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Solus Christus ("Somente Cristo")

Diego Venancio
22/10/2021
O que queremos dizer com “Somente Cristo”? Como é que esse lema, formulado como um dos “cinco Solas” da Reforma, pode nos consolar e motivar hoje?


Continuando com o tema dos “cinco Solas” da Reforma Protestante, hoje veremos o segundo tema: Solus Christus (“Somente Cristo”). Falamos na semana passada sobre a exclusividade das Escrituras em trazer conhecimento salvífico sobre Deus. Agora vamos ver a exclusividade da obra de Cristo na salvação do homem.
Se a natureza revela o Deus Criador, ela revela também a impiedade do coração dos homens em não reconhecerem a Deus como o Criador de tudo e não darem a Ele a glória devida.
As Escrituras, no entanto, são revelação especial. Elas revelam a vontade de Deus para o homem e essa vontade só pode ser concretizada na Pessoa de Jesus Cristo.

Por que “Somente Cristo”?

A afirmação Solus Christus (“Somente Cristo”) diz que nada nem ninguém pode servir como mediação entre o Deus santo e o homem morto em seus pecados, a não ser Cristo.
Precisamos entender o contexto medieval, antes da Reforma. A salvação e o perdão dos pecados eram comprados com dinheiro. Compravam-se indulgências como lascas da cruz, um terreno nos céus e outras coisas atrozes.
Daí, após grandes debates, como os que aconteceram em Heidelberg por volta de 1563, vieram os reformadores. Eles afirmavam que só Cristo é capaz de cumprir e pagar o preço exigido para a remissão dos pecados. Esse preço não tem nada a ver com dinheiro, e sim com sangue, morte e sacrifício, para os quais o Antigo Testamento apontava.

A necessidade do homem

As Escrituras afirmam em toda parte que o homem, após a desobediência de Adão, está debaixo da ira de Deus, está separado de Deus.

“[…] estando vós mortos nos vossos delitos e pecados,
nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência;
entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais.” (Efésios 2.1-3)

Essa é a condição do homem após a Queda. Nada pode ser feito por ele para a sua própria salvação. Ele necessita de um mediador.

A mediação de Cristo

Contudo, continuando em Efésios 2, temos um sonoro e abençoado “mas”!

“Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou,
e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, — pela graça sois salvos,
e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus;
para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus.” (Efésios 2.4-7)

Repare que Paulo tem o cuidado de sempre dizer que estamos “em Cristo”.
Não há mérito no homem natural. Somente os méritos de Cristo nos levam a uma condição de vida, de virtude, de comunhão com Deus.
É nesse sentido que temos o “Somente Cristo” como um grande slogan. A nossa alma sabe que, se dependesse da nossa fidelidade, das nossas obras, da nossa vontade para nos aproximarmos de Deus, estaríamos acabados.
No entanto, o próprio Deus, que é rico em misericórdia, envia Jesus Cristo como o único Mediador entre Deus e os homens.

A exclusividade de Cristo

Eu gostaria de mostrar como o Evangelho de João apresenta a Pessoa de Cristo como exclusiva.

“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
Ele estava no princípio com Deus.
Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez.
A vida estava nele e a vida era a luz dos homens.
A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela.” (João 1.1-5)

“O Verbo estava no mundo, o mundo foi feito por intermédio dele, mas o mundo não o conheceu.
Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.
Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome;
os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.
E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.” (João 1.10-14)

Não há salvação sem a obra de Cristo. Não há meio de se salvar senão abraçando o meio enviado por Deus.
Graças a Deus por esse plano tão maravilhoso de enviar o Seu próprio Filho, Jesus Cristo, para ser o nosso libertador. Somente Cristo pode nos salvar dos nossos pecados.

“Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem,
o qual a si mesmo se deu em resgate por todos.”(1Timóteo 2.5-6a)

Cristo, o único fundamento

Eu gostaria de finalizar com um belo trecho do catecismo de Heidelberg, que afirma a grandiosidade e a exclusividade da obra de Cristo.

“Qual é o seu único fundamento, na vida e na morte?
O meu único fundamento é meu fiel Salvador Jesus Cristo. A Ele pertenço, em corpo e alma, na vida e na morte, e não pertenço a mim mesmo. Com Seu precioso sangue, Ele pagou por todos os meus pecados e me libertou de todo o domínio do diabo. Agora Ele me protege de tal maneira que, sem a vontade do meu Pai do céu, não perderei nem um fio de cabelo. Além disso, tudo coopera para o meu bem. Por isso, pelo Espírito Santo, Ele também me garante a vida eterna e me torna disposto a viver para Ele, daqui em diante, de todo o coração.” (Catecismo de Heidelberg, primeira pergunta e resposta)

Amém!

 

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