• Quem Somos
    • Declaração de Fé
    • TEOmídia
    • TEOmídia Blog
    • TEOmídia Cast
    • TEOmídia Rádio
  • Assuntos
    • Apologética
    • Casamento
    • Devocional
    • Ensino Cristão
    • Ensino Infantil
    • Estudo Bíblico
    • Evangelismo
    • Igreja
    • Sociedade
    • Teologia
    • Vida Cristã

A criação do homem – Antropologia cristã

Marcos David Muhlpointner
18/08/2019
Deus é o responsável pela criação de tudo que há. A Bíblia nos apresenta um estudo específico sobre quem é o homem e qual a sua relação com Deus e as coisas.


 

A criação de Deus

O que existe na natureza e os seus olhos conseguem ver, o mundo macroscópico, é criação de Deus. O que existe na natureza e os seus olhos não conseguem ver sem o auxílio do microscópio ou do telescópio, também é criação de Deus. Com isso, temos o mundo físico com seus fatores bióticos e abióticos, que é objeto de estudo das ciências naturais.
O que existe na natureza e os seus olhos não conseguem ver, nem com microscópio, nem com telescópio, mas você é capaz de sentir e experimentar, também é criação de Deus. As únicas coisas que não são criação de Deus são as que não existem e o mal (adotando uma posição não clarkiana da relação entre Deus e o mal).
Os seres vivos e o que nunca teve ou terá vida e sentimento também são criações de Deus. E na avaliação de Deus, todos os seres vivos não humanos, bem como o mundo físico, são expressão da Sua bondade, conforme observamos no livro de Gênesis:

“…e viu Deus que era bom” (Gênesis 1.3, 10, 12, 18, 21, 25).

A avaliação de Deus

Contudo, quando Deus faz a avaliação da Sua criação principal, Ele a faz com uma intensidade que não havia antes. A criação do ser humano é avaliada como “muito boa” em Gênesis 1.31.
Devemos atentar para a natureza dessa avaliação quanto Deus a faz sobre a criação do homem. Sendo Deus um ser perfeito e absoluto em Seu caráter, a Sua avaliação do ser humano carrega essas características.
Deus não pode ser influenciado por nada externo a Ele, mesmo nas ações que toma e nem nos sentimentos que tem. Portanto, quando Ele olha para o ser humano recém-criado e o avalia como “muito bom”, devemos considerar essa avaliação de forma literal e não menosprezar essa avaliação de Deus.
É fundamental, para a compreensão desses temas, que entendamos essa dimensão da criação de Deus, de como Ele criou e para que Ele criou.

O relacionamento com Deus e a finalidade da criação

Como parte de Sua criação, homem e mulher trazem características que valem para todos os elementos criados. Há, contudo, uma distinção feita pela própria Palavra de Deus com relação ao ser humano. E essa distinção está justamente no modo como Deus se relaciona conosco e na finalidade para a qual nós fomos criados. É a partir da correta compreensão desses dois itens que teremos uma correta maneira de viver e expressar tudo para o qual Deus nos destinou.
O texto que Moisés nos legou no livro de Gênesis delimita e aponta a razão da nossa existência. Os seres humanos foram criados para cuidar da a criação de Deus e administrá-la.

“E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme nossa semelhança; domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre o gado, sobre os animais selvagens* e sobre todo animal rastejante que se arrasta sobre a terra.” (Gênesis 1.26)

Foi dada, ao homem, a ordem e o privilégio de cuidar da criação de Deus, de ser o seu administrador. O que Deus realmente fez foi colocar o ser humano como Seu representante no mundo que Ele criou. Assim como reis e sacerdotes eram considerados representantes das divindades no mundo antigo o próprio Deus, de modo santo e perfeito, colocou o ser humano nessa situação. Enquanto os pagãos faziam isso de modo idolátrico, Deus o fez de modo santo e com pureza de motivos.
E para não ficar difícil para Adão fazer tudo isso sozinho, Deus lhe deu a mulher. Na perspectiva divina, toda a criação era incapaz de auxiliar o homem nessa tarefa, bem como de conviver em igualdade com ele.

“Disse mais o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; eu lhe farei uma ajudadora que lhe seja adequada.
E o SENHOR Deus formou da terra todos os animais do campo e todas as aves do céu, e os trouxe ao homem, para ver como lhes chamaria; e o nome que o homem desse a cada ser vivo, esse seria o nome deles.
Assim o homem deu nomes a todo o gado, às aves do céu e a todos os animais do campo; mas não se achava uma ajudadora adequada para o homem.” (Gn 2.18, 20)

A excelência da criação na complementaridade

Assim, Deus cria a mulher, uma companheira à altura do homem. Isso porque gato, cachorro, galinha e nenhum outro tipo de “pet” nunca completariam a existência do homem! Nisso vemos uma complementaridade entre homem e mulher, além de uma afinidade física, corporal e emocional. É importante mantermos, sempre, na memória que o homem e a mulher foram criados “à imagem e semelhança” do Criador.
A “excelência da criação” é o homem e a mulher num convívio harmonioso, santo e para a glória de Deus. O casamento, quando realizado nessas bases, reflete isso. Ao criar o homem e a mulher, Deus os criou um para o outro e, ambos, para Si mesmo. Ao estabelecer as bases do casamento, já no Jardim do Éden, Deus delimitou como deveria ser a vida domiciliar.
A proposta divina é a do casamento heterossexual e monogâmico. A heterossexualidade aponta para o complementarismo entre homem e mulher. Devemos nos lembrar de que o princípio bíblico do casamento é anterior à Queda, ou seja, é supracultural, sendo aplicável no começo do mundo, no mundo oriental antigo, no mundo greco-romano e no mundo de hoje.
O casamento não é criação do estado moderno, como muitos pensam. O seu significado está em Deus, muito além de um pedaço de papel assinado por partes e validado pelo estado. Portanto, não podemos subverter a ordem natural e bíblica daquilo que Deus estabeleceu para nós.
A homossexualidade, dentro desse contexto, é apenas uma das formas nas quais o pecado e a natureza humana se expressam contra o senhorio de Deus.

Os efeitos noéticos da Queda

Mas, como sabemos, o homem não permaneceu em seu estado original. Caiu dele e passou a viver de uma maneira diferente da maneira original.
Adão e Eva estavam numa condição em que eles poderiam pecar ou não pecar. Por terem sido criados sem a influência do pecado, a vontade deles não estava direcionada para o mal. Isso significa que Adão e Eva tinham uma liberdade que hoje nós não temos. Essa maneira santa e pura do convívio deles é refletido no fato de eles andarem nus e não se sentirem envergonhados por isso.

“E os dois estavam nus, o homem e sua mulher, e não se envergonhavam.” (Gênesis 2.25)

Esse é um ponto importante de reflexão.
Quando Deus procura por Adão e Eva, a resposta deles é de medo e vergonha e não de amor a Deus.

“O homem respondeu: Ouvi a tua voz no jardim e tive medo, porque estava nu; por isso me escondi.” (Gênesis 3.10)

Eles queriam se esconder por vergonha da consequência do ato deles. Eles não fogem de Deus tristes por terem desobedecido a ordem divina. O corpo deles agora passa a ser instrumento do pecado e isso é motivo de vergonha e de medo.

“Portanto, não reine o pecado em vosso corpo mortal, a fim de obedecerdes aos seus desejos.” (Romanos 6.12)

Deus, que antes da Queda representava um Ser de amor, de bondade, de prazer e contentamento para a humanidade, agora é visto com medo e pavor. E a santidade de Deus, agora, não pode ver tal aberração. Daí a necessidade da vergonha pecaminosa ter de ser coberta. Mas a cobertura que o ser humano provê não é capaz de aplacar a ira de Deus. Por isso, Ele mesmo confecciona as roupas que vão cobrir o pecado humano.

“E o SENHOR Deus fez roupas de peles para Adão e sua mulher, e os vestiu.” (Gênesis 3.21).

São essas consequências que o apóstolo Paulo argumenta no primeiro capítulo da Carta aos Romanos, nos versículos de 18 ao 32.

O homem se distancia de Deus

Ao distanciar-se de Deus, o homem se colocou como o centro de sua existência, assumindo as “rédeas” de sua vida. Ao fazer isso, acabou se tornando um “deus” para si mesmo. Quando isso ocorre, as consequências são o afastamento de Deus, levando à uma desconfiguração daquilo que Deus projetou em Seu plano original. O homem vai adorar os animais e vai se entregar a toda sorte de pecado.
Em Efésios 4, Paulo vai nos advertir para que abandonemos uma prática velha de vida, pois fomos chamados para uma nova vida. Ele diz que devemos nos “despir do velho homem” e nos “vestir do novo homem”.

“… a vos despir do velho homem, do vosso procedimento anterior, que se corrompe pelos desejos maus e enganadores,
e a vos renovar no espírito da vossa mente,
e a vos revestir do novo homem, criado segundo Deus em verdadeira justiça e santidade.” (Efésios 4.22-24)

Esse novo homem, com a “mente de Cristo” é capaz de lutar e resistir às tentações do pecado.

“Pois, quem jamais conheceu a mente do Senhor para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo.” (1 Coríntios 2.16)
“Assim, sujeitai-vos a Deus, mas resisti ao Diabo, e ele fugirá de vós.” (Tiago 4.7)

Conclusão

Na Carta aos Efésios, Paulo lista uma série de pecados que o novo homem, com um coração regenerado deve abandonar:

“Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente.
Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo,
Do qual todo o corpo, bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor.
E digo isto, e testifico no Senhor, para que não andeis mais como andam também os outros gentios, na vaidade da sua mente.
Entenebrecidos no entendimento, separados da vida de Deus pela ignorância que há neles, pela dureza do seu coração;
Os quais, havendo perdido todo o sentimento, se entregaram à dissolução, para com avidez cometerem toda a impureza.
Mas vós não aprendestes assim a Cristo,
Se é que o tendes ouvido, e nele fostes ensinados, como está a verdade em Jesus;
Que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano;
E vos renoveis no espírito da vossa mente;
E vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade.
Por isso deixai a mentira, e falai a verdade cada um com o seu próximo; porque somos membros uns dos outros.
Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira.
Não deis lugar ao diabo.
Aquele que furtava, não furte mais; antes trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o que tiver necessidade.
Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem.
E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção.
Toda a amargura, e ira, e cólera, e gritaria, e blasfêmia e toda a malícia sejam tiradas dentre vós,
Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo.” (Efésios 4:14-32)

Reflita com seriedade e sinceridade nesses pontos destacados no ensino de Paulo. Que essas recomendações o ajudem a viver no centro da vontade de Deus para a sua vida.

 

Gostou deste post sobre a criação do homem?

Compartilhe com os seus amigos, sua igreja e familiares.

Deixe seu e-mail abaixo e avisaremos de cada novo post!

Assista essa mensagem em vídeo no nosso canal de Youtube.

Conheça o TEOmídia Cast. Ouça nossa Rádio na web, iOS ou Android.

Assine gratuitamente a TEOmídia, vídeos cristãos para você e sua família. Assista quando quiser, onde quiser.

Compartilhe esta mensagem:
Post anterior
O Jesus predestinado
Próximo post
Buscando o contentamento
O conteúdo dos artigos assinados refletem a opinião, conceitos e ideias pessoais do seu autor e não, necessariamente, do TEOmídia Blog, que se exime de qualquer responsabilidade pelos mesmos.
  • Contato
  • Permissões de Publicação
  • Política de Privacidade
Siga a TEOmídia:
Facebook
Twitter
YouTube
Instagram
Menu