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Oração, sim, mas também ação!

Marcos David Muhlpointner
02/11/2020
Sabemos que devemos buscar a Deus em oração, mas será que sabemos o que não devemos pedir em oração? Há coisas pelas quais não devemos orar, porque não seria bíblico fazê-lo.


A oração tem momento certo? Há momentos em que a oração não é necessária? Há limites quanto à oração? Vamos refletir sobre isso um pouco.
O que você faria se recebesse uma sentença de morte? Imagine que, numa visita ao médico, este diz que você tem pouco tempo de vida. Quais seriam suas resoluções? A oração viria à sua mente?
Eu acho que, por causa do nosso pecado, somente a partir desse momento, teríamos a vida mais santa entre os homens. Muitos pensariam que, ao viver uma vida super santa, a doença desapareceria pois Deus Se compadeceria e Ele nos curaria.
Talvez não. Talvez, justamente por causa da nossa pecaminosidade, a gente iria “chutar o pau da barraca” e viver a vida mais dissoluta possível! Já que eu vou morrer mesmo, eu poderia poderia pensar como o escritor de Eclesiastes:

“Nesta vida tudo o que a pessoa pode fazer é procurar ser feliz.” (Eclesiastes 3.12)

Provavelmente o pecado do nosso coração nos induziria a pecar loucamente, tentando aproveitar ao máximo o que a vida pode oferecer: comida farta, sexo descompromissado, gastar loucamente todos os recursos disponíveis, desrespeitar o próximo. É bem capaz que nosso pecado nos levasse a fazer tudo isso e ainda acreditar que Deus estaria conosco ou que Ele seria benevolente.
Diante da morte eminente, quem pensaria em oração, em orar a Deus? Bem, Jesus fez isso, como lemos em Mateus:

“Indo um pouco mais adiante, prostrou-se com o rosto em terra e orou: ‘Meu Pai, se for possível, afasta de mim este cálice; contudo, não seja como eu quero, mas sim como tu queres’.” (Mateus 26.39)

O rei Ezequias, o personagem que trago à reflexão, também fez isso.

O caso de Ezequias

O caso descrito acima poderia se encaixar na história de Ezequias que, ao contrário do seu pai Acaz, foi um rei temente a Deus. Veja o que lemos sobre ele:

“Ezequias confiava no SENHOR, o Deus de Israel. Nunca houve ninguém como ele entre todos os reis de Judá, nem antes nem depois dele.
Ele se apegou ao SENHOR e não deixou de segui-lo; obedeceu aos mandamentos que o SENHOR tinha dado a Moisés.” (2 Reis 18.5-6)

A história dele tem trechos de vitória em guerras, destruição dos ídolos que seu pai tinha instituído, restauração e purificação do culto prestado ao Senhor. Entretanto, nem tudo foram flores. Ele também errou, como homem pecador que era. Ele cedeu à lisonja de Medoraque-Baladã, quando recebeu seus enviados:

“Ezequias recebeu com alegria os enviados e mostrou-lhes o que havia em seus depósitos… tudo o que se encontrava em seus tesouros. Não houve nada em seu palácio ou em todo o seu reino que Ezequias não lhes mostrasse.” (Isaías 39.2)

Ele também tentou comprar a liberdade durante uma guerra:

“Então Ezequias, rei de Judá, enviou esta mensagem ao rei da Assíria, em Láquis: ‘Cometi um erro. Pára de atacar-me, e eu pagarei tudo o que exigires’.” (2 Reis 18.14)

Lemos um pouco depois que Ezequias ficou doente e quase morreu. O profeta Isaías foi visitá-lo e o advertiu:
“Assim diz o SENHOR: ‘Ponha em ordem a sua casa, pois você vai morrer; não se recuperará’.” (2 Reis 20.1).
Ezequias tinha que tomar uma atitude; não podia ficar sentado no seu trono de rei, esperando que as coisas caíssem do céu.

A oração de Ezequias

Ezequias sofria de uma doença, uma espécie de tumor. Quando o profeta Isaías lhe disse que ele não se recuperaria, ele recorreu à oração:

“Ezequias virou o rosto para a parede e orou ao SENHOR:
‘Lembra-te, SENHOR, como tenho te servido com fidelidade e com devoção sincera. Tenho feito o que tu aprovas’. E Ezequias chorou amargamente.” (2Reis 20.2-3)

Deus ouviu a sua oração e prometeu curá-lo. Isaías instruiu que preparassem uma pasta de figos para aplicar na úlcera e, quando isso foi feito, Ezequias se recuperou.

A ação de Ezequias

Não está muito claro entre os comentaristas o que significa “ponha em ordem a sua casa”. Todavia, o consenso é que Ezequias deveria pensar na sua sucessão, possivelmente para que quem o sucedesse não fosse como seu pai Acaz, visto que a morte era eminente.
Toda vez que eu leio essas passagens sobre Ezequias, sempre me pergunto: “O que não está em ordem na minha vida?” Depois, oro: “Senhor, o que está errado na minha vida?”
Talvez você pergunte se faço isso porque tenho medo da morte. A Bíblia não é clara se Ezequias sentiu medo de morrer, mas o fato é que ele orou para que não morresse. E Deus lhe acrescentou mais 15 anos de vida.
Talvez você me pergunte: “Se não tem medo de morrer, ora a Deus porque tem coisas a colocar em ordem em sua vida?” A minha resposta será um SIM bastante sincero! Eu sou um tremendo pecador e espero que não se espante em ler isso. Os grandes personagens humanos da relação de Deus com os homens foram grandes pecadores também. A Bíblia não omite os pecados deles.

As confissões dos personagens bíblicos

Davi escreveu:

“Meu pecado está sempre diante de mim.” (Salmo 51.3)

Ele conhecia muito bem seus pecados, de maneira que não podia fugir deles e, obviamente, também não podia fugir de Deus, pois escreveu:

“Para onde poderia eu escapar do teu Espírito? Para onde poderia fugir da tua presença?” (Salmo 139.7-12)

Diante da glória manifesta de Deus, Isaías só pôde clamar:

“Ai de mim… sou um homem de lábios impuros.” (Isaías 6.5)

É exatamente como Davi que me sinto diante de Deus todos os dias, um tremendo pecador. Preciso contar com a renovação diária da misericórdia de Deus:

“Graças ao grande amor do SENHOR é que não somos consumidos, pois as suas misericórdias são inesgotáveis.
Renovam-se cada manhã; grande é a sua fidelidade!” (Lamentações 3.22-23)

O limite da oração

Entretanto, só orar não funciona. Há alguns anos aparecia colado nos carros um adesivo que dizia: “Ora que melhora”. Esse jeito de tratar a oração como um mantra, um patuá ou uma fórmula mágica é totalmente errado e, portanto, pecaminoso. Orar para quê?
Para Deus me mudar?

“Vocês já estão limpos, pela palavra que lhes tenho falado.” (João 15.3)

Para Deus mudar a minha situação?

“Portanto, agora já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus, que não vivem segundo a carne, mas segundo o Espírito.” (Romanos 8.1)

Para Deus me abençoar mais?

“Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestiais em Cristo.” (Efésios 1.3)

Para ter uma melhor condição de vida?

“Quando pedem, não recebem, pois pedem por motivos errados, para gastar em seus prazeres.” (Tiago 4.3)

Em Efésios 4, lemos sobre o velho e novo homem:

“Quanto à antiga maneira de viver, vocês foram ensinados a despir-se do velho homem, que se corrompe por desejos enganosos,
a serem renovados no modo de pensar e
a revestir-vos do novo homem, criado para ser semelhante a Deus em justiça e em santidade provenientes da verdade.” (Efésios 4.22-24)

O dr. Martyn Lloyd-Jones, quando pregou sobre esse trecho, disse que há coisas pelas quais não devemos orar, porque não seria bíblico fazê-lo.
Paulo não manda que oremos para que Deus nos revista do novo homem. Em certa medida, não é função de Deus fazer isso por nós. Há coisas que não podemos fazer de jeito nenhum, por causa da nossa condição de pecadores, tal como morrer pelos nossos próprios pecados. Para essas coisas, temos de nos lembrar:

“As coisas que são impossíveis aos homens são possíveis a Deus.” (Lucas 18.27)

Além da oração

A ordem dada pelo apóstolo é muito clara:

“Vocês foram ensinados a despir-se do velho homem…
e a revestir-se do novo homem.” (Efésios 4.22,24)

Não há o que orar para que isso seja feito de maneira miraculosa. Aqui não há nenhum milagre. O milagre aconteceu antes disso, quando fomos alcançados pela graça e tivemos o nosso coração regenerado. Quanto a viver uma vida santa, porém, é nossa responsabilidade fazer o que precisa ser feito. Não estou dizendo que Deus não participa desse processo, pois:

“É Deus quem efetua em vocês tanto o querer quanto o realizar, de acordo com a boa vontade dele.” (Filipenses 2.13)

O que estou dizendo, e não tem jeito de ser mais claro, é que o nosso pecado nos faz jogar nas costas de Deus coisas que somos nós que temos de fazer, ações que são nossa responsabilidade, sob pena de que o nosso testemunho de vida seja ainda do velho homem e não do novo.
O pecado da nossa vida só vai ser tirado por Deus, porque o preço para isso foi pago pelo Seu Filho. Contudo, eu devo lutar contra o meu pecado, eu devo travar um embate com o meu corpo para não ser reprovado diante de Deus:

“Mas esmurro o meu corpo e faço dele meu escravo, para que, depois de ter pregado aos outros, eu mesmo não venha a ser reprovado.” (1 Coríntios 9.27)

Há ainda uma última palavra de advertência. Se realmente abandonarmos o velho homem e tivermos êxito na luta contra o nosso pecado, correremos o perigo de nos orgulharmos desse feito. Isso é inevitável. Somos soberbos por causa da nossa natureza caída e corrupta. Então, precisamos lembrar que seremos o que seremos apenas pela graça de Deus.

Oração com ação

Deus efetua o querer e o agir, mas sou eu que me dispo do velho homem e me visto do novo. É Deus que dispensa a Sua graça sobre a nossa vida, mas sou eu que tenho que trabalhar para vencer o pecado. É Deus que nos salva do início ao fim, mas sou eu que tenho que desenvolver a minha salvação. É Ele que me santifica para Si mesmo, mas sou eu que tenho que seguir a santificação para vê-lO. O Pai me deu a Jesus e, por isso, sou dEle, mas fui eu que me aproximei dEle.

“Mas, pela graça de Deus, sou o que sou, e sua graça para comigo não foi em vão; antes, trabalhei mais do que todos eles; contudo, não eu, mas a graça de Deus comigo.” (1 Coríntios 15.10)

Sim, a oração faz parte da nossa vida espiritual, mas não devemos esquecer de juntar a ela a ação!

 

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