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Para onde iremos? Como explicar a realidade ao nosso redor?

Diego Venancio
03/02/2019
O que vemos como realidade é o que realmente é? O que norteia a nossa percepção do mundo: nossa mente ou a Palavra de Deus?

Você crê na realidade que seus olhos apresentam a você? No livro de João encontramos uma declaração emocionante de Pedro para Jesus.

“Simão Pedro respondeu-lhe: Senhor, para onde iremos?  Tu tens as palavras de vida eterna.
E nós cremos e sabemos que tu és o Santo de Deus.” (João 6.68-69)

Lemos o mundo ao nosso redor através dos nossos sentidos. Deus nos deu os sentidos para isso mesmo. Mas, é fato que esses sentidos podem ser facilmente enganados fazendo com que entendamos as coisas de uma forma diferente do que são na realidade.

A realidade do cinema

O cinema por exemplo; é uma arte que ilude aquele que talvez seja o maior dos nossos sentidos, aquele no que mais confiamos: os olhos, a visão.
Os irmãos Lumiére são tidos como os inventores do cinematógrafo, lá pelos idos de 1895. O aparelho deles tanto filmava quanto gravava imagens. A ideia consistia em passar uma certa quantidade de imagens estáticas por segundo de modo tão rápido que a nossa percepção fosse iludida. Ainda hoje, não percebemos que se trata de várias imagens estáticas mostradas rapidamente e em sequência, pois as vemos como uma única imagem em movimento. A partir daí o cinema sempre carregou a fama de ser “A arte do engano” ou “A arte da mentira”.

Crentes-Tomé

Frequentemente, temos o hábito de ler a nossa realidade e nos conformamos com ela. Quando algo sai fora do habitual ou daquilo que consideramos ordinário, chamamos este evento de “mal” e corremos para a Palavra de Deus para tentar compreender o seu sentido.
Este comportamento produz “crentes-Tomé”. Tomé entendia a realidade de que normalmente mortos não ressuscitam, mortos ficam mortos e a nossa percepção natural é a de impotência diante da morte.

A Realidade Verdadeira

Porém, nós crentes, somos desafiados a viver de outro modo; somos desafiados a ler a Palavra de Deus e a partir dela traduzir a realidade. A Palavra de Deus profetizou: Jesus predisse a sua ressurreição. Mas, Tomé não leu o mundo através da Palavra de Cristo, mas daquilo que sua experiência dizia sobre a morte. Por isso, custou a crer quando recebeu a notícia que Jesus havia ressuscitado.
Este é o problema que encontramos nesta passagem. Jesus começa a revelar as coisas grandiosas a respeito da Sua pessoa e da obra que Ele realizará.
Alguns textos deste mesmo capítulo evidenciam isso:

“Jesus respondeu-lhes e disse: Na verdade, na verdade vos digo que me buscais, não pelos sinais que vistes, mas porque comestes do pão e vos saciastes.” (João 6.26)

A multidão seguia Jesus não pelos sinais, mas porque comeram e ficaram satisfeitos. Os olhos deles estavam no concreto, na realidade e não na Palavra.

“Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará; porque a este o Pai, Deus, o selou.” (João 6.27)

Jesus desafia aqueles homens a olharem para a Palavra que ele diz e não para a realidade de comer e se sustentar.

“Disseram-lhe, pois: Que sinal, pois, fazes tu, para que o vejamos, e creiamos em ti? Que operas tu?
Nossos pais comeram o maná no deserto, como está escrito: Deu-lhes a comer o pão do céu.
Disse-lhes, pois, Jesus: Na verdade, na verdade vos digo: Moisés não vos deu o pão do céu; mas meu Pai vos dá o verdadeiro pão do céu.
Porque o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo.” (João 6:30-33)

Eles não conseguiam identificar os sinais de Jesus e organizar a sua visão da realidade. Jesus identifica os seus sinais e a sua obra com os sinais do passado, aqueles contados no Antigo Testamento. O maná no Antigo Testamento é um tipo de Cristo. O maná que dava vida e sustento para o povo no deserto é o que Cristo faz conosco nos dando a vida e sustento perfeito para a eternidade. Mais uma vez, aqueles sinais, mesmo sendo miraculosos, não conseguiam trazer a mente deles para Cristo.

“Disseram-lhe, pois: Senhor, dá-nos sempre desse pão.
E Jesus lhes disse: Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em mim nunca terá sede.
Mas já vos disse que também vós me vistes, e contudo não credes.
Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora.
Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou.
E a vontade do Pai que me enviou é esta: Que nenhum de todos aqueles que me deu se perca, mas que o ressuscite no último dia.
Porquanto a vontade daquele que me enviou é esta: Que todo aquele que vê o Filho, e crê nele, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.” (João 6:34-40)

Quando Jesus afirma “Eu sou o pão da vida”, inicia um discurso que afirma ser Ele o pão e que é impossível crer nisso se, antes, este entendimento não for dado pelo Pai.

“Murmuravam, pois, dele os judeus, porque dissera: Eu sou o pão que desceu do céu.” (João 6:41)

Mais uma vez, a imagem de um homem simples da comunidade deles impediu que enxergassem o Messias, o Ungido, o Pão da vida enviado de Deus.

“Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia.
Está escrito nos profetas: E serão todos ensinados por Deus. Portanto, todo aquele que do Pai ouviu e aprendeu vem a mim.
Não que alguém visse ao Pai, a não ser aquele que é de Deus; este tem visto ao Pai.
Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim tem a vida eterna.
Eu sou o pão da vida.
Vossos pais comeram o maná no deserto, e morreram.
Este é o pão que desce do céu, para que o que dele comer não morra.
Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo.” (João 6:44-51)

É impossível, ao homem natural, crer por si mesmo. Deus é quem dá a Cristo aqueles que crerão.
Com todo este discurso de Jesus sobre comer da minha carne e beber do seu sangue, a mente concreta e escrava do modo de enxergar a realidade daqueles judeus, impossibilitou, mais uma vez, de crerem que aquele homem diante de seus olhos era o Messias de Deus.
Com tudo isso, muitos discípulos que o seguiam começaram a deixá-lo.
Identificamos aqui 3 grupos: A multidão, os discípulos e os 12.
Do grupo dos discípulos, muitos o deixam alegando ser duro demais o seu discurso. Mas Jesus virando-se para os doze diz:

“… Vós também quereis retirar-vos?” (João 6.67)

Pedro toma a dianteira e faz esta bela colocação:

“… Senhor, para onde iremos? Tu tens as palavras de vida eterna. E nós cremos e sabemos que tu és o Santo de Deus.” (João 6.67)

Esta afirmação demonstra algumas razões pelas quais a fé em Cristo é fortalecida e, consequentemente, a nossa realidade realinhada.

Pedro diz que as Palavras de Cristo são de vida eterna.

A Palavra de Cristo é palavra de vida. O próprio Jesus afirma:

“O Espírito é o que dá vida, a carne não serve pra nada; as palavras que eu vos tenho falado são espírito e vida.” (João 6.63)

A obra das pessoas da Trindade convergem e agem através da Palavra.
No início da obra de Jesus, Ele diz, na sinagoga, que a profecia de Isaías 61.1-2 estava se cumprindo. E qual era? A de que o Espírito de Deus estava sobre Ele e O ungiu para fazer a obra. Portanto, Jesus faz a Sua obra, em obediência ao Pai, na força do Espírito. Ele era a Palavra em ação, naquele momento.
Deus cria todas as coisas através da sua Palavra, ou seja, Deus age através da sua Palavra.

“E disse Deus: Haja luz; e houve luz.” (Gênesis 1:3)

A Palavra do ser eterno também participa do atributo da eternidade.
A palavra de homens só tem valor quando, no tempo, ela se cumpre. Mas a Palavra de Deus não é assim. Pois, ao dizer, esta Palavra é eterna com valor e implicações eternas.
Jesus é a exata expressão do ser de Deus e sustenta todas as coisas pela Palavra do seu poder.

“O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder…” (Hebreus 1:3)

A obra do Espírito é confirmar e aplicar a Palavra de Deus.
Em Atos, Jesus diz que aqueles discípulos se tornariam testemunhas dele quando recebessem o Espírito:

“Mas recebereis poder quando o Espírito Santo descer sobre vós; e sereis minhas testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria, e até os confins da terra.” (Atos 1.8)

O que o Espírito Santo faria então? Faria com que a palavra fosse pregada, reproduzida em sua fidelidade, a partir de tudo o que eles viram e ouviram. Eles não inventariam uma história do nada, mas eles deveriam testificar, ser testemunhas de algo que viram e de que participaram.
Portanto, Pedro reconhece em sua afirmação a verdade da Palavra e o poder eterno que as Palavras de Cristo têm. Consequentemente, o reconhece como Deus, pois somente Deus é eterno.

Pedro negou a realidade da vida que seus olhos humanos viam para se orientar pelas palavra de Cristo.

Pedro reconhece que essa Palavra eterna dá ordem e sentido à sua vida!
“Para onde iremos?”
Essa frase dá a noção de falta de sentido existencial quando a possibilidade, de deixarem Jesus, é apresentada. Enquanto os outros discípulos acharam duras as afirmações de Jesus sobre Ele ser o enviado de Deus e que eles precisavam comer do Seu corpo e beber do Seu sangue, Pedro encontra nessas mesmas afirmações vida, e vida eterna.
Diante da dificuldade de compreender essa nova realidade que Jesus estava apresentando, uma realidade desafiadora, inédita, uma realidade que somente os olhos da fé podem contemplar, Pedro abandona o caminho mais fácil, o seu modo de ver as coisas e passa a ver as coisas como Jesus vê.
Imaginem o desafio! O discurso é inédito. Jesus fala coisas como comer da Sua carne, beber do Seu sangue; as pessoas começam a abandoná-lo; essas palavras são contra tudo o que Pedro conhecia, até então.
Mas quando Deus opera e enche um homem com fé, é isso o que acontece. A leitura do mundo é feita com as lentes de Deus. A Bíblia passa a nos ensinar sobre o mundo, e não o contrário. Passamos a ter paz porque compreendemos que nada foge ao controle do nosso Deus soberano.
Com essa lente, Pedro afirma:

“E nós cremos e sabemos que tu és o Santo de Deus”. (João 6.69)

Quem poderia ver isso? Quem pode reconhecer em um homem em quem não havia beleza alguma, um Deus?
Pois Pedro recebeu essa graça do nosso Deus e o Espírito o levou a fazer esta afirmação maravilhosa… “cremos e sabemos que tu és o Santo de Deus”.
Note: quem deu significado a vida de Pedro foram as palavras eternas de Cristo e não a sua impressão sobre as coisas.

Pedro encontrou nas Palavras de Cristo, o próprio Cristo.

Pedro não poderia conhecer essa nova realidade senão pelas palavras que foram faladas por Jesus. Isso precisa ficar claro em nossa mente. Nós somos carentes e totalmente dependentes desta Palavra. Nós, frequentemente, trocamos a Palavra de Deus por um misticismo, pois é mais fácil esperarmos que Deus fale aos nossas ouvidos do que irmos até a Sua Palavra para buscar conhecimento. Mas não existe conhecimento sem a Palavra.
Jesus precisava pregar e se revelar para aqueles homens. Deus separou aqueles que creriam e eles realmente creram. Mas, existe uma ordem para que essas coisas aconteçam; é preciso que a Palavra seja pregada.
Jesus diz que estes discípulos já estão purificados pelas Suas palavras:

“Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado.” (João 15.3)

Portanto, ao ouvir as Palavras de Cristo, Pedro encontra nelas a revelação do próprio Cristo.
Ele não encontrou um objetivo para, apenas, viver. Não encontrou uma bela filosofia. Ele não encontrou um mestre maluco e inconsequente, mas Pedro encontrou o Deus Criador dos céus e da terra; o Deus de Gênesis 1.1 dizendo que suas palavras são dignas de crédito.
Pedro encontra nessas Palavras uma realidade espiritual, a realidade dos céus sendo descritas ali e mudando toda a sua existência, dando sentido e motivo para viver e morrer.
O Santo de Deus é o encontro com o Messias profetizado, é o encontro de Pedro com aquele que é a Palavra encarnada, é o encontro de Pedro com o Yhaweh, é o encontro de Pedro com o Deus eterno e todo poderoso colocando em ação o seu plano maravilhoso de redenção.

Conclusão

Nós não sabemos de Deus senão aquilo que nos foi revelado. Conhecemos a Cristo através das Escrituras e essa realidade seria inacreditável se não fosse apresentada pelas Escrituras.
É a Palavra de Deus que nos dá a forma correta de lermos o mundo e tudo o que está a nossa volta.
Nós, que fomos transformados pela Palavra, não podemos ignorá-la enquanto estamos vivendo neste mundo. Somos dependentes dela, cotidianamente.
A nossa mente é uma poderosa ferramenta de imaginação. Nós inventamos histórias e contextos. Inventamos um mundo que não é o real, mas o mundo explicitado pela Bíblia é o mundo real, o mundo de Deus.
Façamos como essa afirmação de Pedro. Descubramos a realidade de Cristo através de Sua Palavra e, consequentemente, encontraremos o próprio Cristo como o nosso profeta, nosso sacerdote supremo e nosso poderoso Rei, que governa todas as coisas pela Sua Palavra.

 

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