Hoje, falaremos sobre o Natal e a adoração que o nosso Salvador recebeu já em Seus primeiros anos de vida.

O nascimento do Rei dos reis foi planejado e instituído pela Trindade desde a eternidade. Ao celebrarmos esse grandioso evento, testemunhamos reações semelhantes àquelas de dois mil anos atrás.

Convido o leitor a deixar de lado, temporariamente, a árvore, o peru, o pernil, o Papai Noel, os presentes, os amigos secretos, as confraternizações, as bebidas e comidas abundantes destes dias, bem como as roupas novas. Digo isso porque quero que reflita comigo sobre o verdadeiro significado do Natal.

Natal significa nascimento, o nascimento do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Ele veio para cumprir, em obediência a Deus o Pai, a maravilhosa obra de redenção e libertação do Seu povo. É um nascimento para uma nova vida, transformada e redimida.

A notícia do nascimento de Jesus

“O anjo, porém, lhes disse: — Não tenham medo! Estou aqui para lhes trazer uma boa-nova de grande alegria, que será para todo o povo:

é que hoje, na cidade de Davi, lhes nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor.” (Lucas 2.10-11)

Gostaria de destacar três categorias de pessoas e suas reações, atitudes e comportamentos em relação à notícia do anjo. Essas pessoas são semelhantes àquelas no dia em que Belém testemunhou o nascimento do Salvador e durante todo o Seu ministério na terra, anunciado e profetizado desde o Antigo Testamento.

O repúdio e o desprezo

Há aquelas que sentem desprezo, oposição, resistência, negação e inimizade para com Jesus e Seus ensinamentos. Muitos O odeiam!

Herodes, o rei na época do nascimento de Jesus, tinha uma enorme obsessão pelo poder. Vemos isso refletido em muitos ao longo da história e até nos dias de hoje.

Herodes era cruel e implacável. Conforme a Bíblia, ouvindo sobre o nascimento e possível paradeiro do Rei Jesus, Herodes foi tomado por grande fúria. Planejou matá-lO, resultando na morte de muitas crianças inocentes durante seu reinado.

“Vendo-se iludido pelos magos, Herodes ficou muito furioso e mandou matar todos os meninos de Belém e de todos os seus arredores, de dois anos para baixo, conforme as informações que havia recebido dos magos a respeito do tempo em que a estrela havia aparecido.” (Mateus‬ ‭2.16‬)

O menosprezo e a indiferença

Há também aquelas que conhecem Jesus, estudam Sua palavra e estão cientes do Seu nascimento. Entretanto, eles se mostram indiferentes e alheios a isso e à Sua obra.

Observemos a atitude dos principais sacerdotes e escribas na época do Seu nascimento. Mesmo sendo conhecedores da Palavra, ignoraram o evento.

Os que mais conheciam, sabiam da profecia, foram indecisos em relação ao nascimento de Jesus. Limitaram-se a ser estudiosos, vazios e insensíveis ao maior acontecimento próximo deles, o nascimento do Rei dos reis, o Senhor dos senhores.

“Então Herodes convocou todos os principais sacerdotes e escribas do povo e lhes perguntou onde o Cristo deveria nascer.

Eles responderam: — Em Belém da Judeia, porque assim está escrito por meio do profeta:

‘E você, Belém, terra de Judá, de modo nenhum é a menor entre as principais de Judá; porque de você sairá o Guia que apascentará o meu povo, Israel’.” (Mateus‬ ‭2.4-6‬)

A veneração e a adoração

Finalmente, temos pessoas como os magos. Eles eram gentios que residiam longe, no Oriente. A Bíblia não menciona quantos eram nem seus nomes. Não eram reis, mas estudiosos dos astros. Receberam a revelação pela estrela e a seguiram. A Bíblia afirma que viram “a” estrela e foram motivados a segui-la. Conheciam a profecia bíblica de que o Filho de Deus, Jesus, nasceria.

“Tendo Jesus nascido em Belém da Judeia, nos dias do rei Herodes, eis que vieram uns magos do Oriente a Jerusalém.

E perguntavam: — Onde está o recém-nascido Rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos para adorá-lo.” (Mateus‬ ‭2.1-2‬)

Foram até Jerusalém para buscar informações com os escribas, especialistas na Palavra, e descobrir exatamente onde o Filho de Deus estava. Embora tenham recebido a revelação pela estrela, buscaram informações na Palavra. Em Jerusalém, souberam que Ele nasceria em Belém, e a estrela os guiou a partir daí.

A busca dos magos pelo Salvador

Os magos foram corajosos, percorrendo uma longa jornada e enfrentando desafios. Além disso, encontraram um rei tomado de grande raiva, tentando persuadi-los. Apesar disso, não recuaram. Negaram a si mesmos e corajosamente seguiram para encontrar o Rei dos reis, o Salvador e libertador de suas vidas!

Quando finalmente O encontraram em Jerusalém, a estrela indicando o local, a Bíblia relata que se alegraram imensamente. Imagine a alegria, a satisfação e a felicidade que experimentaram.

“Depois de ouvirem o rei, os magos partiram; e eis que a estrela que viram no Oriente ia adiante deles, até que, chegando, parou sobre onde o menino estava.

E, vendo eles a estrela, alegraram-se com grande e intenso júbilo.” (Mateus 2.9-10)

Ao entrarem na casa, não mais na estrebaria, encontraram Maria com o menino. É importante notar que não adoraram Maria, pois ela não deve ser adorada. Em vez disso, prostraram-se e adoraram o Menino Jesus, seu Salvador e Libertador.

“Entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, o adoraram.” (Mateus 2.11)

A adoração dos magos ao Menino

Então, abriram seus tesouros, levados durante toda a jornada, e os entregaram ao Menino. Imagine o anseio e o desejo de entregar esses presentes em honra, homenagem e adoração. Com dedicação, cuidaram dos presentes para entregá-los ao Menino Jesus.

“Abrindo os seus tesouros, entregaram-lhe suas ofertas: ouro, incenso e mirra.” (Mateus 2.11)

O ouro simboliza material puro e nobre, o reconhecimento de Jesus como Rei. O incenso simboliza adoração. A mirra, utilizada para embalsamar mortos, prenuncia a Sua morte. Sabiam que Ele nasceu para cumprir o propósito de morrer na cruz por seus pecados, por nossos pecados. Glória a Deus nas alturas por isso!

Após o encontro com Jesus, por meio da revelação de Deus, suas vidas foram transformadas. Imagine a satisfação, alegria e transformação que experimentaram. Certamente, não retornaram os mesmos, guiados por Deus por um caminho diferente.

A adoração da Igreja ao Salvador

Assim como os magos, a Igreja deve se alegrar com imensa alegria por ter Jesus e pela oportunidade de adorá-lO por Seu nascimento!

Celebramos o Natal, o nascimento de Jesus Cristo, por um motivo maravilhoso e estupendo: Ele está vivo! Não comemoraríamos o nascimento de alguém que está morto. Jesus vive e reina soberano, motivo pelo qual celebramos o Natal.

Que você O reconheça como seu Senhor e, assim como os magos, O adore eternamente!

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