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As músicas que eu cantava e as que canto

Marcos David Muhlpointner
11/11/2021
Você já refletiu sobre as músicas que você canta? Talvez as músicas que você cantava quando era novo na fé não façam mais sentido, por você ter crescido no conhecimento de Cristo.

As músicas que eu cantava

Para aqueles que estão na faixa dos 50 anos (como é o meu caso), nos anos 1990 era comum cantarmos músicas com os seguintes versos:

“Persegui os inimigos e os alcancei
Os consumi, os atravessei
Sob os pés do Senhor caíram
E não mais se levantaram.” (Baseado em Salmo 18.37-38)

Ainda que eu não tivesse os inimigos que teve Davi (autor do Salmo 18) nem tivesse passado pelas mesmas situações que o fizeram escrever esse salmo, eu cantava. Eu cantava essas músicas pensando nos inimigos que me ensinavam que eu tinha, tais como o pecado, a carne, as doenças, a morte e o mundo. Eu nunca tive forças em mim mesmo para vencer esses inimigos, mas foi Jesus que os venceu, na cruz, quando Ele morreu. Ele, sim, destruiu esses inimigos.
À medida que o meu coração era regenerado por Ele, e Seu Espírito, habitando em mim por Sua graça, me fortalecia, eu era capacitado a enfrentar esses inimigos. Por causa da substituição dEle por mim na cruz do Calvário, por causa dos méritos dEle, não dos meus, é que Ele me tornava vencedor.

O erro das músicas

Naquele tempo, novo na fé, dando meus primeiros passos e com o entendimento ainda pequeno, eu tomava as palavras de Davi e cantava essas músicas contra os meus inimigos. Entretanto, era certo cantar aquelas palavras?
Hoje, olhando em retrospecto, sei que estava errado ao cantar essas músicas. Não há nada de errado com o salmo. É errado ler ou cantar os salmos sem o contexto correto. Não era errado eu crer que Jesus havia vencido essas coisas e, na força do Seu poder, eu poderia vencer também. Contudo, hoje “deixei de ser menino” e não posso mais cantar músicas com essas características.
Essas palavras não cabem mais na boca de cristãos que entendem que os inimigos de Jesus não são vencidos pela “autoridade das minhas palavras”. Minhas palavras não têm poder. Somente a Palavra de Deus é que tem poder para destruir essas coisas na minha vida. Isso não me exime da minha responsabilidade de “desenvolver a minha salvação”, parafraseando o apóstolo.
Hoje, não mais um menino, o meu canto é:

“Não há mais culpa nem pavor, esse é o poder de Cristo em mim.
Jesus comanda meu viver, desde o início até o fim.
Nenhuma força poderá de Sua mão me arrancar.
Até com Ele me encontrar, no Seu poder eu viverei.” (Trecho da canção “Só em Jesus” – “In Christ Alone” – Getty Music)

O foco correto das músicas

O foco não está e nunca deveria estar em mim, e sim em Jesus. A atenção das músicas do período de louvor das nossas igrejas não deve ser mais o que eu posso fazer, mas o que Jesus Cristo já fez. A minha boca exalta e engrandece ao Senhor. É melhor seguir o exemplo de Maria, depois de ela receber a visita do anjo e saber que ficaria grávida do Salvador da Igreja:

“Então, disse Maria: A minha alma engrandece ao Senhor,
e o meu espírito se alegrou em Deus, meu Salvador,
porque contemplou na humildade da sua serva. Pois, desde agora, todas as gerações me considerarão bem-aventurada,
porque o Poderoso me fez grandes coisas. Santo é o seu nome.
A sua misericórdia vai de geração em geração sobre os que o temem.
Agiu com o seu braço valorosamente; dispersou os que, no coração, alimentavam pensamentos soberbos.
Derribou do seu trono os poderosos e exaltou os humildes.
Encheu de bens os famintos e despediu vazios os ricos.
Amparou a Israel, seu servo, a fim de lembrar-se da sua misericórdia
a favor de Abraão e de sua descendência, para sempre, como prometera aos nossos pais.” (Lucas 1.46-55)

Não posso mais cantar músicas modernas, tais como as do verso abaixo:

“Restituirei os anos
Que foram consumidos
E lhes mostrarei
A minha salvação
E sabereis que o melhor
De Deus ainda está por vir.”

Eu não tive meus anos de comunhão com Deus consumidos pelo devorador. Eu nunca fui exilado da minha terra “santa” e afastado do templo do Senhor, como foi o povo de Israel. Na boca deles, cabia a frase “E sabereis que o melhor de Deus ainda está por vir”, pois eles ainda não tinham recebido Jesus, Ele ainda não tinha Se encarnado.

“O melhor” é o próprio Senhor Jesus

O melhor que Deus poderia fazer por mim, Ele já fez. Não há nada melhor para a minha vida do que Jesus Cristo e o Seu Espírito Santo habitando em mim. Emprego, família, bens e poder não são nada quando comparados ao que Jesus significa para mim, quando comparados ao que Jesus é para mim, para a Sua Igreja.
Eu só poderei cantar isso se Ele não for nada para mim. Se Ele não é o meu “bem mais precioso”, significa que ainda não entendi o ministério dEle e ainda estou vivendo na lógica do “eu”, “para mim”, “eu tomo posse”, etc.
Que Deus me livre de ser autorreferente, de querer ser o centro da minha própria existência e que Ele tenha misericórdia de mim para aprender isso logo.

 

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