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Notas sobre o amor-próprio

Gilmara Bianchine
15/12/2023
Imerso na melodia, você está convidado a explorar as nuances do amor. Da música à autoaceitação, cada palavra é uma nota que compõe esta sinfonia. Ouça atentamente, mergulhe nas entrelinhas e descubra o verdadeiro significado do amor.


Quero propor uma reflexão sobre o amor.

Ouvindo música

Ouvir música é aquele tipo de atividade que, intencionalmente ou não, todos fazemos. Se você não é um ermitão, isolado em silêncio profundo, está cercado de música por todos os lados.

Sejam de sua escolha ou um oferecimento alheio, melodias, ritmos e letras entram por seus ouvidos sem pedir licença.

Vão causando uma série de sensações até encontrarem um lugar em seu arquivo cerebral: favoritas, muito boas, aceitáveis, por-favor-alguém-desligue-isso-imediatamente.

Música é uma manifestação presente em todas as culturas e cumpre um papel importante em nosso desenvolvimento cognitivo.

Através dela, adquirimos linguagem, pensamento lógico, aprimoramento de capacidade psicomotora e várias outras habilidades. Exatamente por isso, é utilizada não apenas como expressão artística, mas como um importante veículo de ideias.

É um excelente termômetro do pensamento de uma época, seja pela qualidade de sua sonoridade ou de seu conteúdo.

Entretanto, não, as notas do título não são musicais e este não é um texto sobre música. É apenas uma análise do refrão de uma canção que está nas rádios, na internet, no mercado.

Após o término de um relacionamento, a cantora Miley Cyrus emplacou Flowers nas paradas de sucesso. É um som chiclete, típico do pop, numa letra que não perde tempo com ataques pessoais diretos, tampouco com dor de cotovelo.

Seu tema soa mais como uma libertação e um triunfo: nada é mais importante do que o seu amor-próprio. Frase após frase, as demonstrações de afeto recebidas são reproduzidas por ela mesma, para si mesma.

Diz:

“Posso comprar minhas próprias flores, escrever meu nome na areia, falar comigo mesma por horas, sobre coisas que você não entende. Posso me levar para dançar, posso segurar minha própria mão, posso me amar melhor do que você pode.” (Miley Cyrus, Flowers)

Quando tudo falha

É um ótimo resumo da nossa era cética, egocêntrica e independente, não é? Reflete com precisão a maneira como as pessoas entendem o amor, como conduzem sua vida e como reagem ao sofrimento.

A definição de amor mundana é sempre autorreferente, em qualquer âmbito que seja. Começando pela família, nascemos num contexto de personalidades e temperamentos variados, exatamente para aprendermos a lidar com as diferenças. Entretanto, pais rejeitam os filhos discordantes, filhos não respeitam os princípios dos pais, e irmãos nunca entram em acordo.

A alternativa é encontrar refúgio nas amizades que compartilham dos mesmos interesses e apoiam incondicionalmente as nossas decisões. Isso funciona bem, até que o amigo encontre outro interesse, ou mesmo outro amigo com quem tenha mais afinidade.

Em seguida, vem a aventura dos relacionamentos amorosos. A idealização do amor romântico entre duas pessoas vem carregado das expectativas que temos sobre o pretendente. Há toda uma lista de itens a serem cumpridos para que o nosso amor seja possível e agradável. Quando alguém se encaixa num número razoável de requisitos, a luz de alerta se acende e avisa: pessoa certa encontrada!

Contudo, a lista muda com o passar do tempo, as decepções superam o encantamento e conclui-se que o amor acabou. Antes, o que sobraria era o fundo do poço e a certeza de nunca mais relacionar-se na vida.

O trunfo do amor-próprio

Hoje, a saída mais saudável e vitoriosa é o amor-próprio. Colocar-se em primeiro lugar é sinal de maturidade e sabedoria. Ninguém melhor do que você mesmo é capaz de saber com precisão seus gostos e vontades mais íntimos. Nenhuma outra pessoa vai lutar com tanto afinco para que você cumpra os seus objetivos e alcance os seus sonhos.

Cuidar bem de si mesmo é a sua principal tarefa na vida. Acreditar em si e se amar pode levá-lo a lugares incríveis. Já viu isso por aí? Todas essas frases revelam o desejo de ter uma vida livre de decepção e de criar um ambiente repleto de segurança, garantir que o coração não será partido mais uma vez.

Não se engane. Há inclusive quem torça o texto bíblico para corroborar essa linha de pensamento.

Dias atrás, uma celebridade gospel dizia numa entrevista que para amar o próximo precisamos aprender a nos amar primeiro. Será mesmo esse o sentido do mandamento?

O mandamento do amor

Quando interrogado por um fariseu acerca do grande mandamento na Lei, a resposta de Jesus foi dada em duas etapas.

A primeira foi:

“Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento.” (Mateus 22.37)

A segunda foi:

“Amarás o teu próximo como a ti mesmo.” (Mateus 22.39)”

Arremata que desses dois preceitos dependem a Lei e os Profetas.

Lembre-se de que toda a Lei nos mostra o que não somos capazes de fazer para agradar a Deus.

Não amamos naturalmente ao Senhor, muito menos ao próximo. Por isso, o mandamento é explícito. Antes de tudo, somos ordenados a tirarmos os nossos olhos de nós mesmos. Devemos fixá-los no Criador, reconhecendo a Sua soberania.

É o único Ser que em Sua absoluta suficiência resolveu, no conselho da Sua vontade, criar homens para Sua glória. O Deus que é amor (1João 4.16) expandiu a Sua criação para manifestar nela a Sua grandeza. Ele deve ser o alvo do nosso primeiro e mais importante amor.

A seguir, o mandato não diz nada a respeito de amar a si mesmo. Tendo determinado o primeiro objeto da nossa afeição, estabelece diretamente o seguinte: o próximo.

O “como a ti mesmo” tem a função de nos dar perspectiva. Está implícito que amamos a nós mesmos sem nenhum esforço, que sempre buscamos o nosso bem-estar antes de tudo. Faz parte da essência do pecador ser ensimesmado e querer que tudo orbite ao seu redor.

O que a ordenança faz é mais uma vez tirar o foco de nós e direcioná-lo ao próximo. Ou seja, o holofote nunca é nosso.

Conclusão

Em sua primeira carta, João diz:

“Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos.” (1João 3.16)

Podemos criar teorias e inventar conceitos, mas não existe definição verdadeira de amor longe de Deus e da Sua Palavra.

Se a maior prova de amor do Senhor foi esvaziar-Se e sofrer, não há como nos esquivarmos do trabalho que é amar. Sim, amar implica esforço, desconforto, renúncia.

“[O amor] não procura os seus interesses.” (1Coríntios 13.5b)

Quando aprendemos isso, o refrão da música de Miley não faz nenhum sentido. Não precisamos comprar nossas flores, porque o Criador enche delas a Terra, todos os dias. Temos os nossos nomes escritos, não na areia, mas no Livro da Vida.

Podemos falar com Ele por horas, na certeza de termos a Sua compreensão. Se dançamos, é de alegria na Sua presença. Nossa mão está segura na dEle.

“Porque eu, o Senhor, teu Deus, te tomo pela tua mão direita.” (Isaías 41.13)

Que alívio! Estamos, ao mesmo tempo, livres da carga da autossuficiência e do egoísmo.

 

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