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Riqueza: benção ou maldição?

Gilmara Bianchine
19/07/2024
Ninguém pode negar o papel e influência do dinheiro. Você o considera bênção ou maldição? O que a Bíblia nos diz sobre ele e sobre a maneira de usá-lo? Examine comigo algumas reflexões bíblicas úteis para aprendermos sobre esse recurso inevitável de nossas relações.


O que você faria se ganhasse muito dinheiro, uma riqueza do tipo “um milhão de reais”? Ou como seria ter um parente distante, endinheirado, que deixasse para você toda a sua riqueza em testamento? Coisa de filme, não é?!

Já pensou em participar de algum programa de TV para tentar ganhar alguma quantia? Ou, quem sabe, você já procurou conhecer alguma estratégia de investimento que tivesse um retorno financeiro muito atrativo?

Bastam alguns minutos navegando em sites ou redes sociais para ser bombardeado com ofertas relacionadas ao aumento de patrimônio. Desde cursos para ampliar faturamento a técnicas de operação na bolsa de valores ou cassinos virtuais e esquemas de pirâmide, as promessas de pouco trabalho e lucros exorbitantes são abundantes.

O dinheiro, esse mecanismo de troca de bens e serviços que regula o valor das coisas, é parte inerente da vida. Estamos a todo momento expostos aos seus efeitos na sociedade, na família e no nosso círculo de convivência.

Mas, será que eu estou consciente do quanto ele afeta a minha forma de pensar e as minhas decisões?

Riqueza e oportunidades

Eu tenho certeza de que você já esteve em alguma conversa em que a riqueza se tornou o foco. Se falamos em estudos, alguém dirá: “se eu tivesse condições, faria uma faculdade”. Se perguntamos a um amigo se ele pretende se casar, podemos ouvir: “casar custa caro!”. Quem já não ouviu o jargão: “amor não põe comida na mesa!”?

E filhos? O planejamento para filhos começa com o estudo da tabela que calcula desde as fraldas até o ensino superior. Como a soma não é pequena, melhor ter um ou no máximo dois herdeiros, não sei se do patrimônio ou “das dívidas” como diria o piadista.

Quando uma mulher decide ser dona de casa, que tipo de crítica recebe? Que não contribui financeiramente, que não se planeja para a aposentadoria e que ficará sem recursos em caso de abandono ou divórcio.

Também é interessante observar como reagimos ao dinheiro alheio.

Dias atrás, li uma matéria sobre uma cantora pop e os comentários dessa publicação me chamaram a atenção. Entre fãs e críticos, havia os que diziam não gostar de sua obra, mas reconheciam a sua capacidade de gerar riqueza. Algo como: “canta mal, mas faz milhões!”.

O mesmo se aplica aos chamados criadores de conteúdo. Ficamos admirados ao ver como dancinhas e afins geram tanto dinheiro para seus protagonistas.

Esses exemplos não são exaustivos; acredito que poderíamos nos lembrar de várias outras situações em que o dinheiro seria o centro.

Qual é o seu valor?

Antes de seguirmos adiante, é necessário pontuar que o dinheiro, por si mesmo, nada mais é que uma ferramenta.

Nos arranjos sociais nos quais vivemos, não é possível deixar de lidar com valores monetários. Cada um de nós depende das relações comerciais para termos as nossas necessidades supridas.

É sábio aprendermos sobre planejamento financeiro e programarmos o futuro. É bom sermos responsáveis na administração de nossos bens e estarmos preparados para possíveis percalços no caminho.

Se vivemos com um orçamento apertado, podemos melhorar as nossas habilidades e buscar um trabalho mais bem remunerado. Então, onde está o problema?

Limitados pelo dinheiro?

Enxergamos a riqueza como uma limitadora ou facilitadora última das circunstâncias da nossa vida. Ou seja, vamos até onde ele nos permite.

As nossas escolhas e decisões são feitas com base no quanto podemos ganhar com elas ou quanto elas nos custarão. Muitos definem as suas profissões pela possibilidade de bons ganhos, não por identificação ou habilidade para desempenhar tal função.

Casar-se, para além de outras implicações, significa ponderar com muito cuidado sobre o regime de bens. Afinal, se houver um divórcio, é necessário ter tudo na ponta da caneta para que ninguém saia prejudicado.

Quantas famílias são destruídas após a morte de um patriarca, na luta pela divisão da herança? Esse tipo de visão coloca a riqueza acima de conceitos como vocação, compromisso, fidelidade e união.

Riqueza é, literalmente, o valor pelo qual decidimos viver.

Somos mais do que nossa riqueza

O que nos leva a outro ponto crítico: a riqueza como parâmetro de avaliação de pessoas.

Primeiramente, na nossa sociedade, os abastados desfrutam de preferência e importância pelo que têm. Recebem tratamento especial e têm voz e vez. Em contraste, os pobres são relegados às sombras e ao silêncio. Quando estes representam alguma vantagem para determinada causa, ganham porta-vozes que, geralmente, estão pouco preocupados com  os seus reais interesses.

Além disso, depois de definirmos as nossas vidas e nos classificarmos por nossas posses, damos ao dinheiro um poder a mais: o de alargar os nossos limites morais. Na falta de padrões claros sobre a dignidade e o valor humano, a capacidade de gerar recursos se torna parâmetro.

Eventualmente, possuir riqueza se torna a meta, e relativizamos, gradualmente, os meios para alcançá-las. Num primeiro momento, diríamos horrorizados: “eu jamais faria isso por valor nenhum!”. Contudo, pouco a pouco, essas convicções vão sendo minadas pelas abundantes e frequentes tentações.

Quem é dono de quem?

“Eu desejo que você ganhe dinheiro,
Pois é preciso viver também,
E que você diga a ele, pelo menos uma vez,
Quem é mesmo o dono de quem”.

Nesta canção de Frejat, há um lembrete para não sucumbirmos à nossa cobiça. Mas será mesmo que somos nós os donos do dinheiro?

“’Minha é a prata, Meu é o ouro’, diz o Senhor dos Exércitos.” (Ageu 2.8)

O quanto compreendemos isso? Primeiramente, somos realmente conscientes de que, não importa em quais mãos humanas esteja o dinheiro, ele pertence ao Senhor.

É muito comum que nos lembremos de passagens bíblicas como essas:

“Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça…” (Mateus 6:33a)

“Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra…” (Mateus 6:19a)

Além disso, recordamos desses dois trechos de Mateus 6 quase como um adágio contra o dinheiro. E, para reforçar, ainda os juntamos com outro versículo que está em Marcos 10:

 “É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus.” (Marcos 10:25)

E, para fugirmos do perigo das riquezas, desejamos fazer um voto de pobreza .

Mas o perigo não está no dinheiro, mas em confiarmos nele. Em fazermos dele o alicerce da nossa vida, a nossa maior desculpa ou a nossa última justificativa.

Todos os mandamentos de Cristo quanto ao dinheiro apontam para o nosso coração inclinado à idolatria. O dinheiro não é a raiz de todos os males; amá-lo é.

Por vezes, pensamos que quem mais ama o dinheiro é quem o possui. Entretanto, o alerta de Paulo a Timóteo trata exatamente dos “que querem ficar ricos”:

“Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição.” (1 Timóteo 6.9)

Estes, por cobiça, caem em ruína:

“De fato, grande fonte de lucro é a piedade com o contentamento.” (1 Timóteo 6.6)

O mesmo capítulo 6 de Mateus, que já citei acima diz:

“Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas.” (Mateus 6:24)

Isso, de maneira nenhuma, coloca Deus em pé de igualdade com o dinheiro. Só revela a nossa fraqueza em substituirmos o poder divino pelo fugaz poder das riquezas.

Deus é o dono de tudo e de todos

Então, o que precisamos ter em mente quanto ao dinheiro?

Carecemos de enxergar que ele pertence ao Senhor, que o distribui conforme Lhe agrada. Isso para que tenhamos oportunidade de exercer compaixão e generosidade, mas também humildade e modéstia.

Primeiramente, devemos esmiuçar as promessas que o dinheiro parece fazer e contrastá-las com as promessas divinas. Por exemplo, ele pode suprir necessidades básicas, como alimentação, vestuário, moradia, educação e cuidados médicos. Além disso, o dinheiro pode proporcionar experiências agradáveis e hobbies.

Mas algo que ele não é capaz de fazer é saciar a nossa alma. Não pode cobrir a vergonha do nosso pecado, não pode prover segurança eterna. Não acessa “todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento (que) estão ocultos.” (Colossenses 2:3).

O dinheiro quita a fatura do hospital, mas não nos dá saúde; paga por nossa diversão, mas não produz alegria perene.

Dizem que tempo é dinheiro, mas o dinheiro não pode comprar o tempo.

Vamos trazer à memória e viver de acordo com as palavras de sabedoria de Provérbios:

“não me dês nem a pobreza nem a riqueza; dá-me o pão que me for necessário;

para não suceder que, estando eu farto, Te negue e diga: ‘Quem é o Senhor?’ Ou que, empobrecido, venha a furtar e profane o nome de Deus.” (Provérbios 30:8-9)

Estejamos seguros da soberania do Senhor em nos dar de acordo com sua sabedoria.

Além disso, que Ele nos livre do materialismo e de vagar atrás de tesouros perecíveis.

Finalmente, que Deus seja realmente o nosso tesouro e que Nele esteja guardado o nosso coração.

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