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Bem-aventurados os pacificadores

Renato Oliveira
03/11/2019
Os pacificadores não são aqueles que buscam somente a ausência de conflito. São aqueles que agem em conformidade com a obra realizada pelo Espírito.

Antes de falarmos sobre da bem-aventurança aos pacificadores, vamos ler o texto base extraído do Sermão do Monte:

“Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus” (Mateus 5.9)

O verdadeiro conceito de paz

Antes mesmo de entrar no âmbito teológico e prático da bem-aventurança aos pacificadores, faz-se necessário definir, biblicamente, o conceito de paz, significado esse, tão deturpado e utilizado de maneira egoísta pela sociedade moderna.
O estado de paz foi descrito, pela primeira vez, no Jardim do Éden onde, após Deus ter criado todas as coisas, o homem, a mulher e os animais viviam em perfeita harmonia possuindo, inclusive, alimentos para o sustento de suas vidas.

“Disse-lhes mais: Eu vos dou todos os vegetais que dão semente, os quais se acham sobre a face de toda a terra, bem como todas as árvores em que há fruto que dê semente; eles vos servirão de alimento.
E a todos os animais selvagens, a todas as aves do céu e a todo ser vivo que rasteja sobre a terra dou toda planta verde como alimento. E assim foi.” (Gênesis 1:29-30)

A paz quebrada

Entretanto, esse estado de paz foi quebrado pela desobediência de Adão. Por causa dele, a terra não mais, de bom grado, nos dá o seu alimento mas somente com muito esforço e suor conseguimos o sustento.

“E disse para o homem: Porque deste ouvidos à voz da tua mulher e comeste da árvore da qual te ordenei: Não comerás dela; maldita é a terra por tua causa; com sofrimento comerás dela todos os dias da tua vida.
Ela te produzirá espinhos e ervas daninhas; e terás de comer das plantas do campo.
Do suor do teu rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, pois dela foste tirado; porque és pó, e ao pó tornarás.” (Gênesis 3.17-19)

Sabemos que por causa disso, até hoje toda a criação geme e suporta angústias aguardando a restauração de todas as coisas.

“Pois sabemos que toda a criação geme e agoniza até agora, como se sofresse dores de parto;” (Romanos 8.22)
“É necessário que o céu o receba até o tempo da restauração de todas as coisas, sobre as quais Deus falou pela boca dos seus santos profetas, desde o princípio.” (Atos 3.21)

O pecado

Identificamos, então, que o pecado é o responsável em findar a paz estabelecida por Deus. Não há sentido em se falar de pacificadores antes do surgimento do pecado no mundo. Este, não somente criou inimizade entre seres humanos e a natureza (a flora e a fauna). O pecado, principalmente, criou uma inimizade contra um Deus santo e justo. O pendor da carne se constituiu em inimizade contra Deus, uma vez que todos pecaram e carecem de Sua santa glória.

“A mentalidade da carne é inimiga de Deus, pois não está sujeita à lei de Deus, nem pode estar.” (Romanos 8.7)
“Porque todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus;” (Romanos 3.23)

A ausência de paz, inclusive, é notada no interior do homem natural, onde sua carne milita contra o Espírito e o Espírito contra a carne.

“Porque a carne luta contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne. Eles se opõem um ao outro, de modo que não conseguis fazer o que quereis.” (Gálatas 5.17)

Aquele que é mais observador notará que o homem, que é escravo das trevas, nem mesmo consegue compreender o seu modo de agir. Muitas vezes executa aquilo que não quer fazer de fato, mas o faz por influência do pecado.

“Não entendo o que faço, pois não pratico o que quero, e sim o que odeio.
E, se faço o que não quero, concordo que a lei é boa.
Agora, porém, não sou mais eu quem faz isso, mas o pecado que habita em mim.”
(Romanos 7.15-17).

O que sai da boca do homem

Outra ausência de paz é também observada no tratamento ao próximo. Salomão descreve as coisas, nesse aspecto, que o Senhor abomina profundamente:

“Seis coisas o Senhor aborrece, e a sétima a sua alma abomina:

Olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente,

coração que trama projetos iníquos, pés que se apressam a correr para o mal,

testemunha falsa que profere mentiras e o que semeia contendas entre irmãos.” (Provérbios 6.16-19)

Semear contendas é uma ação direta que além de não contribuir e proporcionar a paz, deliberadamente promove a interrupção de um estado parcial de harmonia por mero prazer na maldade que esse ato causa. Alguém que semeia contendas, assim o faz com plena convicção que aquilo que por ele foi disseminado acarretará, eventualmente, uma discussão ou briga.
O apóstolo Tiago, também, nos alerta sobre os perigos da língua. Ele nos diz que por meio dela todo o corpo fica contaminado e que a língua carrega um veneno mortífero, amaldiçoa os homens.

“A língua também é um fogo; sim, como um mundo de maldade, ela é colocada entre os membros do nosso corpo, contamina todo o corpo e põe em chamas o curso da nossa existência, sendo por sua vez posta em chamas pelo inferno.
Pois toda espécie de feras, aves, répteis e animais marinhos doma-se e tem sido domada pelo gênero humano.
Mas nenhum homem pode domar a língua. É um mal que não se pode conter; está cheia de veneno mortal.
Com a língua bendizemos o Senhor e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus.
Da mesma boca procedem bênção e maldição. Meus irmãos, isso não deve ser assim.” (Tiago 3.6-10)

O próprio Cristo nos ensina que somente aquilo que sai boca pode contaminar o corpo, porque vem do coração, do qual procedem os maus desígnios.

“‘O que torna o homem impuro não é o que entra pela boca, mas o que sai dela; é isso que o torna impuro.’
Então, os discípulos, aproximando-se dele, perguntaram-lhe: ‘Sabes que os fariseus ofenderam-se quando ouviram essas palavras?’
Ele lhes respondeu: ‘Toda planta que meu Pai celestial não plantou será arrancada pela raiz.
Deixai-os; são guias cegos! Se um cego guiar outro cego, ambos cairão num buraco.’
E, tomando a palavra, Pedro lhe disse: ‘Explica-nos essa parábola.’
Jesus respondeu: ‘Vós também ainda não entendeis?
Não compreendeis que tudo o que entra pela boca e desce para o estômago é depois expelido?
Mas o que sai da boca procede do coração; e é isso que torna o homem impuro.
Porque do coração é que saem os maus pensamentos, homicídios, adultérios, imoralidade sexual, furtos, falsos testemunhos e calúnias.
São essas coisas que tornam o homem impuro; mas o comer sem lavar as mãos não o torna impuro.'” (Mt 15.11-20)

O que sai do teclado

Se quiséssemos parafrasear o ensino dos perigos da língua poderíamos, ainda, dizer que não só o que sai da boca do homem contamina o corpo, mas também aquilo que é difundido virtualmente.
O que é escrito, principalmente em redes sociais, demonstra com mais facilidade aquilo que está no coração humano.
Digo isso porque as famosas discussões virtuais eliminam um fator intimidatório e restritivo à língua conhecido popularmente por: “face a face”. Muitas pessoas não tem coragem ou se sentem desconfortáveis em dizer algo pessoalmente. Então, utilizam as redes sociais para expressar o que de fato sentem ou tem vontade, criando assim, uma enorme rede de ódio e contendas gratuitas, muitas vezes sem importância ou fundamento algum.

O verdadeiro significado de paz

Verificamos que o mundo vive nessa constante ausência de paz. Mas, então, o que, de fato, é a paz?
O nosso dicionário não nos ajuda a responder devidamente. Para ele, a paz, em suma, significa uma “relação entre pessoas que não estão em conflito”. Ora, se a paz fosse somente isso, então poderíamos inferir que, qualquer situação por mais imoral que seja, havendo nela concordância mútua, isso seria um estado de paz.
Vou dar um exemplo para expor o absurdo dessa definição: um homem de 60 anos poderia casar-se com uma criança de 9 anos, desde que houvesse concordância e ausência de conflitos. Segundo essa definição, essa situação seria considerada um estado de paz!

A paz verdadeira

Paz não é somente uma ausência de conflito, como prega o discurso dos adeptos da paz mundial. A verdadeira paz está diretamente ligada a uma vivência moralmente correta submetida a Deus. A paz verdadeira só é adquirida, vivida e sentida quando o Espírito Santo nos convence do pecado.

“Todavia, digo-vos a verdade; é para o vosso benefício que eu vou. Se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, se eu for, eu o enviarei.
E quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo.” (João 16.7-8)

A paz que realmente nos dá alegria e conforto é aquela que nos liberta do pecado e extingue a inimizade de Deus para com os homens. Mas quem poderia, então, apaziguar a ira de nosso criador e restabelecer a paz entre Deus e a humanidade?

O pacificador

Cristo é o único que poderia apaziguar a ira do Criador pois o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele.

“Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões e esmagado por causa das nossas maldades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e por seus ferimentos fomos sarados.” (Isaías 53.5)

Jesus também é chamado de príncipe da paz.

“Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi concedido. O governo está sobre os seus ombros, e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai Eterno, Príncipe da Paz.” (Isaías 9.6)

Ele é único mediador entre Deus e os homens.

“Porque há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem.
Ele se entregou em resgate por todos, para servir de testemunho a seu próprio tempo.” (1 Timóteo 2.5-6)

Os pacificadores

Portanto, os verdadeiros pacificadores são aqueles que imitam o nosso Senhor Jesus Cristo anunciando o evangelho da paz.

“Como são belos sobre os montes os pés do que anuncia as boas novas, que proclama a paz, que anuncia coisas boas, que proclama a salvação, que diz a Sião: O teu Deus reina!” (Isaías 52.7)
“E como pregarão, se não forem enviados? Assim como está escrito: Como são belos os pés dos que anunciam coisas boas!” (Romanos 10.15)

Através desse evangelho é que somos justificados pela fé, tendo paz com Deus.

“Portanto, justificados pela fé, temos paz com Deus, por meio de nosso Senhor Jesus Cristo,” (Romanos 5.1)

Aqueles que promovem essa paz são, esses, chamados de pacificadores.

Os filhos de Deus

Jesus é o filho unigênito do Deus Pai. Isso, logicamente, significa que Deus possui, apenas, um único filho. Mas aqueles que são remidos pelo sangue de Cristo, onde neles é operado o novo nascimento, são também chamados filhos de Deus mediante adoção feita em Cristo Jesus:

“Mas a todos que o receberam, aos que creem no seu nome, deu-lhes a prerrogativa de se tornarem filhos de Deus;” (João 1.12)
“Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus.
Porque não recebestes um espírito de escravidão para vos reconduzir ao temor, mas o Espírito de adoção, pelo qual clamamos: Aba, Pai!
O próprio Espírito dá testemunho ao nosso espírito de que somos filhos de Deus.” (Romanos 8.14-16)
“Vindo, porém, a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido debaixo da lei,
para resgatar os que estavam debaixo da lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos.
E, porque sois filhos, Deus enviou ao nosso coração o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai.” (Gálatas 4.4-6)
“e nos predestinou para si mesmo, segundo a boa determinação de sua vontade, para sermos filhos adotivos por meio de Jesus Cristo” (Efésios 1.5)
“Pois todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus.” (Gálatas 3.26)

Pacificadores são os filhos de Deus

Por isso, quando a escritura diz que os pacificadores serão chamados filhos de Deus, como vimos, acima, em Mateus 5.9, significa que aqueles que foram alvos da misericórdia do nosso Senhor agirão de maneira como o unigênito agiu e age, para todo o sempre. Por essa razão é que tornam-se pacificadores.
Quando pacificadores anunciam a paz que há em Cristo Jesus, o chamado eficaz do Espírito Santo convence os eleitos do seus pecados e os conforma, diariamente, à semelhança de Cristo. E esses também tornam-se pacificadores.
Os pacificadores, semelhantes a Cristo, são aqueles que não só evitam a contenda mas, também, acabam com elas mediando a paz necessária para o fim de um discussão ou de uma briga.
Os pacificadores são aqueles que, pelo Espírito Santo, vencem a militância que há entre o Espírito e a carne ao crucificarem e mortificarem a carne em Cristo Jesus.

“Os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne juntamente com suas paixões e desejos.” (Gálatas 5.24)

Os pacificadores são aqueles que usam as suas bocas para anunciar o que é bom e santo, pois o seu coração agora é segundo o coração de Deus.

Os pacificadores e o conflito

Dito isso, não quero que pensem que, de alguma forma, os pacificadores são aqueles que negam a verdade com a finalidade de evitar o conflito. Não, pacificadores não são assim.
Como disse anteriormente, o nosso dicionário não nos ajuda a definir corretamente a paz, caracterizando-a como, apenas, a isenção de conflito em contraponto à paz de fato. Isso fica bem claro no episódio em que Cristo realiza a purificação do templo.

“Jesus entrou no templo e expulsou todos os que ali vendiam e compravam; e revirou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas.
E disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração; vós, porém, fazeis dela um antro de assaltantes.” (Mateus 21.12-13)

Esse episódio também é narrado nos outros evangelhos, em Marcos 11.15-19, Lucas 19.45-46 e João 2.13-22. O filme O Revolucionário mostra a cena usando diálogos textuais retirado dos evangelhos. Nele, Jesus não abriu mão da verdade e da glória de Deus para evitar conflitos. Ao contrário, fez questão de deixar claro com palavras e ações que a verdade de Deus deve prevalecer em meio às iniquidades das pessoas.
Fico imaginando a mídia atual fazendo a cobertura dessa cena:
“É uma barbaridade, alguém que se diz enviado do céu ser pego publicamente fazendo o uso de um chicote e derrubando as mesas e utensílios de trabalhadores que, devidamente, pagam os seus impostos. Isso é uma cena lamentável”, diriam.
Claro que, aqui, não estou incitando ninguém a fazer um azorrague de cordas, ou um chicote, e ir aos templos expulsar as pessoas do local. Mas estimulo e incentivo sim, a não se calarem em relação às verdades de Deus. Eu os convido a fugir do estereótipo do politicamente correto para ser testemunha de Cristo e proclamar a glória de Deus aos homens.
A purificação que atualmente devemos buscar se faz em relação aos ataques filosóficos, acadêmicos e perseguições sofridas, diariamente. Nós, como pacificadores, devemos dizer ao relativismo moral: NÃO!
Devemos anular todo conhecimento que se levanta contra Deus, levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo.

“Pois as armas da nossa guerra não são humanas, mas poderosas em Deus para destruir fortalezas.
Destruímos raciocínios e toda arrogância que se ergue contra o conhecimento de Deus, levando cativo todo pensamento para que obedeça a Cristo.
Estaremos prontos para punir toda desobediência, quando alcançardes plena obediência.” (2 Coríntios 10.4-6)

Dessa forma, nós os pacificadores, seremos chamados filhos de Deus e seremos bem-aventurados, conforme o nosso texto base de Mateus 5.9.
Para finalizar deixo que as escrituras falem ao nosso coração de modo a sermos pacificadores segundo Deus e não conforme o mundo:

“Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.
E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Romanos 12.1-2)

 

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