológicas, que invadiram os ambientes de fé cristã no Brasil. Já o básico e essencial é deixado de lado, o que resulta em algo que se parece com uma igreja na sua forma, mas que carece da essência.

Essa situação lembra a igreja de Colossos, à qual Paulo escreveu por volta de 60 d.C.. Embora Paulo não tenha fundado essa comunidade, ela surgiu por meio de Epafras, que conheceu o Evangelho através de Paulo em Antioquia. Os colossenses, inicialmente, receberam a mensagem com alegria, conforme lemos nessa carta:

“Damos sempre graças a Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, quando oramos por vós,

desde que ouvimos da vossa fé em Cristo Jesus e do amor que tendes para com todos os santos.” (Colossenses 1.3-4)

Contudo, essa igreja em formação logo enfrentou problemas. Foi acometida de ataques de crenças, assim como o agnosticismo, que afirmava ser impossível acessar Deus e pregava uma elevação espiritual alcançada apenas pelo intelecto. Além disso, os judeus recém-convertidos insistiam em manter as práticas judaicas que Cristo aboliu.

A carta de Paulo aos colossenses buscava corrigir essas distorções doutrinárias, orientando-os a permanecer fundamentados em Cristo, o único alicerce verdadeiro.

Assim como os colossenses, muitas igrejas brasileiras receberiam grande beneficio ao estudar e aplicar os ensinamentos dessa carta, reafirmando a sua essência no Evangelho de Cristo e afastando as influências externas que comprometem a sua integridade.

A cura para a enfermidade

Ainda sobre a saúde espiritual da igreja brasileira, precisamos nos deter, também, sobre aquelas que não se renderam ao mundanismo, não aderiram aos discursos motivacionais de uma Teologia Coach ou da Teologia da Prosperidade, nem mesmo se tornaram um clube social.

Mas Jesus diria a essas igrejas, da mesma forma Se referiu às do livro de Apocalipse: “Tenho algo contra ti!”

No final da preciosa epístola aos colossenses, Paulo conclui falando dos fundamentos que a igreja deve manter, além da pura doutrina e do fundamento em Cristo. É nesses aspectos que algumas de nossas igrejas ditas sadias têm se mostrado, na realidade, enfermas.

Algumas de nossas igrejas têm se esquecido de três aspectos que são fundamentais para que haja a devida saúde espiritual no corpo de Cristo. Paulo as enumera e nos insta a buscá-las e mantê-las.

A igreja precisa se manter em oração

A primeira é a oração. Ele nos adverte:

“Perseverai na oração, vigiando com ações de graças.” (Colossenses 4.2)

A oração sustenta a igreja, assim como o respirar mantém o corpo vivo. Sem oração, a igreja perde a sua vitalidade espiritual, mesmo mantendo as suas programações ou estrutura, como vemos no Apocalipse sobre a igreja de Sardes:

“Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto” (Apocalipse 3.1b).

Uma igreja que não ora, demonstra arrogância, agindo como se não precisasse de Deus. Ainda que bem organizada e disciplinada, sem oração, tudo colapsa. Joel Beeke afirma que mundanismo é toda ação feita sem Deus e contra Ele. Quando negligenciamos a oração, removemos Deus do centro, algo profundamente prejudicial para a igreja, que depende de seu verdadeiro Senhor.

Paulo enfatiza a intercessão coletiva da Igreja como Corpo de Cristo quando fala sobre  a oração. Na carta aos Colossenses, o apóstolo ensina a Igreja a orar com ações de graças, pedindo o seu fortalecimento contínuo e a expansão do Reino. Vamos ler:

“Dediquem-se à oração, estejam alerta e sejam agradecidos.

Ao mesmo tempo, orem também por nós, para que Deus abra uma porta para a nossa mensagem, a fim de que possamos proclamar o mistério de Cristo, pelo qual estou preso.

Orem para que eu possa manifestá-Lo abertamente, como me cumpre fazê-lo.” (Colossenses 4.2-4)

Quantas vezes as suas orações incluem pedidos por sua igreja local ou pelas igrejas ao redor do país?

Isso reflete o quanto você ama a igreja de Cristo. Deus deseja abençoar a Igreja e escolheu a oração como instrumento para sustentá-la. Por que negligenciar algo que Ele próprio nos ordena fazer?

A igreja que ora experimenta mais da presença de Deus, desenvolvendo reverência, maior percepção de Sua santidade e bondade, além de profunda consciência do pecado. Esse processo leva a igreja a expressar gratidão e a compreender melhor a misericórdia, a graça e  o amor divinos.

Em resumo, a vida de oração define a vitalidade espiritual de cada crente e da igreja como um todo.

A importância do testemunho na cura da enfermidade

O segundo aspecto, sobre o qual Paulo adverte a Igreja a praticar, é o testemunho. Ele ensina:

“Sejam sábios no procedimento para com os de fora; aproveitem ao máximo todas as oportunidades.

O seu falar seja sempre agradável e temperado com sal, para que saibam como responder a cada um.” (Colossenses 4.5-6)

Como representantes do Evangelho, o nosso proceder para com os incrédulos deve ser sábio e cortês. Nós não somos juízes do mundo, mas proclamadores da Palavra que produz salvação.

Alguém pode alegar que a Palavra sempre fere o pecador, de certa forma, quando  é proclamada. Mas, a Palavra o fere pelo que denuncia, não por causa da acidez do proclamador. É possível dizer que alguém está perdido e isso ser feito com misericórdia. Um antigo pastor dizia que, se você prega sobre o inferno sem lágrimas nos olhos, ainda não entendeu a mensagem que proclama.

Quando criamos uma antipatia por parte do mundo que não está relacionada ao que cremos, mas a como nos comportamos e nos pronunciamos, não podemos dizer que a igreja está sendo perseguida; nós é que estamos carecendo de sabedoria.

A comunhão para a cura da enfermidade

O terceiro aspecto enumerado por Paulo, é a comunhão. Ele escreve:

“Tíquico lhes informará todas as coisas a meu respeito. Ele é um irmão amado, ministro fiel e cooperador no serviço do Senhor. (Colossenses 4.7)

Jesus, chamado Justo, também envia saudações. Esses são os únicos da circuncisão que são meus cooperadores em favor do Reino de Deus. Eles têm sido uma fonte de ânimo para mim.” (Colossenses 4.11)

Nesse texto, Paulo cita os nomes de seus companheiros de jornada e deixa claro que esses irmãos lhe traziam ânimo. Essa característica dos companheiros de Paulo revela como o Espírito Santo atua diretamente nos membros da Igreja: Ele os torna consoladores.

Mas por que a igreja tem tantos conflitos interpessoais? Entendemos que esses conflitos ocorrem porque seus membros não estão cheios do Espírito. Vamos ver o que a Palavra de Deus nos ensina a respeito:

“Não se embriaguem com vinho, que leva à libertinagem, mas deixem-se encher pelo Espírito,

falando entre si com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando e louvando de coração ao Senhor,

dando graças constantemente a Deus Pai por todas as coisas, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo.

Sujeitem-se uns aos outros, por temor a Cristo.” (Efésios 5.18-21)

Veja que Paulo nomeia seus amigos com dois adjetivos: “fiéis” e “justos”. Essas são pessoas comprometidas com a vontade de Deus!

O nosso papel

E agora cabe uma pergunta:

Qual deve ser o nosso papel diante da enfermidade da igreja?

Primeiro lugar, ore por sua igreja.

Em segundo lugar, peça a Deus sabedoria e temperança para lidar com os que estão de fora da Igreja de Cristo.

E, finalmente, em terceiro lugar, se você tiver divergências com algum irmão, peça a Deus que o encha mais de Seu Espírito.

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