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Yennefer: uma reflexão sobre a teologia do corpo

Bárbara Alice Barbosa
08/03/2020
A saga de Yennefer ilustra claramente que quando não andamos conforme o projeto original dado pelo nosso Criador, a nossa mente e o nosso coração respondem com tristeza, arrependimento e infelicidade.


Yennefer é uma das protagonistas da franquia que engloba seriado, livros e games, da saga “The Witcher”. Além do esperado sucesso que os episódios contemplaram à produção polonesa, a formação da personagem Yennefer traz algumas informações importantes para a mulher contemporânea.
É curioso como o mundo Geek guarda alguns elementos pedagógicos da nossa realidade. Nesse ponto, “The Witcher” é bem feliz ao explicar a natureza de algumas das nossas ambições.
Apesar de não ser uma obra de cunho cristão, alguns personagens ilustram pontos importantes de lições cruciais da cosmovisão cristã.

Vítima de preconceitos

Yennefer de Vengeberg, a grã-mestra da magia, sofreu uma série de traumas em sua infância. A história da saga conta que seu pai era meio-elfo, e, portanto, a filha nascera um-quarto elfa. Essa origem afetou a formação do seu corpo, rendendo-lhe um queixo deformado e um corpo corcunda. Consequentemente, Yennefer tornou-se vítima de preconceitos devido à sua deformidade.
Na história da saga, o sangue élfico carrega grandes poderes. Portanto, apesar da má-formação, Yennefer é portadora de habilidades bem peculiares. Tal fato chama a atenção de Tissaia de Vries, que se torna tutora de Yennefer, admitindo-a na Academia de Magia em Aretuza. Essa academia é a responsável pela formação de magas que são designadas para auxiliar determinados reinos em suas intempéries políticas. Elas fornecem, também, proteção contra surpresas no campo da força, no sentido militar.
No episódio 3, que tem o título de “Lua da Traição“, Yennefer recorre a um ritual. O seu objetivo é o de garantir o seu futuro na magia, transformando-se na mulher mais poderosa do mundo. Assim, poderia corrigir a sua aparência tornando-se uma figura atraente, bela e sem defeitos.

Yennefer e a fertilidade

Contudo, a transformação tem seu ônus: o preço, para que Yennefer se torne incrivelmente bonita, é a remoção do seu útero. Consequentemente, ela perde a capacidade de ser mãe.
O que a jovem Yennefer não sabia é que a sua aparência não envelheceria com o tempo. Ela manteve-se conservada, mesmo com mais de 90 anos.
Após viver o equivalente a três vidas, o seu desejo de ser mãe acabaria por se tornar mais forte do que o seu desejo por poder:
– “Estou atrás do dragão. Dizem que possui certas propriedades curativas.” […] “Perdi algumas coisas.” […] “Acha que eu não seria uma boa mãe?” […] “Tiraram a minha escolha. Quero-a de volta.”
Yennefer diz essas palavras em seu diálogo com Geralt. Ela procura por uma cura, através do coração do dragão, para que, enfim, possa ser fértil e ter um bebê.
– “Você voa como um tornado e causa tanto estrago… Para quê? Para ter um filho?”
Geralt, a princípio, menospreza o desejo de Yennefer. Ele alega que na vida de guerras e conflitos de ambos, não há espaço para uma criança.
É muito interessante notar que o argumento para responder ao desejo natural de Yennefer é muito similar à proposição feminista:

“O poder não é compatível com a maternidade;
Há outras ambições no mundo a se alcançar e o ser mãe não está entre elas.
Se está, está de forma periférica.”

Poder e prazer, acima de tudo

A perspectiva feminista guarda uma forte inspiração utilitarista. Além do mais, propõe combater o que o progressismo define como “construção social”.
O processo de revolução sexual global cria muitos empecilhos a fim de desestimular a mulher a ouvir o seu desejo natural.
Quando falo sobre “desejo natural”, aponto para a lei natural, que protege tudo aquilo que compõe a natureza humana e é inerente ao ser. Mais especificamente, aponto para o fato de que fomos criados pelo Deus soberano, que nos deu uma estrutura articulada pela Sua vontade e que nos agraciou com direitos inalienáveis como a liberdade e a igualdade.
O gênero, feminino e masculino, faz parte dessa lógica. Leonard Sax, afirma em seu livro:

“Gênero não é algo alheio à natureza humana, tampouco acidental, muito menos uma invenção arbitrária da sociedade.” (Leonard Sax, em seu livro “Por que gênero importa?)

A mulher possui particularidades, no seu gênero, que os homens não possuem. E vice e versa.
Por esse motivo, as diferenças entre os sexos não podem ser menosprezadas. Muito menos podem ser utilizadas, como justificativa, para implementar um sistema de pensamento que macule as premissas naturais da mulher.
Inundadas por um discurso revolucionário, muitas mulheres entregam a sua liberdade ao messianismo secularista, onde a mulher deseja ser deus sobre si mesma e, no fim, acaba escrava de suas concupiscências.

A pauta da desordem social

Poderíamos entrar na pauta de toda a desordem social que essa remodelação dos gêneros está causando em nossa sociedade. Porém, o que nos chama a atenção na vida de Yennefer, é que nem mesmo as ambições provenientes da natureza caída são capazes de enterrar aquilo que Deus nos deu: um corpo, com vistas a um fim.

Delimitado nas Escrituras

Contemplar a diferença entre os gêneros apenas salienta aquilo que Deus já havia delimitado nas Escrituras. Vamos ler:

“Então o Senhor Deus declarou: “Não é bom que o homem esteja só; farei para ele alguém que o auxilie e lhe corresponda”.
Depois que formou da terra todos os animais do campo e todas as aves do céu, o Senhor Deus os trouxe ao homem para ver como este lhes chamaria; e o nome que o homem desse a cada ser vivo, esse seria o seu nome.
Assim o homem deu nomes a todos os rebanhos domésticos, às aves do céu e a todos os animais selvagens. Todavia não se encontrou para o homem alguém que o auxiliasse e lhe correspondesse.
Então o Senhor Deus fez o homem cair em profundo sono e, enquanto este dormia, tirou-lhe uma das costelas, fechando o lugar com carne.
Com a costela que havia tirado do homem, o Senhor Deus fez uma mulher e a trouxe a ele.
Disse então o homem: “Esta, sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne! Ela será chamada mulher, porque do homem foi tirada”. (Gênesis 2.18-23)

Causa de Infelicidade

Exatamente, por ser um dom natural e particular, a substituição ou inversão de papeis pode ser causa para infelicidade. Pender para escolhas egoístas, no fim das contas, pode fazer crescer raízes de uma profunda insatisfação. Afinal, quando não andamos conforme as predileções originais que o nosso Criador nos deu, a nossa mente e o nosso coração respondem com desgosto.
O feminismo está comprometido em oferecer um status de empoderamento às mulheres. Já, a teologia do corpo, está comprometida em promover o bem comum para todos no âmbito da Criação de Deus. Isso, levando-se em conta a verdadeira natureza humana, sem menosprezar as peculiaridades individuais de homens e mulheres.
A constituição da mulher é diferente da do varão. E tem mais: hoje sabemos que é diferente até nas determinantes biofisiológicas mais profundas.
Exteriormente, essa constituição manifesta-se, só em certa medida, na construção e na forma do corpo. A maternidade manifesta tal constituição dentro de si, como particular potencialidade do organismo feminino que, devido à capacidade criadora, serve para a concepção e geração de outro ser humano, com o concurso do varão. É o “conhecimento” que condiciona a geração.

A frustração da falta de liberdade

Quando há uma manipulação humana no corpo, temos uma violação à liberdade que Deus nos deu.
A falta de liberdade foi a principal queixa de Yennefer. Uma mulher poderosa, belíssima e extremamente sagaz, é infeliz ao se deparar com o preço da infertilidade cobrado pela sua ambição.
Em suma, aprendemos que poder e prazeres não se constituem na verdadeira liberdade. Quando a humanidade é, massivamente, influenciada a escolher com base em seus prazeres, perdemos a capacidade de buscar o bem comum. Assim, esfriamos a disposição, que Deus nos deu, de sustentar e aprender com o descendente do homem e da mulher.

Conhecimento e procriação

A procriação faz com que “o varão e a mulher”, ou o homem e a sua esposa, se conheçam, reciprocamente, no descendente originado de ambos. Por isso, este “conhecimento” torna-se descoberta, em certo sentido revelação, do novo homem. Neste, o casal reconhece a humanidade de ambos, a imagem viva dos dois.
Através da determinação de ambos por meio dos corpos e dos sexos, o “conhecimento” inscreve um conteúdo vivo e real. Portanto, o “conhecimento”, em sentido bíblico, significa que a determinação “biológica” do homem por parte do seu corpo e sexo, atinge nível e conteúdo específicos, próprios de pessoas autoconscientes e autodeterminantes. Esse conhecimento comporta especial consciência do significado do corpo humano, ligado à paternidade e à maternidade.

Danos e felicidade

A personagem do seriado “The Witcher” nos faz refletir sobre os danos que as proposições de empoderamento podem ocasionar às mulheres. Também sustenta o quanto as ambições carnais, em torno de dinheiro, poder e sexo, são insuficientes mediante àquilo para o qual Deus dotou, homens e mulheres.
Na história do seriado, o fato é tão marcante, que Yennefer passará a experimentar a felicidade apenas quando for designada para cuidar e mentorar a pequena Ciri. Essa relação de mãe e filha florescerá, proporcionando à Yennefer a satisfação de viver aquilo para o que o corpo feminino foi designado: nutrir e cuidar.

 

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