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Revolucionária é uma palavra que retrata a Igreja?

Diego Venancio
05/04/2024
Existe uma igreja que mantém uma relação profunda com a história mas deseja quebrar qualquer relação com o que existiu antes dela desconectando-se da tradição. Ela só leva em conta a existência dos jovens, suas canções criam momentos propícios para um salto emocional que vai apagar o vazio que a vida cotidiana. Você conhece esse tipo de igreja?

Talvez você tenha uma compreensão superficial do termo que utilizei no título, a palavra “revolucionária” pois é possível que você entenda a expressão como uma mudança radical, uma grande transformação ou algo semelhante. Embora muitos usem o termo com esse significado, como por exemplo o filme “O Revolucionário” que retrata fielmente a grande transformação trazida ao mundo pelo ministério de Jesus, vou usar esse mesmo termo com outro significado.

Quando usei o adjetivo “revolucionária” para classificar a igreja, o fiz buscando um sentido específico pois o sentido de revolucionário que desejo empregar é o sentido mais político do termo, quando este ganha força, quem sabe até origem, na Revolução Francesa.

A Revolução Francesa foi revolucionária

A Revolução Francesa, do meu ponto de vista, é a grande causadora daquilo que desejo denunciar aqui.

Foi durante este período, no final do século XVIII, que a aristocracia monárquica caiu e os efeitos do movimento iluminista partiram do campo filosófico para a política. Estes, influenciaram a sociedade ignorando a existência de um mundo criado por Deus.

Os iluministas fizeram uma revisão dos valores da religião, desfizeram-se da ideia de um monarca soberano e partiram para uma busca utópica por liberdade, fraternidade e igualdade diante de uma pobreza conjuntural. Em suma, neste ponto da História, aquilo que existia antes foi considerado atrasado, ultrapassado, ruim, desgastado. E é aí que a visão revolucionária surge para propor um novo modelo de vida, fazendo o povo olhar para a utopia proposta, esquecendo-se do passado e dos valores ali existentes.

Foram, pelo menos, dez anos intensos de revoluções até culminar na divisão partidária entre jacobinos e girondinos, de onde surgem os termos direita e esquerda, tão utilizados na política dos nossos dias. Contudo, esses tais conceitos de liberdade, fraternidade e igualdade não foram tão eficientes na Revolução, pois levaram milhares de pessoas à guilhotina para implementá-las.

A igreja revolucionária

Neste ponto, você deve estar se perguntando por que chamei a igreja de “revolucionária”.

Pois bem; vivemos, atualmente, no modernismo. Alguns chamariam nosso tempo de hiper-modernismo, outros de pós-modernismo. Contudo, o fato é que vivemos em um período em que o iluminismo tomou conta da mentalidade comum.

Seria muito estranho afirmar que, na igreja cristã do século XXI, Deus não existe.

Na verdade, Deus existe na igreja revolucionária, contudo, de maneira particular, dentro de um entendimento individual, como se apenas a igreja deste tempo tivesse o verdadeiro entendimento sobre Deus.

Certamente, quando a igreja adota uma abordagem mais alinhada com os ensinamentos bíblicos, ela busca uma compreensão mais profunda de quem é Deus e qual é o propósito da igreja. No entanto, é importante destacar que essa busca por uma visão bíblica pode ser limitada se não estiver contextualizada dentro da experiência coletiva da comunidade cristã ao longo da história. Isso inclui a sabedoria transmitida pelos pais da igreja e o desenvolvimento contínuo da teologia ao longo dos séculos.

A igreja revolucionária deseja quebrar qualquer relação com o que existiu antes dela, mesmo que seja um ato inconsciente. Surpreendentemente, até mesmo a igreja reformada, em sua prática, acaba por romper com os seus antecessores. Na teoria, existe uma relação profunda com a história. Na prática, os seus cultos estão desconectados da tradição.

O culto revolucionário

Os cultos de nossas igrejas já não remetem ao passado pois a tradição é considerada “tradicionalismo” e, geralmente, é rejeitada como uma heresia.

A verdade é uma só: o pragmatismo está dominando.

O homem moderno dita o tom da igreja, a cultura moderna diz como adorar a Deus. E os cristãos vão caminhando numa corda bamba. Alguns pendem para o Princípio Regulador de Culto que é uma interpretação da relação entre o culto cristão e o segundo mandamento. Este diz que Deus só deve ser adorado da forma que ele mesmo requer nas Escrituras Sagradas. Outros seguem fazendo o que “dá na telha”. Isso, é claro, quando ainda existe alguma preocupação com o Princípio Regulador. O que é de se espantar é que muitas igrejas nem sabem o que é isso.

O cristianismo, em todos os séculos anteriores, fazia o povo ascender culturalmente. Isso era feito pelo conhecimento das Escrituras, pela estética das canções, pela estética do culto, pelos símbolos que remetem à fé e à piedade, pelos momentos de silêncio, pela meditação e oração.

A cultura existente na vida da igreja cristã tinha forte influência sobre o comportamento de seu membro. Colocava diante dele uma nova linguagem, um novo senso de realidade e mudava sua cosmovisão pela forma como ela cultuava e vivia.

A igreja revolucionária adapta-se ao homem moderno

A igreja revolucionária, ao contrário, não molda ninguém. Ela é que se molda ao homem.

A igreja revolucionária deseja agradar o homem, optando por tudo que lhe seja palatável e deixando os momentos de silêncio, meditação e oração, cada vez mais raros. Ela não impõe uma estética elevada sobre os elementos de culto, não apresenta a conexão que temos com a igreja do passado. E então, não faz um movimento de ascensão do crente, mas ela, a igreja, desce ao chão.

Tudo deve ser uma grande festa, vibrante. Não pode haver contrição, pois a contrição remete à tristeza e o homem moderno já tem muitos motivos para ficar triste. Mas, no culto, não. No culto ele deve estar sempre feliz.

Na igreja revolucionária, mesmo diante da fiel exposição da Palavra de Deus, no final da pregação, emenda-se logo uma sequência de avisos para que não haja tempo de reflexão e a depressão não se aproxime.

Este é o ponto da expressão “Revolucionária”. A igreja moderna quer esquecer o passado, quer romper com a história, quer que o pragmatismo dê o tom para manter o homem medíocre do século XXI confortável.

Essa igreja moderna desconhece o passado e quer criar algo quase que totalmente novo.

A igreja revolucionária só olha para o futuro

Seguindo o exemplo da Revolução Francesa com o seu lema “Liberdade, Fraternidade e Igualdade” que fazia as pessoas perseguirem essa utopia mesmo que, para conquistá-la, tivesse que guilhotinar milhares de pessoas, a igreja revolucionária só olha para o futuro.

Os seus eventos parecem levar em conta apenas a existência dos jovens. Não há nenhuma preocupação em se comunicar com outras faixas etárias pois só os jovens são levados em conta.

Suas canções parecem-se mais com momentos propícios para um salto emocional, para tentar apagar o vazio que a vida cotidiana deixa nas pessoas. Espera-se que ali, no culto, ela sinta que faz parte de algo.

Mas a pobreza de conteúdo, estética e símbolos não dão sustentação filosófica e nem suprem as suas necessidades. O momento de culto vira um ato perdido no tempo e no espaço pois nessa igreja só existe um futuro abstrato. Sim, digo abstrato, porque a igreja revolucionária nem conhece a verdade sobre a Consumação dos tempos, os novos céus e a nova terra.

A Igreja cristã é a Igreja de todos os tempos

A Igreja precisa reconhecer a sua ligação com o passado e precisa manter muitos dos elementos do passado em sua existência.

“Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração;

tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te.

Também as atarás como sinal na tua mão, e te serão por frontal entre os olhos.” (Deuteronômio 6:6-8)

O ensino do próprio Jesus aos seus discípulos de partirem o pão e tomarem o vinho, deve prosseguir vencendo o poder do tempo e permanecendo verdade a cada novo dia.

A igreja deveria manter as melhores músicas vencendo o poder do tempo. Deveria lembrar -se dos grandes homens e servos de Deus que passaram nesta terra.

Conclusão

Em suma, o que fizemos aqui foi uma reflexão sobre como a igreja moderna muitas vezes se afasta de suas raízes históricas em favor de uma abordagem mais pragmática voltada para o presente.

Aproveito o momento para convocar a todos a encontrar um equilíbrio entre tradição e relevância, priorizando a verdade e a beleza da nossa fé.

Amém!

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