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O ‘Eu’ como centro indevido no culto a Deus

Diego Venancio
09/01/2025
O “Eu” reina absoluto em nossa cultura. Mas o que acontece quando sentimentos são elevados acima da verdade? Prepare-se para uma análise provocativa que desafia nossas convicções mais profundas, revelando um conflito essencial entre emoção, razão e fé.


Há tempos desejo falar sobre o tema do “eu”. Em inglês, esse conceito é designado pela palavra self.

Nos últimos tempos, temos testemunhado uma transformação no pensamento humano. O homem moderno rompeu com o ideal do Iluminismo (Século XVIII) e se tornou, segundo diversos estudiosos, o homo sentimentalis. Essa expressão caracteriza um ser humano que eleva seus sentimentos a uma posição de autoridade absoluta.

Se antes o filósofo francês René Descartes proferiu: “Penso, logo existo”, hoje vivemos sob a égide de uma nova máxima: “Sinto, logo todas as coisas são como as percebo”.

Esse pensamento é reforçado pela interpretação equivocada da Teoria da Relatividade de Einstein, como se ela implicasse que toda verdade dependesse exclusivamente do ponto de vista de quem a observa. E assim, surge um problema central: a relativização da verdade.

Não há mais “A Verdade”, mas sim múltiplas “verdades”, que coexistem e, paradoxalmente, se anulam. Ora, se tudo é verdade, logo, nada é verdade.

Dessa maneira, iniciamos a era da supremacia do “Eu”.

  • “Eu sinto, então essa é minha verdade!”
  • “Eu pensei, então meu pensamento é legítimo e correto!”
  • “Eu criei, então minha criação é válida, independente de critérios externos.”

Mesmo que essas ideias contrariem séculos de experiência e reflexão, o domínio do “Eu” tem prevalecido.

A Influência do Eu na Cultura e Sociedade

No contexto atual, o “Eu” não só domina os pensamentos individuais, mas molda toda a produção cultural. É perceptível nas redes sociais, onde há uma explosão de cursos, e-books e métodos criados por indivíduos que, até recentemente, não tinham qualquer destaque. Ideias antigas, testadas e aprovadas pelo tempo, são descartadas, porque o “Eu” cria novos “mestres” a cada instante.

Esse fenômeno reflete uma rebelião natural do homem contra Deus. Sem a regeneração espiritual, o “Eu” ocupa o lugar central. Consequentemente, a cultura contemporânea carece de pluralidade e profundidade, sendo dominada por expressões egocêntricas e subjetivas.

Entretanto, como indivíduos, somos inseridos em comunidades e estruturas maiores: bairros, cidades, igrejas, estados e países. Essas instituições nos lembram que não somos criadores autossuficientes. Pelo contrário, vivemos em um mundo já existente, moldado por gerações anteriores.

Portanto, o “Eu” deveria submeter-se à estrutura. É exatamente isso que a Bíblia nos ensina. Jesus Cristo se apresenta como a Verdade, e nossos sentidos devem se conformar a Palavra de Deus que nos ensina o que é a Verdade, mesmo que nossa natureza nos incline a pensar o contrário.

A Palavra de Deus não apenas confronta as nossas emoções, mas desafia a nossa razão. E, por meio dela, nós somos transformados; as nossas emoções se moldam àquilo que é verdadeiro e eterno.

O Impacto do Eu na Igreja Contemporânea

Infelizmente, nem a igreja contemporânea está imune à supremacia do “Eu”. Pelo contrário, muitas vezes está refém dessa mentalidade pós-moderna. Isso se torna evidente em aspectos fundamentais do culto cristão, como nas músicas e orações.

Grande parte das músicas atuais reflete experiências individuais e força toda a congregação a cantar em primeira pessoa:

  • “Eu sinto,”
  • “Eu adoro,”
  • “Eu falo,”
  • “Eu cheguei.”

O que deveria ser uma celebração comunitária transforma-se em uma exaltação do “Eu”. Em vez disso, deveríamos proclamar: “Nós cantamos”, “Nós adoramos”, “Nós falamos”.

Da mesma forma, as orações frequentemente enfatizam necessidades particulares, ignorando o caráter coletivo do culto cristão. Porém, Deus busca corações contritos e rendidos, especialmente no momento em que Sua congregação o adora de forma unida.

O Resgate do Culto Racional e Coletivo

É necessário reconhecer a influência dessa cultura individualista e buscar um remédio: renunciar ao reconhecimento público, ao Pragmatismo, e focar exclusivamente em Deus. Isso implica em compor novas músicas, questionar as nossas verdadeiras intenções e discernir modismos que comprometem a essência do culto cristão.

O verdadeiro canto a Deus deve ser fruto da razão e da revelação divina, sem apelos emocionais exagerados como nos ensina o apóstolo Paulo na carta aos Romanos:

“Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.

E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Romanos 12.1-2)

A emoção é bem-vinda, mas deve ser consequência do entendimento racional da revelação de Deus, não o objetivo principal. O culto ao Senhor deve ser uma expressão de júbilo coletivo, como nos convida o Salmo 95. Vamos ver:

“Vinde, cantemos ao Senhor, com júbilo, celebremos o Rochedo da nossa salvação.

Saiamos ao Seu encontro, com ações de graças, vitoriemo-Lo com salmos.

Porque o Senhor é o Deus supremo e o grande Rei acima de todos os deuses.” (Salmo 95.1-3)

Que Deus nos conceda coragem para eliminar o “Eu” do culto e nos conduza a nos reconhecermos como Seu povo, congregados em adoração ao Rei dos reis.

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