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Relevância para a eternidade

João Eduardo Cruz
26/07/2024
Fomos criados para ser lembrados e vistos. Desde a formação no ventre, somos notados e há registros sobre nós. Porém, quem nos vê? Que diferença isso faz? Envolva-se nesta leitura cheia de profundidade bíblica, que serve para nos fazer descansar da cansativa tarefa atual de buscar visibilidade.


Os dois jovens olhavam para a estátua na praça central da cidade e faziam comentários jocosos. Aquele que outrora fora um grande vulto nacional, agora era alvo de deboche. Para eles era apenas uma estátua sem relevância para estar ali.

O carrasco das grandes realizações

O pior era que, para aqueles jovens, ele não passava de um completo desconhecido; não sabiam o que ele fizera e o quão relevante ele foi. Embora houvesse uma placa explicativa, os jovens turistas não atribuíam nenhum significado à vida do homem representado na estátua.

Será que a vida daquele homem representado na estátua foi um desperdício? Certamente, não.

Mas, se acharmos que a história que construímos terá a mesma relevância para sempre, estamos enganados. O tempo faz com que a história perca o seu impacto conforme os anos passam.

Hoje, podemos apresentar em uma sala de aula, a alunos desinteressados e desconectados da experiência relatada, o que antes causava comoção, entusiasmo e louvor. O fato é que a distância temporal amortece o impacto da história.

A história de alguém só manterá sua força com o tempo se ela apontar para a eternidade, em vez de se limitar a um momento.

A história de alguém só manterá sua força com o tempo se ela apontar para a eternidade, em vez de se limitar a um momento.

Quando somos relevantes

Como pessoas que se relacionaram com Deus protagonizam essas histórias, elas apontavam para um fim maior do que imaginavam, ou seja, suas vidas adquiriram relevância por participarem da eternidade de Deus.

Vidas que se relacionam com um Deus eterno naturalmente terão relevância, ou seja, ecoarão por toda a eternidade. Devemos pensar:

“Que história será contada para sempre, mesmo quando este mundo tiver passado?”

Jesus nos diz que até um copo de água que se oferece a um de Seus pequeninos ou que toda palavra ociosa que sai de nossa boca serão armazenadas para a eternidade.

Isso significa que lembraremos de nossas pequenas ações, por mais insignificantes que pareçam; não como uma lembrança vaga, mas como um memorial na eternidade. Não sei mensurar o que isso significa, mas é fácil compreender que tipo de história precisamos construir.

As obras de relevância verdadeira

Os feitos humanos podem ser de extremo valor, mas apenas o que for feito com vistas à eternidade terá impacto perpétuo. Somente as obras que visam a eternidade adquirem relevância verdadeira.

A falsa relevância de hoje

Isso é fascinante, porque nos convida a uma vida mais empolgante; descobrimos que não precisamos realizar grandes coisas para que nossas histórias tenham relevância. Até mesmo o viver mais comum pode e deve ser experimentado como algo oferecido ao Deus eterno.

As pessoas estão vivendo tempos de grande anseio por exposição, desejando notoriedade e relevância. Uma autora cristã contemporânea afirma que “Deus nos fez para sermos vistos e celebrados”.

A frase pode soar estranha diante de um Evangelho que nos incita a um comportamento humilde e discreto (Mateus 6.3):

“Tu, porém, ao dares a esmola, ignore a tua mão esquerda o que faz a tua mão direita;”

Mas há uma explicação melhor para esse desejo de visibilidade.

Quando recebemos celebração por algo louvável que fazemos ou por demonstrarmos bom caráter, sentimos um suspiro prazeroso interno que diz: “Sim, eu sou diferente, eu faço diferença.”.

Deus nos fez para uma identidade única, o que naturalmente atrai a atenção dos outros.

Se você apenas caminha com o rebanho sem distinção, é natural que passe despercebido. Mas se algo em você chama a atenção, você sente sua individualidade, e é como se recebesse um afeto único.

É fato que, se vivermos a nossa real individualidade, faremos diferença no contexto em que estamos.

Nossa verdadeira relevância

Gosto sobremaneira da explicação dessa nossa condição de visibilidade que Sarah Hagerty nos dá. Partindo do Salmo 139, ela nos diz que somos diferentes desde o ventre de nossas mães:

“Pois Tu formaste o meu interior, Tu me teceste no seio de minha mãe.

os meus ossos não Te foram encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra.” (Salmo 139.13,15)

E nessa diferença, formada na escuridão do ventre, já havia olhos nos contemplando:

“Os Teus olhos me viram a substância ainda informe, e no Teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda.” (Salmo 139.16)

Desde que Deus nos criou, Ele nos vê, e nossa alma está codificada para conhecer Aquele que nos via e vê:

“Graças Te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste; as Tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem;” (Salmo 139.14)

Davi constata em seu Salmo que Deus sempre pensou e pensa em nós:

“Que preciosos para mim, ó Deus, são os Teus pensamentos! E como é grande a soma deles!

Se os contasse, excedem os grãos de areia; contaria, contaria, sem jamais chegar ao fim.” (Salmo 139.17,18)

Ele sempre nos olha, e não há um só momento em que o Senhor não nos veja:

“Para onde me ausentarei do Teu Espírito? Para onde fugirei da Tua face?” (Salmo 139.7)

Desejamos ser notados, reconhecidos em nossa individualidade e amados, pois assim o Senhor nos criou. Fomos feitos não apenas para conhecer a Deus, mas também para que Ele nos conheça. E, de fato, Ele nos conhece.

Davi experimentou a libertação ao saber que Deus o conhecia:

“Senhor, Tu me sondas e me conheces.

Sabes quando me assento e quando me levanto; de longe penetras os meus pensamentos.

Esquadrinhas o meu andar e o meu deitar e conheces todos os meus caminhos.” (Salmo 139.1-3)

Assim, não há nada de errado em desejar visibilidade e relevância, mas, primeiro, precisamos reconhecer Quem desejamos que nos veja, para Quem queremos viver nossas vidas e de Quem buscamos o aplauso.

Conquistemos relevância aos olhos de Deus

Às vezes, consideramos nossa vida totalmente irrelevante, principalmente quando as mídias sociais nos bombardeiam com pessoas mostrando suas realizações. Quem sabe, ainda, ao vermos as demandas do mundo, pensamos em como nossa vidinha medíocre parece não acrescentar nada para que tenhamos um mundo melhor.

Henry Nouwen pensou assim certa vez, e a conclusão a que chegou nos ajuda bastante em nossa reflexão:

“Quanto mais penso no sofrimento humano no mundo e na minha vontade de dar uma resposta para resolver as coisas, mais chego à conclusão de como é crucial não me deixar paralisar por sentimentos de impotência e de culpa. Mais do que nunca, o que importa é ser fiel à minha vocação para fazer bem as poucas coisas que sou chamado a fazer e me agarrar à alegria e à paz que elas me trazem.

Tenho que resistir à tentação de deixar que o poder das trevas me leve ao desespero e faça de mim mais uma de suas vítimas. Tenho que manter os meus olhos fixos em Jesus e naqueles que O seguiram, e acreditar que saberei viver a minha missão para ser um sinal de esperança neste mundo.” (Henry Nouwen)

Perceba, nossa vida se torna relevante quando assumimos a responsabilidade de ser o melhor de nós onde estivermos. É possível fazer diferença no mundo prestando atenção na pequena parte dele que nos cabe.

Transforme o seu conceito de relevância

Uma mãe que acorda no meio da noite para cuidar do seu bebê com alegria por poder ser mãe, mesmo sabendo que no dia seguinte terá uma enorme jornada de tarefas; um pai que sai para um trabalho de oito horas diárias, mas se alegra em saber que é o provedor de seu lar; um(a) jovem que busca manter seus princípios de fé cristã mesmo sob ataques de outros jovens com pensamentos liberais. Todos esses colaboram de alguma forma para um mundo melhor, evitam as lamúrias e encaram cada momento como um compromisso com a vida que Deus lhes deu. Nem esse pai, nem essa mãe, nem esse(a) jovem, negam a missão que receberam; antes, a executam de bom grado e suas vidas, assim, ganham outro significado.

Eles entendem perfeitamente por Quem estão vivendo e Quem os observa com misericórdia e amor desde o ventre de suas mães. Eles estão diante do único espectador que importa, e são imensamente gratos porque Ele, Deus, os vê.

 

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