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Tomé, o incrédulo

Marcos David Muhlpointner
16/12/2018
Frequentemente criticamos posturas dos discípulos de Jesus. E Tomé tem sido um dos mais criticados. Mas será que é certo que agiríamos com mais fé do que Tomé?

Antes de entrarmos na história de Tomé, precisamos rememorar algo importante. No período da Páscoa, comemoramos e lembramos a ressurreição do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Ele, realmente, cumpriu o que prometeu: morreu e ressuscitou.

Naquela Manhã

Naquela manhã da sua ressurreição, os seus discípulos e seguidores mais próximos estavam atordoados, tristes, abatidos e desesperançosos. Já tinham entrado no terceiro dia da sua morte e eles não sabiam o que aconteceria dali para frente. Mas, além disso, eles também estavam muito assustados. Um deles tinha se suicidado. Pedro, um dos mais próximos, o tinha negado. Sua mãe, agora, foi deixada aos cuidados de João. Havia muito temor no coração deles.
Mas ainda de madrugada Maria Madalena vai até o sepulcro fazer os rituais de embalsamamento. Quando ela chega, vê que a pedra está retirada e corre para chamar a Pedro.

“No primeiro dia da semana, estando ainda escuro, Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada e viu que a pedra havia sido removida.
Então, correu ao encontro de Simão Pedro e do outro discípulo, a quem Jesus amava, e disse-lhes: Tiraram do sepulcro o Senhor, e não sabemos onde o puseram.” (João 20:1-2)

Naquela tarde

Naquele mesmo dia, além de aparecer para as mulheres no sepulcro, o Senhor Jesus também apareceria para seus outros discípulos enquanto eles estavam reunidos e conversando sobre esses assuntos.
Contudo, Tomé não estava com eles. Por isso fico a me perguntar: por que ele não estava com seus amigos?

“Quando chegou a tarde daquele dia, o primeiro dia da semana, estando os discípulos reunidos com as portas trancadas por medo dos judeus, Jesus chegou, colocou-se no meio deles e disse-lhes: Paz seja convosco!”
Ao dizer isso, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos alegraram-se ao verem o Senhor.
Então Jesus lhes disse pela segunda vez: Paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio.
E havendo dito isso, soprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo.
Se perdoardes os pecados de alguém, serão perdoados; se os retiverdes, serão retidos.
(João 20.19-23)

Tomé não estava com os discípulos quando Jesus apareceu no meio deles logo depois da Sua ressurreição. Sabe-se lá onde Tomé estava! Talvez tivesse voltado para o local da crucificação. Talvez tenha ficado andando pelas ruas de Jerusalém, visitando os locais onde esteve com Jesus. O fato é que Tomé não viu Jesus ressurreto.

Naquela Páscoa

Durante uma semana os discípulos falaram para o Tomé o que tinha acontecido naquele domingo da Páscoa.
Tinha sido uma Páscoa bem diferente das que Tomé participara. Em todos os jantares anteriores de “Pessach”, Tomé comia os pães asmos e as ervas amargas na esperança de encontrar o Messias. Mas, nos dois últimos anos, o Messias estava ao lado dele.
Mas nessa última Páscoa de Jesus com eles, coisas estranhas tinham acontecido:
Jesus tinha lavado os pés dos Seus discípulos…

“Jesus levantou-se da mesa, tirou o manto e, pegando uma toalha, colocou-a em volta da cintura.
Em seguida, colocou água em uma bacia e começou a lavar os pés dos discípulos e a enxugá-los com a toalha que trazia em volta da cintura.” (João 13.4-5)

Ele revelou quem seria o traidor…

“Perto de Jesus estava sentado um de seus discípulos, aquele a quem Jesus amava.
Então, Simão Pedro fez-lhe sinal, pedindo: Pergunta-lhe de quem ele está falando.
Esse discípulo, inclinando-se para Jesus, perguntou-lhe: Senhor, quem é?
Jesus respondeu: É aquele a quem eu der o pedaço de pão molhado. E tendo molhado o pedaço de pão, deu-o a Judas, filho de Simão Iscariotes.” (João 13-23-26)

Avisou a Pedro que ele o negaria…

“E Pedro lhe disse: Senhor, por que não posso seguir-te agora? Darei a minha vida por ti.
Jesus respondeu: Darás a vida por mim? Em verdade, em verdade te digo: Antes que o galo cante, tu me negarás três vezes.” João (13.37-38)

Anunciou a sua partida e conversou longamente com os discípulos…

“Filhinhos, estarei convosco apenas mais um pouco. Vós me procurareis; e, como eu disse aos judeus, também vos digo agora: Para onde vou, não podeis ir.” (João 13.33)

Durante uma semana, Tomé ouviu de seus amigos o que tinha acontecido com eles e Jesus, agora ressurreto. Mas faltava um elemento a Tomé. Os outros discípulos tinham visto a Jesus e passavam a crer na ressurreição dos mortos de um jeito diferente, daquele que havia acontecido, por exemplo, com Lázaro. Eles tinham visto a filha de Jairo sair andando do quarto com Jesus. Mas agora era diferente.
Para Pedro, Tiago e João já não era a primeira vez que viam a Jesus de um modo diferente, mas Tomé não. Veja o relato de Mateus 17.1-5:

“Seis dias depois, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, irmão deste, e os levou em particular a um alto monte;
e foi transfigurado diante deles. O seu rosto resplandeceu como o sol, e suas roupas tornaram-se brancas como a luz.
Então apareceram diante deles Moisés e Elias, falando com ele.
Tomando a palavra, Pedro disse a Jesus: Senhor, é bom estarmos aqui; se quiseres, farei aqui três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias.
Ele ainda estava falando quando uma nuvem luminosa os cobriu; e dela saiu uma voz que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me agrado; a ele ouvi.”

Agora, Jesus havia entrado em um recinto fechado com as portas fechadas, porém Tomé não viu isso. Ele deve ter passado uma semana bem confusa. Ouvia o relato dos amigos, mas não cria no que eles diziam.

“Depois disse a Tomé: Coloca aqui o teu dedo e vê as minhas mãos. Estende a tua mão e coloca-a no meu lado. Não sejas incrédulo, mas crente!” (João 20.27)

Ele passou a crer somente quando viu a Jesus, pessoalmente. E não só isso. Conhecendo o coração dele, Jesus ainda insistiu que Tomé o tocasse para tirar qualquer dúvida que ainda pudesse existir.

Somos como Tomé!

Não sei se você já questionou a existência de Deus, depois de tê-lo conhecido. Não sei se você já colocou Deus à prova. Foi isso que Tomé fez com Jesus. Imagine, passar três anos intensos, ouvindo as palavras das mais diversas, ser convencido de que essas palavras eram a verdade e, no momento mais crucial da vida, você se posiciona diante do Mestre e diz a Ele:

“Só acredito se o Senhor provar”,

ou

“Se Deus existe, que Ele me prove a sua existência”.

Não sei quanto a você, mas eu temeria muito dizer isso a Deus. E não foi só isso. Tomé, além de duvidar da ressurreição de Jesus, ficou uma semana sem a resposta. Novamente, não vou especular sobre o que Tomé pensou ou sentiu nesse tempo. A partir de agora, vou refletir sobre o que eu sentiria se estivesse no lugar dele.
Uma semana…
Uma semana sem receber nenhuma resposta para a indagação.
Como você se sentiria se pedisse a um amigo íntimo uma ajuda e a resposta demorasse uma semana? Nem precisamos ir longe. Abrimos nossas caixas de email todos os dias e as mensagens do WhatsApp a todo instante para saber se fomos respondidos. E quando ainda não recebemos as respostas ficamos angustiados e ansiosos. Você faz uma solicitação e não há resposta. Que decepção, que desilusão isso causa!
Eu lhe peço: coloque-se no lugar de Tomé!
Ao questionar a veracidade das palavras de Jesus, Tomé assume uma posição de conflito e de falta de identificação com os outros discípulos. Faça isso e diga, na sua igreja, que não acredita na existência de Deus até que Ele te prove isso. Ouse questionar a existência de Deus para o seu pastor e veja a reação dele. Em alguns casos, é capaz de que uma pessoa que ouse fazer isso seja disciplinada.
Posicione-se na frente do espelho da sua alma e pergunte-se:

“Acredito realmente na existência de Deus?”

Esse é o tipo de pergunta que nem ousamos fazer, com medo de pecarmos contra Deus.
Realmente, ao que tudo indica, a atitude de Tomé foi tratada por Jesus como um pecado, o pecado da incredulidade.
Ora, mas Tomé era homem, sujeito a pecar. E nós? Passamos por momentos na vida que pensamos que Deus está distante de nós, que Ele não está no controle da nossa vida. Quantos momentos, em profundo desespero de alma, nós não sentimos a mão de Deus a nos guiar e proteger!
Há momentos na vida que somos como Pedro andando sobre o mar. Perdemos o foco e a direção de Jesus e começamos olhar em volta, percebemos os ventos e as ondas, logo começamos a afundar.
Se eu tivesse questionado a veracidade de Jesus, teria me sentido muito vulnerável. Se acredito que Ele existe e é o Todo-poderoso, tenho onde me apoiar e segurar, posso me lançar em Seus braços de amor e ser sustentado pelo Seu poder. Mas, se O questiono, onde vou me apoiar? No meu semelhante que é cheio de falhas, assim como eu? Vou me apoiar no trabalho? Vou me apoiar na minha família, que muitas vezes já me deixou na mão?
Não há base onde se apoiar depois de questionar a existência de Deus. Mas Tomé questionou e, possivelmente, não pensou nas consequências do seu questionamento.

E quanto a mim?

Será que acredito, realmente, na existência de Deus? Será que O amo de verdade e confio totalmente nEle? Será que a Sua Palavra é, de fato, “lâmpada para os meus pés”, ou prefiro me guiar segundo julgo estar certo? Acredito, realmente, nas orações que fiz até hoje, muitas delas sem resposta ainda? Será que, realmente, vejo, no pastor da minha igreja local, a pessoa escolhida por Deus para me guiar às “águas tranquilas”? De fato, acredito em tudo aquilo que digo ser a verdade, a Palavra de Deus?
Olha, se você nunca fez essas perguntas, parabéns; você já está pronto para ir para o céu. Na verdade, não sei o que você ainda está fazendo aqui.

Conclusão

Entretanto, se essas perguntas aparecem na sua cabeça, não se preocupe com elas; você faz parte do grupo dos cristãos normais. Gente que foi alcançada por Jesus, mas ainda habita um corpo cheio de imperfeições, falhas e pecados.
O próprio Jesus mostrou a Tomé que é difícil crer Nele sem tê-Lo visto. E os que fizeram dessa forma, como nós, são bem-aventurados.

 

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