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Os jovens precisam sair do controle da música na igreja

Diego Venancio
05/01/2024
Há muito, convencionou-se que música é para os jovens músicos para que eles permaneçam na igreja. Afinal, seus impulsos devem ser canalizados para algo bom.


A música, assim como discussões sobre futebol, política e religião, revela paixões. Fale mal da mãe de um indivíduo, mas não critique o gosto musical dele ou você arrumará um inimigo.

Talvez você já tenha vindo aqui espumando por conta do título. De fato, ele é provocativo, mas espero não apenas provocar. Espero convencê-lo de que a música na igreja precisa ser levada mais a sério e liderada por pessoas maduras. Muitos aspectos da maturidade se conquistam com o tempo.

O exemplo do Salmo 42

Lendo o Salmo 42, encontrei, no versículo 8, uma informação intrigante que me despertou para o assunto que aqui proponho.

“Contudo, o SENHOR, durante o dia, me concede a sua misericórdia, e à noite comigo está o seu cântico, uma oração ao Deus da minha vida.” (Salmo 42.8)

O Salmo 42 é único. Já escrevemos sobre ele aqui no TEOmídia Blog. Ele apresenta um Davi triste, quem sabe deprimido, buscando sentido, buscando que sua alma seja apaziguada. Ele sabe que isso só é possível em Deus.

Sua visão é firme, sabendo que o sentido de tudo se encontra no Deus da sua salvação. No entanto, ele se encontra com a alma aflita, passando por um vale escuro. Duas vezes ele pergunta à própria alma:

“Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu.” (Salmo 42.5, 11)

Esse é o contexto. Entretanto, observei que o cântico apresentado por Davi no versículo 8 não é qualquer cântico; é uma oração. Ela é terapêutica, é exercício de comunhão com Deus.

Pela grandiosidade da música apresentada, pensei que nós, como igreja, estamos falhando. Menosprezando essa grandiosidade, estamos diminuindo a importância da música como um todo.

Por isso, eu disse no título e repito que os jovens precisam sair do controle da música da igreja.

Os jovens e a música

Há muito tempo, a igreja pensa que música é coisa para os jovens. Acha que irá ajudá-los a permanecerem na igreja. Afinal, seus impulsos devem ser canalizados para algo bom. Por isso, entendem que a música e juventude se combinam.

Lembro que a música entrou no contexto de culto no Antigo Testamento não pelo seu poder de entretenimento, mas pelo seu poder de comunicação da verdade.

Então, existe algo muito sério aqui.

Música é algo sério e profundo

A música na igreja não é entretenimento de forma alguma no contexto da igreja. Contudo, é nisso que a cultura gospel a tem transformado. Mesmo quem diga que o worship é diferente se engana. O método é exatamente o mesmo, só que com as mãos para cima.

A música é elevada demais para estar nas mãos de pessoas imaturas, com sentimentos e emoções ainda desestabilizados. Não digo que os jovens não devem tocar seus instrumentos ou participar. Digo apenas que eles não deveriam dar o tom. Não deveriam dizer o que deve ser feito, pois não têm maturidade para mexer com algo tão sério.

O versículo 8 do Salmo 42 aponta para isso.

É à noite que os monstros aparecem. É à noite que nos sentimos sozinhos, os barulhos externos se calam e nosso interior começa a falar.

O salmista apresenta que o mecanismo de consolo da sua alma em frangalhos, durante a noite fria, é o cântico do Senhor.

A música cura e ensina

Os cânticos do Senhor trazem tratamento, terapia. Apaziguam, confirmam a fé, dão a certeza de Deus, sustentam e dão equilíbrio.

Essa é a hora quando ninguém levanta as mãos. É a hora quando ninguém está numa performance.

Qual é o conteúdo dessa canção? Certamente é algum ensino profundo sobre Deus. Decerto é algo com substância, algo sólido que não pode gerar desconfiança. É algo que cura e dá segurança.

Os jovens não têm maturidade para tratar com a música na igreja

Os jovens não viveram o suficiente para chegarem ao fundo de si mesmos. Não viveram o suficiente para saberem valorizar o que realmente importa e desprezar aquilo que é fugaz.

São suscetíveis aos modismos. Por isso, frequentemente jogam fora aquilo que alimenta e colocam um fast food no lugar.

Qual música é capaz de apaziguar uma alma aflita?

Em nossos cultos a Deus, mais do que cultuar a Deus, estamos ensinando o povo de Deus quais músicas vão tratar da sua alma. Vão encher seu íntimo de vigor e curar suas feridas causadas pelo pecado.

Os jovens não conhecem as dores da alma

Os jovens não conhecem profundamente essa realidade. Com 20 e poucos anos, ninguém sabe o que é ter uma alma aflita. É a maturidade que nos dá isso.

A música é mais do que animação. Eu diria até que não tem nada de animação. Ela é cura, é terapia, e ela nos acompanhará no dia mau.

Ela é a própria Palavra de Deus em verso, em métrica, com ritmo e tom para vibrar em nosso coração. Faz abrir as portas, removendo as pedras para atingir lugares mais profundos.

Os jovens não tiveram tempo de viver aquilo que é necessário para usarem a música como Davi a usa no Salmo 42.

Meus hinos me sustentam durante a noite. Eles me lembram do meu Deus, ainda que eu não sinta e o dia mau me visite.

Conclusão

Ah, quanto tempo já jogamos fora. Essa também não seria uma razão pela qual andamos tão doentes? As músicas modernas não fazem nada por nós. As velhas músicas, com velhas verdades, essas, sim, me sustentam.

“Sim, eu amo a mensagem da cruz.
Até morrer, eu a vou proclamar.
Levarei eu também minha cruz,
Até por uma coroa trocar.” (Do hino Rude cruz)

 

“Mais perto quero estar,
Meu Deus, de Ti!
Inda que seja a dor
Que me una a Ti.
Sempre hei de suplicar:
Mais perto quero estar,
Mais perto quero estar,
Meu Deus, de Ti!” (Do hino Mais perto quero estar)

 

“Se paz, a mais doce, me deres gozar,
Se dor, a mais forte, sofrer,
Oh, seja o que for, Tu me fazes saber
Que feliz com Jesus hei de estar.” (Do hino Sou feliz com Jesus)

Tantos seriam os bons exemplos. Isso não é saudosismo; é maturidade. Que Deus nos abençoe e nos dê coragem para fazermos o que precisa ser feito.

 

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