• Quem Somos
    • Declaração de Fé
    • TEOmídia
    • TEOmídia Blog
    • TEOmídia Cast
    • TEOmídia Rádio
  • Assuntos
    • Apologética
    • Casamento
    • Devocional
    • Ensino Cristão
    • Ensino Infantil
    • Estudo Bíblico
    • Evangelismo
    • Igreja
    • Sociedade
    • Teologia
    • Vida Cristã

A polarização do evangelho

Marcos David Muhlpointner
25/05/2021
O cristianismo, propagado por muitos cristãos hoje em dia, está sendo usado como um elemento conciliador entre as opiniões polarizadas. Seria um procedimento correto? Como deveria ser o discipulado nestes tempos de tanta polarização?


Antes de tratarmos da tal polarização, preciso citar uma canção do Grupo Semente:

“Todos os caminhos levam até Deus,
Todos são iguais se a pessoa crer;
É o pensamento, sapiência,
Pra satisfazer toda consciência.” (Somente Um – Grupo Semente)

Todos os caminhos levam a Deus?

A primeira frase dessa música é um dos ditados mais populares do Brasil. Um país que é sincrético com todas as formas de religião não poderia ser diferente. Quem faz oferendas a Iemanjá é o mesmo que recebe a hóstia no domingo e espera receber alguma mensagem de um parente já falecido em alguma sessão durante a semana.
Outra frase que é muito popular é: “Todos são filhos de Deus”. Esse tipo de frase parece fazer o amor de Deus grande o suficiente a ponto de aceitar tudo de todos. Deus só pode ser suficientemente amoroso se amar a todos, se todos forem Seus filhos ou se todos O acharem por quaisquer caminhos que sejam trilhados.

O discípulo de Cristo e a polarização

Alguns dias atrás fui questionado sobre como deveria ser o discipulado nestes tempos em que as opiniões estão tão polarizadas. Acho que a pergunta realmente faz sentido, pelo menos por dois motivos antagônicos. Isso tem muito a ver com o dualismo, uma forma de pensamento que separa a realidade humana em duas frentes opostas.
Por exemplo, é comum dizer que os cristãos vivem num dualismo que é conciliar a vida espiritual e a vida material. Há quem diga que conciliar essas duas esferas da vida cristã é impossível.

Jesus como conciliador?

O primeiro motivo pelo qual entendo que essa pergunta é relevante é o fato de que o cristianismo propagado por muitos cristãos hoje em dia está sendo usado como um elemento conciliador entre as opiniões polarizadas. A mensagem – correta, diga-se de passagem – de que Deus é amor está sendo usada como um amálgama numa sociedade em que até mesmo familiares rompem seus relacionamentos por causa da polarização das ideias.
Há pastores espalhados pelas redes sociais usando Jesus Cristo como uma figura de reconciliação entre dois opostos.
A postura de Jesus diante dos dilemas que enfrentou é usada como exemplo a ser seguido para quem quer evitar o conflito, apaziguar os ânimos. “Jesus não condenou ninguém, nem a mulher adúltera”; “Jesus andava com os piores pecadores”; Jesus isso, Jesus aquilo, tudo é Jesus.
Entretanto, vale lembrar o que Jesus disse à mulher adúltera:

“Vai e não peques mais.” (João 8.11)

Embora Ele não a tenha condenado, mostrou que ela era pecadora, tanto quanto seus acusadores, e que ela deveria abandonar a vida que tinha!

Jesus, o polarizador!

No entanto, vejo um segundo motivo pelo qual essa pergunta é importante. A mensagem da Bíblia é polarizada e coloca Jesus exatamente em um dos polos. Foi Jesus mesmo quem disse:

“Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim.” (João 14.6 – grifos do autor)

Portanto, o ditado popular destacado na música do Sergio Pimenta não pode ser verdadeiro ao mesmo tempo que essa frase de Jesus. Quer mensagem mais polarizada do que essa de Jesus?
O Jesus propagado insanamente pelas pessoas parece ser bem diferente do que o que é apresentado nos Evangelhos. A verdadeira pregação do evangelho não dá espaço para especulações ou dualismo. Não! Mil vezes não! Não são todos os caminhos que levam para Deus. Só há um caminho, só há uma porta, só há um Salvador, só há uma possibilidade:

“Jesus Cristo e este crucificado.” (1Coríntios 2.2)

É falsa, mentirosa e maldita, nas palavras de Paulo aos gálatas, a pregação que diz que Jesus é uma via de escape para a sociedade. Não é Jesus e mais alguma coisa. Não é Jesus e mais outra forma de pensamento. Não é Jesus e Buda. Não é Jesus e Kardec. Não é Jesus e Ellen White, muito menos Jesus e Maria.
Mais uma vez, Paulo é cristalino como água da fonte quando diz:

“Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.” (1Timóteo 2.5)

Como discipular diante disso?

Em tempos de polarização na sociedade atual, a forma de discipular continua a mesma: Jesus é nosso Mestre e a Ele devemos imitar. Quando estou discipulando, espero que a pessoa que anda comigo veja em mim Cristo e mais ninguém. Levamos as pessoas a imitarem a Cristo e não a mimetizarem o pastor da igreja. O meu discipulador deve me fazer enxergar Jesus Cristo através da sua vida e exemplo. Eu não posso ter a vida do meu discipulador, mas tenho que imitá-lo naquilo em que ele imita a Cristo. É isso que Paulo disse:

“Sede meus imitadores, como também eu o sou de Cristo.” (1Coríntios 11.1)

Essa expressão “como também” é fundamental para entendermos o real significado dessa frase. Paulo não está falando que ele mesmo deve ser copiado. Ele diz que devemos imitá-lo porque ele imita a Cristo. Você consegue entender isso? No que devemos imitar a Paulo? Na imitação que ele faz de Jesus. Se Paulo imita a Jesus, nisso eu devo copiar a Paulo, ou seja, imitar a Cristo também.

Conclusão

Então, se quisermos ser fiéis à mensagem de Cristo e a Ele mesmo, devemos falar o que Ele falou e não amenizar a mensagem do evangelho. Com certeza, pagaremos o preço de sermos chamados de tudo. Todavia, devemos lembrar:

“Mais importa obedecer a Deus do que aos homens.” (Atos 5.29)

 

Você gostou deste texto sobre a polarização do evangelho?

Compartilhe com os seus amigos, sua igreja e familiares.

Deixe seu e-mail abaixo e avisaremos de cada novo post!

Assista essa mensagem em vídeo no nosso canal de Youtube.

Conheça o TEOmídia Cast. Ouça nossa Rádio na web, iOS ou Android.

Assine gratuitamente a TEOmídia, vídeos cristãos para você e sua família. Assista quando quiser, onde quiser.

Compartilhe esta mensagem:
Post anterior
Pornografia: uma pandemia no coração
Próximo post
Esperança: o maior bem, do maior mal
O conteúdo dos artigos assinados refletem a opinião, conceitos e ideias pessoais do seu autor e não, necessariamente, do TEOmídia Blog, que se exime de qualquer responsabilidade pelos mesmos.
  • Contato
  • Permissões de Publicação
  • Política de Privacidade
Siga a TEOmídia:
Facebook
Twitter
YouTube
Instagram
Menu