Se você já assistiu os filmes da série Toy Story, deve ter passado por diversas situações que desencadearam reflexões sobre Deus. Eu gostaria de destacar um aspecto de uma fala que encontra força na nossa vida.
No filme Toy Story 3, os brinquedos do jovem Andy já estão há algum tempo dentro de uma caixa sem que ninguém mais brinque com eles. Isso aconteceu porque o dono deles cresceu e está se preparando para ir para a faculdade.
Os brinquedos armam um plano para chamar a atenção do Andy para a caixa de brinquedos. Infelizmente, o plano não dá muito certo. Os brinquedos começam a compreender que não serão mais usados e começam a pensar sobre seu destino.
Diante de alguns desencontros, o Andy decide colocar os brinquedos no sótão, mas o saco onde se encontram os brinquedos acaba parando no meio fio, junto com o lixo. Somente o brinquedo Woody consegue ver e entender o plano do Andy. Os outros brinquedos, revoltados, decidem entrar numa caixa de doação para uma creche chamada Sunnyside.
O Woody vai com os outros brinquedos à creche, mas obstinado a trazê-los de volta, argumentando que aquela não era a vontade original do Andy. O Andy queria colocá-los no sótão, o melhor lugar para eles. Os brinquedos não conseguem entender isso.
Então, o Woody desiste e foge da creche. Os demais brinquedos são escravizados, dominados e explorados por um ursinho fofo, com cheiro de morango, chamado Lotso.
O Woody descobre que seus amigos foram escravizados e volta para salvá-los. Na fuga, eles se encontram com o Lotso na beira de uma caçamba de lixo. No conflito, todos eles caem na caçamba e são levados para um lixão incinerador.
Em cima de uma esteira, todos eles são levados na direção do incinerador. O Lotso fica preso. Se continuasse, morreria esmigalhado por roldanas pontiagudas. Ao pedir socorro, o Lotso recebe a pronta ajuda do Woody e do Buzz.
Ao avistarem o clarão do incinerador, todos se desesperam. O Lotso avista, num canto acima, um botão que pararia a esteira, salvando todos de morrerem queimados.
Num grande esforço, o Woody e o Buzz colocam o Lotso numa escada que acessaria o botão. O Lotso, agora diante do botão, com sua bengala, ameaça apertar o botão e volta atrás, dizendo: “Onde está a sua criança agora, cowboy?”
Esse é um grande desafio de fé, principalmente para o Woody, o profeta do Andy, digamos assim.
Foi o Woody que defendeu e pregou a vontade do Andy para seus amigos, mas eles não acreditaram. E agora, diante da morte, tudo pelo qual ele deu a vida estava sendo questionado, podendo ter arrancado dele o último fio de esperança.
Esta é a frase que os crentes ouvem quando estão em momentos de dificuldade, provando a sua fé: onde está o seu Deus agora?
Na verdade, o plano do Andy era um plano seguro. Eles ficariam bem no sótão. Não era aquilo que, segundo os pensamentos deles, era o melhor; porém, segundo o Andy, era o melhor.
Na obstinação de dar um sentido melhor para sua vida, eles foram para a creche e terminaram escravizados por um tirano.
É assim que agimos com Deus todos os dias quando não estamos seguros de que Deus tem para nós o melhor, embora aos nossos olhos os propósitos estejam turvos. Devemos confiar. Devemos descansar em Deus. Devemos ter a certeza de que nós somos conduzidos por Ele.
Ao final, todos os brinquedos, diante do incinerador, estão caindo para serem queimados. Eles dão as mãos e fecham os olhos, esperando o pior. Realmente, não há mais saída racional ali. O natural é morrer derretido no enorme calor.
Milagrosamente, os bonequinhos do Pizza Planet descem com uma garra, resgatando todos de uma só vez, salvando os brinquedos daquele destino trágico. O melhor de tudo é que eles ganham a oportunidade de uma última brincadeira com o Andy, que decide doá-los para a Bonnie.
Deus faz assim com a nossa história. Tudo serve para o nosso crescimento. Todos os eventos da nossa vida nos fazem crescer e confiar mais. No final, nós nos encontraremos com Ele para o Seu deleite, e o deleite dEle é consequentemente o nosso deleite, pois fomos criados para Ele mesmo.
Onde está o seu Deus agora?
Ainda que eu morra de forma trágica, nada me rouba a esperança de que nada poderá me roubar de Deus, nem eu mesmo.
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