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Simão, o Zelote: desconhecido e calado

Marcos David Muhlpointner
02/07/2021
Simão é o apóstolo sobre o qual as Escrituras não dizem nada. Sabemos que ele tinha forte visão política, mas qual o motivo do seu silêncio?


Talvez este texto seja bem curto, pois a Bíblia não traz nenhuma fala, nem mesmo uma oração desse apóstolo: Simão, o zelote. Entretanto, acho que isso tem um significado muito importante.

Simão, o escolhido

Depois de orar, Jesus escolheu 12 homens para andarem ao Seu lado. Havia pescadores, cobrador de impostos, um ladrão e traidor. Sobre alguns, não temos notícias do que faziam. Contudo, o personagem deste texto era um zelote.
De acordo com Tenney, os zelotes não eram uma facção religiosa, como os fariseus ou saduceus.

“[Eram] um grupo de nacionalistas fanáticos que advogavam a violência como meio de se libertarem de Roma.” (Merrill Tenney, O Novo Testamento: sua origem e análise, Shedd Publicações, São Paulo, SP, 2008, p. 122)

Correndo certo risco de ser anacrônico, Rops diz:

“[Esse grupo] podia ser descrito como formando a extrema esquerda do farisaísmo.” (Henri Daniel-Rops, A vida diária nos tempos de Jesus, Edições Vida Nova, São Paulo, SP, 2008, p. 440)

Simão era um fanático não muito diferente do que temos hoje em dia dentro do complexo espectro político mundial.
Por que Jesus chamaria um agitador político para compor o colégio apostólico? Creio que esse fato tem uma grande lição para nós, principalmente nos dias atuais. Um querido professor do seminário sempre nos lembrava que o pêndulo da história sempre tende para as extremidades e que encontrar o equilíbrio é a nossa tarefa. Tenho certeza de que ele afirma isso depois de muita reflexão pessoal!
Como entendo os decretos de Deus, tenho convicção de que Deus tinha um plano específico para Simão. Ainda que a Bíblia não fale nada sobre o ministério de Simão, em comparação com o que os demais apóstolos fizeram, é certo que ele teve a sua contribuição na expansão do evangelho naqueles dias. No entanto, o que foi que Simão falou e ficou registrado na Bíblia?

Simão, o calado

Uma pesquisa numa boa concordância vai nos mostrar que a palavra zelote aparece apenas quatro vezes no Novo Testamento.
Em Mateus, lemos:

“Simão, o Zelote, e Judas Iscariotes, que foi quem o traiu.” (Mateus 10.4)

Em Marcos, encontramos os nomes dos 12 discípulos escolhidos, incluindo:

“Simão, o Zelote.” (Marcos 3.18)

Em Lucas, temos novamente a relação dos Doze, dentre os quais está:

“Simão, chamado Zelote.” (Lucas 6.15)

Em Atos, os discípulos voltaram a Jerusalém após a ascensão de Cristo. Entre aqueles que se reuniram no cenáculo estava:

“Simão, o Zelote.” (Atos 1.13)

Em todas essas passagens, Simão é apenas citado como integrante do grupo dos apóstolos. Se procurarmos pelo nome Simão, associado a zelote, aparecem os mesmos textos. Até de Judas Iscariotes, descrito como um diabo (João 6.70), temos a citação de algumas falas. Sobre o zelote, porém, a Bíblia é silenciosa.
O que isso significa? Para mim está claro: diante do Rei do universo, toda e qualquer posição política deve se calar.
Ouvi uma frase do Pr. Jonas Madureira várias vezes:

“O reino de Deus não é uma democracia; é uma monarquia. E Seus súditos Lhe obedecem”. (Jonas Madureira)

Isso faz todo sentido na relação de Simão com Jesus.
Talvez Simão tenha aprendido rapidamente que Jesus não era dado ao jogo político. Talvez ele tenha entendido com muita clareza a frase: “Meu reino não é deste mundo”. É bem capaz que o zelote tenha aprendido isso de fato quando ouviu:

“Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.” (Lucas 20.25)

Com muita certeza Simão aprendeu a conviver e a amar Mateus, seu colega apóstolo, que jogava por Roma à custa dos judeus. Tudo isso é especulativo, mas há um fato: um agitador político se calou diante da autoridade de Jesus.

Conclusão

Ideologias não redimem, não salvam. A visão política se curva diante do senhorio de Cristo. A glória deste mundo nada é quando comparada com a glória que nos espera ao lado do nosso Salvador. Usando da graça comum, podemos concordar com o falecido cantor Cazuza, que escreveu diante da desilusão de ter sua ideologia falida:

“E as ilusões
Estão todas perdidas;
Os meus sonhos
Foram todos vendidos,
Tão barato que eu nem acredito,
Ah! Eu nem acredito.” (Ideologia, do disco homônimo por Cazuza em 1988)

Vivemos numa época de muita agitação e polarização política. Sites, blogs, podcasts e a grande mídia evangélica têm discutido se cristãos podem ter algum tipo de ideologia política, se é certo ser da direita, da esquerda. Há muito falatório na internet sobre isso. Contudo, os cristãos têm esquecido que são peregrinos e forasteiros em terra estranha cuja cidade não é aqui.
Não estou pregando nenhum tipo de alienação ou escapismo. Estou exortando a que nos apeguemos e nos submetamos ao senhorio de Jesus Cristo, diante do qual todo joelho se dobrará e toda língua confessará que só Ele é Senhor.

 

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