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A queda

Diego Venancio
26/05/2019
O conhecimento correto sobre a queda nos dará condições de olhar corretamente para o mundo.

Por que ter um entendimento correto sobre a queda é importante?

Esta semana ao entrar no carro, liguei o meu rádio e passei a ouvir um psicólogo dando orientações para adolescentes. O psicólogo estava achando um absurdo adolescentes alugarem uma casa em Campos do Jordão, para lá, promoverem suas baladas, com drogas e sexo livres. No primeiro instante, concordei com ele. Isso é realmente um absurdo! Mas conforme foi desenvolvendo o seu argumento não pude mais concordar.

Ele era contra esta conduta dos adolescentes porque, fazendo isso, eles pulavam etapas importantes da vida. Essas coisas, segundo o psicólogo deveriam ser experimentados no período de faculdade.

Na minha cabeça estava o tempo todo: “Eles não devem fazer isso, porque é pecado“.
Este exemplo é importante porque evidencia uma postura da mídia, em geral, em relação a queda. Vivemos num mundo majoritariamente naturalista filosófico. Abaixo, explicarei o que isso significa.

Mas para prosseguirmos precisamos responder a uma importante pergunta:
Qual a explicação para a existência do mal no mundo?

Ninguém em sã consciência teria a coragem de perguntar qual a relevância dessa questão, pois é evidente que o mundo está cercado pelo mal. São pessoas más, acidentes, catástrofes naturais etc.

Todas as cosmovisões buscam alguma explicação para o mal. Passarei rapidamente por algumas delas para entendermos a diferença entre as cosmovisões; entre a queda no cristianismo e outras religiões e seitas.

O mal no espiritismo e suas seitas

  • O homem não foi o responsável pelo mal. Não existe conceito de queda.
  •  A matéria física é má. Quanto mais um espírito for ligado à matéria física, mais ele estará emaranhado no mal.
  • No Candomblé o homem está em condições de contribuir, ativamente, para a recomposição da harmonia com seu Orixá. Por isso, a ideia de pecado é estranha ao Candomblé.

O mal no mormonismo

Para os mórmons, “pecado é qualquer condição, seja a omissão de coisas exigidas, seja comissão de atos proibidos, que tendem a prevenir ou impedir o desenvolvimento da alma humana.”

Para eles, o mal existe à medida que o homem tem seu livre-arbítrio, é algo necessário para fazer oposição a todas as coisas, algo intrínseco à natureza do universo.

O mal no islamismo

Segundo o islamismo, a natureza humana não é pecaminosa. As pessoas não nascem em pecado. Eles pecaram no Éden, mas este pecado não foi algo realmente importante, pois se arrependeram e foram perdoados. Segundo o Islã, o homem é capaz de adquirir sua própria justiça através da obediência a Alá.

O mal no naturalismo

O naturalismo não crê na queda. Crê no neodarwinismo que diz que todas as coisas vieram de um processo evolutivo e seleção natural. O conceito de bem e mal, justiça e pecado, são meras convenções que a sociedade adotou e que a ajuda a sobreviver. Não existem absolutos morais, portanto não existe pecado.

O mal no panteísmo, no induísmo e na Nova Era

Eles negam, cabalmente, que o ser humano seja pecador. Negam que exista uma distinção entre o bem e o mal. Segundo eles, o problema do ser humano é que este não reconhece em si a sua própria divindade, ou seja, sua unidade com o UNO, a divindade impessoal que é tudo. O problema do homem não é uma rebeldia ética contra o Criador mas, sim, a ignorância do fato de que ele mesmo é Brahma, a própria divindade.

A queda no cristianismo

Mesmo dentro do cristianismo, vimos na história algumas visões discordantes sobre esse assunto.

Sob o ponto de vista de Pelágio

Pelágio chegou a Roma, em torno do século V, ensinando os seguintes pontos:

  • Adão foi criado mortal e teria morrido, quer tivesse pecado, quer não.
  • O pecado de Adão contaminou só a ele mesmo e não a raça humana.
  • Toda a raça humana não morre por causa da morte de Adão, nem ressuscita pela ressurreição de Cristo.
  • A lei, tanto quanto o Evangelho, conduz ao reino dos céus.

Agostinho e a visão bíblica da queda

É Agostinho que contrapõe Pelágio. A partir dele começamos a ter uma posição realmente bíblica sobre o significado da queda.

Para Agostinho, na criação, Adão tinha a capacidade de pecar e a capacidade de não pecar. Mas a partir da queda de Adão, a humanidade se tornou totalmente depravada. Ou seja, todas as esferas de nossa humanidade – razão, vontade e afetos – tornaram-se escravas do pecado.

Como herança maldita, recebida de Adão a natureza humana passou a ser escrava do pecado e sujeita à morte.

Vejamos o que nos diz Paulo no livro de Romanos:

Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram.

Porque até ao regime da lei havia pecado no mundo, mas o pecado não é levado em conta quando não há lei.

Entretanto, reinou a morte desde Adão até Moisés, mesmo sobre aqueles que não pecaram à semelhança da transgressão de Adão, o qual prefigurava aquele que havia de vir.

Todavia, não é assim o dom gratuito como a ofensa; porque, se, pela ofensa de um só, morreram muitos, muito mais a graça de Deus e o dom pela graça de um só homem, Jesus Cristo, foram abundantes sobre muitos.

O dom, entretanto, não é como no caso em que somente um pecou; porque o julgamento derivou de uma só ofensa, para a condenação; mas a graça transcorre de muitas ofensas, para a justificação.

Se, pela ofensa de um e por meio de um só, reinou a morte, muito mais os que recebem a abundância da graça e o dom da justiça reinarão em vida por meio de um só, a saber, Jesus Cristo.

Pois assim como, por uma só ofensa, veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também, por um só ato de justiça, veio a graça sobre todos os homens para a justificação que dá vida. (Romanos 5.12-18)

Portanto, para o cristianismo a queda é um evento histórico onde a desobediência de um só, de Adão, trouxe o mal para o mundo todo. E pela justiça de um só homem, Jesus Cristo, a justificação vem para muitos.

O processo do pecado

Podemos ainda extrair das Escrituras um processo pelo qual o pecado se estabelece:

“Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele;

porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo.” (1 João 2.15-16)

João nos dá uma espécie de método obedecido pelo pecado.

  • O desejo da carne
  • O desejo dos olhos
  • Orgulho dos bens (soberba da vida)

Aplicando esta explicação de João a Gênesis 3, temos:

“Respondeu a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim podemos comer,

mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis; se o fizerdes, morrereis.

Disse a serpente à mulher: Com certeza, não morrereis.

Na verdade, Deus sabe que no dia em que comerdes desse fruto, vossos olhos se abrirão, e sereis como Deus, conhecendo o bem e o mal.

Então, vendo a mulher que a árvore era boa para dela comer, agradável aos olhos e desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, comeu e deu dele a seu marido, que também comeu.”

No versículo 3 percebemos o desconhecimento da lei de Deus por parte de Eva quando diz: “nem nele tocareis”. Deus não havia dito isso!

No versículo 5 vemos o desejo da carne: “Na verdade, Deus sabe que no dia em que comerdes desse fruto, vossos olhos se abrirão, e sereis como Deus…

No versículo 6 observamos o desejo dos olhos: “vendo a mulher que a árvore era boa para dela comer, agradável aos olhos.”  E aqui ainda vemos, quando diz “para dar entendimento”, que esse não é o entendimento do livro dos Provérbios, que deve ser buscado e está ligado ao conhecimento de Cristo, consequentemente o de Deus. Este entendimento, é segundo o homem, aquele que ignora a vontade de Deus apresentada a Adão em Gênesis 2 (soberba da vida).

Conceitos Fundamentais sobre a Queda

  • Adão podia pecar e não pecar (livre vontade).
  • Adão foi reprovado no teste.
  • O mal e a morte entram no mundo pelo pecado do homem.
  • Adão é o representante de toda a humanidade. Se Adão pecou, todos pecaram.
  • Se todos pecaram, todos precisam de Redenção.
  • Jesus Cristo é o segundo Adão, o Adão que passou no teste e agora justifica a muitos, o que crêem em seu nome.

Que o correto conhecimento sobre a queda do homem o faça olhar para o mundo de forma correta. Que Deus abençoe o seu dia!

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