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Sola Scriptura ("Somente a Escritura")

Diego Venancio
15/10/2021
O que se quer dizer com “Somente a Escritura”? De onde veio esse lema? Por que foi importante para a igreja no passado? Ainda seria relevante para a igreja atualmente?

Talvez você já tenha ouvido falar de Sola Scriptura (“Somente a Escritura”), mas sabe de onde veio esse lema? Surgiu da chamada “Reforma Protestante”, que é comemorada no dia 31 de outubro.
Por essa data ser muito importante para nós protestantes, faremos alguns posts sobre os principais lemas que surgiram dessa Reforma. Esses lemas são o que denominamos “os cinco Solas”. As afirmações dos “cinco Solas” se tornaram fundamentais, não pelo objeto da afirmação em si, mas pela ênfase da palavra “somente” colocada antes de cada tema.
Neste post, trataremos do Sola Scriptura, ou “Somente a Escritura”. Para começar, será bom termos em mente o texto a seguir.

“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça,
a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.” (2Timóteo 3.16-17)

Por que “Somente a Escritura”?

Para entender isso, precisamos considerar o contexto da Reforma Protestante.

Escritura na igreja romana

É fato que a igreja romana tinha muitos de seus dogmas e doutrinas pautados nas Escrituras. No entanto, a palavra do Papa e também da tradição tinham muito peso nas decisões práticas da igreja. Essas se mantêm até os dias de hoje com poder equivalente ao do cânon. Sempre têm que ser observadas, como se a revelação permanecesse aberta nos dias de hoje.

Escritura na igreja protestante

Nós protestantes cremos que o cânon bíblico foi encerrado pela observação e pelo estudo dos pais da igreja, finalizando mais precisamente com Irineu de Lion no século IV. Para determinar o cânon, eles usaram dados históricos, crítica textual, estilo e período. Tudo isso era necessário para que o texto fosse considerado legítimo e inspirado por Deus.

A Escritura é infalível

Cremos que os livros que compõem as Escrituras nas línguas originais são a legítima, infalível, inerrante Palavra de Deus revelada aos homens para a salvação. Deus agiu de modo a inspirar os homens a escreverem os textos conforme sua capacidade e seu repertório. Ele usou isso para produzir a bendita Palavra de Deus.

A Escritura é a revelação de Deus

Sendo assim, a Escritura se torna a única fonte de conhecimento salvífico de Deus. Deus Se revela e, conforme diz Alister McGrath, Deus “é capaz de Se comunicar com os seres humanos através da linguagem humana”. Deus Se comunica com os homens fazendo certa adequação de Seu ser sublime para que os homens possam conhecê-lO.
Deus, através da Sua Palavra, faz proposições lógicas aos homens. Deus é Criador; portanto, é dono de toda a humanidade e todas as coisas criadas. Através de um acordo, Ele exige obediência dos homens. Pela quebra do acordo, pela desobediência, o pecado corrompeu esse relacionamento, condenando todos os homens à morte.
Alguém precisa pagar por esse crime. Deus mesmo prepara a oferta pelo pecado: envia Seu Filho Jesus Cristo ao mundo. Este, ao viver de maneira obediente, Se deixa morrer na cruz e ressuscita ao terceiro dia. Assim, Ele substitui os pecadores na cruz, punindo o pecado do Seu povo e fazendo-os vencedores perante Deus.
Somente a Escritura vai ensinar como devemos ver o mundo e tudo o que existe. A Escritura ensina a forma de Deus enxergar a Sua criação.

A Escritura interpreta a Escritura

Este ponto é importante, principalmente para combater a ideia de que para se compreender a Bíblia são necessárias ferramentas de outras ciências, tradições, ou qualquer outra revelação. Não! Uma passagem cuja interpretação não esteja tão evidente deve ser interpretada por outro texto dentro das próprias Escrituras. Em 2Pedro, lemos:

“[…] sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação;
porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens [santos] falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo.” (2Pedro 1.20-21)

Devemos lembrar que a mente do homem também foi corrompida pelo pecado.
O que estava sendo liberado, por assim dizer, no movimento da Reforma Protestante era o livre exame das Escrituras. Naquele tempo, somente os sacerdotes podiam examinar as Escrituras e dar a interpretação ao povo. O livre exame foi liberado à medida que o texto sagrado foi traduzido e disponibilizado para o povo. As pessoas acessaram primeiramente a Vulgata de Jerônimo e posteriormente a versão do Novo Testamento de Martinho Lutero, a partir da tradução de Erasmo. O que não estava sendo liberada era a livre interpretação do texto. A interpretação nunca foi livre, e nunca será, mas, sim, o livre exame das Escrituras.
A interpretação da Escritura vem da luz da própria Escritura, pela iluminação do Espírito Santo de Deus, pelo testemunho dos pais da igreja e dos homens que são levantados para ensinar a igreja. Esse processo de compreensão das Escrituras é progressivo.

Conclusão

Minha intenção com essa pequena menção ao assunto é que desperte seu interesse pelas Escrituras, pela Reforma Protestante e pela teologia.
Se temos algum conhecimento objetivo de Deus o Pai, Deus o Filho e Deus o Espírito Santo e Sua obra é porque as Escrituras nos revelam isso.
Graças a Deus por esse bendito plano de Se revelar de maneira que nós podemos ter conhecimento verdadeiro a respeito dEle.

 

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