O pensamento positivo exige que a pessoa foque em coisas boas e tenha sempre palavras edificantes. Para os adeptos dessa filosofia, as palavras possuem poder — podem movimentar energias, atrair vibrações negativas ou enviar energias positivas.

Embora pareça inofensiva, essa filosofia se opõe à fé em Cristo.

Muitos seguidores do pensamento positivo afirmam crer em Cristo e amar a Deus. Porém, quanto a exclusividade e a suficiência de Cristo, percebe-se que essa crença não está verdadeiramente fundamentada Nele.

O deus dessa filosofia de vida é outro.

A incongruência entre o pensamento positivo e a fé em Jesus

O pensamento positivo é uma filosofia popular que promove a ideia de que pensamentos otimistas e afirmativos podem atrair resultados positivos na vida de uma pessoa. No entanto, essa visão contrasta profundamente com a fé em Jesus Cristo, pelo menos conforme ensinada na Palavra de Deus. A confiança na soberania de Deus, a doutrina da depravação total e a centralidade da graça na redenção do homem mostram a fragilidade do pensamento positivo quando comparado à verdadeira fé cristã.

O pensamento positivo e a autossuficiência humana

Esse positivismo se baseia na ideia de que o ser humano tem poder sobre a sua realidade através da sua mentalidade e das suas palavras. Esse conceito é comumente associado à “Lei da Atração”, que sugere que ao projetar pensamentos positivos, uma pessoa pode atrair sucesso, saúde e felicidade. No entanto, essa crença não se sustenta biblicamente, pois coloca o homem no centro da sua própria vida, deslocando Deus da Sua posição soberana.

A Bíblia ensina que o ser humano é totalmente dependente de Deus e declara:

“Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento.” (Provérbios 3.5)

Um profundo estudo da Palavra de Deus rejeita qualquer tentativa de autonomia humana diante de Deus, ensinando que a verdadeira esperança não está em pensamentos positivos, mas na providência divina.

A falsa visão do homem quanto ao pensamento positivo

O pensamento positivo assume, implicitamente, que o ser humano é inerentemente bom e capaz de moldar a sua própria realidade. No entanto, a doutrina da depravação total do homem ensina que o pecado corrompeu todas as facetas da natureza humana. É isso o que Paulo declara na carta aos Romanos:

“Não há justo, nem um sequer;

não há quem entenda, não há quem busque a Deus;

todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer.” (Romanos 3.10-12)

Como vemos, essa doutrina bíblica é fundamental para entender a insuficiência do pensamento positivo. Mas, em Efésios, Paulo diz ainda:

“Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados”(Efésios 2.1)

Ora, se o homem está espiritualmente morto, então não pode, por seus próprios pensamentos ou esforços, mudar a sua condição diante de Deus ou criar uma realidade favorável. Somente a graça de Deus pode transformar a vida do pecador.

A centralidade de Cristo

A fé cristã ensina que a nossa esperança e a nossa segurança estão em Cristo, e não em nossa capacidade mental.  Na carta aos Hebreus, Paulo nos exorta:

“… olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, O qual, em troca da alegria que Lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus.” (Hebreus 12.2)

É por essa razão que o pensamento positivo se opõe à obra de Cristo. Ele coloca o foco no próprio indivíduo, contrariando o evangelho que enfatiza a soberania de Deus e a obra de Cristo na redenção.

Além disso, o evangelho reconhece que Deus tem um propósito para cada situação, inclusive nas adversidades. Assim, o pensamento positivo muitas vezes nega ou minimiza o sofrimento, enquanto a Escritura nos ensina que Deus usa as dificuldades para nosso crescimento espiritual. O apóstolo Paulo faz uma afirmação definitiva a esse respeito:

“Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus.” (Romanos 8.28)

A oração e a dependência de Deus

Outro ponto crucial é a diferença entre a oração cristã e as afirmações do pensamento positivo. Enquanto este ensina que palavras e pensamentos podem “manifestar” mudanças, a oração cristã é uma expressão de dependência de Deus. Jesus ensinou os Seus discípulos a orar, dizendo:

“Seja feita a Tua vontade, assim na terra como no céu.” (Mateus 6.10)

Assim fazendo, reconhecemos a soberania divina sobre todas as coisas.

Dessa forma, a oração verdadeira não é um meio de manipular a realidade, mas uma expressão de submissão à realidade determinada pela vontade de Deus.

Quando o crente ora, ele confia que Deus é soberano e sabe o que é melhor para sua vida, ao contrário do adepto do pensamento positivo, que tenta colocar o homem no controle do seu destino.

Conclusão

Como pudemos ver, o pensamento positivo, apesar de atrativo, é incompatível com o evangelho de Jesus Cristo pois exalta a autossuficiência humana e ignora a realidade do pecado e da soberania divina.

A fé em Jesus Cristo é, conforme ensinada nas Escrituras, baseada na confiança em Deus, na redenção pela graça e na submissão à Sua vontade. O cristão não é chamado a simplesmente “pensar positivo”, mas a confiar em Deus independentemente das circunstâncias.

A nossa esperança não está em nossos pensamentos, mas na promessa segura de que Cristo venceu o mundo e que Nele temos a verdadeira paz:

“Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em Mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; Eu venci o mundo”. (João 16.33)

O que Deus quer de você é que confie Nele, independente da situação que se apresente na sua vida. Mesmo na tribulação, a única atitude capaz de deixar o seu coração em paz é a de colocar a sua vida nas mãos do Pai  que é infinitamente amoroso e, de fato, todo-poderoso!

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