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Deus exercerá Sua vontade em 2023

Marcos David Muhlpointner
06/01/2023
“Pergunto a você que é bolsonarista evangélico: a vitória do Lula foi da vontade de Deus? Se você acha que sim, então pare de choramingar e celebre a vontade de Deus. Se você acha que não, então, para você, Deus não está no comando. Reveja a sua crença.” Você concorda ou não com esse texto que circulou nas mídias sociais logo após as eleições de 2022?


Após as eleições de 2022, vi a imagem abaixo nos perfis de alguns cristãos que votaram no candidato que venceu. A imagem tem uma forte conotação crítica a uma ala da igreja evangélica que votou no candidato que perdeu. Ela também tem um caráter de deboche. Entretanto, meu tema aqui não é a política, mas a vontade de Deus. É inevitável que falemos de política, mas esse não é o enfoque. Vamos meditar um pouco, então, sobre a vontade de Deus e o que ela representa para nós.

A vontade de Deus

Primeiramente, a Bíblia Sagrada é pródiga em falar sobre a vontade de Deus. O profeta Isaías traz uma afirmação contundente sobre Deus e Sua vontade.

“Lembrai-vos das coisas passadas da antiguidade: que eu sou Deus, e não há outro, eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim;

que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade.” (Isaías 46.10 – grifos do autor)

Não há muito o que discutir sobre essa afirmação. Deus é o Criador de tudo o que existe. Ele é o soberano absoluto sobre toda a Sua criação e Ele faz a Sua vontade prevalecer.

Veja, por exemplo, o que diz Arthur W. Pink:

“Deus age como Lhe apraz, somente como Lhe apraz, sempre como Lhe apraz. Ninguém consegue frustrá-lO nem impedi-lO.” (Arthur W. Pink, Os Atributos de Deus, Publicações Evangélicas Selecionadas: São Paulo, SP, 2012, p. 49)

Semelhantemente, em 2Crônicas 20 lemos:

“Ah! SENHOR, Deus de nossos pais, porventura, não és tu Deus nos céus? Não és tu que dominas sobre todos os reinos dos povos? Na tua mão, está a força e o poder, e não há quem te possa resistir.” (2Crônicas 20.6 – grifos do autor)

Certamente, Deus é o Ser mais supremo que existe. Assim, Ele tem poder suficiente para fazer qualquer coisa que Lhe agrade. Dessa forma, ninguém pode impedir a Sua vontade de ser cumprida.

O salmista segue a mesma linha:

“Pois ele falou, e tudo se fez; ele ordenou, e tudo passou a existir.” (Salmo 33.9)

A determinação de Deus

Em seguida, no livro de Provérbios, lemos que as inclinações dos corações humanos também são determinadas por Deus.

“O coração do rei é como um rio controlado pelo SENHOR; ele o dirige para onde quer.” (Provérbios 21.1)

Essa afirmação, escrita pelo sábio Salomão, tem implicações muito sérias, principalmente na relação que estabelecemos com Deus a partir dela. A boa teologia nunca é feita com base num único versículo. Se fosse assim, poderia se criar uma heresia, um erro teológico grave. Dessa maneira, é possível extrair textos isolados dos seus contextos e dizer o que a Bíblia não diz.

O governo de Deus

Deus governa soberanamente, mas o homem tem responsabilidades.

Provérbios 21.1 não está dizendo que o ser humano não é responsável pelo que decide fazer. Não podemos deduzir que o ser humano é como um fantoche nas mãos de Deus. Não podemos dizer que o ser humano não tem vontade própria. Por exemplo, não é como se fosse um robô, que só faz aquilo que foi pré-projetado nele.

O que aprendemos na Bíblia é que a vontade de Deus é boa, agradável e perfeita (Romanos 12.2). Além disso, quando Ele faz alguma coisa, ninguém pode impedi-lO (Isaías 43.13). Ou seja, nenhum dos planos dEle pode ser frustrado (Jó 42.2).

Com essas características de bondade, perfeição, de ser agradável, de ser absolutamente efetivo no que faz e de conseguir tudo o que quer, Ele inclina o coração do homem para onde Ele quiser. Ele faz isso usando meios ordinários para alcançar Seus objetivos.

O Antigo Testamento está repleto de promessas sobre a cidade onde Jesus nasceria, como seria sua mãe, entre outros aspectos. De que maneira o nascimento de Jesus ocorreu? Exatamente da maneira como havia sido profetizado. Como isso se deu? O imperador da época, dentre todos os documentos que precisava assinar, assinou um decreto, obrigando os judeus a se recensearem. Assim, voltaram para a terra dos seus familiares.

Então, lá se foram, para Belém, José e Maria. Cumprindo mais uma profecia, ela era virgem e se achava grávida do Espírito Santo. Esse fato foi confirmado pelo anjo a ambos. Chegando na cidade, mais uma profecia se cumpriu. A cidade estava lotada e o casal se acomodou numa estrebaria, onde a criança finalmente nasceu. Tudo isso se deu porque Deus usou meios comuns para que a Sua vontade fosse cumprida.

A autoridade dos governantes

Toda autoridade humana é derivada da autoridade de Deus, de Jesus Cristo. O próprio Jesus afirmou isso.

“Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra.” (Mateus 28.18)

Dias antes de dizer isso aos Seus discípulos, Jesus disse algo parecido para Pilatos.

“Nenhuma autoridade terias sobre mim, se de cima não te fosse dada.” (João 19.11)

Ali, no embate sobre autoridade, governança e poder sobre as pessoas, Jesus Se posicionou em silêncio. Limitou-Se a colocar Pilatos no seu devido lugar. Assim, se há algum tipo de autoridade (o poder do Estado é um tipo), é derivada de Jesus Cristo.

Logo, como cristãos e seguidores da Bíblia, devemos nos submeter aos vários níveis de autoridade que estão acima de nós. Isso inclui a autoridade do condomínio onde moramos até a autoridade do presidente da república. Guardados os limites da própria Bíblia (quando algum ato fere a nossa consciência cristã), todos nós estamos sujeitos às autoridades.

Minha opinião

Em conclusão, voltemos àquela imagem do início. O presidente eleito no último pleito de 2022, então, só o foi por vontade e determinação de Deus. O meu voto e o seu foram usados como instrumentos. De modo ordinário, Deus usa o voto popular para instalar quem Ele quiser. Isso não nos isenta da responsabilidade de votarmos dentro de uma cosmovisão cristã saudável. Tampouco permite ao governante andar fora da linha da Palavra de Deus.

“Mas àquele a quem muito foi dado, muito lhe será exigido; e àquele a quem muito se confia, muito mais lhe pedirão.” (Lucas 12.48)

Uma das pessoas das minhas redes sociais me instou a responder a essa imagem. Não respondi lá, mas permita-me responder aqui.

Sim, a vitória do seu candidato foi da vontade de Deus, que é boa, agradável e perfeita, embora eu não saiba como conciliar estas realidades: a vontade de Deus e a eleição do seu candidato.

Sim, aceito a vontade de Deus e, quando a questiono, procuro fazê-lo de maneira que não peque contra Ele. Quando O questiono sobre os desdobramentos da Sua vontade, faço isso da mesma forma que o povo de Deus fez quando foram exilados pela determinação dEle mesmo, pois o meu sentimento é o mesmo que eles tiveram. Chorarei, não por causa da vontade de Deus, mas por causa da corrupção e pecado de qualquer governante que se afaste dos caminhos de Deus.

“Às margens dos rios da Babilônia, nós nos assentávamos e chorávamos, lembrando-nos de Sião.

Nos salgueiros que lá havia, pendurávamos as nossas harpas,

pois aqueles que nos levaram cativos nos pediam canções, e nossos opressores, que fôssemos alegres, dizendo: Entoai-nos algum dos cânticos de Sião.

Como, porém, haveríamos de entoar o canto do SENHOR em terra estranha?” (Salmo 137.1-4)

 

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