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Critério é importante para não deixar a sua Igreja morrer

Diego Venancio
01/03/2020
Quem não tem critério, ou seja, não é pró-ativo na busca de conhecimento bíblico-teológico, vira massa de manobra e isso destrói a Igreja.


Em 2 Coríntios 11 nos versículos que vão de 1 a 6, Paulo faz uma auto-defesa, estabelecendo o critério pelo qual o seu apostolado é pautado. Uma parte dessa defesa é focada em como ele enfrenta a questão delicada dos falsos apóstolos que haviam conseguido arrebatar a atenção e a disposição dos irmãos de Corinto. Essa questão ele vem enfrentado já no capítulo anterior e continua no posterior a esse capítulo 11.

A importância do critério teológico

De maneira geral, nós temos a tendência de andarmos distraídos, muitas vezes não fazendo distinção entre as coisas, afrouxando o critério. Não entendemos muito bem a implicação das coisas teológicas na igreja. Falta-nos critério. Somos indiferentes, não entendemos a sua necessidade.
Muitos irmãos nossos não conseguem perceber a diferença entre a pregação de pastores que são fiéis e os que são infiéis à Palavra.
Via de regra, os falsos mestres se valem da pompa, do poder retórico, das piadas para envolver os incautos. Essa realidade é um problema, seríssimo, neste tempo inclusivista em que vivemos.
Não é possível fazermos este tipo de confusão. Nesses nossos dias é preciso ter muito discernimento, é preciso saber onde está a verdade, ou onde está o verdadeiro Evangelho.

O evangelho é exclusivista

Precisamos entender que o evangelho é exclusivista. Faz afirmações contundentes e não podemos abraçar aquilo que é oposto às essas afirmações.
Se o evangelho afirma que Cristo ressuscitou dos mortos não podemos abraçar como verdade o islamismo, que afirma que Jesus foi um bom homem, um profeta, inferior a Maomé e que não ressuscitou dos mortos. Também não podemos coadunar com as Testemunhas de Jeová que colocam Jesus num nível inferior ao de Deus, como um profeta que não deve ser adorado porque não é o verdadeiro Deus.

O nosso critério é claro

O nosso critério deve ser claro: Jesus é Deus e nada menos do que isso.
Não podemos receber como irmão aquele que se diz evangélico e ao mesmo tempo é teologicamente liberal, não crendo na ressurreição do corpo, no Reino de Cristo estabelecido na igreja e através dela. Não pode ser nosso irmão quem não crê na inerrância das Escrituras ou adiciona ideologias ao evangelho para sanar possíveis “falhas” ou “pontos cegos”. Essas ideias acabam transformando o momento e o local de pregação do Evangelho num lugar de ensino ideológico.
O nosso critério é claro: a Bíblia é, totalmente, a Palavra de Deus e não contém erros.
O nosso critério é que o Evangelho é completo e se formos obedientes a ele, não precisamos de nenhuma ideologia para completar qualquer coisa que seja.
Nós precisamos assumir a responsabilidade sobre o púlpito das nossas igrejas. Temos que assumir, em forma de compromisso, que a Igreja e a sua fidelidade depende de todos nós e não apenas de seus líderes e pastores. Essa responsabilidade é de cada irmão. Aquele que não é pró-ativo em relação à doutrina torna-se massa de manobra e é levado por todo vento de doutrina, como diz Paulo em outra carta.
A falta de critério mata a igreja e é isso que está acontecendo aqui, na Igreja de Corinto.
Vejamos:

A falta de critério

A falta de critério, ou ingenuidade, força a insensatez.

“Quisera eu me suportásseis um pouco mais na minha loucura. Suportai-me, pois.” (2 Coríntios 11.1)

A falta de critério, ou melhor, o critério errado da igreja de Corinto faz o apóstolo agir com certa “insensatez”. Defender, ou se gloriar, na visão do apóstolo é loucura e ele se vê obrigado a fazer o que reprova.
Vejamos o ensino de Jesus sobre o assunto:
Em Mateus capítulo 6, versículo 1, Jesus diz:

“Guardai-vos de exercer a vossa justiça diante dos homens, com o fim de serdes vistos por eles; doutra sorte, não tereis galardão junto de vosso Pai celeste.” (Mateus 6.1)

Em Lucas 14, versículos de 7 a 11, temos:

“Reparando como os convidados escolhiam os primeiros lugares, propôs-lhes uma parábola:
Quando por alguém fores convidado para um casamento, não procures o primeiro lugar; para não suceder que, havendo um convidado mais digno do que tu,
vindo aquele que te convidou e também a ele, te diga: Dá o lugar a este. Então, irás, envergonhado, ocupar o último lugar.
Pelo contrário, quando fores convidado, vai tomar o último lugar; para que, quando vier o que te convidou, te diga: Amigo, senta-te mais para cima. Ser-te-á isto uma honra diante de todos os mais convivas.
Pois todo o que se exalta será humilhado; e o que se humilha será exaltado.” (Lucas 14.7-11)

O reconhecimento

O ensino de Jesus tem o princípio de que o reconhecimento daquilo que fazemos aqui, se dá em secreto. E, ainda, muitas coisas terão sua recompensa somente na ressurreição. Não devemos, de forma alguma, buscar reconhecimento de homens ou a glória humana.
Por isso, Paulo, mesmo, reconhece que o que ele está fazendo é uma insensatez, uma loucura. Mas é necessário fazer. Esse comportamento é um apelo que Paulo faz à igreja. Ele diz, agora: “suportai-me, pois”!
Em 1ª Coríntios 1, versículo 17, Paulo explica que existe uma diferença grande entre o trabalho que ele veio a desenvolver na igreja e o trabalho que estes falsos apóstolos estão desenvolvendo. Vejamos:

“Porque não me enviou Cristo para batizar, mas para pregar o evangelho; não com sabedoria de palavra, para que se não anule a cruz de Cristo.” (1 Coríntios 1.17)

Existe uma diferença gritante de interesses. Enquanto Paulo deseja que a obra de Cristo, o nome de Cristo, seja exaltado, evidenciado, em tudo, os falsos apóstolos querem ter a sua sabedoria evidenciada, a sua eloquência louvada, o seu jeito comunicativo, atraente, contemporâneo, louvado.
Quanto ego, quanta auto-promoção, quanta inutilidade! É como se Paulo se rebaixasse ao nível daqueles irmãos para poder trazer a verdade ao lugar certo.
Parafraseando o pensamento de Paulo, aqui seria: “Já que vocês só valorizam e dão audiência àquilo que é visível, moderno, eloquente, vou mostrar a vocês que, se eu quisesse, poderia ser assim. Dessa forma, mantenham a sua atenção no que eu prego”.

O critério da pureza

A mensagem de Paulo é o critério que traz a pureza que a igreja deve ter.

“Porque zelo por vós com zelo de Deus; visto que vos tenho preparado para vos apresentar como virgem pura a um só esposo, que é Cristo.” (2 Coríntios 11.2)

Paulo usa, assim como em Efésios 5, a metáfora do casamento para demonstrar o tipo de trabalho que ele faz com a igreja. O casamento, naquela época, era sob encomenda; na maioria das vezes, casamentos arranjados.
Assim, o pai da noiva era o responsável por zelar pela integridade da sua filha até entrega-la ao noivo.
Diz, o Dr. Augustus Nicodemus, que, muitas vezes, o pai pegava as provas da virgindade da moça para que, depois, o marido não a devolvesse sob a alegação de impureza por parte da noiva. O pai era responsável pela integridade dela.
Este é o sentimento de Paulo. Ele deseja entregar a noiva pura, a Igreja, para o noivo que é Cristo.
Como uma igreja se mantém pura? Vivendo, integralmente, na verdade, na luz, na pureza e santidade do Evangelho.
O que estava implícito, na palavra de Paulo, é que ele contribuía para a pureza da Igreja, mas esta desejava prostituir-se com os falsos apóstolos.

O veneno do engano

“Mas receio que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também seja corrompida a vossa mente e se aparte da simplicidade e pureza devidas a Cristo.” (2 Coríntios 11.3)

O engano por discursos eloquentes vem do capítulo 3 de Gênesis. Paulo tem medo que o veneno seja mais poderoso que o remédio. Algumas coisas são muito importantes aqui.

A Queda não é mito

A primeira é que Paulo trata como verdadeiro, real, inconteste, a descrição de Genesis 3 sobre a Queda. Paulo não diz que é um mito, mas entende aquele fato como concreto.

A mensagem enganosa corrompe a mente

A segunda é que a mensagem enganosa corrompe a mente, engana os olhos e toma conta do nosso comportamento. Faz com que tenhamos a ilusão de que Deus não está nos olhando o tempo todo. Para pecar, criamos a ilusão de que Deus nos deixou.
A mensagem deve ser pura, para que mantenha a pureza das nossas mentes e dos nossos corações. Estes tem ervas daninhas, que crescem com muita facilidade, mas a palavra da verdade é a única coisa que pode cortar, e até matar, essas ervas que nascem com facilidade, de qualquer maneira.

Sem a verdade somos separados de Cristo

A terceira coisa que acontece é que, sem a verdade, somos separados da simplicidade e pureza próprias de Cristo.
Quando tiramos os olhos de Cristo, começamos a ver muitas outras coisas. Essas outras coisas nos distraem e nos dão a impressão de que são muito importantes para o serviço, para o culto, para a vida da Igreja e, consequentemente, para a nossa própria vida. A nossa praxis, ou a nossa prática, fica complexa, perdemos o começo e o fim das coisas.
Ao darmos ouvidos aos falsos profetas, em vez de termos mais esclarecimentos, temos mais confusão.

Perguntas podem ser ridículas

A filosofia é uma benção na nossa vida, pois nos ensina a pensar. Mas o conhecimento filosófico deve servir para nos dar respostas dentro da perspectiva bíblica do pensamento. Não para nos confundir ainda mais.
Há pessoas que louvam a dúvida, amam não ter critério. Até entendo o que querem dizer quando afirmam que “melhor é fazer mais perguntas do que dar respostas”. Mas, o problema é que eles nunca tem respostas para nada, não tem alicerce, e além disso, passam a fazer perguntas sem sentido. Então, precisamos definir em quais âmbitos isso pode ser verdadeiro.
A falta de critério nos leva a fazer perguntas ridículas como “Podemos redefinir a nossa sexualidade?” ou “o conceito de felicidade é relativo?”, “Será que devemos questionar os absolutos apresentados nos 10 mandamentos?”
A Palavra de Deus, na maior parte dos seus pontos, é bem direta e não tem margem para dúvidas. O que gera dúvidas, em relação à interpretação das Escrituras, é a nossa pecaminosidade que não aceita as proposições feitas por Deus.
Ao ouvirmos a voz da serpente, vamos nos afastando da voz de Deus. E acredite, a serpente não parou de sussurrar em nossos ouvidos.
Nós não paramos de tentar levar a nossa vida do nosso modo. Às vezes, pensamos que estamos vivendo a vida conforme a nossa ideia, mas a ideia que estamos obedecendo é a da serpente! Na nossa vida, não existe a neutralidade. Ou você ouve e obedece as propostas de Deus ou vai obedecer à serpente.

Não podemos tolerar os falsos mestres

Tolerar os falsos mestres é demonstração de uma igreja agonizante.

“Se, na verdade, vindo alguém, prega outro Jesus que não temos pregado, ou se aceitais espírito diferente que não tendes recebido, ou evangelho diferente que não tendes abraçado, a esse, de boa mente, o tolerais.” (2 Coríntios 11.4)

O que Paulo está querendo mostrar é o seguinte:
Quando o ladrão entra na sua casa, você vai tomar alguma providência contra ele, se puder. A única coisa que não irá fazer é abraçá-lo e dizer: “Entre, fique a vontade, quer um café?” Se o inimigo vem te atacar no meio de uma guerra, o que você faz é ataca-lo, e não dar o peito para ele atirar.
Veja o que a falta de critério faz com a Igreja de Cristo. Faz a igreja abraçar o inimigo, oferece a ele a oportunidade de disseminar o seu falso ensino.
Olha o ensino que Paulo está combatendo.

Como os falsos apóstolos agiam

O comentarista Colin Krusen no seu comentário sobre 2 Coríntios mostra a forma como agiam os falsos apóstolos:

  • Procuravam ter uma aparência física imponente e eloquência arrebatadora.
  • Cobravam uma taxa sobre cada sermão pregado.
  • Exibiam ascendência judaica impecável.
  • Apresentavam experiências espirituais impressionantes.
  • Mostravam realizações de sinais apostólicos.
  • Exibiam a sua autoridade e poder.
  • Diziam que Cristo falava por meio deles.
  • Tinham um discurso triunfalista de sucesso, sem sofrimento.

Esse mal continua vivo nos nossos dias

Paulo está enfrentando os falsos apóstolos e os falsos mestres não só do seu tempo, mas, também, do nosso tempo. Veja como este tipo de mal que atacou a igreja de Corinto continua a atacar.
A Igreja é acusada de tolerar esses homens de boa mente. É por isso que Paulo se vê no direito de pedir paciência a eles com a sua “auto-glorificação”, com a sua apresentação de currículo.
A falta de critério dos corintios dá todo o campo para o inimigo.

A diferença entre Paulo e os falsos apóstolos

Nos versículos 5 e 6, Paulo inicia a defesa da sua capacidade:

“Porque suponho em nada ter sido inferior a esses tais apóstolos.
E, embora seja falto no falar, não o sou no conhecimento; mas, em tudo e por todos os modos, vos temos feito conhecer isto.” (2 Coríntios 11.5-6)

A Igreja tinha os falsos apóstolos em alta conta. Paulo diz que ele em nada é inferior a eles e, ironicamente, os chama de super-apóstolos. O que foi traduzido como “tais apóstolos” é, na verdade, um sentido irônico que Paulo está usando, chamando-os de super-apóstolos.
Quando Paulo diz: “Embora seja falto no falar…”, está reconhecendo que ele é mais simples no falar, não usa aqueles artifícios de retórica para impressionar. Ele age desta forma porque pretende trazer conteúdo, alimento. Alimento este, que deve apontar para Cristo e que, ele mesmo, seja diminuído.
Veja que interessante! Só aquele que têm critério bem fundamentado, é que vai compreender a obra, o trabalho e a mensagem de Paulo. Só abraça o verdadeiro apóstolo, o verdadeiro ensino, aquele que tem os olhos abertos para a verdade. Já os cegos estão tateando e maravilhando-se com falsas doutrinas, com qualquer discurso que ouvem por aí, mesmo o mais ralo.
Só aquele que tem o verdadeiro alicerce, o compromisso com o Evangelho e com a Verdade, pode discernir a mensagem de Paulo, em meio a tantos enganos.

Conclusão

Agora, pergunte a si mesmo:
Quanto você está engajado em se aprimorar no conhecimento, para poder discernir o bem do mal?
Quanto tempo você dedica a aprender sobre as Escrituras e a ter, a cada dia, mais entendimento dela?
Quantos pastores por aí não deveriam ter ministério nenhum, igreja alguma. Não deveriam ter nenhuma audiência pela nulidade que são como pregadores da verdade!
Mas eles estão aí amparados por uma massa de pessoas que não sabem nada, não conhecem nada.
Nós não podemos ser assim, meu irmão! Vamos amar a Igreja a ponto de buscarmos, cada dia, mais conhecimento para proteger e defender a Igreja de falsos ensinos.
Que Deus nos abençoe e nos ajude a sair deste status de indiferença.

 

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