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O medo de homens

Matheus Borget
05/08/2018
A autoridade máxima na igreja de Cristo é a Palavra de Deus. Isso nos leva, muitas vezes, a combater homens.

Medo de homens ou medo de Deus

Um líder de uma igreja, com certeza sofre do medo de homens e também sofre para manter sua própria vida em santificação.
Inúmeros personagens bíblicos, homens que serviram a Deus, homens que estiveram face a face com o Deus encarnado, passaram pelo mesmo impasse: temer mais a homens do que o próprio Deus.
Eu vou me fazer algumas perguntas:

Quantas vezes, assim, como eles, temi os homens?

Quantas vezes, como Adão e Eva, temi ser visto nu pelos homens e esqueci que já estava nu diante do Deus onisciente.

Quantas vezes, como Abraão e Moisés, temi o “Faraó” que apenas pode matar o corpo e me esqueci de obedecer a Deus, que é o dono da minha alma.

Quantas vezes, assim como a nação de Israel, moldei ídolos como os descritos em Salmos 115, mesmo vivendo sob os cuidados do Deus verdadeiro.

Quantas vezes, assim como os fariseus, temi tanto as outras pessoas que “despejei” os meus conhecimentos com ares de superioridade e condescendência, mesmo estando diante do Logos.

Quantas vezes, assim como Pedro, neguei a Jesus, mesmo reconhecendo-O como o Cristo, o filho do Deus vivo.

Quantas vezes temi os homens?

Falando como membro de igreja, quantas vezes temi a figura do pastor, com pretextos de respeito ou de grande consideração?
Passei por inúmeras igrejas onde os membros temiam tanto a pessoa do pastor que tudo o que ele dizia era lei; eles nem ao menos voltavam seus olhos para a Palavra para averiguar se o que o pastor havia dito vinha realmente de Deus. As decisões tomadas em assembleia não eram questionadas, mesmo que não concordassem. E, dessa forma, aos poucos e sem perceber, se tornavam codependentes do mesmo.
Há, em nossas igrejas, muita idolatria mascarada por respeito ou admiração.
Comecei a perceber que, em muitos casos, o pastor apreciava essa posição de não ser questionado, a ponto de, quando alguém o fazia, ser repreendido. Fiquei pensando em mim mesmo, pois, como pastor, estou sujeito a inúmeros pecados decorrentes deste oficio. Além dos pecados provenientes da minha própria carne, há também os dos outros em relação a mim. E, novamente, me vi temendo homens!
O medo do homem é enraizado no orgulho e disfarçado, às vezes, em perfeccionismo. Porém, esse medo é o de ser rejeitado, de não querer ser pego em alguma falta de conhecimento, ou pela ausência de determinada habilidade.

“Miserável homem que eu sou! Quem me livrará do corpo desta morte? Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor!” (Rm 7.24-25)

Santificação pessoal

Diante de tudo isso, percebi que, se quisesse cuidar dos outros, precisava, realmente, cuidar de mim. Por essa razão, posso afirmar que:

  • Pastores e líderes devem cuidar de si mesmos e buscar a santidade do próprio coração, pois Deus não faz acepção de pessoas. Ele não salva homens pelos seus ternos ou profissões. A nossa pregação, que sai pela boca, serve, primeiramente, a nós.
  • Pastores e líderes devem cuidar de si mesmos, porque todos possuem uma natureza depravada, inclinações pecaminosas, como todos os outros membros da igreja. Qualquer coisa, por menor que seja, pode nos fazer cair, pode acender nossas paixões e desejos desordenados, perverter nosso juízo, enfraquecer nossa determinação, esfriar nosso zelo e abater nossa diligência!
  • Pastores e líderes não são apenas humanos passíveis de erro, mas pecadores contra a graça de Cristo, tal como todos os homens. É necessário, portanto, que cuidemos de nós mesmos e de nossas próprias almas.
  • Pastores e líderes devem cuidar de si mesmos, porque o tentador os afligirá mais do que a outros homens. Se, realmente, somos líderes da Igreja de Cristo, estaremos contra o príncipe das trevas e seremos mais propensos à tentação, pois o diabo ataca com maior crueldade os que estão envolvidos na luta em favor do Reino. Ele sabe que, quando o pastor é ferido, o rebanho se espalha. Portanto, cuidemos de nós mesmos, pois o inimigo está à espreita, pronto para atacar com sutis insinuações.
  • Pastores e líderes devem cuidar de si mesmos, pois há muitos olhos fitos em suas vidas e ouvidos atentos às suas palavras. Portanto, façamos o nosso trabalho cientes de que o mundo nos observa.

Que possamos, em vez de temer as pessoas, amá-las assim como nosso Jesus, que, diante de acusações, respondia com sabedoria e amor; que diante do perigo não temia, pois sua vida estava nas mãos do Pai; que diante da rejeição perdoava e acolhia. Que possamos temer a Deus e guardar os seus mandamentos.

  • Pastores e líderes devem cuidar de si mesmos, pois seus pecados têm agravantes mais severos do que os pecados de outros homens.

“Que repugnância haverá em nós se nos aplicarmos ao estudo e a pregação sobre as desgraças do pecado e, não obstante, vivermos nele, entretendo em secreto o que desprezamos em público!
Que vil hipocrisia será assumir a tarefa diária de deplorar o pecado e, contudo permanecer nele; publicamente reduzir o pecado a nada e, em privado, fazer dele um companheiro!” (Richard Baxter em “O pastor Aprovado”)

  • Pastores e líderes devem cuidar de si mesmos para honrar ao Senhor e depender de Sua santa providência pois a responsabilidade recai, mais pesada, sobre os ombros dos líderes do que sobre os outros homens. Quanto mais perto de Deus, maior será a desonra se alguém descumprir sua missão, vergonha que os homens tolos imputarão ao próprio Deus. Tomemos cuidado com as palavras que proferimos, com os passos que damos, pois somos portadores da arca do Senhor; a sua honra nos foi confiada.

E finalmente…

  • Pastores e líderes devem cuidar de si mesmos, pois o sucesso de seu trabalho humano depende muito dessa atitude. Se a obra do Senhor não for feita em seus corações, como poderemos esperar que Ele abençoe seu esforço para realizá-la em outras pessoas? Ele a realizará segundo o seu querer, mas nós mesmos teríamos de duvidar que o fizesse por nosso intermédio, pois Deus, em geral, não faz prosperar o trabalho de homens não santificados.

“ Um comandante traidor, que só atira contra o inimigo com balas de festim, poderá fazer tanto barulho com suas armas quanto com os que atiram com balas de carga – mas jamais ferirá o inimigo.
Desta maneira, alguém poderá fazer alarde do evangelho e falar com aparente fervor, mas raramente ferirá a Satanás e suas hostes.” (Richard Baxter em “O pastor Aprovado”)

E em Hebreus 12.1-3, lemos:

“Portanto, também nós, rodeados de tão grande nuvem de testemunhas, depois de eliminar tudo que nos impede de prosseguir e o pecado que nos assedia, corramos com perseverança a corrida que nos está proposta, fixando os olhos em Jesus, o Autor e Consumador da nossa fé, o qual, por causa da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da vergonha que sofreu, e está assentado a direita do trono de Deus”.

 

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