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Em busca da santidade

João Eduardo Cruz
05/05/2023
O que é a santidade? Seria privação, perfeição, uma vida de aparências? Não, não é isso, não. Ao entender o que é santidade você sentirá segurança, alegria de viver e poderá aproveitar integralmente a obra divina que Deus tem preparado para você.


Há duas palavras na Bíblia para santidade. No Antigo Testamento, a palavra hebraica é kadosh. No Novo Testamento, a palavra grega é hagios. Ambas trazem a ideia de ser separado para algo específico.

O que a santidade é

Entendemos que santidade se refere a ser separado por Deus e para Deus. Ou seja, Deus é quem nos separa, trazendo-nos para junto de Si por meio do Seu evangelho. Ele faz isso para que vivamos uma vida diante dEle e para Ele.

Assim, nosso objetivo é agradar a Deus, que nos ama e em Seu amor nos chama para perto de Si. A Bíblia deixa bem claro que todos aqueles que creem em Jesus são chamados para serem santos. Ou seja, são chamados para viverem uma vida separada de tudo aquilo que Deus desaprova.

O que a santidade não é

Privação

Para muitas pessoas, pensar numa vida santa traz imagens à mente de sisudez, privação, morbidade. Entretanto, isso não condiz com a verdade. Basta olharmos para o mais santo que já pisou nesta terra: Jesus.

Se examinarmos o testemunho dos Evangelhos acerca da vida de Jesus, veremos expressões de alegria, paz, contentamento. Tudo isso é fruto da Sua relação íntima e submissa ao Pai.

Atualmente, vemos que as pessoas estão ávidas por encontrarem uma plenitude de vida. Elas buscam isso em palestras motivacionais, livros de autoajuda, ou coaches e influencers digitais. Contudo, a vida de santidade continua sendo o único meio pelo qual essa vida abundante pode ser encontrada.

Perfeição

É bom lembrarmos, quando falamos da nossa santidade, que não estamos nos referindo à perfeição. Somente Deus é plenamente santo. Ou seja, Ele é separado de absolutamente tudo o que vai contra os Seus princípios.

A nossa santidade se dá por um desejo contínuo, renovado dia após dia, de nos mantermos perto de Deus. Naturalmente, isso não depende exclusivamente do nosso esforço pessoal. Deus, por Sua misericórdia, nos concedeu o Seu Espírito. Por meio dEle, podemos ser sustentados nas nossas debilidades naturais, advindas da nossa natureza caída.

Assim, pelo Espírito Santo, somos impulsionados regularmente a buscar a Deus. Para isso, nós nos valemos dos meios de graça: oração, leitura da Bíblia, cultos, celebração da ceia do Senhor.

O teólogo anglicano J. I. Packer descreve essa atuação do Espírito Santo com o fim de nos manter em santidade.

“A Escritura mostra (como eu sustento) que, desde o Pentecostes de Atos 2, isso, essencialmente, é o que o Espírito está fazendo todo o tempo, enquanto dá poder, capacita, purifica e dirige geração após geração de pecadores a enfrentarem a realidade de Deus. E Ele o faz a fim de que Cristo possa ser conhecido, amado, crido, honrado e louvado, que é o objetivo e o propósito do Espírito genericamente falando, assim como é o objetivo e o propósito de Deus o Pai, também. Isso, em última análise, é o novo ministério pactual do Espírito.”

Martyn Lloyd-Jones diz que o caminho da santidade não é uma trilha fácil de percorrer para quem não tem “fome e sede de justiça”. Essa, é claro, é uma referência a uma das bem-aventuranças proclamadas por Jesus no Sermão do Monte.

“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos.” (Mateus 5.6)

Esforço para manter aparências

Em inglês, alguém julgou oportuno chamar as bem-aventuranças (beatitudes) de “be-attitudes”, o que poderíamos traduzir como “atitudes do ser”. Isso faz sentido, pois a nossa identidade está mais no ser do que no fazer.

A santidade que se vale apenas de um esforço para manter uma imagem pública terminará em simples hipocrisia. Isso não trará a vida de Cristo a quem se esforçar para desempenhar esse papel. Portanto, essa “fome e sede de justiça”, ou desejo de santidade, só é possível para aqueles em quem Cristo habita.

Há uma obra magnífica do bispo inglês J. C. Ryle: “Santidade: Sem a qual ninguém verá o Senhor”. Na sua introdução, Ryle dá uma definição concisa do que significa essa busca por santidade que une os nossos esforços pessoais à graça de Deus.

“A verdadeira santidade não consiste apenas em crer e sentir, mas em realizar e suportar, em uma demonstração prática da graça ativa e passiva. Nosso linguajar, nosso temperamento, nossas paixões e inclinações naturais, nossa conduta como pais e filhos, como patrões e empregados, como esposos e esposas, como governantes e cidadãos, nossa maneira de vestir, o uso que fazemos do tempo, nossa conduta nos negócios, nosso comportamento na saúde e na enfermidade, na riqueza e na pobreza; tudo, tudo faz parte daquilo que os escritores impelidos pelo Espírito trataram. […] Especificaram minuciosamente o que um homem santo deve fazer e ser no seio de sua família, dentro de seu lar, quando ele permanece em Cristo.”

É preciso que vejamos, então, quais são os privilégios que temos ao buscarmos nos manter numa vida de santidade.

Os privilégios de mantermos uma vida de santidade

Segurança

Em primeiro lugar, a santidade aumenta a nossa segurança. Onde está a nossa maior insegurança? Provavelmente em sermos aceitos. Muito do que fazemos ou dizemos tem como objetivo nos tornar aceitáveis para aqueles que nos cercam. Começamos a vida descobrindo que se formos agradáveis aos nossos pais, receberemos deles maiores expressões de amor. Assim, acabamos tendo como objetivo o de sermos bem vistos; não importa se a aparência corresponde ao que somos.

A santidade nos liberta da insegurança. Somos aceitos por Deus, não pelos nossos méritos, mas por causa de Cristo. Jesus assumiu toda a nossa culpa diante do Pai e nos tornou completamente aceitáveis para Ele. Na santidade, não buscamos ser aceitos, porque já somos aceitos por meio de Cristo.

A santidade fará com que nos consagremos inteiramente a Deus, falando e buscando fazer somente o que agrada a Deus. Não fazemos isso por buscarmos aceitação, mas por termos sido graciosamente aceitos. A santidade é o prazer de vivermos para quem jamais nos rejeitará. É a alegria de nos dedicarmos inteiramente a quem nos ama incondicionalmente.

Alegria

Em segundo lugar, a santidade aumenta a nossa alegria. A nossa estreita relação com Deus nos fará aprendermos a olhar para as circunstâncias a partir de uma perspectiva eterna.

Quando Jesus ensinou Seus discípulos a orarem, lembrou-lhes de que deveriam se dirigir ao “Pai nosso que está nos céus”.

Lembrarmos que temos um Pai contemplando as coisas fora da nossa realidade temporal deve ser motivo de consolo e alegria se lembrarmos que Ele está no controle de todas as coisas. Somos lembrados disso pelo salmista.

“O SENHOR está no seu santo templo; nos céus tem o SENHOR seu trono; os seus olhos estão atentos.” (Salmo 11.4)

O consolo e alegria se dão pelo fato de podermos reconhecer, por meio da santidade, que Deus nos ama. Quanto mais buscamos estar no centro da Sua vontade, mais descobrimos quanto amor está atrelado a essa vontade. Jesus expressou isso claramente.

“Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele.” (João 14.21)

Quanta alegria há em quem é amado! Quanta alegria há em quem busca a santidade!

Proveito na obra divina

Em terceiro lugar, a santidade aumenta o nosso proveito na obra divina. A obra da salvação se torna mais relevante em nossas vidas por meio da santidade. J. I. Packer diz que santidade é sempre a resposta de gratidão a Deus pela graça recebida, por parte do pecador salvo. Sem santidade, a obra da salvação não alcança seu fim último. Não há proveito algum em quem se diz alcançado pela graça se dela não se vale para buscar santidade.

Conclusão

Permita-me concluir meu raciocínio com este belo poema de Charles Wesley.

Para que o coração louve ao meu Deus
Ele tem de estar livre do pecado;
Tem de sempre sentir o sangue de Cristo
Gratuitamente, por mim, derramado;

Um coração resignado, submisso, manso,
Trono do meu grande Redentor;
Onde só se ouve a voz de Cristo,
Onde reina soberano, Jesus o meu Senhor;

Um coração renovado a cada pensamento,
E cheio do divino amor;
Perfeito, correto, puro e bom:
Uma reprodução fiel do Seu coração, Senhor.

É com esse sentimento de oração que a santidade aumenta em nós a visão do significado da obra divina em nossas vidas.

 

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