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Amar é difícil

João Eduardo Cruz
11/09/2025
Odiar não custa nada, amar é um desafio. Por que a luta para amar parece tão difícil, e o ódio, sentimos tão facilmente? Mergulhe na essência do verdadeiro amor e descubra o que a cruz nos ensina sobre a maior força do universo.


Jesus não só ensinou mas provou o que é amar. Os seus ensinos tornaram-se vivos através de suas palavras na cruz do Calvário. Pendurado ali, Ele pôde demonstrar, mais uma vez, que seus ensinamentos eram vividos na prática por Ele.

Enquanto estava morrendo na cruz, ofereceu perdão:

“Pai, perdoa-lhes, eles não sabem o que fazem.” (Lucas 23:34)

Ao ladrão arrependido mostrou misericórdia ao dizer:

“Hoje estarás comigo no paraíso.” (Lucas 23:43)

Por fim, revelou o sentimento que mais representa Deus, o amor, ao declarar:

“Está consumado.” (João 19:30)

Este sentimento se fez mais vivo do que nunca através do “verbo que se fez carne e habitou entre nós”.

Esse amor ensinado por Jesus — altruísta, totalmente livre de interesses egoístas — ainda hoje me impressiona e me constrange.

Saber que Ele morreu por mim mesmo conhecendo a possibilidade de eu pudesse rejeitar o seu sacrifício é mais que constrangedor — é, por que não dizer, assustador. E Ele ainda nos ordena que amemos com a mesma intensidade com que fomos amados:

“O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei.” (João 15:12)

O apóstolo João é direto ao afirmar:

“Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor.” (1João 4.8)

Por mais que analisemos essa afirmação por diversos ângulos, sempre nos depararemos com a responsabilidade de amar como cristãos que professamos ser.

Mas por que, então, é tão difícil amar? E por que o oposto do amor, o ódio, é tão facilmente manifestado?

A dificuldade de amar, ou facilidade em odiar

Não sei se você já percebeu como odiar é fácil. Um silêncio que evita o diálogo, um olhar carregado de desprezo, uma palavra ríspida — tudo isso pode expressar esse sentimento terrível: o ódio.

Naquela terrível tragédia americana de 11 de setembro de 2001 quando aviões pilotados por terroristas se chocaram contra as torres gêmeas do World Trade Center resultando na morte de aproximadamente 3.000 pessoas, as rádios americanas, naquela ocasião, entraram num acordo para não tocarem determinadas canções.

Em meio às várias músicas selecionadas, algumas delas, faziam referência a voar de avião, explosões, armas, quedas, morte, entre outros tópicos que poderiam despertar “gatilhos” em ouvintes traumatizados com os atentados.

O fruto do ódio religioso não havia apenas tirado a vida de pessoas, mas deixado uma mácula traumática em toda uma nação. Era necessário conter a dor, mas imaginem o quão impossível foi conter o ódio.

No mundo em que vivemos, propagar o ódio tornou-se bem mais fácil que espalhar o amor. Amar é difícil, porque requer mais de quem está amando do que de quem está sendo amado.

Amar significa abrir mão de direitos, acumular deveres, querer fazer muito mais do que está sendo feito por aquele a quem se ama. Requer renúncia e dedicação.

O sentido da existência e o amor de Deus

Toda existência só encontra sentido no amor. Deus é amor. E nisso está nossa alegria e esperança: o Criador é, em sua essência, um ser que ama. O seu amor é a maior arma contra a indiferença que ameaça nos isolar, transformando-nos, muitas vezes, em solitários viajantes num deserto de relacionamentos. Relacionar-se é o princípio fundamental do amor divino.

Quando criou o ser humano, Deus vinha, pessoalmente, conversar com ele ao final de cada dia. Imagino como eram esses momentos de perfeita comunhão entre o Criador e Sua criação. No entanto, a Bíblia relata que o homem pecou e, ao desobedecer a Deus, foi separado d’Ele.

A santidade e perfeição de Deus impedem a comunhão plena com um ser imperfeito, que não compreende ou, ainda, rejeita o seu amor. Mas, a história não termina aí. Porque nos ama com amor eterno, Deus se fez carne na pessoa de Jesus para trazer salvação, restaurar o relacionamento com a humanidade e proclamar o grande mandamento universal:

“Amai a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo.” (Lucas 10:27)

A nossa luta em amar

A nossa dificuldade em amar está no fato de nos isolarmos em nossa mesquinhez existencial. O ódio que é despertado em muitos de nós é fruto de uma vida que guardamos só para nós e achamos inconveniente quando alguém tenta movê-la de onde está.

Nós odiamos que nos tirem ou acrescentem algo que nos faça ter que abrir mão do que definimos pessoalmente como nosso. Jesus veio para tirar e acrescentar:

“Quem achar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a sua vida, por amor de mim, achá-la-á.” (Mateus 10:39)

As palavras de Jesus podem soar enigmáticas, mas a leitura do seu contexto nos ajudará na interpretação correta.

Antes Jesus já havia feito o seguinte desafio:

“E quem não toma a sua cruz, e não segue após mim, não é digno de mim.” (Mateus 10:38)

A cruz é sinônimo de amorosa obediência, mas também é símbolo de morte. Jesus nos convida para morrer com Ele vivendo em amor, sem espaço para ódio algum. Quem já morreu não pode se apegar a nada, inclusive a odiar perder.

A felicidade e o fundamento de amar

A verdadeira felicidade existe, mas ela só se materializa onde reina o amor.

A felicidade de ser pai existe pelo amor que tenho pelos meus filhos; a felicidade de ser professor é por amor a meus alunos; a felicidade de vencer, de conquistar, só existe até o momento em que o prêmio é alcançado, não vai além disso. Para garantir a eterna felicidade é necessário basear a vida nos valores eternos do amor a Deus e ao próximo.

Amar a Deus significa amá-lo simplesmente por quem Ele é: o nosso Criador, aquele que se importa conosco em meio a um universo inteiro sob o Seu governo. Ele não nos abandonou em função da separação provocada pelo pecado, mas veio pessoalmente nos reconciliar consigo.

Amá-lo acima de tudo é reconhecê-lo como soberano sobre todas as coisas. Tudo o que vemos é passageiro; o que sentimos em nosso coração, não. O Deus invisível está acima da visão e do intelecto. Ele é eterno.

Amar o próximo e espalhar o amor

Amar o próximo como a nós mesmos significa preservar no outro o que, também, preservamos em nós. Se não quero ser ferido, então escolho não ferir; se não quero passar fome, procuro não permitir que os outros passem; se não quero chorar sozinho, choro com os que choram e lhes ofereço consolo.

No livro “O Menino do Dedo Verde”, de Maurice Druon, o protagonista, Tistu, possui o dom de fazer flores nascerem em qualquer lugar — no hospital, na prisão, no zoológico e nas favelas. Da mesma forma, aqueles que se reconciliam com Deus por meio de Jesus, recebem também um poder extraordinário que podem espalhar por toda parte: o poder de amar. Essa deveria ser a maior preocupação dos cristãos: espalhar e propagar aquilo que Deus nos deu e que nos tem feito tão felizes.

Cristo, mesmo, nos assegura:

“Vós sereis meus discípulos se vos amardes uns aos outros.” (João 13:35)

Vivemos essa realidade de nos amarmos uns aos outros toda vez que reconhecemos a diferença que faz levar Cristo conosco em cada situação da vida. Quando andamos em comunhão com Ele, passamos a amar com a mesma naturalidade com que respiramos. Já não exigimos mais nada de ninguém, pois encontramos em Cristo tudo o que precisamos.

E, assim, o ódio perde sua força, porque nasce da exigência, da cobrança, da vingança, da tentativa de reaver direitos. O amor, ao contrário, nos sussurra: “Siga em frente, você já tem tudo”.

O lugar de Deus

O escritor Humberto Eco pergunta em seu romance “O Nome da Rosa”: “Existe algum lugar em que Deus se sinta em casa?” Perdoe-me a ousadia, mas eu sei a resposta: existe, sim, no coração de quem praticar o mandamento de amar.

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