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Descanso, o quarto mandamento

Marcos David Muhlpointner
01/05/2025
O que significa realmente descansar? Seria apenas uma pausa no trabalho ou um convite divino para algo mais profundo? O quarto mandamento, com suas implicações surpreendentes, desafia a visão comum sobre descanso e revela um propósito muito além da simples interrupção da rotina.


Pode parecer estranho, mas os três primeiros mandamentos dizem respeito diretamente a Deus, enquanto o quarto mandamento, à primeira vista, parece se relacionar ao ser humano. Afinal, somos nós que trabalhamos, nos cansamos e precisamos descansar para recomeçar a semana seguinte. Deus não se cansa, então, por que Ele descansaria ou instituiria um dia de descanso?

O quarto mandamento e o dia de descanso

O sétimo dia após a criação serve de base para o quarto mandamento. Em seis dias, Deus criou tudo o que existe e, depois, estabeleceu o sétimo dia como o dia do descanso. Observemos:

“Assim foram concluídos os céus e a terra, e tudo o que neles há.

No sétimo dia Deus já havia concluído a obra que realizara, e nesse dia descansou.

Abençoou Deus o sétimo dia e o santificou, porque nele descansou de toda a obra que realizara na criação.” (Gênesis 2.1-3)

Ao contrário dos outros seis dias, Deus abençoou e santificou esse sétimo dia. Isso não significa que Deus não tenha abençoado os demais dias, afinal, toda a criação revela a glória e o poder divinos. No entanto, Deus conferiu ao sétimo dia um caráter especial. Vejamos o que Moisés diz sobre esse mandamento:

“Lembra-te do dia de sábado, para santificá-lo.

Trabalharás seis dias e neles farás todos os teus trabalhos,

mas o sétimo dia é o sábado dedicado ao Senhor teu Deus. Nesse dia não farás trabalho algum, nem tu, nem teus filhos ou filhas, nem teus servos ou servas, nem teus animais, nem os estrangeiros que morarem em tuas cidades.

Pois em seis dias o Senhor fez os céus e a terra, o mar e tudo o que neles existe, mas no sétimo dia descansou. Portanto, o Senhor abençoou o sétimo dia e o santificou.” (Êxodo 20.8-11)

O significado do descanso

A tradução “sábado” significa, no hebraico, “descanso”. Dessa forma, poderíamos traduzir o mandamento como: “Lembra-te do dia de descanso…”. Assim como Deus santificou esse dia ao criá-lo, Ele nos convoca a fazer o mesmo: santificá-lo. Em Gênesis, a santificação do sétimo dia ocorre porque houve descanso da obra criadora. Dessa maneira, quando descansamos de nossas atividades, também santificamos esse dia, pois estamos imitando Deus. Vale lembrar que imitar o Senhor é a principal tarefa dos discípulos de Jesus!

Quando deixamos de trabalhar e dedicamos esse dia ao Senhor, estamos santificando-o, separando-o especialmente para Deus e para as coisas do Seu reino. Embora todos os dias pertençam a Deus, pois tudo é Dele, tratar todos os dias como iguais pode diluir a importância desse mandamento. Nosso descanso nesse dia deve ser intencional, planejado, desejado e vivido com intensidade.

Por motivos de trabalho, algumas pessoas acabam abrindo mão desse dia tão especial. Eu, por causa de compromissos em algumas escolas, já precisei faltar ao culto para trabalhar. No entanto, naquilo que depende de nós, é nossa responsabilidade reservar esse dia para o Senhor. Muitas vezes, não respeitamos esse dia simplesmente por falta de organização. Em algumas ocasiões, acumulamos trabalho e sentimos a pressão de continuar trabalhando no dia de descanso. Outras vezes, usamos esse dia para atividades puramente pessoais, como lazer, compras ou afazeres que não envolvem a Deus.

“Devemos notar que o requerimento é que nós nos lembremos do dia de descanso, para o santificarmos. Santificar significa separar para um fim específico. Isso quer dizer que além do descanso e da interrupção de nossa rotina diária, Deus deseja a dedicação desse dia para si.” (Arthur Pink)

O trabalho e o descanso: um ciclo perfeito

É interessante notar que a guarda do dia de descanso é precedida pelo mandamento de trabalhar, como a Escritura nos diz:

“Trabalharás seis dias e neles farás todos os teus trabalhos” (Êxodo 20.9)

Não está escrito “poderás trabalhar” ou “se possível for”, mas sim uma ordem clara.

Da mesma forma que Deus instituiu o trabalho ao criar Adão e Eva, Ele ordena que trabalhemos seis dias na semana. Arthur Pink, em seu livro Os Dez Mandamentos, explica que o ciclo trabalho – descanso – trabalho se retroalimenta:

“O trabalho serve para abrir caminho para a adoração, assim como a adoração nos prepara para o trabalho.” (Arthur Pink)

Mas é o sábado ou o domingo?

O mandamento não especifica “o sétimo dia da semana”, mas apenas “sétimo dia”. Embora pareça um detalhe irrelevante, os cristãos atribuem ao dia de descanso um significado ainda mais profundo do que os judeus. De fato, os judeus observam esse mandamento no sábado, o sétimo dia da semana. No entanto, como o mandamento não determina um dia específico da semana, ele pode ser associado ao maior evento do cristianismo: a ressurreição de Jesus Cristo.

Jesus ressuscitou no primeiro dia da semana, ou seja, no domingo. Assim, os cristãos veem o dia de descanso como cumprido em Cristo, que é o verdadeiro descanso.

O fardo de Cristo é suave e leve, e encontramos descanso para nossas almas Nele, como se vê nas Suas próprias palavras:

“Tomai sobre vós o Meu jugo e aprendei de Mim, porque Sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma.

Porque o Meu jugo é suave, e o Meu fardo é leve.” (Mateus 11.29-30)

Pelo Espírito de Deus, somos renovados de glória em glória, como encontramos no ensino de Paulo:

“E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na Sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito.” (2Coríntios 3.18)

Então, quem é conduzido pelo Bom Pastor é levado a pastos verdejantes e águas tranquilas, verdade exposta por Davi:

“Ele me faz repousar em pastos verdejantes. Leva-me para junto das águas de descanso” (Salmos 23.2)

Portanto, vivamos o dia de descanso santificando-o ao Senhor, meditando nas coisas do Seu reino, descansando dos dias trabalhados e, confiantes em Jesus, iniciemos cada nova semana fortalecidos no Senhor e na força do Seu poder, conforme lemos da pena de Paulo:

“Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do Seu poder.” (Efésios 6.10)

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