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Polêmica!

Gilmara Bianchine
03/07/2025
Entenda por que as polêmicas nos fisgam! Descubra como o cérebro reage a elas, por que a internet é seu palco ideal e como podemos nos desvencilhar de brigas infrutíferas. Um tema essencial para quem busca a paz em meio a um turbilhão de opiniões!


Não, eu não vou falar sobre a última polêmica.  O assunto de hoje não é bonecas, jogos de azar ou fraudes contra órgãos públicos. Não! Eu vou falar sobre polêmica. Sim, ela não é algo novo. Na verdade, desde o começo dos tempos, nós, os humanos, lidamos com ela.

Ao longo da história, ela tem se manifestado de diferentes formas, das disputas filosóficas às brigas do cotidiano.

Para além de uma altercação saudável sobre um assunto que divide opiniões, a polêmica costuma dar mais um passo.

Com frequência, sua chama usa as nossas emoções como lenha, o palco sempre parece muito pequeno para ela e, quanto mais gente ao redor, melhor. Nem sempre o seu conteúdo é o mais significativo; ela também tem uma queda por assuntos secundários.

Em outras palavras, com uma porção de polêmica, mesmo os temas mais banais podem ser inflamados. Se a política não atrai nossa atenção, talvez a maneira como alguém lava as frutas ative a nossa revolta. Vale tudo no ringue que a polêmica arma em qualquer oportunidade que lhe deem.

Sob uma perspectiva mais técnica, do ponto de vista científico ou comportamental, diante de uma polêmica o sistema de recompensa do cérebro é ativado.

É um desafio vencer, ou ver alguém vencer, uma discussão. E, nesse contexto, talvez nenhum ambiente revele tão bem a maneira como lidamos com a polêmica como a internet.

Todos os dias, de todas as partes do mundo, surgem chamadas para que nos reunamos em torno de algum assunto. E o que se segue, geralmente, não é coisa bonita de se ver.

Lidando com a polêmica como crianças briguentas

Você se lembra dos tempos da escola, quando dois colegas tinham uma desavença? Na hora do intervalo ou da saída, lá estavam os dois contendendo, e o pessoal gritando: “Briga! Briga”! Você se lembra?

Ninguém sabia, com certeza, o motivo da discórdia. Mas todos estavam inflamados, tomando partido ou só querendo ver o circo pegar fogo. Não há muita diferença quando observamos a sessão de comentários dos ditos “adultos” no Instagram ou para as discussões no X.

A polêmica desdenha da civilidade no bate-boca. O seu objetivo nunca é a conciliação ou o aprendizado, mas o ódio. O seu foco está em vencer. Portanto, não há preocupação em trazer a verdade. Dividir e machucar pessoas é o espólio da sua batalha.

A polêmica tira proveito do nosso senso de pertencimento e da ideia de representatividade. A sensação de “nós contra eles” alimenta nossa rivalidade. O mais interessante é que poucos sabem direito dizer quem somos “nós” e quem são “eles”. Mas nós queremos estar do lado certo da situação, precisamos sinalizar a nossa virtude. Quando alguém com boa audiência divulga ideias com as quais concordamos, rapidamente nos alistamos ao seu exército. Assim, nos sentimos representados, achamos o nosso clube. E, se outro alguém discorda desses pontos de vista, somos os primeiros a puxar o coro do estardalhaço.

Afinal, o anonimato nos enche de coragem para escrever impropérios que, cara a cara, jamais teríamos a valentia de dizer. E mais: alimentamos, gratuitamente, o sistema de lucro dos detentores das redes — mais polêmica, mais visualizações, mais dinheiro.

Assim, entramos na roda e a fazemos girar.

Entrando na onda da polêmica

Seria menos grave, porém, se essa realidade se aplicasse apenas a temas da vida cotidiana.

Infelizmente, para nossa tristeza, a polêmica lança os seus dardos podres também em direção ao ambiente cristão.

Basta um exemplo cotidiano: cada vez que abrimos o YouTube, lá estão três ou quatro chamadas para debates teológicos — que pouco têm de teológicos. E o que é pior: mesmo quando são realmente debates saudáveis, muitos comentários só revelam um sangrento campo de guerra.

Nesses casos, o que se vê é linguagem ofensiva, deboche, conclusões rasas e precipitadas, embrulhadas em crueldade pura e ataques pessoais. Vídeos de reação a outros vídeos que, em vez de esclarecerem temas acerca da fé, apenas aprofundam o abismo entre pensamentos distintos.

Vale destacar que não se trata necessariamente do conteúdo, que pode ser válido, mas da maneira como as reações são externadas.

Como consequência, há uma inclinação a discutir até o mais básico dos assuntos, numa corrida maluca de opiniões. Se essa tem sido a nossa atitude, muito provavelmente estamos nos esquecendo de muitas orientações claras que a Bíblia nos dá.

Por isso, seja em questões mundanas ou relacionadas à fé, a Palavra aponta, com segurança, o modo apropriado de lidar com as polêmicas.

Podemos fazer algumas perguntas, que servem como filtros, cujas respostas nos ajudarão a discernir a nossa posição em uma disputa — ou fugir dela.

A primeira pergunta: qual é o assunto da polêmica?

Como eu disse, o tema da polêmica pode realmente ser relevante e útil; é verdade. Porém, na maioria das vezes, orbita em torno de fofoca, mentira ou futilidades. Paulo aconselha Timóteo da seguinte forma:

“E repele as questões insensatas e absurdas, pois sabes que só engendram contendas.” (2 Timóteo 2:23)

Ele nos diz que devemos repelir questões insensatas ou absurdas. Essas são palavras que descrevem bem a maioria das discussões infinitas e infrutíferas que vemos hoje em dia. Sobre esse mesmo assunto, Paulo aconselha Tito:

“Evita discussões insensatas, genealogias, contendas e debates sobre a lei; porque não têm utilidade e são fúteis.” (Tito 3:9)

Esse versículo reforça esse pensamento em relação a assuntos teológicos de importância secundária. Assim, antes de tomarmos partido em alguma controvérsia, seria de grande utilidade analisar primeiro o foco da questão.

Segunda pergunta: que polêmica essa discussão provoca?

É possível aprender algo ou ser edificado nesse ambiente? O comportamento dos envolvidos demonstra amor, respeito, cortesia, autocontrole e humildade? Ou tudo o que se vê é arrogância, altivez e todos fazendo monólogo sem plateia? O propósito da conversa é ajudar o outro ou ganhar a briga?

Mais: estamos realmente preparados para ajudar a quem quer que seja? Ou desejamos apenas exibir uma tola eloquência?

Geralmente, o que acontece é esse campo minado em que, em vez de andarmos com cautela, saímos fincando os calcanhares. Assim, espalhamos calamidade, em vez de levarmos em conta o que Deus espera de nós em situações de conflito.

Terceira pergunta: que tipo de linguagem está sendo usada?

As palavras são agradáveis e temperadas com sal, como nos ensina Paulo aos Colossenses?

“A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada um.” (Colossenses 4:6)

Além disso, elas são necessárias e transmitem graça?

“Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem.” (Efésios 4:29)

As perguntas são legítimas ou são provocações? As respostas são calmas e desviam a ira, ou são ríspidas, incentivando a ira?

“A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira. ” (Provérbios 15:1)

Entre em acordo ou fuja

Eu acredito que esses três filtros são suficientes para nos afastar de, praticamente, qualquer polêmica. Isso não quer dizer que não passaremos por momentos de conflito, mas nem todo conflito será polêmico.

Participar de polarizações, divisões e confusões não é o chamado que recebemos de Cristo. Pelo contrário, somos instados a ser “cordatos, dando provas de toda cortesia, para com todos os homens”

“não difamem a ninguém; nem sejam altercadores, mas cordatos, dando provas de toda cortesia, para com todos os homens.” (Tito 3:2)

Isso quer dizer que o nosso comportamento não deve ser pedra de tropeço nem para os de fora nem para os de dentro da igreja.

“Não vos torneis causa de tropeço nem para judeus, nem para gentios, nem tampouco para a igreja de Deus” (1 Coríntios 10:32)

Mas, Paulo teve desacordos com Pedro:

“Quando, porém, vi que não procediam corretamente segundo a verdade do evangelho, disse a Cefas, na presença de todos: se, sendo tu judeu, vives como gentio e não como judeu, por que obrigas os gentios a viverem como judeus?” (Gálatas 2:14)

Teve desacordo com Marcos também:

“Mas Paulo não achava justo levarem aquele que se afastara desde a Panfília, não os acompanhando no trabalho.

Houve entre eles tal desavença, que vieram a separar-se. Então, Barnabé, levando consigo a Marcos, navegou para Chipre.” (Atos 15:38,39)

O apóstolo teve discórdia, ainda, com Evódia e Síntique:

“Rogo a Evódia e rogo a Síntique pensem concordemente, no Senhor.” (Filipenses 4:2)

Os coríntios começaram a puxar brasa cada um para sua sardinha. Como resultado disso receberam uma carta que nos serve até hoje.

Conclusão

Mas é importante observarmos que, em todos os casos, os envolvidos foram chamados à conciliação, à união, ao amor e ao amadurecimento.

Da mesma forma, quanto ao trato com não crentes, devemos ter cuidado redobrado.

Afinal, alguns pensam ser uma boa ideia fazer evangelismo de guerrilha: jogam um versículo no meio de qualquer discussão. Essa é uma tentativa descontextualizada de pregar o Evangelho “a tempo e fora de tempo”. No entanto, a Palavra de Deus nos adverte quanto a isso:

“Não deis aos cães o que é santo, nem lanceis ante os porcos as vossas pérolas, para que não as pisem com os pés e, voltando-se, vos dilacerem.” (Mateus 7:6)

Diante disso, é mais sensato “desviar-se de contendas” e não ser o “insensato que se mete em rixas”:

“Honroso é para o homem o desviar-se de contendas, mas todo insensato se mete em rixas.” (Provérbios 20:3)

Portanto, que, da próxima vez em que você se deparar com uma polêmica, que o Senhor o faça lembrar de Sua verdade. Que Ele dê sabedoria a você para decidir o que trará mais glória ao Seu nome: envolver-se ou recuar.

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