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As dores de seguir a Cristo

Diego Venancio
26/01/2024
Agostinho disse uma frase que é a mais pura expressão da verdade para a vida de um crente: “Senhor, é duro te seguir, mas é impossível te deixar.”


Em um tempo como este em que vivemos, falar das dores de seguir a Cristo, mesmo no seguimento evangélico, é meio fora de moda. Aliás, mais do que isso, chega a ser contracultural. Em uma época onde todos almejam ser vencedores, principalmente aqueles que seguem o Filho de Deus, você deve se sentir vitorioso.

Porém, hoje eu quero demonstrar biblicamente que seguir a Cristo não é fácil; ao contrário, seguir a Jesus implica em carregar consigo as dores de seguir a Cristo. É verdade que Nele temos uma paz de alma sublime, divina, inexplicável. Mas estar diante da Verdade, que é Cristo Jesus, nos tira do conforto, nos resgata da cegueira. Estar diante Dele termina por revelar coisas sobre nós mesmos que só suportamos porque Jesus Cristo, pela sua graça, as carrega e nos ordena prosseguir.

A pesca maravilhosa

Em Lucas, no capítulo 5, encontramos um texto interessante a respeito do milagre da pesca operado por Jesus.

Isto fazendo, apanharam grande quantidade de peixes; e rompiam-se-lhes as redes. Então, fizeram sinais aos companheiros do outro barco, para que fossem ajudá-los. E foram e encheram ambos os barcos, a ponto de quase irem a pique. (Lucas 5.6,7)

Quando eu era criança, vibrava com o fato espetacular de que Pedro saia para pescar mas não conseguia pegar nada. Depois, Jesus fazia as redes serem recolhidas quase se rasgando de tantos peixes. Entretanto, essa leitura infantil suprimia as emoções, as nuances, os detalhes que são fundamentais para compreendermos a complexidade do texto.

O milagre dos peixes é um mero detalhe. Se você quer saber, nem tem tanta importância no texto. Esse milagre tem um propósito muito pontual, mas não é o fim em si mesmo.

Jesus, um maestro

Perceba como o texto inicia.

Aconteceu que, ao apertá-lo a multidão para ouvir a palavra de Deus, estava ele junto ao lago de Genesaré;

e viu dois barcos junto à praia do lago; mas os pescadores, havendo desembarcado, lavavam as redes.

Entrando em um dos barcos, que era o de Simão, pediu-lhe que o afastasse um pouco da praia; e, assentando-se, ensinava do barco as multidões. (Lucas 5.1-3)

Neste texto, vejo Jesus como um grande maestro, aquele que detém total controle da história. Ele vai regendo o mundo todo para chegar ao desfecho que Ele mesmo programou.

O que é um maestro? É justamente aquele que conhece a obra mais profundamente do que os outros músicos, conhece as nuances de interpretação, indica a entrada de cada instrumento, tentando trazer o sentimento original, a interpretação correta da obra.

Pois Jesus faz isso! Ele dirige a história e vai levando a todos para o seu desfecho.

Ele inicia pregando à multidão, conduzindo os barcos para a margem do lago de Genesaré, que é o Mar da Galileia. Provavelmente, Ele toma essa decisão, para não ser apertado pela multidão e também para ser melhor ouvido.

Ao final da pregação, dá uma ordem a Pedro, conforme nos narra o evangelista Lucas.

As primeiras dores de seguir a Jesus

Quando acabou de falar, disse a Simão: Faze-te ao largo e lançai as vossas redes para pescar. (Lucas 5.4)

O texto nos conta, um pouco antes, que Pedro pescou a noite toda. Tinha sido uma pesca fracassada. Ao ouvir a ordem para lançar novamente as redes, Pedro sente o dilema colocado diante de si e tem início a primeira dor de seguir a Cristo. De um lado há a sua experiência, aquilo que os seus meus olhos viam; do outro, aquilo que Jesus dizia.

Uma visão romântica e insensível até oferece uma resposta rápida ao problema: “É claro que devemos sempre obedecer à palavra de Jesus”.

Para apresentar o problema, quero mostrar um versículo a você.

Ora, se alguém não tem cuidado dos seus e especialmente dos da própria casa, tem negado a fé e é pior do que o descrente. (1 Timóteo 5.8)

O evangelho requer de nós sabedoria, responsabilidade e disciplina.

E agora? O que fazer?

Pedro está sendo racional, está sendo responsável, está agindo conforme a sua experiência. Se não agimos assim, a própria Palavra de Deus vai nos acusar. As dores de seguir a Cristo começam quando as coisas da fé conflitam com o pragmatismo de nossa vida.

Pedro era pescador, fazia isso desde sempre. Aprendeu o ofício ainda menino e conhecia como ninguém a arte de pescar. Ele tinha até uma empresa de pesca.

Então, tente imaginar a cena que aconteceu ali. Alguém, que ele mal conhece, chega e dá uma ordem absurda do ponto de vista humano.

Não é fácil seguir a Cristo e ter, o tempo todo, que discernir os passos de fé. No entanto, Pedro se sai bem desse dilema. Vejamos o relato bíblico:

Respondeu-lhe Simão: Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos, mas sob a tua palavra lançarei as redes.

Isto fazendo, apanharam grande quantidade de peixes; e rompiam-se-lhes as redes.

Vendo isto, Simão Pedro prostrou-se aos pés de Jesus, dizendo: Senhor, retira-te de mim, porque sou pecador. (Lucas 5:5,6 e 8)

As dores de se estar diante de Deus

Pedro relutou, mas agiu diante daquela palavra de autoridade.

Quando viu o resultado, viu o poder que estava desafiando a sua visão, a sua experiência e o seu conhecimento. Ele desmoronou e prostrou-se. O que ele diz revela mais uma daquelas dores. A dor de se estar diante do Deus Santo sendo um pecador.

Imagine você estar diante de alguém a quem cansou de ofender de muitas maneiras. Você está diante dessa pessoa e ela, alí, na sua frente, dá uma grande demonstração de poder. Qual seria a sua reação? Seria, porventura, se autoafirmar? Crescer para cima da pessoa? Eu duvido! Você só faria isso se fosse um maluco.

Jesus humilha Pedro naquilo que ele faz de melhor na vida. Você também seria humilhado. A única coisa que restaria, a você, fazer seria pedir misericórdia: “por favor, não me mate”!

Pedro vê que está diante de um poder grandioso. Ele sabe que está diante de Deus. Como você iria reagir se estivesse a meio metro de Deus? Pois é! Você percebe que Deus está diante de você o tempo todo?

Essa é a dor que carregamos ao seguir a Cristo. Nós sabemos, o tempo todo, todos os dias, que somos pecadores miseráveis. Sabemos que só a misericórdia de Deus nos mantém. E isso só ocorre por causa da obra de Jesus Cristo.

Jesus nos salva da condenação, diz ao Pai que somos justos, mas essa afirmação não nos isenta de sermos criminosos; ela tira somente a culpa e a punição.

O desfecho do maestro

O milagre da pesca aconteceu para chegar a este ponto:

Disse Jesus a Simão: Não temas; doravante serás pescador de homens. (Lucas 5.10)

O que Jesus queria, era chamar Pedro para ser um pescador. Mas agora não era mais para ser pescador de peixes, mas um pescador de homens. Pedro deve ter entendido, perfeitamente, o conceito. E mesmo com temor, mesmo atordoado, mesmo sem entender muita coisa, com as emoções atrapalhadas, Pedro tomou a decisão certa para a sua vida: Pedro seguiu a Jesus.

Jesus é quem decide como será nossa história. É Ele quem dirá: “Sim, eu sou Deus, sou Santo, tenho todo o poder, você poderia estar morto diante de mim, mas eu vou fazer algo de você. Você será útil para mim.”

O Criador traz à vida aquilo que não tinha vida e transforma inúteis como nós em seus servos.

E, enquanto caminhou com Jesus, Pedro carregou suas dores. Ele o traiu, ele mentiu, foi “boca de Satanás”, segundo o próprio Jesus. Mas o Mestre o tornou um grande pescador de homens.

Quando Jesus foi assunto aos céus, pelo poder do Espírito Santo, Pedro lançou suas redes obedecendo à ordem do Senhor Jesus Cristo. E elas voltaram quase rasgando, com quase três mil pessoas lançadas aos pés de Cristo.

Então, levantou-se Pedro, com os onze; e, erguendo a voz, advertiu-os nestes termos: “Varões judeus e todos os habitantes de Jerusalém, tomai conhecimento disto e atentai nas minhas palavras.”

Então, os que aceitaram a palavra foram batizados, havendo um acréscimo naquele dia de quase três mil pessoas. (Atos 2.14,41)

Para encerrar essa reflexão sobre as dores de seguir a Cristo, cito novamente a frase de Agostinho que é a mais pura expressão da verdade para a vida de um crente:

“Senhor, é duro te seguir, mas é impossível te deixar.” (Agostinho)

Que Deus o abençoe nessa caminhada de dores.

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