O nosso Natal
Hoje acordamos bem cedo, com as crianças pedindo para montar a árvore de Natal.
É uma manhã chuvosa, com um friozinho agradável para dormir um pouco mais. Nada disso! As crianças pulam em nós. Com olhos grudados, nós nos arrastamos para a cozinha. Fizemos um café especial para elas: ovos mexidos, bolo de cenoura, pães. Colocamos na mesa uma toalha temática.
Nós temos uma tradição: dia de montar a árvore é dia de ouvir músicas natalinas, comer o primeiro chocottone do ano e ler um texto bíblico sobre o nascimento de Jesus.
Tiramos as caixas do guarda-roupa. Este ano até compramos uma árvore mais gordinha – nada contra as magrinhas. As crianças começam em alto giro. Querem ver tudo.
Começamos a montagem da árvore e logo elas se dispersam. É chato abrir os galhos da árvore. Elas reclamam que está demorando para colocar o pisca-pisca. É uma boa oportunidade de exercitar o fruto do Espírito. A paciência de abrir os galhos se transforma em expectativa para colocar as primeiras bolas vermelhas.
Nosso sonho é passar essa data maravilhosa nos EUA, vestir aquele suéter cafona, todos iguais, sentar numa “bay window” e ver a neve cair, ouvindo os estalos da lenha na lareira. Talvez um dia? Talvez nunca? Isso não muda nada. A expectativa todo ano é a mesma. Nós somos “os doidos do Natal”.
O que é o Natal?
O Natal é vida, é Cristo.
Pensamos no primeiro Natal. Será que houve expectativas? Será que ao longo da história da redenção os patriarcas comeram chocottone Bauducco, ouvindo David Phelps? Não, mas eles nutriram a expectativa.
Esta data é aguardada desde Gênesis, onde lemos:
“Porei inimizade entre você e a mulher, entre a sua descendência e o descendente dela; este lhe ferirá a cabeça, e você lhe ferirá o calcanhar.” (Gênesis 3.15)
Foram milhares de anos aguardando o nascimento de Cristo.
A expectativa é boa, mas o Natal é melhor. A expectativa aponta para algo melhor e maior.
A sombra e a realidade
A expectativa é sombra; Cristo é a realidade.
João Batista entendeu o propósito: Cristo deveria crescer. O Natal é oportunidade de prepararmos o caminho. É chance de nos diminuirmos para que Cristo seja exaltado. A expectativa nunca será superior ao primeiro Natal. Outubro, novembro e dezembro nunca serão maiores do que o dia 25 de dezembro – sim, sabemos que Jesus não nasceu nesse dia.
Hoje nutrimos expectativas; em dezembro mostramos a realidade. Nos anos que temos, ensinamos nossos filhos a aguardarem, mas não esta data festiva, e sim o retorno do Rei.
Entretanto, cada Natal é uma preparação para aquele dia glorioso. Naquele dia não veremos luzes bregas pela cidade, mas veremos a glória reluzindo no céu. Não veremos o trenó cruzando o planeta, entregando presentes, mas veremos o Senhor do senhores, o Rei dos reis, descendo em glória. Que dia! Hoje, nutrimos expectativas, mas a realidade é maior.
Conclusão
Hoje, o dia tem cheiro de Natal. Todos os dias da preparação ouvimos “Jingle Bell Rocks“. Colocamos os enfeites, montamos a árvore, colocamos pisca-pisca na varanda. Alimentamos a expectativa. Estamos criando memórias gostosas para as crianças. Elas também já são “os doidos do Natal”.
Todos os dias celebramos o nosso Salvador, Jesus Cristo, o Senhor. Hoje é Natal! Que o seu coração se prepare para recebê-lO!
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