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Dízimo: uma contribuição da graça

Warton Hertz
16/01/2025
O dízimo ainda é válido no Novo Testamento? Descubra nesta reflexão o que a Bíblia diz sobre essa prática ensinada desde o Antigo Testamento e como ela pode transformar sua vida espiritual e financeira! Vamos refletir sobre o tema?


O dízimo ainda é válido para o Novo Testamento? Essa é uma discussão com a qual quase todo evangélico brasileiro já deve ter se deparado.

O dízimo e o Novo Testamento: uma reflexão atual

Boa parte das igrejas no Brasil ensina a entrega do dízimo como uma obrigação do cristão ou condição para o recebimento de bênçãos. Contudo, há muitas que não o estipulam como regra, limitando-se a pedir ofertas, contribuições, mensalidades ou realizar campanhas pontuais quando surge uma necessidade específica da comunidade local, como reforma de templo, compra de equipamento, ações sociais ou iniciativas missionárias.

O dízimo é apresentado na Lei de Moisés no livro de Levítico:

“Também todas as dízimas da terra, tanto dos cereais do campo como dos frutos das árvores, são do Senhor; santas são ao Senhor.” (Levítico 27.30)

A expressão “santas ao Senhor” refere-se à tradução do termo “Qedosh Yahweh”, significando que deve ser separado do uso ordinário. Mais importante para esta reflexão é que não se tratava de uma contribuição voluntária, mas de uma obrigação legal e parte da adoração religiosa.

Contudo, antes mesmo da Lei de Moisés, o dízimo já era praticado pelos patriarcas.

Em Gênesis, vemos Abraão oferecendo dízimo a Melquisedeque, rei de Salém, após resgatar seu sobrinho Ló, que havia sido raptado durante a guerra dos quatro reis contra os cinco.

Jacó, por sua vez, fez um voto de entregar o dízimo ao erguer a coluna de Betel, após a visão da escada que ia até os céus, com os anjos de Deus descendo e subindo por ela.

O dízimo no contexto neotestamentário

Jesus aborda o dízimo dentro do contexto judaico. Entretanto, na Igreja neotestamentária, não há menção explícita dessa prática, seja em Atos dos Apóstolos ou nas epístolas. No início da história da Igreja, os discípulos tinham tudo em comum e vendiam seus bens para atender às necessidades dos pobres. Vemos o registro dessa prática no livro de Atos:

“Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum.” (Atos 2.44)

Um exemplo é Barnabé, que trouxe o valor da venda de um campo aos pés dos apóstolos para socorrer os necessitados. Esse registro também se encontra em Atos dos apóstolos:

“José, a quem os apóstolos deram o sobrenome de Barnabé, que quer dizer filho de exortação, levita, natural de Chipre, como tivesse um campo, vendendo-o, trouxe o preço e o depositou aos pés dos apóstolos.” (Atos 4.36-37)

A orientação mais clara sobre contribuições no Novo Testamento vem do ensino de Paulo. Vejamos:

“Cada um dê conforme determinou em seu coração, não com pesar ou por obrigação, pois Deus ama quem dá com alegria.” (2 Coríntios 9.7)

As doações na Igreja primitiva sempre tinham como foco ajudar os necessitados, apoiar missionários ou sustentar aqueles dedicados à oração e ao ensino da Palavra. Certamente, o Novo Testamento não apresenta o dízimo como regra, e, historicamente, essa prática nunca foi central para a Igreja ao longo de dois mil anos, salvo nas últimas décadas, quando algumas tradições passaram a enfatizá-lo.

Mesmo assim, considero que, embora não seja uma norma bíblica no contexto da Nova Aliança, o dízimo é uma boa referência e uma disciplina pessoal que beneficia tanto os membros quanto a Igreja local.

Razões para a prática do dízimo

Eu, pratico o dízimo e quero apresentar a você alguns dos motivos que me levaram a essa prática:

  1. O primeiro motivo é que a entrega do dízimo é um ato de confiança. Ao entregar 10% de meus ganhos, eu confio que Deus proverá todas as minhas necessidades.
  2. O segundo motivo é que assim como Deus ordenou um dia de descanso, o dízimo simboliza um “descanso financeiro”, onde confiamos na provisão divina, mesmo entregando parte do que produzimos.
  3. O terceiro motivo é o aprendizado de administração dos bens que o Senhor colocou para administrarmos. Para o assalariado ou o empreendedor, não importa quem seja, o dízimo é uma ferramenta que incentiva a organização financeira e a devolução ao Senhor de parte do fruto do trabalho.
  4. O quarto motivo é que a entrega do dízimo proporciona previsibilidade à Igreja. É o modelo mais eficaz para manter a manutenção, o sustento pastoral e o envio de missionários. Contribuições inconstantes dificultam a gestão e o planejamento da obra do Senhor.
  5. O quinto motivo refere-se a um princípio anterior à Lei. Abraão e Jacó praticaram o dízimo sem que houvesse uma imposição legal, mostrando que é uma disciplina espiritual independente da Lei.
  6. E o sexto e último motivo é que a devolução de 10% de tudo o que recebemos do Senhor revela o estado do coração. O dízimo é uma referência mínima, não o limite do que devemos ofertar. Se não conseguimos ofertar nem 10% ao Senhor, isso pode revelar avareza do nosso coração. O apóstolo Paulo chama a nossa atenção para o fato de que tudo vem de Deus:

“Pois quem é que te faz sobressair? E que tens tu que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te vanglorias, como se o não tiveras recebido?” (1 Coríntios 4.7)

Além disso, dar o dízimo alegra o coração do cristão. Contribuir para a expansão do Reino de Deus é motivo de grande satisfação, pois, como destaca a história da Igreja, missões sempre dependeram de quem foi, quem orou e quem contribuiu financeiramente.

Uma disciplina espiritual de alegria

Espero que essa reflexão o encoraje a separar, no mínimo, 10% de seus ganhos ao Senhor. Uma dica prática é realizar essa entrega assim que receber, seja do líquido ou do bruto, conforme propuser em seu coração. Nos demais dias, deixe que ofertas adicionais fluam conforme necessidades específicas de quem necessita de ajuda.

O testemunho de muitos irmãos confirma: “Sempre que dizimei, nada me faltou.”

As pessoas sempre investem naquilo que mais amam, e isso frequentemente inclui atividades ou bens que se tornam ídolos. Assim, o dízimo continua sendo um ato de adoração ao verdadeiro Deus – Pai, Filho e Espírito Santo.

Conclusão

Portanto, descanse e alegre-se. Desenvolva essa disciplina espiritual em sua vida, não por obrigação, mas por alegria, pois Deus ama quem dá com alegria. Embora o dízimo tenha sido uma obrigação na Lei de Moisés, ele permanece como uma contribuição graciosa no contexto da Nova Aliança.

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