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Se Deus é bom, por que existe o mal?

Diego Venancio
28/07/2023
Olhando ao nosso redor, podemos ver, nitidamente, o mal ao nosso redor. Mas, como e por que ele entrou no mundo? Se Deus é o criador de tudo o que há, qual a relação que pode haver entre Deus e o mal?


Falar sobre a harmonia entre a soberania divina e a existência do mal é uma tarefa muito difícil. É o assunto mais complexo da teologia, porque as Escrituras não fazem afirmações contundentes sobre este assunto. Está ligado à criação e ao mundo espiritual, sobre o qual não temos uma linha temporal de observação.

O surgimento do mundo espiritual

Deus criou a terra e tudo o que nela há. Antes disso, Ele criou algo do qual não temos muito conhecimento: o mundo espiritual.

De alguma forma, a criação do mundo espiritual ainda está incluída no primeiro versículo da Bíblia.

“No princípio, criou Deus os céus e a terra.” (Gênesis 1.1)

O livro de Jó dá a entender que os anjos foram criados antes que a terra fosse feita.

“Onde estavas tu, quando eu lançava os fundamentos da terra? Dize-mo, se tens entendimento.

Quem lhe pôs as medidas, se é que o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel?

Sobre que estão fundadas as suas bases ou quem lhe assentou a pedra angular,

quando as estrelas da alva, juntas, alegremente cantavam, e rejubilavam todos os filhos de Deus?” (Jó 38.4-7)

A criação dos anjos

Vejamos o que o pastor e teólogo Leandro Lima nos ensina em seu livro As grandes doutrinas da graça.

“Sabemos que Deus criou os anjos antes dos homens, e que houve uma queda no mundo dos anjos. Essa queda provavelmente aconteceu após o término da criação, uma vez que a Bíblia diz que ao terminar a obra, ‘viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom’ (Gênesis 1.31). Se tudo era muito bom, isso nos faz pensar que a queda de Satanás ainda não havia ocorrido.” (Leandro Lima, As grandes doutrinas da graça)

Os anjos, assim como outros seres espirituais, são seres sem corpo.

“Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e verificai, porque um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho.” (Lucas 24.39)

Podem estar em grande quantidade em apenas um lugar ao mesmo tempo.

“Perguntou-lhe Jesus: Qual é o teu nome? Respondeu ele: Legião, porque tinham entrado nele muitos demônios.” (Lucas 8.30)

Os anjos eleitos

Conforme o livro de 1Timóteo, vemos que existem anjos eleitos.

“Conjuro-te, perante Deus, e Cristo Jesus, e os anjos eleitos, que guardes estes conselhos, sem prevenção, nada fazendo com parcialidade.” (1Timóteo 5.21)

Os anjos eleitos são eleitos para que não percam o estado que já possuem.

Temos outras afirmações importantes quanto aos anjos eleitos. Por exemplo, não se casam, são seres racionais, são extremamente numerosos, são classificados em querubins e serafins.

Os anjos decaídos

Dr. Martyn Lloyd-Jones diz:

“O diabo, ao cair, tornou-se a cabeça daquela esfera que se acha fora da vida de Deus. Assim, podemos descrevê-la como o império da morte.” (Dr. Martyn Lloyd-Jones)

Não sabemos como aconteceu a queda dos anjos. Sabemos somente que isso aconteceu.

Podemos fazer algumas deduções através de textos indiretos. Após a criação, Deus disse que tudo estava muito bom. Isso sugeriria que a rebelião dos anjos aconteceu após o sexto dia da criação. Então, o motivo dessa queda pode ter sido o próprio homem.

Isso é só especulação, mas explicaria o ódio do diabo pelo ser humano. Pode ter sido inveja misturada com orgulho. Afinal, Deus colocou a Sua imagem no homem. Ao mesmo tempo, o diabo não tinha a adoração que Deus tinha. Isso pode ter sido o pivô da rebelião.

A Bíblia fala desses anjos caídos. Pedro diz:

“Deus não poupou anjos quando pecaram, antes, precipitando-os no inferno, os entregou a abismos de trevas, reservando-os para juízo.” (2Pedro 2.4)

Falando deles, Judas diz:

“Não guardaram seu estado original, mas abandonaram o seu próprio domicílio.” (Judas 1.6)

O mal

Precisamos considerar algumas questões importantes. Por que Deus permitiu e permite a existência de Satanás e seus seguidores? Por que Deus permitiria a existência de um ser tão mau no mundo? De onde vem o mal?

Inicialmente, eu responderia dizendo que não existe dualismo. O dualismo identifica duas forças iguais e dependentes uma da outra. Seria como se uma completasse a outra e elas não poderiam existir sozinhas.

Conforme a Bíblia, Satanás não é igual a Deus em poder. Somente Deus é soberano. Satanás é uma criatura rebelde de Deus.

A origem do mal

De onde veio o mal, se Deus é o criador de todas as coisas? Satanás é o criador do mal? Como ele teria criado o mal, se ele próprio era bom antes de pecar?

A primeira resposta a todas essas perguntas é: Deus não é o autor do mal. Deus é o Criador de todas as coisas, mas não do mal. Deus é bom, não podendo habitar nEle o mal.

Satanás não pode ser o criador do mal, porque faria dele alguém coigual a Deus em poder e força.

O mal é uma “originação”. Ou seja, ele é fruto do uso de coisas que já existiam, como, por exemplo, o livre-arbítrio, a personalidade e o poder de Satanás.

Nesse sentido, Deus dotou Satanás dessas qualidades e ele as usou para originar o mal.

Isso é o máximo que podemos dizer. É somente até aí que podemos ir.

O propósito do mal

Não adianta fecharmos os olhos para o fato de que, se Deus concedeu livre-arbítrio aos anjos e depois a Adão, assegurou a possibilidade da existência do mal. Entretanto, não podemos imaginar que Deus permitiria algo que pudesse de fato arruinar Seus propósitos.

Deus sempre manteve tudo sob controle, inclusive a origem do mal. A origem do mal nunca pôs em risco o grande projeto de Deus.

Veja o que diz a Confissão de Fé de Westminster.

“Desde toda a eternidade, Deus, pelo muito sábio e santo conselho de sua própria vontade, ordenou livre e inalteravelmente tudo quanto acontece, porém de modo que nem Deus é o autor do pecado, nem violentada é a vontade da criatura, nem é tirada a liberdade ou contingência das causas secundárias, antes estabelecidas.” (Confissão de Fé de Westminster)

A única responsabilidade pelo mal que pode ser atribuída a Deus é que Ele criou um mundo no qual o mal era possível. Fez isso para demonstrar Sua glória pelo fato de saber lidar com isso e, ao final, conduzir tudo para um fim bom.

Conclusão

Deus é bom e esse atributo de Deus não é variável. Portanto, Deus é bom e o mal existe.

Deus não é tentado pelo mal. Por isso, Deus não pode ser o autor do mal. Entretanto, o mal pode ser consequência de criaturas livres que se rebelaram contra Deus. Foi assim com o homem livre, que decidiu pecar e assim romper seu relacionamento de perfeição com Deus.

No entanto, esse Deus bom também é onipotente e não pode ser frustrado. Ele tem um plano, que está fluindo perfeitamente, apesar e para além da existência do mal.

“Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.” (Romanos 5.8)

Sim, Ele morreu por você e por mim para que, crendo Nele, tenhamos a vida eterna.

Amém!

 

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