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O templo é purificado por Cristo

Diego Venancio
22/05/2025
O templo, um lugar de adoração, tornou-se um mercado. Mas o que acontece quando Jesus, tomado de zelo, intervém? Sua ação foi apenas um protesto ou algo muito mais profundo? Descubra como esse evento revelou o coração da verdadeira adoração e desafiou todos os presentes.


O evangelista João relata o episódio no qual Jesus purifica o templo. Olhando para este fato, o que podemos tirar de precioso para nossa vida?

A subida de Jesus a Jerusalém

No início do seu evangelho, João informa que Jesus, Sua mãe e Seus discípulos desceram para Cafarnaum e ali permaneceram por poucos dias. Vejamos o texto bíblico:

“Depois disto, desceu Ele para Cafarnaum, com Sua mãe, Seus irmãos e Seus discípulos; e ficaram ali não muitos dias.” (João 2.12)

Assim, com a proximidade da festa da Páscoa, Jesus sobe para Jerusalém com Seus discípulos, como era costume.

A região, onde havia cidades ao redor do mar da Galileia, estava a 300 metros abaixo do nível do mar, enquanto Jerusalém situava-se a 850 metros acima. Portanto, isso representava uma subida de 1.150 metros.

Todo judeu do sexo masculino a partir dos 12 anos deveria participar da Páscoa em Jerusalém, uma festa que comemorava a libertação do povo de Israel do Egito.

Provavelmente, essa celebração em especial, ocorreu em 28 d.C., e fazia parte da rotina de Jesus. Lucas relata que Seus pais iam anualmente a Jerusalém para a Páscoa e que, aos doze anos, Jesus permaneceu no templo sem que Seus pais notassem. Veja o que diz o texto:

“Ora, anualmente iam Seus pais a Jerusalém, para a Festa da Páscoa.

Quando Ele atingiu os doze anos, subiram a Jerusalém, segundo o costume da festa.

Terminados os dias da festa, ao regressarem, permaneceu o menino Jesus em Jerusalém, sem que Seus pais o soubessem.” (Lucas 2.41-43)

No décimo dia do mês de Abib, ou mês de Nisan, isso fica entre os nossos meses de março e abril, um cordeiro macho, sem defeito, era sacrificado entre 3 e 5 horas da tarde. A festa era seguida pela Festa dos Pães Asmos, que durava sete dias.

Atualmente, os judeus não realizam sacrifícios de animais, pois a prática foi interrompida em 70 d.C., quando os romanos destruíram o Segundo Templo de Jerusalém. Após esse fato, o Judaísmo Rabínico substituiu os sacrifícios por orações, boas ações e estudo da Torá.

O mercado no pátio do templo

Ao chegar ao templo, Jesus encontrou um cenário de intenso comércio. No “Pátio dos Gentios”, um espaço destinado à oração, vendiam-se bois, ovelhas e pombas para os sacrifícios. Apesar de permitirem levar animais próprios, os juízes do templo poderiam rejeitá-los, forçando a compra de animais aprovados dali.

Dessa forma, a economia do templo crescia descontroladamente.

Judeus de diversas regiões levavam moedas diferentes, exigindo a presença de cambistas para a troca de dinheiro, pois apenas a moeda judaica era aceita. Assim, cobravam-se comissões abusivas e exploravam os visitantes. Além disso, era também o momento de cobrança do imposto anual do templo, do qual apenas mulheres, escravos e crianças eram isentos.

Como vê, o local sagrado havia se transformado em um mercado. O foco da adoração havia sido completamente desvirtuado pela ganância e comercialização da fé.

A indignação de Jesus

Diante dessa situação, Jesus tomou cordas e fez um azorrague, que é um chicote, e com ele passou a expulsar os comerciantes e os animais do templo. Nesse ato Ele virou as mesas dos cambistas e derramou dinheiro deles ao chão.

Observe o que Jesus diz:

“Tirai daqui estas coisas; não façais da casa de Meu Pai casa de negócio.” (João 2.16)

Esse ato não foi um acesso de fúria irracional, mas a expressão da justa indignação de Cristo. Ele não apenas demonstrou a Sua autoridade, como cumpriu a profecia messiânica.

De fato, os Seus discípulos se lembraram do que Escritura dizia, quando lemos o seguinte:

“Pois o zelo da Tua casa me consumiu, e as injúrias dos que Te ultrajam caem sobre mim.” (Salmo 69.9)

Dessa forma, Jesus Se identificava com Davi, que sofreu oposição por seu zelo pelo Senhor. Sim, Jesus foi rejeitado e odiado por zelar pelas coisas de Deus.

A resposta das autoridades

As autoridades do templo, ao invés de reconhecerem o erro, questionaram Jesus. Observe a pergunta registrada por João feita por tais autoridades:

“Que sinal nos mostras, para fazeres estas coisas?” (João 2.18)

Eles ignoraram o significado espiritual da purificação do templo e exigiram uma prova da autoridade de Jesus. No entanto, a própria ação de Cristo já era um sinal profético, cumprindo o escrito de Malaquias, que descreve a chegada do Senhor ao templo para purificá-lo. Preste atenção ao que o profeta escreveu:

“Eis que Eu envio o Meu mensageiro, que preparará o caminho diante de Mim; de repente, virá ao Seu templo o Senhor, a quem vós buscais, o Anjo da Aliança, a quem vós desejais; eis que Ele vem, diz o SENHOR dos Exércitos.

Mas quem poderá suportar o dia da Sua vinda? E quem poderá subsistir quando Ele aparecer? Porque Ele é como o fogo do ourives e como a potassa dos lavandeiros.

Assentar-Se-á como derretedor e purificador de prata; purificará os filhos de Levi e os refinará como ouro e como prata; eles trarão ao SENHOR justas ofertas.” (Malaquias 3.1-3)

Jesus lhes respondeu com a seguinte declaração enigmática:

“Destruí este santuário, e em três dias o reconstruirei.” (João 2.19)

Os judeus interpretaram a frase literalmente, apontando que o templo levava 46 anos para ser construído. No entanto, Jesus Se referia ao Seu próprio corpo, pois Seu sacrifício e ressurreição substituiriam o sistema sacrificial e inaugurariam um novo tempo de adoração.

O novo templo e a verdadeira adoração

Jesus trouxe essa verdade de maneira mais clara ao dialogar com a mulher samaritana. Assim lemos:

“Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade.” (João 4.23)

A adoração não dependeria mais de sacrifícios no templo, mas de um relacionamento direto com Deus. O sistema de culto judaico estava sendo substituído pela realidade espiritual inaugurada por Cristo.

Os discípulos somente compreenderam essas palavras após a ressurreição de Jesus, como vemos a seguir:

“Quando, pois, Jesus ressuscitou dentre os mortos, lembraram-se os seus discípulos de que Ele dissera isto; e creram na Escritura e na palavra de Jesus.” (João 2.22)

Portanto, Jesus, ao purificar o templo, estava fazendo outras coisas de suma importância:

  • Ele denunciou a secularização da fé judaica;
  • Ele expos a corrupção e a ganância dos líderes religiosos;
  • Ele também restaurou a ordem no Pátio dos Gentios, que deveria ser um espaço de oração para todas as nações;
  • E, ainda, cumpriu as profecias messiânicas do Salmo 69 e de Malaquias 3.

Desta maneira, a purificação do templo aponta para a necessidade de um culto puro, baseado na verdade e não em interesses comerciais. Agora, o verdadeiro templo de Deus é Cristo, e a verdadeira adoração acontece em espírito e em verdade.

Conclusão

Para concluir, eu quero convidar você a avaliar o seu coração. O processo é sutil. Primeiro, nos familiarizamos com o sagrado, depois, o banalizamos e por fim, um ídolo toma o lugar de Deus.

Os fariseus esqueceram o verdadeiro propósito de estarem ali: adorar a Deus. No entanto, acabaram adorando o dinheiro. Essa é uma armadilha na qual todos podemos cair, caso não avaliemos constantemente as nossas intenções e motivações.

Como discípulos de Cristo, não podemos ser indiferentes ao erro. Quando este se torna escandaloso e evidente, é necessária uma ação imediata. O amor verdadeiro não se manifesta na aceitação do erro como algo comum. A disciplina preserva a pureza da Igreja e, consequentemente, tudo o que fazemos em nome de Jesus Cristo.

Jesus Cristo é o nosso templo. Ele é o nosso Redentor e, por meio da Sua vida e da Sua obra completa, Ele nos coloca diante do Pai como filhos.

Veja o que Paulo disse aos atenienses:

“O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo Ele Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas.

Nem é servido por mãos humanas, como se de alguma coisa precisasse; pois ele mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais;

de um só fez toda a raça humana para habitar sobre toda a face da terra, havendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os limites da sua habitação;

para buscarem a Deus se, porventura, tateando, o possam achar, bem que não está longe de cada um de nós;

pois Nele vivemos, e nos movemos, e existimos, como alguns dos vossos poetas têm dito: ‘Porque Dele também somos geração’.

Sendo, pois, geração de Deus, não devemos pensar que a divindade é semelhante ao ouro, à prata ou à pedra, trabalhados pela arte e imaginação do homem.

Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam;

porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-O dentre os mortos.” (Atos dos Apóstolos 17.24–31)

Vamos estar preparados, cientes de que Jesus Cristo julgará tudo o que fizermos em Seu nome. Afinal, sabemos que nem todo aquele que diz “Senhor, Senhor” entrará no Reino dos Céus.

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