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O medo de ser rejeitado

Matheus Borget
26/08/2018
Muitas vezes tememos certas pessoas porque desejamos ser aceitos por elas. Sendo assim, somos controlados pelo nosso medo de rejeição.

Pergunte a você mesmo:

  • Você tem medo de encarar as pessoas?
  • Como você se descreveria?
  • O que define você?

Não sabemos claramente o que nos define. Por conta disso, deixamos que aspectos externos digam o que somos. Por exemplo: relacionamentos, posições, renda, posses, inteligência, local de nascimento, local de moradia, cor de pele, sexo, experiências de vida etc.

Quando respondemos a essas perguntas, encontramos as áreas da nossa vida que são mais sensíveis à rejeição.

Em seu livro “Quando as Pessoas são Grandes e Deus é Pequeno”, Ed Welch diz:

“Intimamente relacionado ao medo de sermos expostos pelas pessoas, esta talvez seja a razão mais comum pela qual somos controlados por elas. Podemos ser rejeitados, ridicularizados ou desprezados. Elas não nos convidam para festa. Somos ignorados. Elas não gostam de nós e não se alegram conosco. Elas negam a aceitação, amor, ou significância que esperamos delas. Como consequência, nos sentimos desprezíveis.”

Então, tudo isso faz sentido para você?

Como cristãos devemos ser capazes de não temer as opiniões dos outros, a sua rejeição ou falta de aceitação e, finalmente, andar no temor do Senhor. Certo?

Bem… as coisas não são, assim, tão simples! E a pergunta que permanece é:

Por quê?

O medo da rejeição

As pessoas nos rejeitam devido ao que fazemos, dizemos, ou por algo relacionado a quem somos. Nem sempre a rejeição é total; às vezes apenas não nos aceitam o tanto quanto desejaríamos ser aceitos.

Seja como for, a rejeição dói. Não é agradável receber um comentário de desaprovação de um amigo, ou a sensação de não satisfazer as expectativas dos pais.

O nosso propósito como cristãos, antes de tudo, não é fazer com que os outros se sintam bem, mas é ajudá-los a caminhar como Deus deseja, a crer corretamente e a viver corretamente. A maneira como os cristãos enfrentam o medo é de vital importância.

O mundo procura tratar os sintomas. O cristão os reconhece, mas busca a causa por trás deles, o motivo primeiro de sua existência. E esse motivo deve-se ao pecado que há em nós e à nossa condição caída diante de Deus, que gera todo tipo de mal.

Como manifestamos o medo de rejeição?

Tememos a rejeição de quem somos: personalidade, educação, cargo, posição socioeconômica, sexo, raça, experiências, relacionamentos. Mudamos a nossa própria personalidade para ficar de acordo com o que achamos que as pessoas preferem. Procuramos conquistar um determinado título ou cargo para sermos melhor aceitos. Temos medo da discriminação devido à raça ou ao sexo.

O medo da rejeição é manifesto por um esmagador desejo de aprovação. Quanto maior a expectativa e o desejo de aprovação, maior será o medo e o sentimento de rejeição, devido a essa expectativa não ser alcançada.

Vejamos algumas aplicações práticas:

1) A busca incessante por elogios demonstra que tememos a rejeição. Como isso acontece? Lou Priolo em “O desejo de agradar os outros” aponta algumas formas utilizadas:

  • Pessoas que intencionalmente se colocam “para baixo”, o fazem na esperança de que os outros reajam, colocando-as para cima;
  • Pessoas que constantemente solicitam avaliações ou críticas, o fazem esperando que isso resulte em elogios;
  • Pessoas que levantam assuntos que engatilhem elogios a si, ou tentam evitar a mudança desses temas, o fazem no aguardo desses possíveis enaltecimentos;
  • Pessoas que elogiam traços ou atitudes de outros, os quais vêm  em si mesmos, o fazem com a esperança de que retribuam.

No entanto, Provérbios 25.27 nos diz:

“Comer muito mel não é bom, assim como não é bom buscar a própria glória”.

2) O perfeccionismo é outra manifestação do medo de rejeição.

Perfeccionismo é a necessidade de ser o melhor em tudo que se faz. A pessoa se estressa na busca desse objetivo ou, então, acha uma desculpa para ter menos excelência. Entre outras, uma das falas que se ouve é “eu poderia ter sido melhor, mas você sabe, temos que priorizar…”

 3) Uma das experiências mais comuns no medo da rejeição é a tentação de acompanhar a multidão, a pressão dos colegas. Há ações que são feitas, simplesmente, porque alguém as aprecia.

Aqui, cabe um alerta:

Pais, procurem resistir à pressão imposta por seus filhos no sentido de conseguir as coisas que os amigos têm, ou fazer o que eles fazem.

4) Outra grande manifestação do medo de rejeição é a demonstração de favoritismo. As Escrituras são claras quando afirmam que o favoritismo é destrutivo. Tiago orienta a não termos favoritismo pelos ricos e poderosos. O mundo age dessa forma exatamente porque anseia por aceitação e teme a rejeição.

Mas a comunidade cristã não pode ser assim. Ser membro de uma igreja local nos ajuda a superar esse medo de rejeição. Uma das formas é a de convivermos regularmente com pessoas que podem ou não ser semelhantes a nós em muitos aspectos.

5) Demonstramos o medo da rejeição quando deixamos de compartilhar o evangelho por receio de como a outra pessoa reagirá. Ed Welch, muito apropriadamente, disse:

“Às vezes preferimos morrer por Jesus do que viver para ele…

…no entanto, se tomar uma decisão por Jesus significar que podemos passar anos sendo impopulares, ignorados, pobres ou criticados, então muitos cristãos colocariam, temporariamente, sua fé na prateleira.

Por que as viagens missionárias mais populares são as que nos levam para longe da nossa vizinhança? A África não é fácil, mas nosso próprio bairro é um desafio constante”.

6) Não temos o hábito de enfrentar o pecado, ou, se o fazemos, utilizamos maneiras diversas, dependendo da pessoa com quem estamos nos relacionando. Em seu ministério de discipulado existe alguém com quem você seja mais reticente quando se trata de admoestar, não porque acredita que essa pessoa precise ser tratada com mais gentileza, mas porque você deseja a sua aprovação ou a respeita de maneira diferente?

7) Você é membro de uma igreja, atua em alguns ministérios, gasta tempo com certas pessoas porque acredita que essas atitudes sejam necessárias para ser um bom membro aos olhos dos outros?

ATENÇÃO, por favor! Quero, com todo o cuidado, dizer que a resposta aqui não é que se deva parar de fazer as coisas certas mas, sim, orar por um coração obediente, por um coração amoroso, em vez de um coração que tem medo de rejeição e deseja a aprovação do homem.

O medo da rejeição nas Escrituras

Vemos que o medo do homem cai na categoria de idolatria exposta por Paulo em Romanos 1.25:

“Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém.”

Homens e mulheres, por toda a Bíblia, e também nós, hoje, transformamos os outros em ídolos. Isso acontece quando começamos a pensar que essas pessoas podem nos dar algo que Deus não nos está dando; quando acreditamos que elas podem nos proteger da solidão, do descontentamento ou da falta de controle, como se Deus não pudesse.

Dessa forma, adicionamos pessoas ao nosso “portfólio de adoração”. Ansiamos por um deus mais “domesticável” e, facilmente, encaixamos alguém nessa categoria.

Em Êxodo 32, Arão facilitou e encorajou a idolatria com medo de perder a aprovação do povo. Todas as pessoas que participaram daquele ato foram julgadas pelo Senhor.

Quando líderes cedem ao medo do homem e anseiam pela aprovação daqueles que lideram, são conduzidos a consequências desastrosas para o ele próprio e para os seus seguidores, pois o Senhor não deixa de disciplinar quem merece.

No relato, vemos Arão temer o homem não apenas ao favorecer a formação do bezerro de ouro mas, também, pelo modo como ele se culpou e se justificou quando Moisés pediu uma explicação a ele.

Moisés reconheceu que pessoas em posição de autoridade têm a tendência de tratar as pessoas com parcialidade.

“Não mostre parcialidade no julgamento; ouça pequenos e grandes. Não tenha medo de homem algum, pois o julgamento pertence a Deus ”. (Dt 1.17)

Em I Samuel 15.18 vemos o medo de Saul perante a visível ascendência de Davi. Ele temia a rejeição do seu povo, temia que esse povo escolhesse Davi como seu rei, e por isso o perseguiu.

“Contudo, ao mesmo tempo, muitos dentre os líderes creram nele. Mas, por causa dos fariseus, eles não confessavam sua fé por medo de serem expulsos da sinagoga;

porque amavam o louvor dos homens mais do que o louvor de Deus ”. (Jo 12. 42-43)

Essa é uma das declarações mais tristes dos evangelhos, pois percebemos que muitos dos líderes judeus teriam acreditado em Cristo, mas por medo do homem o rejeitaram.

“Quando, porém, Pedro veio a Antioquia, enfrentei-o face a face, por sua atitude condenável.

Pois, antes de chegarem alguns da parte de Tiago, ele comia com os gentios. Quando, porém, eles chegaram, afastou-se e separou-se dos gentios, temendo os que eram da circuncisão. ” (Gl 2. 11-12)

Aqui vemos novamente Pedro temer a rejeição e desejar a aprovação daquele grupo de judaizantes. Essa atitude, porém, serviu para confundir o evangelho entre seus amigos gentios.

“Querendo satisfazer a multidão, Pilatos soltou Barrabás para eles. Ele mandou açoitar Jesus e entregou-o para ser crucificado.” (Mc 15.15)

Apesar de reconhecer que Jesus não havia cometido nenhum crime, Pilatos preferiu apaziguar as massas, tornando-se assim, guardião do maior julgamento da História. Ele desejava mais popularidade, paz e aprovação do que temer a Deus.

Jesus foi, e é, rejeitado pelos homens

Esse fato começa a colocar nosso medo da rejeição em perspectiva. Jesus, o inocente, experimentou a forma mais severa de rejeição.

“Ele foi desprezado e rejeitado pelos homens, um homem de dores e familiarizado com o sofrimento. Como alguém de quem os homens escondem o rosto, ele era desprezado, e nós não o estimamos”. (Is 53.3)

Ele foi rejeitado pelo homem e pelo Pai, para que não fôssemos rejeitados por Deus e para que não fôssemos escravos do temor de outras pessoas, simples criaturas.

Entendemos que, devido a essa rejeição que Jesus suportou por nós, qualquer rejeição que tenhamos que enfrentar, nesta vida, será temporária. Assim, como a aprovação, que tão desesperadamente buscamos alcançar, é passageira, qualquer rejeição que experimentarmos também desaparecerá e será esquecida rapidamente.

Cabem, aqui, algumas perguntas para a sua reflexão:

  • E você, já percebeu isso em sua vida?
  • Você consegue se lembrar de como temia ser rejeitado quando tinha 10 anos?
  • Você ainda tem medo dessas mesmas coisas? (É improvável!)

Em Efésios 2, Paulo descreve como, em Cristo, agora somos aceitos por Deus. Você recebeu a maior aprovação e aceitação de que precisa!

Então… o que define você?

As Escrituras!

Veja o texto a seguir, de Gálatas 3.22-29:

“Mas a Escritura encerrou tudo debaixo do pecado, a fim de que a promessa, que é pela fé em Jesus Cristo, fosse dada aos que creem.

Antes que viesse esta fé, estávamos sob a custódia da lei, nela encerrados, até que a fé que haveria de vir fosse revelada.

Assim, a lei foi o nosso tutor até Cristo, para que fôssemos justificados pela fé.

Agora, porém, tendo chegado a fé, já não estamos mais sob o controle do tutor.

Todos vocês são filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus,
pois os que em Cristo foram batizados, de Cristo se revestiram.

Não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher; pois todos são um em Cristo Jesus.

E, se vocês são de Cristo, são descendência de Abraão e herdeiros segundo a promessa.”

O assunto é denso e extenso. Muito, ainda, poderia ser dito a respeito. Oro, porém, para que Deus o abençoe e o ajude a enfrentar o medo de rejeição, de forma que você venha a ser aquilo que Deus, de antemão, preparou para que você fosse.

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