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Suicídio: A derrota contra a solidão?

Marcos David Muhlpointner
28/09/2020
O suicídio é um tema recorrente na sociedade humana. Por que é assim? O que leva uma pessoa ao suicídio? Como o suicídio afeta as outras pessoas? Há como evitar o suicídio?


Ao escrever sobre o suicídio, eu me lembrei de um episódio.
Em 1999 eu trabalhava no diretório acadêmico da minha faculdade. Naquele ano, eu e os meus colegas organizamos um debate sobre a bioética. Chamamos um biólogo, um filósofo e um pastor para debaterem o assunto.
O pastor começou a sua apresentação com a seguinte frase:

“Não podemos falar em ética da vida se não começarmos entendendo quem é o Criador da vida.”

Desde então, toda vez que penso sobre algum assunto relacionado à bioética, essa frase ecoa na minha memória.

Suicídio, um tema recorrente

O tema do suicídio sempre esteve presente na humanidade.
Desde o “não matarás” do sexto mandamento do Decálogo até o “meu corpo, minhas regras” da arrogância moderna, o suicídio é tema recorrente na sociedade humana.
Há muito tempo – e poderíamos falar desde o Éden – o ser humano quer buscar a sua independência e liberdade para fazer o que “der na telha”.
O sonho da humanidade sempre foi ser dona do seu próprio destino, não dar satisfação a ninguém e tomar as decisões que julgar corretas.
O suicídio é apenas mais uma dessas vontades. Colocar fim na própria vida, na hora que quiser e da forma que quiser, parece ser uma das formas mais audíveis de liberdade, de poder e de capacidade de decidir as coisas.
A vida é o primeiro bem que a pessoa possui. Poder fazer o que quiser com esse bem é a primeira sensação de poder que o ser humano tem.
O poder inebria, o poder seduz, o poder cega, o poder vicia. Que o digam os grandes imperadores que este mundo já conheceu: romanos, persas, gregos e, mais modernamente, norte-americanos e russos.
Ah, o poder! Estar sobre os outros e subjugá-los! Estar acima de mim mesmo e decidir sobre a minha vida sem consultar ninguém, nem ter que prestar contas aos outros!

O que leva alguém a escolher o suicídio?

Entretanto, por que alguém escolheria tirar a própria vida ao invés de mantê-la?
A Organização Pan-Americana de Saúde, órgão vinculado à Organização Mundial de Saúde, lista alguns problemas como as principais causas de suicídio:

  • Problemas financeiros
  • Términos de relacionamento
  • Dores crônicas
  • Doenças incuráveis
  • Enfrentamento de conflitos
  • Desastres
  • Violência
  • Abusos
  • Todo tipo de perda
  • Senso de isolamento

De acordo com esse relatório, até agosto de 2018, o suicídio era a segunda causa de mortes entre jovens de 15 a 29 anos. Um ano depois, porém, em setembro de 2019, o limite superior desse intervalo de idade tinha caído para 24 anos de idade.
É muito triste ler uma reportagem dessas. É desolador ver que, com tão pouca idade, as pessoas não têm perspectiva de vida, prazer em viver, e querem se ver livre dela.
A lista de causas apresentada mostra que essas mortes poderiam ser evitadas. Contudo, a sensação de que o amanhã será pior do que o hoje rouba qualquer traço de esperança das pessoas.

O suicídio deixa mais perguntas do que respostas

Para quem nunca tentou o suicídio, e para familiares e amigos que passaram pelo trauma da tentativa de suicídio de um ente querido, ficam mais perguntas do que respostas.
Por exemplo, é muito difícil lidar com a situação de que o fim de um casamento possa levar uma pessoa a se matar.
Para muitos de nós, parece “apenas” se tratar de um recomeço, de uma reestruturação da vida familiar, de procurar um novo lugar para morar e dividir a presença dos filhos.
Todavia, as emoções nem sempre são fáceis de serem explicadas. São vividas com tamanha intensidade que nem mesmo o suicida encontra uma explicação.
Normalmente, as cartas deixadas pelos suicidas revelam um ambiente emocional soturno, solitário e absolutamente sem nenhuma ancoragem com a possibilidade de uma realidade melhor.
Muitas vezes é a vergonha de algum ato cometido que leva a pessoa a cometer esse autoflagelo derradeiro.

O impacto nos outros

Reveja aquela lista e perceba que todas aquelas causas estão vinculadas com emoções e um senso de pertencimento a um grupo maior, seja a família ou a sociedade. Isso torna ainda mais séria essa situação do suicídio, porque quem fica, familiares e amigos, também morrem com o suicida.
Em primeiro lugar, diz Gilbert Meilaender:

“Não cabe a nós fazer qualquer tipo de julgamento definitivo sobre as pessoas.” (Bioética: um guia para os cristãos, Edições Vida Nova, São Paulo, SP, 1997, p. 84)

Entretanto, ainda que reconheçamos a autonomia de alguém em tirar a sua própria vida, temos de reconhecer que aqueles que ficam são privados da existência daquela pessoa que se foi e não tiveram escolha nisso. Daí esse senso de coletividade ser tão importante na sociedade.
Um filho só existe porque existe um pai e uma mãe. Esses, por sua vez, só existem por causa dos avós daquele filho. Esse filho tem tios e tias, primos e primas, amigos de escola, do clube, do condomínio, e assim por diante.
Percebe a rede de relacionamentos que se estabelece ao longo da vida? Um suicídio coloca um ponto final nessa rede toda. A vida das pessoas está conectada de tal modo que todas são afetadas pela morte de uma.
Meilaender nos lembra:

“Nossa identidade não é uma conquista individual, sendo socialmente formada desde o princípio.” (Idem, p. 86)

Algo maior

Mesmo que uma pessoa se sinta sozinha, ela não é só. A falta de pertencimento a um grupo maior e mais unido, associada a emoções instáveis, pode conduzir a uma decisão que vai afetar uma rede muito grande de pessoas.
Por isso, é fundamental que os laços, familiares e de amizade, sejam estabelecidos em bases sólidas e verdadeiras. Assim, a expressão desses laços também será sólida e verdadeira.
No próximo post, continuaremos examinando a questão do suicídio, com ênfase particular na perspectiva cristã.

 

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