O livro de Gênesis é o primeiro livro da Bíblia e fundamenta o restante das Escrituras. Nele obtemos importantes respostas mediante a revelação realizada por Deus.
Os capítulos 1 e 2 de Gênesis relatam a origem do nosso Universo.
O relato da Criação define de maneira enfática que Deus criou todas as coisas. A ciência moderna acusará a Bíblia de conter imprecisões ou até mesmo erros na sua descrição dos fatos. Isso se deve às últimas descobertas sobre a “idade da Terra” e também à grande influência do livro de Charles Darwin, A Origem das Espécies.
O fato é que as Escrituras não estão preocupadas em relatar cientificamente a maneira como se deu a Criação. De forma apologética, porém, claramente é revelado que Deus é o responsável por todas as coisas criadas no céu, na terra e em todo o Universo.
Ainda que pareça um argumento simplista, é suficiente para que possamos compreender a existência de tudo o que conhecemos hoje, respondendo assim as principais perguntas humanas: de onde vim e qual o meu objetivo de existir?
As Escrituras declaram em alta voz:
– Homem e mulher foram criados por Deus à Sua imagem e semelhança.
“Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança […]
à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.” (Gênesis 1.26-27)
– Foram criados para glorificar a Deus.
“Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus.” (1Coríntios 10.31)
– Foram criados para ter comunhão com Ele para sempre.
“Quem mais tenho eu no céu? Não há outro em quem eu me compraza na terra.
Ainda que a minha carne e o meu coração desfaleçam, Deus é a fortaleza do meu coração e a minha herança para sempre.” (Salmo 73.25-26)
No capítulo 3 do livro de Gênesis, é revelado o motivo pelo qual o mundo está da maneira como o vemos, imerso em violência, miséria e desastres naturais infindáveis. A desobediência do homem no Éden culmina numa descendência escravizada pelo pecado. A partir daí, a maldade do homem se multiplica.
“Viu o Senhor que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração.” (Gênesis 6.5)
A sociedade moderna insiste em dizer que o mundo é fruto do acaso e que o mal existe por conta da influência da própria sociedade na subversão do homem. Entretanto, a voz de Deus continua a ressoar em toda a terra com a Sua revelação.
Podemos proclamar a existência de Deus porque Ele decidiu Se revelar a nós através de homens santos, inspirados pelo Espírito Santo, que registraram essa revelação.
Pela fé, cremos na existência de Deus e no relato de Gênesis. Entendemos que a Bíblia, especialmente Gênesis, tem o principal objetivo de contar a história de Deus, não a da humanidade. Compreender isso nos ajuda a observar o relato de Gênesis corretamente.
Conhecemos que Deus criou o mundo e o ser humano. O homem desobedeceu a Deus e o mal veio ao mundo. Deus poderia ter eliminado a raça humana, mas Lhe aprouve providenciar redenção na Pessoa de Cristo Jesus, prometido ainda no Éden antes da expulsão de Adão e Eva.
“Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.” (Gênesis 3.15)
Desenvolvendo-se a humanidade, Deus escolhe pessoas para preservar a eleita descendência: Sete, Noé, Abraão, etc. Enfim, chegamos a Jesus, a semente da mulher que esmagaria a cabeça da serpente.
Entender Gênesis é entender a Escritura e o objetivo de Deus em Sua revelação. Através dessa revelação no primeiro livro das Escrituras é que compreendemos a própria vinda de Jesus. Ele veio cumprir aquilo que o primeiro Adão não conseguiu fazer. Jesus representa o povo de Deus e satisfaz a justiça do Pai, sendo obediente até a morte na cruz.
Gênesis nos revela quem Deus é e quem nós somos. Excluir ou minimizar a sua importância é excluir ou minimizar a importância da necessidade de Jesus Cristo. Se este primeiro livro é considerado mito, por que Cristo teve que morrer? As Escrituras asseguram:
“Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.” (Romanos 5.8)
O Novo Testamento constantemente cita os fatos ocorridos em Gênesis como prova de sua grande importância e historicidade. Veja alguns exemplos:
– Cristo é identificado como Aquele que estava na Criação desde o princípio (Gênesis 1.26; João 1.1-3).
– Jesus tem Sua genealogia ligada aos patriarcas e a Adão (Lucas 3.23-38).
– O sangue de Cristo clama de forma superior ao sangue de Abel (Gênesis 4.10 / Hebreus 12.24).
– A arca de Noé é comparada ao batismo (Gênesis 6.18 / 1Pedro 3.8-22).
– Jesus é sacerdote conforme a ordem de Melquisedeque (Gênesis 14.18-20 / Hebreus 7).
– Os que estão em Cristo são considerados descendência de Abraão (Gênesis 15.5 / Gálatas 3.29).
– Jesus é o leão da tribo de Judá (Gênesis 49.9-10 / Apocalipse 5.5).
Essas constatações identificadas já bastariam para ratificar a afirmação inicial de que o livro de Gênesis fundamenta muito bem o assunto do qual as Sagradas Escrituras vão tratar.
Diante disso, clamo a Deus por Sua misericórdia e rogo que Ele nos conceda fé para crermos em Sua verdade revelada. Somente assim poderemos de fato glorificar a Ele da maneira devida.
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