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Maldição hereditária

Renato Oliveira
05/05/2019
Existem evidências bíblicas que nos permitam utilizarmos a maldição hereditária como explicação para os nossos problemas nos dias de hoje?

A maldição hereditária é um conceito muito presente no Antigo Testamento, e por incrível que pareça, muito presente em alguns meios evangélicos. É a tese de que Deus pode castigar uma pessoa de modo que este mal permaneça nas gerações que se seguirão.
Nos meios mais ortodoxos, o conceito de maldição hereditária foi, completamente, extinto, prevalecendo a ideia bíblica de que cada homem é responsabilizado, individualmente, pelo seu próprio pecado. Essa ideia prevalece embora certas ações ruins de alguns pais possam prejudicar os seus filhos dentro da estrutura natural de causa e efeito que Deus estabeleceu.

Falta de sabedoria ou imperícia

Por exemplo, se um pai não ensina limites aos seus filhos, esses sofrerão, em suas vidas, as consequências dessa falta de ensino. Isso não é maldição hereditária. Se um pai desperdiça todo o seu dinheiro sem pensar em deixar algo para seus filhos, obviamente os filhos não desfrutarão de nenhum benefício advindo dos seus pais e assim por diante. Antes de iniciarmos o estudo é preciso separar o que é maldição do que podemos classificar como falta de sabedoria, ou imperícia.

Maldição hereditária

Vamos ao argumento comum em defesa da maldição hereditária:

“Não te curvarás diante delas, nem as cultuarás, pois eu, o SENHOR teu Deus, sou Deus zeloso. Eu castigo o pecado dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me rejeitam;
mas sou misericordioso com mil gerações dos que me amam e guardam os meus mandamentos.” (Êxodo 20.5-6)

Geralmente, os defensores desta tese usam este texto como argumento, mas gostaria de lembrar que segundo o texto que está no livro de 2 Timóteo 3:16 e 17, vemos que “toda a Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar”. Então, vejamos outras passagens que tratam sobre o mesmo tema:
Em Ezequiel 18 vemos:

“Que quereis dizer, quando citais este provérbio na terra de Israel: Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos é que ficaram embotados?
Tão certo como eu vivo, diz o SENHOR Deus, nunca mais se citará este provérbio em Israel.
Todas as vidas são minhas, tanto a do pai como a do filho; e aquele que pecar é que morrerá.
Aquele que pecar, esse morrerá; o filho não levará a culpa do pai, nem o pai levará a culpa do filho. A justiça do justo estará sobre ele, e a impiedade do ímpio cairá sobre ele. (Ezequiel 18.2-4 e 20)

Perceba, acima, que o próprio Deus repreende os judeus por usarem o texto de Êxodo 20:5-6 como a forma, única e irrevogável, de Deus agir na humanidade. Vemos no versículo 20 que “aquele que pecar é que morrerá” e, ainda, “o filho não levará a culpa do pai, nem o pai levará a culpa do filho”.
O texto de Êxodo, simplesmente, expressa que por mais que Deus puna terrivelmente o pecado, a sua misericórdia é infinitamente superior à sua ira. Sendo assim, Deus proíbe o uso do provérbio para defender a maldição hereditária com a finalidade de explicar as tribulações ocorridas em nossas vidas.
Em João 9 encontramos:

“Passando Jesus, viu um homem cego de nascença.
E seus discípulos lhe perguntaram: Rabi, quem pecou para que ele nascesse cego: ele ou seus pais?
Jesus respondeu: Nem ele pecou nem seus pais; mas isso aconteceu para que nele se manifestem as obras de Deus.” (João 9.1-3)

Veja, então, que a cegueira deste homem nada tinha a ver com o pecado de seus pais ou avós e, muito menos, com o seu próprio pecado. Ocorreu, simplesmente, para que as obras de Deus se manifestassem.
Vejamos 2 Coríntios:

“Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação; as coisas velhas já passaram, e surgiram coisas novas.” (2 Coríntios 5.17)

Na verdadeira conversão, todas as maldições, inclusive a maldição hereditária, são quebradas pelo sacrifício suficiente de Cristo. Este se fez maldição em nosso lugar, levando, em si, a punição de nossos pecados.
Conta-se a história de uma mulher, atuante na igreja, que se casou com um pastor. Após um tempo, esta mulher não conseguia ser uma boa esposa. Provocava muitas brigas no relacionamento e o pastor, depois de um certo tempo, passou a cometer adultério. O diagnóstico do líder espiritual deles foi que a mulher tinha uma mãe que era ex-macumbeira e como não tivesse havido a quebra da maldição hereditária, o demônio agiu tanto nela quanto no marido pastor para destruí-los.
Agora, ao analisarmos o texto de Gálatas 5.19 vemos que discórdias, orgias e coisas semelhantes, como adultério, são obras da carne e não do demônio.
Em 2 Coríntios 5:17 vemos que os que estão em Cristo, são nova criação; as coisas velhas já passaram, e surgiram coisas novas.
No caso, acima, podemos perceber que o real diagnóstico é que ambos não eram convertidos, logo não eram cristãos, pois a palavra diz: “pelos seus frutos os conhecereis” (Mateus 7.20). Não estou dizendo isso para afirmar que o cristão não peca, mas ser nova criatura requer alguns requisitos prescritos na escritura:

“Já que fostes ressuscitados com Cristo, buscai as coisas de cima, onde Cristo está assentado à direita de Deus.
Pensai nas coisas de cima e não nas que são da terra;
pois morrestes, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus.
Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, também vos manifestareis com ele em glória.
Portanto, eliminai vossas inclinações carnais: prostituição, impureza, paixão, desejo mau e avareza, que é idolatria;
é por causa dessas coisas que a ira de Deus sobrevém aos desobedientes.
Nelas também andastes no passado, quando ainda vivíeis nessas coisas;
mas, agora, livrai-vos de tudo isto: raiva, ódio, maldade, difamação, palavras indecentes do falar.
Não mintais aos outros, pois já vos despistes do velho homem com suas ações,
e vos revestistes do novo homem, que se renova para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou.” (Colossenses 3.1-10)

Conclusão

Por isso, não deixe ninguém lhe dizer que os seus problemas atuais estão relacionados com os pecados de seus pais, avós, etc. Seus problemas sempre serão um meio usado por Deus para quebrantar o seu coração e quebrar o seu orgulho, para que você se volte a Ele. Façamos como o apóstolo Paulo que diz em:

“Por isso, eu me contento nas fraquezas, nas ofensas, nas dificuldades, nas perseguições, nas angústias por causa de Cristo. Pois, quando sou fraco, então é que sou forte.” (2 Coríntios 12.10)

Que Deus nos abençoe!

 

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