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Bem-aventurado aquele que é puro de coração

Diego Venancio
20/10/2019
As obras daquele que é puro de coração são boas. Deus sempre desejou, para você, um coração puro, coeso e íntegro.

Introdução

Hoje vamos falar sobre o puro de coração, mencionado por Jesus em uma das suas bem-aventuranças do Sermão do Monte:

Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.” (Mateus 5.8)

A primeira coisa que fazemos após ler esse versículo é perguntar: Eu sou puro de coração?

A pureza no Antigo Testamento

Ao proferir essa bem-aventurança, sem dúvida, o Senhor tinha em mente a profecia de Ezequiel:

“Então, aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias e de todos os vossos ídolos vos purificarei.

Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne.

Porei dentro de vós o meu Espírito e farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis.” (Ezequiel 36.25-27)

Por trás desta profecia não está, apenas, a pureza, ou melhor, a questão da limpeza. Está, também, a questão da vontade, da disposição, do compromisso do nosso coração e da nossa vontade para com o Senhor.

“Quem subirá ao monte do Senhor? Quem há de permanecer no seu santo lugar?

O que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à falsidade, nem jura dolosamente.

Este obterá do Senhor a benção e a justiça do Deus da sua salvação.

Tal é a geração dos que o buscam, dos que buscam a face do Deus de Jacó.” (Salmos 24.4-6)

No caso de Ezequiel, a pureza requerida era o abandono dos ídolos.

A impureza em questão é a impureza da condescendência e comodismo. Um coração impuro não é apenas impuro, mas é obstinado na impureza, é condescendente com o mal.

A pureza do coração e o conhecimento de Cristo

O Teólogo Sinclair Ferguson cita no seu livro sobre “O Sermão do Monte”, editora Trinitas, um teólogo e filósofo dinamarquês, Soren Kierkegaard, que escreveu um livro sobre isso. Esse livro se chama “Pureza do Coração é Desejar uma só Coisa”.

A grande questão é que o puro de coração deseja, obstinadamente, conhecer cada vez mais a Cristo. Deseja aprumar a sua vida com as  verdades bíblicas porque a promessa é que ele verá a Deus. Essa a maneira por excelência de se ver, ou mais precisamente, de conhecer a Deus.

Portanto, o puro de coração não permite que nada se interponha entre ele e o conhecimento de Cristo. Ele não permite que nada menos importante nesse mundo tome a sua visão, o seu tempo, o seu pensamento e consequentemente o seu coração.

O puro de coração entende que nada neste mundo pode ser comparado a Jesus Cristo e a tudo o que Ele oferece.

Sinclair Ferguson nos propõe algumas questões sob o prisma de que o ensino de Jesus nos provê um teste de força para a nossa vida cristã:

  • O quão claramente eu vejo a Deus em toda a sua glória?
  • Eu O vejo tão claramente como O via antes ou, agora, Ele está obscuro e distante?
  • Com um compromisso firmado, de todo o coração, mantive, nítida, a visão que tinha Dele?
  • Eu sou puro de coração?

Perceba que ser puro de coração não é ter no coração aquele bom sentimento em relação aos outros e a vida. Não é aquele que não consegue fazer o mal, porque é tão bom.

A pureza bíblica é objetiva e seu objetivo é sempre Cristo. O seu prêmio é ver a Deus, ou conhecer, encontrar-se com Deus. Biblicamente, só é possível conhecer a Deus através de Cristo, sua vida e obra, sua morte e ressurreição. Não existe trabalho humano que nos faça nos aproximar desse conhecimento.

O puro de coração e sua relação com as bem-aventuranças

Martin Lloyd Jones nos sugere, no livro “Estudos no Sermão do Monte” da editora Fiel, algo bem interessante. Ele sugere que as três primeiras  bem-aventuranças são como um lado de uma montanha que estamos escalando.

Na bem-aventurança sobre os que têm fome e sede de justiça chegamos ao topo da montanha. Lá teremos a provisão divina para as nossas necessidades de justiça, de resposta à nossa condição total de pecado.

A partir da quinta bem-aventurança começamos a descer a montanha pelo outro lado. Agora estamos satisfeitos pela justiça, limpos de coração, misericordiosos e pacificadores.

Finalmente, no decorrer da vida, seremos perseguidos por vivemos do modo que vivemos, refletindo a Cristo na nossa vida.

Outra relação que o Martin Lloyd Jones nos apresenta, naquele livro, é bastante interessante. Ele diz que sendo a quarta bem-aventurança uma divisória entre elas, as três bem-aventuranças seguintes são respostas às primeiras.

Os misericordiosos são uma resposta àqueles que são humildes ou pobres de espírito. Eles viram a miséria do seu coração condenado pelo pecado. Agora, agem com amor pelo próximo pois colocam-se como iguais em miséria e na dependência da misericórdia de Deus.

O puro de coração é aquele que chorou pelos seus pecados, não só por ser um pecador, mas por desejar o pecado. Porém, hoje, ele busca a retidão de coração e, como falamos anteriormente, mudou a sua disposição para viver para Cristo.

Portanto, a única maneira de alguém vir a tornar-se puro de coração é percebendo o quão impuro é o seu coração. Como consequência disso, lamenta-se do fato de ser impuro tão intensamente que vem a fazer aquilo que é a única coisa capaz de conduzi-lo à limpeza e purificação da sua alma.

A mesma coisa acontece com os pacificadores pois eles tem a qualidade da mansidão. Ou seja, dificilmente alguém que não é manso poderá vir a tornar-se um pacificador.

Conclusão

Concluindo, o cerne do evangelho é o coração. Em toda a Escritura veremos Deus buscando corações e não obras.

Mesmo quando os sacrifícios eram ordenados pela lei, encontramos palavra que dizem:

“Circuncidai o vosso coração e não sejais mais obstinados.” (Deuteronômios 10.16)

“Obedecer é melhor que oferecer sacrifícios, e o atender, melhor que a gordura de carneiros.” (I Samuel 15.22)

Isso nos prova que Deus sempre quis alguém puro de coração pois a pureza de coração leva às boas obras e não o contrário. Boas obras nem sempre provam um coração puro.

É a pureza do coração que nos mostra que pertencemos ao reino de Cristo. É essa sinceridade, essa limpeza, essa luta contra as obras da carne, essa fuga do pecado é nos faz aptos a estar no reino. Com o coração puro toda a obra é justificada, todas as nossas ações são ações de justiça.

Ter o coração puro e estar na verdade é estar íntegro diante de Deus. Toda a Palavra de Deus nos fala sobre essa realidade. É assim que o servo de Cristo caminha diante do seu Senhor e Salvador. Vamos fazer essa caminhada com o coração pu
ro e íntegro diante do nosso Senhor e Salvador?

 

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