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Decisões – autonomia ou dependência?

Diego Venancio
28/07/2019
Estamos sempre diante de decisões importantes. Como tomá-las de maneira piedosa?

Muitos de nós, principalmente os pais de família, sofremos muita pressão. A todo instante é requerido de nós que tomemos decisões. E muitas delas mexem com as nossas bases, como a família. Mudam o nosso padrão de vida e, assim, tornam-se decisões difíceis de serem tomadas.
O que eu desejo mostrar é que nós, que fomos trazidos a este caminho de fé, não temos os eventos da nossa vida dissociados da vida de fé. Portanto, todas as nossas decisões devem ser feitas diante de Deus, como forma de obediência e resignação. Devem mortificar a nossa vontade e a nossa mente, pois devemos viver a nossa vida da forma de Deus.
Sendo assim, gostaria de apresentar alguns prontos que as Escrituras nos apresentam sobre o porquê devemos tomar decisões buscando a face do nosso Deus.

Os padrões de Deus são mais elevados e eternos

Por mais elevados que possam ser os nossos padrões, vemos que não podem, em hipótese alguma serem comparados aos padrões de Deus.

“Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos são os meus caminhos, diz o SENHOR.
Porque, assim como o céu é mais alto do que a terra, os meus caminhos são mais altos que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos que os vossos pensamentos.” (Isaías 55. 8-9)

A primeira decisão

Em Gênesis 3 temos uma tomada de decisão. Essa decisão é também conhecida como pecado original.

“Então, vendo a mulher que a árvore era boa para dela comer, agradável aos olhos e desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, comeu e deu dele a seu marido, que também comeu.
“Então os olhos dos dois foram abertos e ficaram sabendo que estavam nus; por isso, entrelaçaram folhas de figueira e fizeram para si aventais.” (Gênesis 3.6-7)

Obviamente, todos chegamos à conclusão de que essa tomada de decisão foi terrível. A ação, em si, até parece ser algo pequeno. Mas o que conta, no final das contas, é a desobediência à Palavra de Deus.
Perceba que o homem, além de desobedecer, buscou também resolver o problema a seu modo cobrindo a sua nudez com folhas de figueira. No afã de resolver o problema da sua nudez exposta, ele e sua mulher colheram folhas para se cobrirem.
Veja a mentalidade do primeiro homem. Diante de um problema cósmico, que foi o pecado, tenta resolver, isoladamente, o problema da sua nudez. E, ainda, resolve de uma maneira inadequada. Não é possível estar diante de Deus coberto por folhas. Não é possível estar diante de Deus em desobediência e ainda apresentando a sua solução do problema. Não, Deus não aceita o nosso modo de viver e de resolver as coisas. Ele não aceita, pois os pensamentos de Deus são mais elevados. A sua santidade o impede de aceitar ideias advindas de mentes pequeninas e pecadoras.

A Solução de Deus

O versículo 21 de Gênesis 3 diz:

“E o Senhor Deus fez roupas de peles para Adão e sua mulher, e os vestiu.” (Gênesis 3.21)

Este não é um ato comum. Não é um ato natural como se acontecesse todos os dias. O autor do texto, sem dúvida, quis marcar um acontecimento. Deus os vestiu! O pecado os deixou nus, pois este conceito não existia para eles. Decidem vestir-se mas Deus não aceita essa vestimenta. Então, Deus provê a vestimenta adequada.
A vestimenta adequada é de peles, peles de animal. Um animal morre para que a vestimenta seja produzida.
Sabe o que acontece ali? É instituído o culto.

O que é culto?

Culto é o homem se apresentar diante de Deus de maneira reverente e adequada. Antes do pecado, o homem se apresentava diante de Deus sem cerimônia, sem a necessidade de ocasião especial. Mas, agora, isso não é mais possível. O homem precisa de uma forma específica de se apresentar diante de Deus.
A forma que Deus usa para resolver as coisas é mais profunda: morre um animal para cobrir o pecado!

“Tempos depois, Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao SENHOR.” (Gênesis 4.3)

Caim leva a sua oferta diante de Deus: oferta de vegetais, fruto da terra.
Não é curioso que Adão e Eva, após o seu pecado, busquem folhas de figueira para se vestir e que Caim ofereça uma oferta ao Senhor com frutos da terra?
E o que acontece? As suas ofertas são rejeitadas!
Entre os capítulos 3 e 4 de Gênesis somos ensinados sobre o culto, sobre levar ofertas ao Senhor. Por que Caim e Abel tinham que levar, ao mesmo tempo, uma oferta ao Senhor?
Nós podemos deduzir, então, que aquele ato divino de vestir o homem ensina-o que Deus requer, agora, uma apresentação dele diante de Deus, mas não sem sangue. Não sem morte, porque o pecado, o crime, requer um pagamento, requer morte. Isso porque o crime é contra aquele que é o sustentador da vida.
A oferta de Caim é rejeitada pois ele não compreendeu o propósito de Deus naquilo que estava fazendo. Novamente, toma uma decisão conforme a sua ideia e oferece uma oferta errada diante de Deus. Evidencia, dessa forma, que a sua mente e o seu coração não estavam interessados em fazer o que Deus requeria dele.
O ato de vestir, de Deus, se torna didático. Ensina o homem a cultuá-lo e se torna um prenúncio do que encontraremos na lei mosaica sobre os rituais cerimoniais: um cordeiro precisava ser morto para o perdão dos pecados.
Este cordeiro é um tipo de Cristo. Em cada oferta o povo se lembraria de que, um dia, viria a redenção completa e plena. O Cordeiro, Jesus Cristo, o Deus encarnado, é morto. Conquista uma vestimenta ímpar e perfeita para nos apresentarmos diante de Deus hoje, sem que precisemos matar qualquer animal.
Os nossos cultos, de hoje, não tem sangue aparente. Mas tem sangue! Nós prestamos o culto que prestamos baseando-nos no sacrifício de Cristo, o Cordeiro de Deus. E esse Cristo será louvado eternamente por essa obra de redenção, essa obra que vestiu o homem dos seus pecados.

“Então um dos anciãos me disse: Não chores, pois o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, venceu para abrir o livro e romper os sete selos.
Nisso, vi em pé, entre o trono e os quatro seres viventes, no meio dos anciãos, um Cordeiro que parecia estar morto, e tinha sete chifres e sete olhos, que são os sete espíritos de Deus enviados por toda a terra.
Ele veio e pegou o livro da mão direita de quem estava assentado no trono.
Logo que pegou o livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo cada um deles uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos.
E cantavam um cântico novo, dizendo: Tu és digno de tomar o livro e de abrir seus selos, porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo lingua, povo e nação; e os constituíste reino e sacerdotes para nosso Deus; e assim reinarão sobre a terra.” (Apocalipse 5.5-10)

Perceba que a decisão de Deus tem implicações eternas. Adentra a nossa realidade temporal mas ascende a uma realidade eterna. Este é um motivo pelo qual os pensamentos de Deus não são os nossos pensamentos.
Assim, em suas decisões, todos os homens de Deus são chamados a ouvir a voz de Deus ao invés de ouvir a voz da serpente. Quando ouvimos a nossa própria cabeça pecaminosa, estamos ouvindo indiretamente, ou diretamente, a voz da serpente. Estamos agimos conforme entendemos o mundo, a vida e as coisas, mas somos chamados a tomarmos decisões conforme o entendimento de Deus sobre as coisas.

Ouvindo ou não a Deus ao tomar decisões

Abraão foi o pai da fé mas precipitou-se ao se deitar com sua escrava para “adiantar” a promessa de Deus. Além disso, mentiu sobre ser o marido de Sara, no Egito.
Em Êxodo 4.10-17, Moisés reluta em aceitar o que Deus ordena. Mas quando decide segundo Deus, Ele o capacita e dá solução para que ele se torne o maior profeta do Antigo Testamento.
Davi peca ao fazer a contagem do povo em 2 Samuel 24. Um excelente exemplo de que Deus, querendo castigar o povo, incita-o a fazer essa contagem. Mas isso não isenta Davi do pecado. Deus não é culpado pelas nossas decisões erradas, mesmo que Deus tenha usado este pecado como meio para castigar o povo. Os nossos pecados são, exclusivamente, nossos.
O rei Josafá é atacado por três nações ao mesmo tempo. Os moabitas, os amonitas e o meunitas vieram atacá-lo em 2 Crônicas 20. Josafá teve medo e decidiu buscar ao Senhor conforme vemos no versículo 3. Ele lembra quem é Deus, o Deus fiel que tantos sinais fez no passado. No versículo 12 ele diz:

“Ó nosso Deus, tu não os julgarás? Porque nós não temos força para resistir a essa grande multidão que nos ataca, nem sabemos o que fazer; porém os nossos olhos estão voltados a ti.” (2 Crônicas 20.12)

A solução do problema é fantástica.

“Assim diz o SENHOR: Não temais, nem vos assusteis por causa dessa grande multidão, porque a luta não é vossa, mas de Deus.” (2 Crônicas 20.15)

Nos versículos de 21 a 25 o rei designa cantores e, assim, cantando, louvando ao Senhor eles vencem a guerra que o Senhor ganhou para eles.
Somos chamados a prestar atenção àquilo que o Senhor designou ao tomarmos decisões. As nossas decisões não dizem respeito à nossa vida, isoladamente, como se ela não tivesse relação com o todo da história que o Senhor está escrevendo. A nossa história é parte integrante da história que o Senhor escreve no mundo. Portanto, as nossas decisões devem sempre levar em conta o que Deus tem a dizer sobre o assunto. O propósito do todo não temos, mas Deus sabe e a história maior é Dele.

Como tomar decisões, na prática?

Primeiramente ore antes de quaisquer decisões.
No texto lido anteriormente, em Apocalipse 5, vemos que os anciãos tem nas mãos harpas e taças de ouro cheias de incenso que são as oração dos santos.

“Ele veio e pegou o livro da mão direita de quem estava assentado no trono.
Logo que pegou o livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo cada um deles uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos.” (Apocalipse 5.6-7)

Veja, as orações não são jogadas fora, descartadas como palavras ao vento e ignoradas como se nunca tivessem existido. Elas são guardadas, armazenadas. Todas são ouvidas e respondidas conforme o desígnio do Senhor. Por isso, devemos orar para tomarmos as nossas decisões, confiantes de que teremos nossas orações atendidas.

“Assim como os olhos dos servos atentam para a mão de seu senhor, e os olhos da serva, para a mão de sua senhora, também nossos olhos estão atentos ao SENHOR, nosso Deus, até que ele se compadeça de nós.
Tem misericórdia de nós, SENHOR, tem misericórdia de nós, pois estamos fartos de tanto desprezo.” (Salmo 123.2-3)

O salmista aguarda a resposta do Senhor como o escravo atenta para a mão do seu senhor. A ideia é que eles são insistentes na oração até que o Senhor responda. É com esse espírito que devemos buscar ao Senhor.

“Naqueles dias, Jesus se retirou para um monte a fim de orar; e passou a noite toda orando a Deus.” (Lucas 6.12)

É assim que o nosso modelo maior, Jesus, toma suas decisões. Esse versículo nos mostra que antes de tomar uma decisão importante para o Seu ministério, o filho de Deus passa a noite toda orando. Assim, Ele escolhe, perfeitamente, os 12, aqueles que conhecemos bem. Ele conhece as suas características melhor ainda, sabe que entre eles está o traidor. Perceba como os nossos pensamentos não são como os pensamentos de Deus!
Deus está escrevendo uma história que, nem por um segundo, temos um vislumbre, em nossa mente, qual seja. É por estarmos totalmente distantes da Sua condição que devemos tomar as nossas decisões debaixo da dependência de Deus. Às vezes, as decisões podem parecer totalmente erradas. Pode parecer que contabilizaremos um prejuízo, ao final das contas. Mas estaremos certos de que este é o caminho a percorrer.

Decisões nos Salmos

Ore com os Salmos e faça das suas palavras a sua oração.
O contexto de Davi era de guerra. Davi abre seu coração a Deus e coloca as suas necessidades diante Dele. Ele deseja estar íntegro diante de Deus. Por isso, é natural que Davi use a palavra inimigos, ou ímpios, para referir-se àqueles que querem destruir a sua vida, a sua intimidade com Deus, que querem suprimir a centralidade de Deus na sua vida atrapalhando as suas decisões.
Mas quais são os nossos inimigos? Quais são os ímpios que tiram a centralidade de Deus na nossa vida? São os nossos pecados? A nossa distração? As coisas da vida? A falta de fé? Pessoas más? O entretenimento? As redes sociais?
Substitua essas coisas pelas palavras de Davi:

8 “Guarda-me como a menina dos teus olhos; esconde-me à sombra das tuas asas,
9 dos ímpios que me despojam, dos meus inimigos mortais que me cercam.” (Salmo 17.8-9)
13 SENHOR, levanta-te, confronta-os e derruba-os; pela tua espada, livra-me dos ímpios.
14 SENHOR, com tua mão, livra-me dos homens, dos homens mundanos, cuja recompensa está nesta vida. Enche-lhes o ventre do que está reservado para eles. Que seus filhos se fartem disso e deixem as sobras para seus pequeninos.” (Salmo 17)

Ou pelas palavras dos primeiros versículos do Salmo 25:

“ Senhor, elevo a minha alma a ti.
Meus Deus, eu confio em ti; que eu não me fruste; que os meus inimigos não triunfem sobre mim.” (Salmo 25.1-2)

Quem são mesmo os meus inimigos? Pecados, distrações, as coisas da vida, a falta de fé, pessoas más, pretensa autonomia…

Conclusão

Somos servos do Senhor. Assim sendo, fazemos a Sua vontade em todo o tempo.
Dediquemo-nos a fazer, totalmente, o que Deus deseja, nas mínimas coisas de nossa vida, pois esta história é do Senhor Deus e pertence a Ele.

 

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