• Quem Somos
    • Declaração de Fé
    • TEOmídia
    • TEOmídia Blog
    • TEOmídia Cast
    • TEOmídia Rádio
  • Assuntos
    • Apologética
    • Casamento
    • Devocional
    • Ensino Cristão
    • Ensino Infantil
    • Estudo Bíblico
    • Evangelismo
    • Igreja
    • Sociedade
    • Teologia
    • Vida Cristã

Os presbíteros e o governo bíblico da Igreja

Diego Venancio
25/01/2020
A Igreja deve ter um sistema de governo com presbíteros integrais e leigos que evidenciem o reinado de Cristo na terra.


É possível estabelecer uma doutrina baseada na figura do presbítero, a partir do texto das Escrituras Sagradas? Para responder a essa pergunta, preciso responder a uma outra:

Como se estabelece uma doutrina?

Fazer teologia é um processo muito difícil, não só porque tratamos de assuntos difíceis, mas porque tratamos de assuntos santos, sagrados, que dizem respeito à revelação de Deus para os homens.
Sendo assim, lemos as Escrituras e muitas vezes extraímos, por dedução lógica, conforme a coerência e prudência cristã, determinada afirmação doutrinária. Essa afirmação norteará a nossa vida como crentes e, sobretudo, como Igreja de Cristo.

A trindade

Conseguimos imaginar, por exemplo, a vida da Igreja, ou mesmo a vida cristã, sem o entendimento da Trindade? Mas onde encontramos a definição, por excelência, da palavra Trindade nas Escrituras?
Não encontramos!
Mas encontramos a ação de um único Deus verdadeiro, manifestado em 3 pessoas distintas, mas não independentes.
O Deus Pai, o que não foi criado, eternamente existente, sem princípio de dias; o Filho eternamente gerado, não nascido, não criado, mas gerado, sem princípio de dias, tão poderoso e da mesma substância do Pai; e o Espírito eternamente procedente do Pai e do Filho.
Não são três deuses, mas um único Deus verdadeiro vivendo na comunhão perfeita de três pessoas.
Mas, como diz o teólogo Millard Erickson quanto a Trindade:

“Tente explicá-la, e perderá a cabeça, mas tente negá-la, e perderá a alma” (Millard J. Erickson, autor de “Christian Theology”, além de mais de 20 outros livros)

Esta pedra gigantesca que descobrimos nas Escrituras está lá e podemos usá-la como fundamento ou ela servirá para o nosso tropeço.
Onde estão os textos? Mas se você negar, onde está a sua fé, ou a sua alma?

A salvação

A teologia faz algo, ainda, mais complexo, difícil. Toma um conceito com pouco respaldo escriturístico, como o que acabamos de ver, e usa como fundamento para elaborar outro conceito ainda mais complexo. Como exemplo dessa afirmação, vejamos o conceito do Pactum Salutis, o acordo da Salvação. Essa é a doutrina em que o Deus trino elabora um plano criador e redentor que seja perfeito e tenha êxito, baseado no sacrifício do seu próprio Filho.
Onde estão os textos? Em Salmos 2? Na linguagem pactual de João 17? Mas isso requer um esforço para a elaboração dessa doutrina.

Doutrinas são fundamentais

Mas, uma coisa é fundamental: dizermos que não abrimos mão de nenhuma dessas doutrinas por entendermos que elas são o alicerce de tudo o que cremos.
E mais: cremos que a Bíblia dá total subsídio para o seu completo entendimento mesmo que não exista um versículo elucidativo, direto, sobre o assunto. Ou seja, nós, cristãos, tomamos o ensino da Trindade e do Pactum Salutis como normativo, mesmo que não haja literalidade nas Escrituras.

A Ceia e o Batismo

Poderíamos pensar em algo semelhante ao falarmos sobre a Ceia e o Batismo. Quantos versículos na Bíblia temos para a defesa do Batismo e da Ceia? Bem menos do que gostaríamos, mas esses são dois símbolos que, sem eles, a igreja deixa de ser cristã, deixa de ser a Igreja de Cristo.

O governo da Igreja

Mas para acalmar a apreensão dos irmãos, o nosso tema de hoje não é como um desses temas onde teremos que fazer estudo aprofundado sem tantas evidências das Escrituras. Ao contrário, temos o problema oposto. São muitas as evidências de como deve ser o governo da Igreja de Cristo. Tantas que não será possível observamos uma a uma.
Nehemiah Coxe, um pastor batista do século XVII, homem importante para confecção da Confissão Batista de Londres, de 1689, diz no livro “Anciãos e Diáconos Bíblicos”:

“A edificação e a beleza da igreja está em muito relacionada à sua ordem.” (Nehemiah Coxe, 1681)

A qual ordem refere-se Nehemiah Coxe? Refere-se à ordem estabelecida pelas Escrituras sobre a membresia e sobre dois ofícios.

Membresia, presbíteros e diáconos

A igreja de Cristo não funciona com organogramas e planos de carreira. Ela tem uma só estrutura que é demonstrada na organização da membresia, pois uma igreja só é, de fato, Igreja quando identificamos os seus membros. Isso quer dizer que os crentes que ali comungam assumem um compromisso diante da Igreja e de Cristo.
Depois de termos definido a membresia da Igreja, é necessário termos presbíteros e diáconos. Hoje, não falarei sobre os diáconos, mas é importante grifarmos que os diáconos também são uma liderança fundamental na vida da Igreja.

O presbitério

Quero mostrar alguns textos que nos apresentam o modelo e o método de governo da igreja. Ao contrário do que muitos pensam, a Bíblia explicita um método de governo. Ao fazer isso, deixa outros métodos de fora.
As Escrituras apresentam os presbíteros, no plural. O assunto é presbitério.

“Por esta causa, te deixei em Creta, para que pusesses em ordem as coisas restantes, bem como, em cada cidade, constituísses presbíteros, conforme te prescrevi.” (Tito 1.5)
“Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo, em nome do Senhor.” (Tiago 5.14)
Rogo, pois, aos presbíteros que há entre vós, eu, presbítero como eles, e testemunha dos sofrimentos de Cristo, e ainda coparticipante da glória que há de ser revelada. (1 Pedro 5.1)
“Não te faças negligente para com o dom que há em ti, o qual te foi concedido mediante profecia, com a imposição das mãos do presbitério.” (1 Timóteo 4.14

Diferença de funções

“Devem ser considerados merecedores de dobrados honorários os presbíteros que presidem bem, com especialidade os que se afadigam na palavra e no ensino.” (1 Timóteo 5.17)
“Os discípulos, cada um conforme as suas posses, resolveram enviar socorro aos irmãos que moravam na Judéia; o que eles, com efeito, fizeram, enviando-o aos presbíteros por intermédio de Barnabé e de Saulo.” (Atos 11. 29-30)

Os presbíteros são eleitos todas as Igrejas

“E, tendo anunciado o evangelho naquela cidade e feito muitos discípulos, voltaram para Listra, e Icônio, e Antioquia,
fortalecendo a alma dos discípulos, exortando-os a permanecer firmes na fé; e mostrando que, através de muitas tribulações, nos importa entrar no reino de Deus.
E, promovendo-lhes, em cada igreja, a eleição de presbíteros, depois de orar com jejuns, os encomendaram ao Senhor em quem haviam crido.” (Atos 14.21-23)
“Tendo havido, da parte de Paulo e Barnabé, contenda e não pequena discussão com eles, resolveram que esses dois e alguns outros dentre eles subissem a Jerusalém, aos apóstolos e presbíteros, com respeito a esta questão.
Enviados, pois, e até certo ponto acompanhados pela igreja, atravessaram as províncias da Fenícia e Samaria e, narrando a conversão dos gentios, causaram grande alegria a todos os irmãos.
Tendo eles chegado a Jerusalém, foram bem recebidos pela igreja, pelos apóstolos e pelos presbíteros e relataram tudo o que Deus fizera com eles.” (Atos 15.2-4)
“Então, se reuniram os apóstolos e os presbíteros para examinar a questão.” (Atos 15.6)
“Então, pareceu bem aos apóstolos e aos presbíteros, com toda a igreja, tendo elegido homens dentre eles, enviá-los, juntamente com Paulo e Barnabé, a Antioquia: foram Judas, chamado Barsabás, e Silas, homens notáveis entre os irmãos,
escrevendo, por mão deles: Os irmãos, tanto os apóstolos como os presbíteros, aos irmãos de entre os gentios em Antioquia” (Atos 15.22-23)

Paulo e Barnabé tem a intenção de visitar as Igrejas por onde pregaram para ver como estavam. Após uma desavença, por causa de João Marcos, eles se separam, mas vão cumprir o plano.

“Ao passar pelas cidades, entregavam aos irmãos, para que as observassem, as decisões tomadas pelos apóstolos e presbíteros de Jerusalém.” (Atos 16.4)

Os Presbíteros são modelos

Em Atos 20, o texto clássico sobre a defesa de presbitério, nós temos alguns importantes ensinos de Paulo quanto a função do presbítero.
No livro de Atos dos Apóstolos, Paulo se apresenta como modelo, como exemplo para aqueles presbíteros de uma só igreja. A igreja plantada por Paulo, que permanece em Éfeso por 3 anos.

“De Mileto, mandou a Éfeso chamar os presbíteros da igreja.
E, quando se encontraram com ele, disse-lhes: Vós bem sabeis como foi que me conduzi entre vós em todo o tempo, desde o primeiro dia em que entrei na Ásia,
servindo ao Senhor com toda a humildade, lágrimas e provações que, pelas ciladas dos judeus, me sobrevieram,
jamais deixando de vos anunciar coisa alguma proveitosa e de vo-la ensinar publicamente e também de casa em casa,
testificando tanto a judeus como a gregos o arrependimento para com Deus e a fé em nosso Senhor Jesus [Cristo].
E, agora, constrangido em meu espírito, vou para Jerusalém, não sabendo o que ali me acontecerá,
senão que o Espírito Santo, de cidade em cidade, me assegura que me esperam cadeias e tribulações.
Porém em nada considero a vida preciosa para mim mesmo, contanto que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus para testemunhar o evangelho da graça de Deus.
Agora, eu sei que todos vós, em cujo meio passei pregando o reino, não vereis mais o meu rosto.
Portanto, eu vos protesto, no dia de hoje, que estou limpo do sangue de todos;
porque jamais deixei de vos anunciar todo o desígnio de Deus.” (Atos 20.17-27)

Presbíteros são imitadores

Nos versículos abaixo, além de serem modelos, Paulo exorta os presbíteros a imitá-lo.

“Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue.
Eu sei que, depois da minha partida, entre vós penetrarão lobos vorazes, que não pouparão o rebanho.
E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens falando coisas pervertidas para arrastar os discípulos atrás deles.
Portanto, vigiai, lembrando-vos de que, por três anos, noite e dia, não cessei de admoestar, com lágrimas, a cada um.
Agora, pois, encomendo-vos ao Senhor e à palavra da sua graça, que tem poder para vos edificar e dar herança entre todos os que são santificados.
De ninguém cobicei prata, nem ouro, nem vestes;
vós mesmos sabeis que estas mãos serviram para o que me era necessário a mim e aos que estavam comigo.
Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é mister socorrer os necessitados e recordar as palavras do próprio Senhor Jesus: Mais bem-aventurado é dar que receber.” (Atos 20.28-35)

Perceba que Paulo faz uma espécie de despedida acompanhada de uma transferência de incumbências. O que Paulo havia feito pela Igreja, agora deveria ser feito por presbíteros que serviriam de modelo para a Igreja de Cristo.
Esse fenômeno da imitação, que está um tanto fora de moda, deve acontecer dentro da Igreja.

Bons exemplos de imitação

A vida cristã não é vivida individualmente. É fundamental termos bons exemplos para imitação.
Na música, mas não só na música, na verdade em todas as áreas, um importante processo de aprendizado é o da imitação. Você não faz determinada coisa totalmente auto-consciente. Aprendemos muitas coisas por mera imitação, até que a consciência acompanhe aquela conduta.
Paulo diz, aos coríntios:

“Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo.” (1 Coríntios 11:1)

O pastor Jonas Madureira diz o seguinte sobre a imitação:

“Não se imita Jesus diretamente. Imita-se os discípulos de Jesus. Ninguém vive a vida heroicamente, independente de qualquer imitação.” (Jonas Madureira)

Os presbíteros, a exemplo de Paulo, estão à frente da Igreja para servirem de exemplos a serem imitados. Vem daí a exigência de tais homens terem seus caráteres provados e aprovados.
E quais as funções que Paulo apresenta que os presbíteros devem ter?

O serviço

O presbítero serve com humildade, enfrentando o sofrimento e lágrimas, resistindo às ciladas e enfrentando oposição:

… “servindo ao Senhor com toda a humildade, lágrimas e provações que, pelas ciladas dos judeus, me sobrevieram,” (Atos 20:19)

Pregação e discipulado

O presbítero também é comprometido em pregar TODO o conselho de Deus, publicamente e pessoalmente, através do discipulado, destacando sempre o arrependimento para com Deus e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo.

… “jamais deixando de vos anunciar coisa alguma proveitosa e de vo-la ensinar publicamente e também de casa em casa,
testificando tanto a judeus como a gregos o arrependimento para com Deus e a fé em nosso Senhor Jesus.” (Atos 20:20,21)

Conduzido pelo Espírito

O presbítero deve ser conduzido pelo Espírito Santo de Deus, mesmo que isso traga a ele certos prejuízos.

“E, agora, constrangido em meu espírito, vou para Jerusalém, não sabendo o que ali me acontecerá,
senão que o Espírito Santo, de cidade em cidade, me assegura que me esperam cadeias e tribulações.” (Atos 20:22,23)

Único desejo

O presbítero deve estar disposto ao auto-esquecimento, a não considerar somente seus interesses, mas estar disposto se mortificar, tendo como único desejo o desenvolvimento do ministério no Reino.

“Porém em nada considero a vida preciosa para mim mesmo, contanto que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus para testemunhar o evangelho da graça de Deus.” (Atos 20.24)

Cuidar de si mesmo

O presbítero deve cuidar de si mesmo pois quem está doente precisa de médico e não está apto a curar doenças da alma. Dessa forma estará apto a pastorear a Igreja de Deus.

“Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue.” (Atos 20.28)

Os lobos

Os presbíteros precisam opor-se aos lobos, serem firmes com a verdade. Os lobos nunca aparecem vestidos como lobos mas, sempre, como ovelhas. Lobos não devoram lobos, gostam de devorar ovelhas.

“Eu sei que, depois da minha partida, entre vós penetrarão lobos vorazes, que não pouparão o rebanho.” (Atos 20.29)

Sustento

Os presbíteros não devem cumprir o ministério por ganância. Paulo mostra o exemplo que por causa da necessidade ele mesmo trabalhou para seu sustento e ainda ajudou a outros. E deveriam se lembrar dos pobres, deveriam socorrer os necessitados da Igreja.

“De ninguém cobicei prata, nem ouro, nem vestes;
vós mesmos sabeis que estas mãos serviram para o que me era necessário a mim e aos que estavam comigo.” (Atos 20.33,34)

O que podemos inferir quanto ao modelo?

O Presbítero é masculino

Um presbítero é, necessariamente, masculino.
Dentre os atributos exigidos do presbítero é que ele seja marido de uma só mulher. Que ele tenha a sua casa sob sua autoridade. Essas virtudes definem, obviamente, a exigência masculina do posto.

Autoridade

Os presbíteros têm o mesmo nível de autoridade.
Eles são co-iguais em autoridade, um não tem mais poder do que o outro. O ensino de Paulo sobre os presbíteros de Éfeso é o mesmo a todos.
Em 1 Timóteo Paulo afirma:

“Devem ser considerados merecedores de dobrados honorários os presbíteros que presidem bem, com especialidade os que se afadigam na palavra e no ensino.
Pois a Escritura declara: Não amordaces o boi, quando pisa o trigo. E ainda: O trabalhador é digno do seu salário.” (1 Timóteo 5.17,18)

Existe uma distinção entre aqueles que se dedicam integralmente ao estudo da Palavra e se cansam, pois esse é o seu trabalho. Esse fato nos leva a crer que a maior parte dos presbíteros são leigos, ou seja, não vivem do ministério presbiteral. Isso é muito desejável, pois estes homens iguais em autoridade mas distintos de atividade, trazem lisura nas decisões da Igreja.

Presbitério não é colegiado

O presbitério não deve ser confundido com colegiado. Colegiado tem como pano de fundo um certo pragmatismo.
Por exemplo, vamos dizer que a nossa igreja estivesse crescendo e precisássemos desenvolver o ministério dos jovens. Contrataríamos, então, um pastor que trabalhe com os jovens. Mas o ministério infantil também estava precisando de um pastor, assim como os adolescentes, a música e o ministério de família.
Essa liderança composta por diferentes pastores não está contida no conceito bíblico de presbitério. Podemos compreender facilmente que o ideal, à luz da sabedoria e prudência cristã, é que a maioria do presbitério não tenha relação ou ligação financeira com a Igreja. O risco de um colegiado se tornar um corporativismo é enorme. Assim, se alguém entre os pastores começar a ensinar de forma errada, quem será capaz de tirar o herege da liderança?

Liderança não é presbitério

Uma liderança não é um presbitério.
O princípio de igualdade de autoridade não existe entre líderes e isso pode comprometer as decisões ministeriais. Um líder não precisa, necessariamente, apresentar todas as virtudes, com o mesmo nível de exigência, que são exigidas de um presbítero. Um líder no lugar de um presbítero é uma deturpação, um erro, pois servirá de modelo a outros, sem ter sido provado, analisado e ordenado.

Presbítero é pastor

Um presbítero é, necessariamente, um pastor.
Os termos, presbíteros, bispos e pastores, são sinônimos, são iguais. Todos devem estar debaixo do mesmo ensino.
Não existem outros cargos na Igreja, não existem outros níveis. A Bíblia coloca os presbíteros como substitutos dos apóstolos, guardando as devidas diferenças, e os diáconos para servir nas questões sociais da Igreja.

Igreja não é organização terrena

A Igreja não se assemelha a nenhuma organização terrena pois não tem um dono terreno. A Igreja é de Cristo e isso deve ser apresentado de maneira clara e visível para toda a terra.
A Igreja é modelo para o mundo e não o mundo modelo para a Igreja. Ela não tem gestor, não tem CEO. A igreja não tem chefe, não tem organograma. A Igreja não tem missão, visão e valores; a igreja tem presbíteros, vários.

Modelo de governo

Quanto ao seu governo, a Igreja não é uma democracia, não é democrática.
Embora os presbíteros sejam representativos, eles são da Igreja e devem ser eleitos por ela justamente para que as virtudes destes irmãos sejam vistas e assimiladas. Porém, os presbíteros refletem o modelo de Cristo e não a opinião ou os interesses da Igreja.
Os presbíteros têm o caráter aprovado, pois têm o caráter de Cristo e não um carisma que conquista a comunidade da Igreja. Os presbíteros são exemplos de que o evangelho é possível ser vivido e deve ser vivido.
Então, o que é o governo da igreja, afinal de contas? Qual é a classificação política do governo praticado pela Igreja?
A Igreja é de Cristo, meu irmão. Portanto, quanto ao seu governo, vivemos, na Igreja, uma Monarquia e não uma democracia.
A Igreja não tem um dono e ninguém pode arrogar para si tal título: “Eu falo em nome da igreja cristã.” Ninguém, absolutamente ninguém, pode falar em nome da Igreja de Cristo. A autoridade última sobre todas as coisas concernentes à Igreja, é Cristo.
É por isso que o nosso governo é plural. É por isso que não é desejável termos pastores coronéis, pastores manda-chuvas, pastores que carregam sobre suas costas todas as responsabilidades da Igreja local. Isso é um grande erro porque essas pessoas não compreenderam que Jesus Cristo veio a este mundo estabelecer o seu Reino.

O reino dos céus

A mensagem de Jesus, ao iniciar seu ministério, foi:

“Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus.” (Mateus 3:2)

Pois, o reino do céu chegou e já estamos vivendo este tempo. Estamos vivendo os mil anos apocalípticos onde o reino de Cristo já está estabelecido através da sua Igreja.
Perceba a seriedade disso, meu irmão.
Quem assistiu algum noticiário hoje, viu que o mundo está em conflito entre os seus governos. Ouvimos falar sobre o Irã, a Venezuela, a Bolívia, o Chile e muitos outros. Vemos um mundo em crise.
Agora, a Igreja de Cristo reconhece seu Rei e precisa evidenciar o reinado de Cristo para o mundo. Já estamos vivendo o reinado de Cristo; o seu Reino é demonstrado pela vida da sua Igreja. É por essa razão que o governo da Igreja não é apenas mais um tema entre tantos nas Escrituras.

Sobre o governos

Dos governos mundanos, cobramos retidão e lisura. Queremos mudar o presidencialismo, combater ditaduras. Isso porque acreditamos que exista um modelo mais adequado de governo. Mas, inexplicavelmente, na Igreja este assunto é tratado com indiferença.
Não posso me contentar, apenas, com os 5 pontos do calvinismo como suficientes para dizer que sou reformado. Tenho percebido que esse tema, o do governo da Igreja, talvez seja o mais desrespeitado nas nossas igrejas.
Mas veja a implicação, até mesmo escatológica, do que estou apresentando.
O governo da Igreja dá testemunho de que ela é, de fato, Igreja de Cristo. As suas decisões cotidianas devem ser tomadas em um presbitério, pois é assim que se mostra que a vontade do Rei para essa Igreja está sendo estabelecida. E quanto a nós, não queiramos tentar imaginar quais são as decisões de Cristo para a sua Igreja.
A Igreja é a organização que representa o Reino de Cristo na terra. Se crêssemos que o reino de Cristo ainda será estabelecido no futuro, então talvez pudéssemos dar menos atenção a este assunto.
Contudo, o que eu estou afirmando é o que está em Apocalipse 20, que somos aqueles que temos parte na primeira ressurreição, passamos pela primeira morte, mas fomos nascidos de novo e, agora, a segunda morte não tem mais poder sobre nós.
A Igreja é uma monarquia e o seu governo deve evidenciar, de todas as formas para os seus membros e para o mundo, que quem governa esta Igreja é o próprio Jesus Cristo, o filho de Deus, o Rei dos reis, que comprou esse povo com Seu sangue.

Conclusão

O fato de obedecermos tal modelo será fundamental para o nosso sucesso diante de Cristo.
A instituição de um presbitério não é um assunto somenos, que pode ser deixado de lado. Este assunto implica se uma igreja está ou não está andando em fidelidade.

 

Gostou deste post sobre os presbíteros no governo da Igreja?

Compartilhe com os seus amigos, sua igreja e familiares.

Deixe seu e-mail abaixo e avisaremos de cada novo post!

Assista essa mensagem em vídeo no nosso canal de Youtube.

Conheça o TEOmídia Cast. Ouça nossa Rádio na web, iOS ou Android.

Assine gratuitamente a TEOmídia, vídeos cristãos para você e sua família. Assista quando quiser, onde quiser.

Compartilhe esta mensagem:
Post anterior
Honra aos irmãos, consequência do amor
Próximo post
Esperança produz alegria, isso é sempre verdade?
O conteúdo dos artigos assinados refletem a opinião, conceitos e ideias pessoais do seu autor e não, necessariamente, do TEOmídia Blog, que se exime de qualquer responsabilidade pelos mesmos.
  • Contato
  • Permissões de Publicação
  • Política de Privacidade
Siga a TEOmídia:
Facebook
Twitter
YouTube
Instagram
Menu