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O evangelho fala de ressurreição

Diego Venancio
12/05/2019
A doutrina da ressurreição é fundamental para o evangelho, é o próprio evangelho.

A ressurreição é o assunto do capítulo 15 de 1ª Coríntios, do começo ao fim. Aliás, esse capítulo é um verdadeiro tratado sobre o tema.
Os coríntios estavam sendo influenciados por diversas filosofias, como podemos observar em outros capítulos desta carta. A doutrina da ressurreição estava sendo diretamente atingida por elas e estavam encantando, por assim dizer, alguns da Igreja de Corinto. Os saduceus, por exemplo, compreendiam a imortalidade da alma mas não aceitavam a ressurreição do corpo.
Para observarmos este trecho de 1ª Coríntios 15, vamos dividi-lo em 3 pontos:
1° Só o verdadeiro evangelho produz frutos (versículos 1 e 2).
2° Uma defesa apostólica para a defesa do argumento de Paulo (versículos de 3 a 10).
3° A ressurreição deve ser crida, pois é o Evangelho (versículos de 3 a 11).

Só o verdadeiro evangelho produz frutos

1 “Irmãos, lembro-vos do evangelho que vos anunciei, o qual também recebestes e no qual estais firmes.” (I Coríntios 15.1)

Paulo lembra à igreja, que eles foram ensinados na verdade. O tipo de mensagem que Paulo usou para ensiná-los é a mensagem da verdade. É o puro evangelho. E Paulo os considera como firmes nessa verdade.
Na verdade, o que Paulo quer dizer aqui é que, por eles terem recebido a mensagem fiel e verdadeira, deveriam estar firmes. Chegamos a esta conclusão por conta da condicional existente no segundo versículo onde ele os considera firmes se tiverem crido na mensagem verdadeira.

2 “Por meio dele também sois salvos, se retiverdes com firmeza a mensagem tal como a anunciei a vós; a não ser que tenhais crido inutilmente.” (I Coríntios 15.2)

O verdadeiro evangelho é aquele que tem o poder de salvar.
Quando Paulo diz: “se retiverdes com firmeza a mensagem tal como a anunciei a vós”, quer dizer que a pureza da mensagem é o que traz sucesso para a salvação. É no evangelho puro que devemos depositar a nossa fé.
Se depositamos a nossa fé em uma mensagem alterada, Paulo chama isso de “crer inutilmente”.
Algo interessante podemos tirar desse fato. Nós podemos crer de uma maneira “certa” (entre aspas, mesmo), ou seja, com uma fé firme numa mensagem errada. Isso não tem valor algum. Você pode ter muita fé mas é necessário que o objeto da sua fé seja verdadeiro. Podemos também crer de maneira “errada”, com uma fé fraca no verdadeiro Evangelho.

Apóstolos

Para exemplificar isso que estou dizendo podemos trazer para o palco um assunto como a existência de “apóstolos” nos dias de hoje. É fato que, hoje em dia, existem muitos apóstolos pelas igrejas evangélicas Brasil afora. Mas a Bíblia nos mostra que o trabalho apostólico termina com Paulo. Podemos crer de maneira errada na verdadeira mensagem. Isso faz com que o evangelho receba inúmeros penduricalhos, como a existência de “apóstolos”.
Paulo pode arrogar, para si, que “vivam conforme eu ensinei”. A sua autoridade procede dos apóstolos que andaram com Cristo, procede das Escrituras e a sua própria palavra é inspirada pelo Espírito Santo de Deus. Hoje, ninguém pode arrogar para si essa autoridade, como Paulo fazia.

O pragmatismo

Outro assunto que devemos ter em mente é o tal pragmatismo. Este, dentro da igreja, pode matar o verdadeiro evangelho.
– Vamos fazer aquilo que “dá certo”.
– Vamos dar uma “ajuda para o evangelho” adaptando as coisas para que funcione.
O evangelho vem pela pregação da Palavra e a conversão pelo agir do Espírito; este é o meio determinado por Deus.
No evangelho não cabe coisas. Não cabe penduricalhos.
No livro “Comunidade Cativante”, de Mark Dever, cita a igreja que contém o “evangelho + (mais)”. É o evangelho mais alguma coisa. Essas coisas servem, apenas, para desviar ou desvirtuar a mensagem principal do Evangelho.
Somente com o verdadeiro evangelho é que se pode obter salvação. E como o faz neste capítulo, Paulo fará uma defesa da doutrina da ressurreição. O verdadeiro Evangelho é aquele que compreende que Cristo ressuscitou dos mortos, ao terceiro dia. A marca principal do cristianismo é a ressurreição de Cristo.

Uma defesa da autoridade apostólica na defesa do argumento

3″ Porque primeiro vos entreguei o que também recebi: Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras;
4 e foi sepultado; e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras;” (I Coríntios 15.3-4)

Paulo começa a desenvolver o seu argumento da ressurreição ao mesmo tempo em que faz uma defesa de sua autoridade apostólica. Ele diz que o seu ensino não vem dele mesmo. Ele entrega aos coríntios aquilo que ele recebeu do próprio Cristo, dos apóstolos e da Escritura.

5 “e apareceu a Cefas, e depois aos Doze.
6 Depois apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma só vez, e a maior parte deles ainda vive, mas alguns já faleceram.
7 Depois apareceu a Tiago, e a todos os apóstolos.
8 E, depois de todos, apareceu também a mim, como a um nascido fora do tempo certo.
9 Pois sou o menor dos apóstolos, indigno de ser chamado apóstolo, porque persegui a igreja de Deus.
10 Mas, pela graça de Deus, sou o que sou. E a sua graça para comigo não foi ineficaz. De fato, trabalhei muito mais que todos eles, todavia não eu, mas a graça de Deus que está comigo. (I Coríntios 15.5-10)

Nesse texto, Paulo faz a defesa da ressurreição. No versículo 5, conta a ordem de como as coisas aconteceram.
Primeiramente, Jesus aparece a Pedro (Cefas). No versículo 7, aparece a Tiago e a todos os apóstolos. No 8, aparece, também, a Paulo, como um nascido fora do tempo. E no versículo 10, apesar dele se achar indigno de ser chamado apóstolo por ter perseguido a igreja, não pensa que não seja um, pois diz: “Mas, pela graça de Deus, sou o que sou”. Sim, Paulo se considera apóstolo de Cristo, pela graça que operou em sua vida.
É importante observarmos que essas aparições de Cristo após a sua ressurreição são em carne, no corpo, fisicamente. Não é imaginação, ou aparece como um espírito ou qualquer coisa assim. A força do que Paulo está falando está neste fato: de que Cristo apareceu para os apóstolos e para mais de 500 pessoas, e que muitos deles ainda viviam naquela época.
Ainda no versículo 10, Paulo reconhece que a graça o fez trabalhar muito, até mais do que os outros apóstolos.

11 Quer tenha sido eu, quer tenham sido eles, é isso que pregamos e é nisso que crestes.” (I Coríntios 15.11)

Aqui, Paulo une a sua missão com a missão dos outros apóstolos e diz que o seu ensino tem autoridade e deve ser crido.

A ressurreição deve ser crida, pois é o evangelho

Voltando ao versículo 3, vemos que o ensino de Paulo é fiel, porque ele recebeu a mensagem. Ou seja, não é uma mensagem inventada por Paulo, pela sua imaginação, mas tem comprovação escriturística e tem comprovação testemunhal.

Cristo morreu, segundo as Escrituras e foi sepultado

Quando Paulo, diz que Cristo morreu e foi sepultado, ele dá ênfase ao fato de que Cristo morreu tornando-se semelhante a nós, reproduzindo a nossa própria condição. Cristo morreu. Morreu verdadeiramente, e foi necessário sepultá-lo.
Essa doutrina, de que Cristo, de fato, morreu, é fundamental, pois o pecado que estava na nossa natureza carnal, foi tomado por Cristo na sua carne; Cristo se tornou pecado no seu corpo carnal. É isso que Paulo afirma em Romanos 6.4-11.
Ele não tinha pecado que lhe fosse próprio, mas tomou sobre si o nosso pecado.  Quando Cristo morre e é sepultado, significa que o pecado que ele carregou em sua carne, morreu! É por isso que em Colossenses, Paulo diz que Cristo é o primogênito dentre os mortos.

18 “ele também é a cabeça do corpo, que é a igreja; é o princípio, o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha o primeiro lugar.” (Colossenses 1.18)

Porque na morte Dele, todos os pecados daqueles que formam o Seu povo são levados, de modo que Cristo, em sua morte, é o representante de um povo que morrerá para a vida. Ele é o primogênito deste povo.
Jesus Cristo ganhou um corpo com uma alma racional, afim de levar em seu corpo o castigo do nosso pecado. Isso, segundo as Escrituras.

“Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões e esmagado por causa das nossas maldades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e por seus ferimentos fomos sarados.
Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas, cada um se desviava pelo seu caminho; mas o SENHOR fez cair a maldade de todos nós sobre ele.
Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a boca; como um cordeiro que é levado ao matadouro, e como a ovelha muda diante dos seus tosquiadores, ele não abriu a boca.
Foi levado por juízo opressor; e a sua descendência, quem a considerou? Pois ele foi tirado da terra dos viventes, ferido por causa da transgressão do meu povo.
Deram-lhe uma sepultura com os ímpios, e ficou com o rico na sua morte, embora nunca tivesse cometido injustiça, nem houvesse engano na sua boca.
Contudo, foi da vontade do SENHOR esmagá-lo e fazê-lo sofrer; apesar de ter sido dado como oferta pelo pecado, ele verá a sua posteridade, prolongará os seus dias, e a vontade do SENHOR prosperará nas suas mãos.
Ele verá o fruto do trabalho da sua alma e ficará satisfeito; com o seu conhecimento, o meu servo justo justificará a muitos e levará sobre si as maldades deles.
Por isso eu lhe darei uma porção com os grandes, e ele repartirá o despojo com os poderosos; porque derramou a sua vida até a morte e foi contado com os transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos e intercedeu pelos transgressores.” (Isaías 53:5-12)

Cristo ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras

No versículo 4, Paulo nos afirma que Jesus “ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras”.
Quando diz “Escrituras” ele quer dizer o Antigo testamento. Portanto o que Paulo quer afirmar quando diz “conforme as Escrituras” é a unidade daquilo que foi escrito pelos antigos e está inserido na realidade da Igreja de Corinto. Há unidade na Escritura. Toda a prática vétero testamentária, os sacrifícios, os reis, os profetas, etc; tudo apontava para a obra de Cristo.
A ressurreição é tão importante por alguns aspectos:
Se Cristo morreu e foi sepultado identificando-se com a nossa condição pecaminosa, também ressuscitou dando-nos, agora, uma condição completamente nova:

“Porque, se fomos unidos a ele na semelhança da sua morte, certamente também o seremos na semelhança da sua ressurreição.” (Romanos 6.5)

A ressurreição,  é algo que não estava em nós. Essa é uma condição que nos dá um corpo sem pecado, inaugurando, para nós, uma realidade eterna, plena, pura, completamente livre do pecado.
Essa realidade não conhecíamos e podemos alcançar apenas porque Cristo, o nosso Salvador, ressuscitou ao terceiro dia, deixando o nosso pecado na morte e nos dando vida pura.

Então, para nós, o que é o evangelho?

Somos pecadores e estamos distantes de Deus por causa dos nossos pecados. Necessitamos de um mediador. Este mediador é Cristo, o enviado de Deus, profetizado nas Escrituras, que morreu em nosso lugar, levando sobre si o nosso pecado. Cristo morreu pelos nossos pecados. Tudo isso foi predito e comprovado pelas Escrituras. Ressuscitou ao terceiro dia, inaugurando uma condição que nunca conhecemos e que nunca conheceríamos se Jesus não tivesse ressuscitado.
Jesus se identifica conosco na morte, mas faz muito mais, ele nos dá vida em sua ressurreição.
A doutrina da ressurreição é fundamental para o Evangelho. Essa doutrina é o próprio Evangelho.
Este é o Evangelho que Paulo ensinou aos coríntios, no qual eles deveriam crer. E este é o mesmo Evangelho no qual devemos crer.
Cristo morreu pelos nossos pecados, e foi sepultado; e ressuscitou ao terceiro dia. Este é o evangelho que salva.

 

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