• Quem Somos
    • Declaração de Fé
    • TEOmídia
    • TEOmídia Blog
    • TEOmídia Cast
    • TEOmídia Rádio
  • Assuntos
    • Apologética
    • Casamento
    • Devocional
    • Ensino Cristão
    • Ensino Infantil
    • Estudo Bíblico
    • Evangelismo
    • Igreja
    • Sociedade
    • Teologia
    • Vida Cristã

As músicas que eu quero que meu filho ouça

Diego Venancio
29/07/2018
O ensino de critérios de arte para o seu filho possibilita que ele aprenda a escolher boa música.

Recentemente, uma mãe me disse que seu filho é quem decide o que vai ou não ouvir. O critério final sobre o que a criança consumirá, em termos de música, acaba sendo o gosto da própria criança e ela aprova ou não.
Por isso, nos últimos tempos, este título poderia ser interpretado como um título autoritário: “As músicas que eu quero que meu filho ouça”.
Na minha análise, estou partindo de um princípio conservador, onde são os pais que escolhem o que a criança irá ou não irá assistir na TV, quais clipes verá, quais livros lerá, quais músicas ouvirá, até que ela aprenda o que é arte, beleza e, principalmente, verdade.
Sendo assim, trocamos os critérios da criança pelos critérios dos pais.
Para não falar mal de certos desenhos musicais famosos da atualidade, falarei apenas o que procuro para o meu filho assistir em musicais, animações e clips.
Para iniciar, utilizarei alguns critérios do teólogo Francis Schaeffer para nos ajudar nesta tarefa. Schaeffer nos dá, no seu livro “A Arte e a Bíblia”, 4 padrões de julgamento para uma obra de arte.
Antes, porém, de entrar mais a fundo nessa questão, há um comentário que se faz necessário: os problemas já começam desde o início. Dificilmente esses desenhos ou clips, são tratados como arte. Estamos em crise nesse quesito. Quem procura fazer arte genuína nesta terra, geralmente passa fome.
A arte, de modo geral, sempre foi sustentada por mecenas, pessoas muito ricas e amantes da boa arte. Os donos destes grandes desenhos animados estão milionários, e assim trabalham com “linha de produção” para aproveitar a “onda” do momento, “surfando” na prancha das grandes produtoras.
Não os culpo. No entanto, é preciso entender esse contexto,  para não sermos pegos desprevenidos.
Voltando ao Schaeffer…
Seus critérios, citados na página 53 de seu livro, são:

  1. Excelência técnica
  2. Validade
  3. Conteúdo intelectual, a cosmovisão comunicada
  4. Integração entre conteúdo e veículo

Vamos examinar a cada um desses pontos.

1. A Excelência Técnica

Algumas obras já “esbarram” neste primeiro critério.
Um desenho mal-acabado, uma música mal tocada, mal cantada, um traço grosseiro, um repertório superado e “sem pé nem cabeça”, são critérios que impedem que apresentemos algo de qualidade aos nossos filhos.
A excelência técnica revela a qualidade da produção.
Podemos, também, encontrar conteúdo ruim com arte gráfica excelente. Este é outro problema que será abordado mais adiante.
É imprescindível que zelemos para que as nossas crianças sejam expostas à boa arte. Por isso, é importante analisar se o seu filho está, de fato, em contato com a boa arte, tecnicamente falando. Procure um artista plástico, um ilustrador, um músico competente para avaliar o tipo de arte que você tem apresentado ao seu filho.
A estética é fundamental para a vida. Nós não vivemos sem o belo, sem a excelência. Ela é tão vital como a higiene, a água, etc.
Ninguém vive bem em um lugar, sujo, anarquizado, feio. Embora – dadas as aberrações político-sociais que vivemos – a vida nas comunidades ou favelas por todo o Brasil esteja sendo enaltecida, a verdade é que ninguém vive bem em lugares degradados. Todos querem um lugar planejado, arborizado, com jardinagem, etc.
Criar na mente da criança uma boa noção do que é o belo a ajudará imensamente em seu crescimento. Portanto, zele pela excelência técnica.

2. Validade

Este tópico trata da honestidade do artista para com sua obra e sua visão de mundo.
Você pode perguntar:
− Por que este artista fez este desenho? Por que deseja transmitir esses valores? Será que foi apenas para ganhar dinheiro?
− Existe originalidade nisto?
− Algo nesta arte fala à alma humana?
Se o artista tiver compromisso com algo que extravase à sua arte, isso ficará evidente em sua produção. Será inevitável.
− Dá para perceber como já não poderemos chamar de arte, algo que foi feito apenas visando lucro?
É óbvio que a arte tem um preço e que o artista precisa sobreviver de sua criação. Porém, é bem diferente uma obra artística de uma linha de produção em massa.
A validade nos diz sobre isso. A existência desse produto é justificável? É válida?

3. Conteúdo intelectual

Este tópico diz respeito à visão de mundo do artista.
Toda arte tem uma cosmovisão. Nada é inocente. As coisas não acontecem, simplesmente.
A arte sempre comunica algo, e como esse algo possui a visão de mundo do artista, é para isso que precisamos estar atentos. Temos a tendência de ver tudo o que é produzido para crianças como algo inocente. Não se engane, nada é inocente.
Até agora não abordamos o conteúdo cristão, especificamente, e isso foi proposital, porque entendo que a criança deve ter uma visão ampla de seu mundo. Aliás, os piores produtos para criança em termos áudiovisuais estão no redil evangélico. Infelizmente… Isso é muito sério!
Mesmo dentro do mundo dito “evangélico”, podemos encontrar uma forma totalmente distorcida de se enxergar a vida, como visões fundamentalistas, ou liberais, e tantas outras variações “anticristãs”.
Quando Deus criou o mundo, ele não colocou o nome dele nas coisas existentes. Mas dado o seu grande poder e glória, não podemos atribuir essa arte magnífica a outro ser, senão ao grande Deus infinito e onipotente. A Bíblia não nos autoriza a dar glória a outro ser pela criação vista por todos os lados. Aliás, ela condena isso.
Toda boa arte tem bom conteúdo e boa cosmovisão, mesmo que seja produzida por não cristãos. Infelizmente, nós cristãos, ainda engatinhamos nessa questão.

Integração entre conteúdo e veículo

Este ponto foca na coerência entre a arte produzida e a mídia que a comunica.
Por exemplo:
− Você já consultou um dentista fumante?
− Já procurou um personal trainer obeso?
− Ou, já procurou um médico que não possua zelo pessoal, ou higiene?
Isso, certamente, seria um belo quadro em uma moldura ruim!
Esses são problemas clássicos de integração de conteúdo e veículo.
Um conteúdo precioso apresentado em uma embalagem ruim, desacredita o produto. É preciso saber que beleza e conteúdo caminham juntos. Bons artistas buscam coerência entre conteúdo e apresentação.
Uma bela música mal gravada, não mostrará o potencial verdadeiro daquela canção. Uma bela história mal contada, estraga a história.

A música que eu quero que me filho ouça deve ser:

  • Tecnicamente excelente
  • Bela em sua composição
  • Agradável aos sentidos

Ela é feita de forma genuína, com dedicação, como um artesão traça sua rede ou molda a argila. Faz a arte como reconhecimento (consciente ou não) de uma dádiva dada por Deus, o Artista Supremo. É rica em conteúdo, fazendo com que a cognição do meu filho cresça.
Desejo que a arte enriqueça meu filho e não o faça gastar tempo inutilmente.
A música que eu quero que meu filho ouça tem coerência entre conteúdo e beleza. Desejo que ele se encante com o que aprender, mas que também se encante com a beleza da verdade daquela arte.
Assim como eu quero mais do belo em minha vida, desejo, mais ainda, o belo por excelência para o meu filho.

 

Gostou deste post sobre as músicas que quero que meu filho ouça?

Compartilhe com os seus amigos, sua igreja e familiares.

Deixe seu e-mail abaixo e avisaremos de cada novo post!

Assista essa mensagem em vídeo no nosso canal de Youtube.

Conheça o TEOmídia Cast. Ouça nossa Rádio na web, iOS ou Android.

Assine gratuitamente a TEOmídia, vídeos cristãos para você e sua família. Assista quando quiser, onde quiser.

Compartilhe esta mensagem:
Post anterior
As crianças necessitam de direção
Próximo post
O medo de homens
O conteúdo dos artigos assinados refletem a opinião, conceitos e ideias pessoais do seu autor e não, necessariamente, do TEOmídia Blog, que se exime de qualquer responsabilidade pelos mesmos.
  • Contato
  • Permissões de Publicação
  • Política de Privacidade
Siga a TEOmídia:
Facebook
Twitter
YouTube
Instagram
Menu