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Qual voz você tem ouvido?

Suny Gentilal
04/11/2018
Muitas as vozes soam no mundo, mas só a voz de Deus é que dá a verdadeira direção para a vida.

A voz que se ouve

O mundo em que vivemos está repleto de vozes gritando aos nossos ouvidos. E todo ser humano dá ouvidos à algum tipo de voz.
Talvez você pense que tem posições puramente neutras. A Escritura Sagrada nos ensina que ninguém nasce neutro. Já nascemos numa condição na qual fomos colocados, ou seja, sempre obedecemos alguma voz.
Vamos trabalhar no texto do Salmo 81.
Espero que à medida em que trabalharmos neste salmo possamos responder a esta pergunta: Qual voz você tem ouvido?
O autor deste salmo é Asafe. Ao lermos, conseguimos perceber, de imediato, que foi escrito em uma ocasião festiva:

“Exultai a Deus, nossa fortaleza; jubilai ao Deus de Jacó.
Tomai um salmo, e trazei junto o tamborim, a harpa suave e o saltério.
Tocai a trombeta na lua nova, no tempo apontado da nossa solenidade.” – Salmos 81:1-3

Tradicionalmente, este salmo tem sido atribuído ao momento da Festa dos Tabernáculos. Os judeus usavam o calendário lunar e a única festa de peregrinos que potencialmente abrange a lua nova e a lua cheia é a Festa dos Tabernáculos.
Para melhor compreendermos o texto eu o dividi em duas partes:

A festa dos tabernáculos

A Festa dos Tabernáculos não era uma festa estabelecida, pelo homem, somente para a sua diversão. Por meio de festas como esta e estações determinadas os israelitas eram constantemente lembrados de que eram o povo de Deus.
Nessa festa, os Israelitas lembravam-se de suas peregrinações pelo deserto quando tinham vivido em tendas. Também era uma festa de ação de graças pelas bênçãos recebidas durante o ano.
Foi Deus quem instituiu essa festa.

“Durante sete dias habitareis em tendas feitas de ramos. Todos os naturais de Israel habitarão em tendas de ramos,
para que as vossas gerações saibam que eu fiz os israelitas habitarem em tendas feitas de ramos quando os tirei da terra do Egito. Eu sou o Senhor vosso Deus.
Assim Moisés declarou aos israelitas as festas fixas do Senhor.” – Levítico 23.42-44

Os israelitas não deveriam celebrar essa festa de forma vazia, fria. Eles deveriam cantar alegremente a Deus. Aliás, havia motivos para isso. Deus tinha libertado Israel do Egito e preservado o seu povo na peregrinação pelo deserto até chegarem à Canaã.
Sendo assim, o povo deveria cantar alegremente a Deus no seu encontro solene. O cântico era, de certa forma, sua pública profissão de fé. Eles deveriam olhar para trás e erguer as suas vozes ao Deus de Jacó.
Os levitas eram convidados a tocar os instrumentos. Era com certeza um tempo em que o povo, unido, solenemente, dava louvores a Deus através de cânticos.
Nos versículos 4 e 5 o Salmista deixa claro que essa festa é um estatuto para Israel, uma ordenança do Deus de Jacó. Não é invenção do povo de Israel.

“Porque isto era um estatuto para Israel, e uma lei do Deus de Jacó.
Ordenou-o em José por testemunho, quando saíra pela terra do Egito, onde ouvi uma língua que não entendia.” – Salmos 81:4,5

Deus relembra os benefícios que tinha concedido aos israelitas, como também os lembra de várias maneiras que Ele os pôs em obrigação para com Ele.
A primeira parte termina no versículo 7:

“Clamaste na angústia, e te livrei; respondi-te no lugar oculto dos trovões; provei-te nas águas de Meribá.” – Salmos 81:7

Deus relembra o seu povo de que quando eles clamaram e Ele havia respondido livrando-os das mãos dos Egípcios.
E mesmo assim, o povo sempre se voltava contra seu Deus. Essa expressão “provei-te nas águas de Meribá”, refere-se ao episódio em que Deus, através de Moisés, fez jorrar água da rocha.

“Ali estarei diante de ti sobre a rocha, no Horebe. Bate na rocha, e dela sairá água para que o povo possa beber. E assim fez Moisés diante dos anciãos de Israel.
E deu ao lugar o nome de Massá e Meribá, por causa da discussão com os israelitas e porque eles colocaram o Senhor à prova, questionando: O SENHOR está ou não no meio de nós?” – Êxodo 17.6-7

Deus não escolheu esse povo por causa de algum mérito deles. Ao contrário, o texto que lemos nos mostra que, desde o deserto, o povo demostrava impiedade. Era indiscutível que o favor de Deus para com esse povo não era baseado em nenhum tipo de mérito.
Deus não amou esse povo porque o povo o amava. Deus amou esse povo primeiro; e agora, Ele dá condições e exige que o povo o ame.
A primeira parte termina desse modo: Deus mostrando para o povo que existem motivos, mais que suficientes, para que o povo pudesse celebrá-lo com alegria.
Não era uma simples festa, não era um simples ajuntamento, eles deveriam reunir-se em obediência e gratidão, cultuando o Deus que os havia libertado.
Contudo, Israel não dava ouvidos a voz de seu Deus!

A voz de Deus versus a voz dos deuses

O versículo 8 é bastante interessante. Deus está lamentando porque seu povo não o escuta.

“Ouve-me, povo meu, e eu te atestarei: Ah, Israel, se apenas me escutasses !” Salmos 81:8

Eles viraram as costas para Deus, fecharam seus ouvidos para a Sua voz, preferiram dar ouvidos a outras vozes e não a voz do seu Deus.
Como consequência, seus cultos eram vazios. Os dias de festa não seriam, puramente e corretamente, observados a menos que o povo desse ouvido ao Deus de Jacó.
Olhemos o versículo 9:

“Não haverá entre ti deus alheio nem te prostrarás ante um deus estranho.” – Salmos 81:9

A idolatria era condenada por Deus. O pacto entre Deus e seu povo era quebrado quando o povo virava as costas a Deus e se prostrava diante de outros deuses. Deus quer ter a preeminência no meio do seu povo.
Caros leitores, o verdadeiro culto a Deus inicia-se com obediência, escutando a Deus. Se o povo escutasse a voz de Deus não seria idólatra. O povo deveria estar contente somente com o Deus de Jacó, deveria dar ouvidos somente a voz Deus.
Deus lembra o Seu povo que ELE é o Deus que os tirou do Egito, no versículo 10.

“Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito; abre bem a tua boca, e ta encherei.” – Salmos 81:10

Não só isso. O verdadeiro alimento para eles, só Deus poderia dar. Era só abrirem a boca. Porém permaneciam vazios e famintos porque se recusavam a abrí-la.
Olhemos o versículo 11.

“Mas o meu povo não quis ouvir a minha voz, e Israel não me quis.” – Salmos 81:11

Mais uma vez, Deus se queixa de Israel porque seu povo não quis ouvir sua voz, não quis mais saber Dele. Deixaram-se levar pelo deus desse mundo, pelos seus próprios prazeres. Israel fracassou dando ouvido a outras vozes que não a de Deus. Por causa disso, Deus os entregou aos seus próprios prazeres (pensamentos). Estavam andando segundo seus próprios caminhos.
O versículo 13 repete o lamento de Deus:

“Ah se o meu povo me escutasse! Ah, se Israel andasse nos meus caminhos!” – Salmos 81:13

Nos versículos 14 a 16, Deus mostra, para o povo, que o motivo de todas calamidades que lhes sobrevieram tinha que ser imputado a seu próprio pecado.

“Em breve abateria os seus inimigos, e viraria a minha mão contra os seus adversários.
Os que odeiam ao Senhor ter-se-lhe-iam sujeitado, e o seu tempo seria eterno.
E o sustentaria com o trigo mais fino, e o fartaria com o mel saído da rocha.” – Salmos 81:14-16

Deus havia prometido que, se vivessem sob a sua liderança, o povo de Israel venceria todas as batalhas.
Deus, aqui, leva-os a lembrar que as vitórias que tiveram sobre os seus inimigos no passado não foram por causa de sua capacidade militar, mas porque o Senhor estava com eles.
Deus continuaria sustentando-os dia após dia. Porém, este povo não dava ouvidos ao seu Deus, por isso as calamidades sobrevinham sobre o povo.

O que este Salmo nos ensina?

Nós não somos diferentes do povo de Israel. Somos fracos e, por natureza, nascemos longe de Cristo, nascemos destituídos da glória de Deus. Aliás nascemos escravos do pecado, escravos das nossas próprias vontades.
Uma frase de Lutero bastante interessante é a seguinte:

“O homem é uma besta; é montado por Deus ou pelo diabo” – Martinho Lutero

A verdade, meus irmãos, é que todos nós nascemos “bestas” montadas pelo diabo, satisfazendo o nosso senhor, o próprio diabo.

O que isso significa?

Não nascemos neutros, nascemos dando ouvido ao nosso próprio prazer.
Jesus Cristo nos libertou dessa escravidão, não por méritos humanos. Ele fez isso porque nos amou incondicionalmente. Jesus Cristo não fracassou, Ele cumpriu a Lei. É por meio das Suas obras que Deus nos vê como justos, inculpáveis. As nossas próprias obras são como trapo de imundícia.

Conclusão

Devemos nos lembrar, sempre, do que Cristo Jesus fez por nós e, em forma de gratidão, viver para Ele. Devemos cultuar a Deus através de nossa vida, dar ouvidos a voz de Deus.
Lembremos: nossos cultos não são vazios, frios. Pelo contrário, devem ter conteúdo. Existe um motivo para isso: não nos reunimos, simplesmente, por ser legal, divertido. Adoramos o Deus que nos libertou, somente a Ele.
Que possamos reconhecer as nossas fraquezas diante da Cruz. Que a Cruz de Cristo nos mostre as nossas fraquezas e nos coloque de joelhos diante de Cristo.
Que a nossa oração seja essa:

“Não posso, Senhor.
Não há nada que eu possa fazer,
nenhuma batalha em minha vida
que eu possa realmente vencer.
Mas, agora, venho lhe dizer
o quanto eu lutei e falhei,
em minha história tão humana
de fraquezas e futilidades.” – Studdert Kennedy

Que possamos, sempre, olhar para Cristo Jesus e, voluntariamente, movidos pelo poder do Espírito Santo, darmos ouvidos a voz Cristo Jesus. Quem dá ouvidos a Cristo, obedece a sua Palavra e, consequentemente, vive o evangelho.
O cristão cultua a Deus, também faz boas obras. Mas não faz nada disso para ser salvo, faz por constrangimento, como forma de gratidão a Deus por tê-lo salvo.

 

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