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Legalismo, um mal que mata ovelhas!

Diego Venancio
15/07/2018
Infelizmente o legalismo está vivo e atuando através de déspotas da igreja, trocando a leveza da graça pela escravidão da lei.

Gostaria de iniciar pedindo que você leia o texto abaixo, que está ligado a esse tema do legalismo:

“Estou admirado de que estejais vos desviando tão depressa daquele que vos chamou pela graça de Cristo para outro evangelho, que de fato não é outro evangelho, senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo” (Gl 1.6-7).

Este assunto é, com certeza, espinhoso.
Não são poucas as pessoas que são machucadas por igrejas que, em vez pregarem o evangelho, buscam exercer controle pela repressão moral e psicológica trazendo, assim, mais peso às ovelhas de Cristo. Essas igrejas, esquecem-se da graça e do descanso que o evangelho traz às nossas vidas.
O legalismo reina, em nossos dias, está com força total, não só em igrejas neopentecostais, tão caricaturizadas pelos mais ortodoxos, mas também, muito presente, no seio das igrejas históricas.
Antes de entrarmos nesse assunto do legalismo é preciso apresentar uma pequena descrição de uma igreja verdadeira.

Reunião de Salvos

Primeiramente, a igreja é a reunião dos salvos. Mas… O que isso significa?
Significa que a Igreja é um grupo de pessoas regeneradas por Deus, pessoas que outrora viviam na prática constante do pecado e que foram transformadas pelo poder do Espírito Santo de Deus, quando seus corações de pedra foram trocados por corações de carne.
Essa definição já nos ajuda bastante, porque os líderes das igrejas locais devem ter o cuidado de só aceitarem como membros de suas igrejas, pessoas verdadeiramente regeneradas. Eles devem ouvir suas profissões de fé e, se forem satisfatórias – e só então – aceitá-las como membros, como ovelhas de Cristo.
A ideia de que devemos manter adolescentes, jovens e adultos na igreja para que um dia elas venham “aceitar” Cristo, não existe na Bíblia. A igreja é formada por regenerados e ponto!
Se uma igreja os mantém nessas condições, é quase certo que esteja mantendo membros não-regenerados, só por terem uma vida moral satisfatória aos olhos humanos.
Em segundo lugar, a igreja deve observar, fielmente, o batismo e ceia.
O batismo deve ser realizado com água conforme os preceitos bíblicos, seguindo a visão de sua igreja; pedobatista ou credobatista, por imersão ou aspersão conforme a doutrina da denominação.
A ceia deve ser fundamentada nas palavras de Cristo; de que o pão simboliza o corpo, e o vinho o sangue derramado na cruz. Cristo chama os salvos a participarem de sua mesa; essa mesa não está aberta a todas as pessoas, mas somente aos regenerados que compreendem o valor e a razão desse ato.
Em terceiro lugar, a igreja deve pregar o evangelho genuíno. Para isso os textos bíblicos devem ser expostos de maneira fiel ao texto (sermões expositivos), sem invenções, pois quem alimenta a congregação é a Palavra de Deus pregada, ou seja, o próprio Deus falando às ovelhas aquilo que Ele mesmo determinou como sua revelação. Sermões temáticos têm mais chances de apregoar a ideia do pastor e não o que dizem as Escrituras.
Em quarto lugar, é preciso observar a disciplina eclesiástica, pois é assim que a igreja protege o nome de Cristo. O membro da igreja local que cair em pecado deverá ser disciplinado. Se ele for verdadeiramente regenerado, então será natural que ao passar pela disciplina, ele se arrependa dos seus pecados e retorne imediatamente ao seio da igreja, sendo recebido com amor; pois se trata de uma ovelha de Cristo, um irmão que se afastou, mas reconheceu o erro, se arrependeu e voltou.
Muito mais poderia ser dito, aqui, sobre as marcas da igreja fiel, porém, o assunto principal é o legalismo.

O legalismo

Paulo, no texto acima apresentado, está tratando com a igreja da Galácia, justamente, sobre esse tema. Alguns judaizantes estavam impondo condições extras à fé. Condições estas que não condiziam com a graça de Deus manifestada em Cristo, que é totalmente cumpridora da lei, em nosso lugar. Eles colocavam a lei como condição primordial para a vida cristã. Até duvidavam da autoridade apostólica dada a Paulo.
Paulo diz que esses judaizantes tentavam escravizar:

“… vieram espiar a liberdade que temos em Cristo Jesus, para nos escravizar” (Gl 2.4)

Ainda hoje, diversas igrejas apresentam o mesmo problema que tinha a igreja da Galácia, que dava grande ênfase à lei. De fato, Cristo morreu para nos livrar do rigor da lei. Ora, se Cristo morreu para cumpri-la, é porque essa lei era justamente o que nos acusava.
Com Adão foi feito um pacto de obras; um pacto de obediência. Com a desobediência de Adão todos estamos culpados e impossibilitados de cumprir a lei.  Jesus vem para restaurar e cumprir esse pacto de obras; ele é o novo Adão, o Adão obediente e perfeito.
Temos aqui duas situações importantes.
A primeira é que, em certo sentido, somos completamente livres do pacto das obras. Estamos libertos da acusação. Aqueles que são regenerados por Deus, reconhecem sua pecaminosidade e se agarram a Cristo como seu libertador, seu salvador, como aquele que cumpriu a lei que era impossível de ser cumprida. Nesse sentido a lei prescreveu. Nesse sentido não somos sujeitos à lei.
A segunda situação é que agora, por gratidão, por toda a obra de redenção concretizada por Cristo, temos o desejo de andar em retidão. O coração regenerado quer andar em conformidade com a lei moral de Deus. Por exemplo: Não é porque Cristo morreu pelos pecados do seu povo que podemos quebrar os 10 mandamentos. Ao contrário; um coração regenerado busca ser obediente à lei de Deus, à lei moral de Deus, mas isso acontece pela gratidão e não pela imposição. É neste ponto que quero chegar.
O que nos constrange a viver de maneira digna e reta é o amor de Cristo, a obra de Cristo, ou seja, o próprio evangelho.
Se a pregação do evangelho não constrange o coração é porque, provavelmente, essa pessoa não é regenerada e, não o sendo, não deve nem continuar na igreja de Cristo, porque não conseguirá segui-Lo. Ela deve ser desligada. Não é por imposição da lei, ou melhor, da força, que uma pessoa muda. Uma pessoa só pode crer e cumprir algum propósito se o Espírito de Deus agir em seu coração.
O legalismo não substituirá a força do Espírito, mas aumentará a culpa, a carga e ofuscará a beleza da graça às ovelhas de Cristo.
O legalismo é um grande erro. Mesmo que haja a melhor das intenções, precisamos deixar esse espírito de dominação sobre as pessoas e oferecer a elas somente a pregação do evangelho. É o evangelho que nos liberta do pecado. O legalismo não pode fazer nada a esse respeito.
O legalismo só tem poder para fazer não regenerados parecerem regenerados, porque vivem uma vida moralmente aceitável.
Veja o que Paulo diz em 2 Coríntios 5.14-17:

Pois o que nos motiva é o amor de Cristo, porque concluímos que, se um morreu por todos, logo, todos morreram.
E ele morreu por todos para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.
Assim, daqui por diante não reconhecemos ninguém segundo os padrões humanos, agora não o conhecemos mais desse modo.
Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação; as coisas velhas já se passaram, e surgiram coisas novas.

Temos ao nosso redor igrejas liberais, que não se apegam a nada, nem têm as Escrituras como inerrantes e suficientes. Enfatizam a liberdade total em um aspecto diferente, como se Deus aceitasse pecadores ainda em pecado, vivendo vida dissoluta.
Por outro lado, temos igrejas onde impera o legalismo e elas impõem exatamente o peso que o evangelho arranca de nós.
Muitas são as vítimas do legalismo. A minha oração é que Deus cure e proteja suas ovelhas dos abusos de déspotas, de pastores autoritários, de distorções teológicas absurdas, de utilizarem mal a bênção do Antigo Testamento para oprimir as pessoas.
Se você é uma ovelha de Cristo e está fora da igreja, não continue assim. Procure uma igreja saudável que tenha confissão de fé, que seja ortodoxa, mas que não enfatize a lei, o rigor, a dureza, mas que pregue a liberdade que temos em Cristo, o perdão de pecados e a suficiência de Cristo.

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