• Quem Somos
    • Declaração de Fé
    • TEOmídia
    • TEOmídia Blog
    • TEOmídia Cast
    • TEOmídia Rádio
  • Assuntos
    • Apologética
    • Casamento
    • Devocional
    • Ensino Cristão
    • Ensino Infantil
    • Estudo Bíblico
    • Evangelismo
    • Igreja
    • Sociedade
    • Teologia
    • Vida Cristã

Barrabás, Jesus e eu

Marcos David Muhlpointner
06/02/2025
A escolha de Barrabás, tão impactante, revela um profundo paradoxo. A escolha daquela manhã de julgamento pode nos levar a uma reflexão ainda mais desconcertante sobre os motivos por trás de uma troca que não apenas envolveu um criminoso, mas também a nós.


Existe uma relação muito interessante entre Jesus, Barrabás e nós, os que foram alcançados pela graça de Deus.

O evento da escolha por Barrabás é muito conhecido de todos, está na Bíblia Sagrada e podemos encontrá-lo nos Evangelhos, como registrado em João:

“Perguntou-Lhe Pilatos: ‘Que é a verdade?’ Tendo dito isto, voltou aos judeus e lhes disse: ‘Eu não acho Nele crime algum.

É costume entre vós que eu vos solte alguém por ocasião da Páscoa; quereis, pois, que vos solte o rei dos judeus?’

Então, gritaram todos, novamente: ‘Não Este, mas Barrabás!’ Ora, Barrabás era salteador.” (João 18.38-40)

Então, quando Pilatos precisou decidir o que fazer com Jesus recorreu ao costume da época onde o povo escolhia quem desejava libertar.

Dessa forma, no julgamento de Jesus, mesmo Pilatos não vendo nada que justificasse a sua condenação, acatou a decisão da multidão de soltar Barrabás. Dessa forma, ele condenou Jesus à morte conforme nos descreve o Mateus, outro evangelista que registrou esse episódio.

“Vendo Pilatos que nada conseguia, antes, pelo contrário, aumentava o tumulto, mandando vir água, lavou as mãos perante o povo, dizendo: ‘Estou inocente do sangue Deste [justo]; fique o caso convosco!’

E o povo todo respondeu: ‘Caia sobre nós o seu sangue e sobre nossos filhos!’

Então, Pilatos lhes soltou Barrabás; e, após haver açoitado a Jesus, entregou-O para ser crucificado.” (Mateus 27.24–26 )

Perceba, assim, que o povo escolheu Jesus para morrer no lugar de Barrabás, o que, de fato, aconteceu. Contudo, essa não foi a única substituição que Jesus realizou na cruz. Por isso, é essencial compreender o significado desse evento.

Quais foram, afinal, as substituições que Jesus fez na cruz?

Jesus e Barrabás

Houve uma substituição direta entre Jesus e Barrabás.

O povo clamava pela crucificação de Jesus e pela liberdade de Barrabás. Isso cumpria o propósito eterno de Deus quanto à morte de Jesus, conforme nos explica o apóstolo Pedro.

“Sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram,

mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo,

conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vós.” (1Pedro 1.18-20).

Podemos comparar esse evento com a escolha do povo de Israel ao eleger Saul como rei.

O povo de Israel pediu um rei semelhante a eles, e, da mesma forma, as pessoas na época de Jesus escolheram um ladrão e assassino.

Saul, alto, bonito e forte, personificava a imagem que o povo desejava. De modo semelhante, a multidão identificou-se com Barrabás, refletindo uma sociedade corrompida pelo pecado e afastada de Deus.

Ao escolherem Barrabás, as pessoas, incitadas pelos líderes religiosos, cumpriram o plano soberano de Deus. Não sabemos o que aconteceu com Barrabás após sua libertação, mas, naquele dia, Jesus tomou o lugar dele.

Os evangelhos descrevem Barrabás de maneiras diferentes, o que permite montar um perfil sobre ele. João o chama de “bandido”.

“Então, gritaram todos, novamente: ‘Não Este, mas Barrabás!’ Ora, Barrabás era salteador.” (João 18.40)

Mateus, por sua vez, o descreveu como um prisioneiro muito conhecido.

“Naquela ocasião, tinham eles um preso muito conhecido, chamado Barrabás.” (Mateus 27.16)

Marcos registra o seguinte:

“Havia um, chamado Barrabás, preso com amotinadores, os quais em um tumulto haviam cometido homicídio.” (Marcos 15.7)

Lucas informa que as autoridades o prenderam por insurreição e assassinato:

“Barrabás estava no cárcere por causa de uma sedição na cidade e também por homicídio.” (Lucas 23.19)

Portanto, Barrabás não era uma “flor que se cheirasse”. Ele era um criminoso conhecido por sua participação em rebeliões e assassinatos. Ainda assim, é necessário ressaltar que, embora Jesus tenha morrido no lugar de Barrabás, a Sua morte não foi em favor deste.

Jesus e nós

A encarnação de Jesus tinha como objetivo a morte substitutiva pelos pecadores que fazem parte do Seu povo eleito.

Quando o anjo apareceu a José, deixou claro qual era a missão de Jesus:

“…Ele salvará o Seu povo dos pecados deles” (Mateus 1.21)

Nem mesmo a rejeição por parte dos judeus foi capaz de impedir o cumprimento desse propósito. Jesus veio para os Seus, mas, diante da recusa, todos os outros que O receberam foram feitos filhos de Deus.

Jesus tomou o nosso lugar como um substituto, pagando o preço que nós jamais poderíamos pagar. Ele morreu em nosso lugar e por nós, diferentemente do que ocorreu com Barrabás.

Jesus morreu pelo Seu povo:

“Por isso mesmo, convinha que, em todas as coisas, Se tornasse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote nas coisas referentes a Deus e para fazer propiciação pelos pecados do povo.” (Hebreus 2.17)

Ele morreu pelos Seus “amigos”:

 “Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos.” (João 15.13).

Esses seus amigos são descritos como “Sua prole”:

“Todavia, ao Senhor agradou moê-Lo, fazendo-O enfermar; quando der Ele a Sua alma como oferta pelo pecado, verá a Sua posteridade e prolongará os seus dias; e a vontade do Senhor prosperará nas Suas mãos.” (Isaías 53.10)

Seus amigos são chamados, também, de Seus “filhos” e “irmãos”:

“Porque convinha que Aquele, por cuja causa e por Quem todas as coisas existem, conduzindo muitos filhos à glória, aperfeiçoasse, por meio de sofrimentos, o Autor da salvação deles.

Pois, tanto o que santifica como os que são santificados, todos vêm de um só. Por isso, é que Ele não Se envergonha de lhes chamar irmãos,

dizendo: ‘A Meus irmãos declararei o Teu nome, cantar-Te-ei louvores no meio da congregação’.

E outra vez: ‘Eu porei Nele a minha confiança’. E ainda: ‘Eis aqui estou Eu e os filhos que Deus Me deu’.

Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue, destes também Ele, igualmente, participou, para que, por Sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo.” (Hebreus 2.10-14),

Jesus, ainda, os chamou de Suas “ovelhas”:

“Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas.” (João 10.11)

Ele fez um contraste entre as Suas ovelhas e os “cabritos”:

“e porá as ovelhas à Sua direita, mas os cabritos, à esquerda;” (Mateus 25.33)

Aqueles que não são Suas ovelhas, não são Seus filhos “legítimos”:

“Mas, se estais sem correção, de que todos se têm tornado participantes, logo, sois bastardos e não filhos.” (Hebreus 12.8).

Jesus morreu por “Sua igreja”:

“Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a qual Ele comprou com o Seu próprio sangue.” (Atos 20.28)

Ele morreu por “muitos”:

“Tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida em resgate por muitos.” (Mateus 20.28)

Ele morreu em nosso lugar:

“Ele mesmo levou em Seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, a fim de que morrêssemos para os pecados e vivêssemos para a justiça; por Suas feridas vocês foram curados.” (1Pedro 2.24).

Nós e Barrabás

Há também uma comparação que pode ser feita entre nós e Barrabás.

Nós estávamos presos em nossos “delitos e pecados”, condenados à morte espiritual, assim como Barrabás estava fisicamente preso.

Como mortos espiritualmente, não podíamos agir por conta própria. Barrabás, como prisioneiro, também dependia de ajuda externa para se ver livre de sua condição.

Da mesma forma, o Espírito Santo interveio para nos regenerar e nos conduzir ao arrependimento.

Estávamos cegos pelo pecado, incapazes de reconhecer Jesus como Salvador, a menos que Ele operasse em nossa vida. Essa comparação pode ser desconfortável, mas ilustra o afastamento que o pecado causa entre nós e Deus.

Apenas o Deus Filho poderia vencer essa separação.

“O Espírito do Senhor está sobre Mim, porque Ele Me ungiu para pregar boas novas aos pobres. Ele Me enviou para proclamar liberdade aos presos e recuperação da vista aos cegos, para libertar os oprimidos

e proclamar o ano da graça do Senhor.” (Lucas 4.18-19).

Você gostou deste texto a respeito de Barrabás, eu e Jesus?

Compartilhe com os seus amigos, sua igreja e familiares.

Deixe seu e-mail abaixo e avisaremos de cada novo post!

Assista essa mensagem em vídeo no nosso canal de Youtube.

Conheça o TEOmídia Cast. Ouça nossa Rádio na web, iOS ou Android.

Assine gratuitamente a TEOmídia, vídeos cristãos para você e sua família. Assista quando quiser, onde quiser.

Compartilhe esta mensagem:
Post anterior
Filhos criados para a glória de Deus
Próximo post
Fidelidade a Deus em primeiro lugar
O conteúdo dos artigos assinados refletem a opinião, conceitos e ideias pessoais do seu autor e não, necessariamente, do TEOmídia Blog, que se exime de qualquer responsabilidade pelos mesmos.
  • Contato
  • Permissões de Publicação
  • Política de Privacidade
Siga a TEOmídia:
Facebook
Twitter
YouTube
Instagram
Menu