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O caso da oração imprecatória

Diego Venancio
25/08/2023
O que é a oração imprecatória? O cristão pode usá-la legitimamente? Veja alguns exemplos bíblicos onde ela é usada.


O caso do pastor Anderson Silva ganhou toda a mídia. Ele fez uma oração imprecatória contra o Presidente da República, Luiz Inácio da Silva.

Não desejo ser polêmico neste post, mas pretendo dar alguns esclarecimentos quanto ao que é uma oração imprecatória, se isso é legítimo nos dias de hoje e se o pastor usou essa oração adequadamente.

O que é a oração imprecatória?

A oração imprecatória pede ao Deus Criador que Se volte aos inimigos, confiando que a justiça de Deus é perfeita. Ao homem é proibido matar ou vingar-se, pois isso seria quebrar os mandamentos. Então, o homem temente a Deus, injustiçado, se volta a Deus, que detém todo o poder. Assim, o próprio Deus exerce a justiça.

Certamente, Deus é Deus e atende a todas as orações, respondendo como Lhe apraz. Às vezes, até mesmo responde negativamente.

O crente ora a Deus, dentro de um relacionamento de confiança. Ora para conhecer a Deus, para ter seu coração transformado. O crente não ora esperando que Deus faça a vontade dele, mas espera que Deus cumpra a Sua própria vontade.

A oração imprecatória é um recurso legítimo apresentado amplamente nas Escrituras.

Alguns exemplos bíblicos de orações imprecatórias

Davi

O Salmo 35 apresenta linguagem de guerra. Os homens do Antigo Testamento, do povo de Deus, eram homens de guerra. Ora, o maior compositor dos salmos foi o rei Davi. Ele foi impedido de construir o templo do Senhor pois tinha as mãos banhadas de sangue.

O Senhor é conhecido como o Senhor dos Exércitos. Guerreou muitas vezes no lugar do povo de Deus, sendo seu exército.

“Contende, SENHOR, com os que contendem comigo; peleja contra os que contra mim pelejam.

Embraça o escudo e o broquel e ergue-te em meu auxílio.

Empunha a lança e reprime o passo aos meus perseguidores; dize à minha alma: Eu sou a tua salvação.” (Salmo 35.1-3)

A rigor, Davi está pedindo que Deus intervenha na guerra, lute a sua batalha e vença seus oponentes. Decerto, sabemos que na guerra não há troca de carinhos; é questão de o vencedor triunfar sobre o inimigo. É vida ou morte.

Os exilados

Por ser desobediente e adorar outros deuses, o povo de Deus foi punido por Deus. Deus os exilou, fez deles escravos da poderosa Babilônia, depois do povo Medo-Persa, depois da Grécia e depois da Roma. Nunca mais foram plenamente livres. Tiveram sua terra e cultura desfiguradas.

No contexto da Babilônia, Nabucodonosor os tomou. Narram um pouco do sentimento deles nesse momento no Salmo 137.

“Às margens dos rios da Babilônia, nós nos assentávamos e chorávamos, lembrando-nos de Sião.

Nos salgueiros que lá havia, pendurávamos as nossas harpas,

pois aqueles que nos levaram cativos nos pediam canções, e os nossos opressores, que fôssemos alegres, dizendo: Entoai-nos algum dos cânticos de Sião.

Como, porém, haveríamos de entoar o canto do SENHOR em terra estranha?

Se eu de ti me esquecer, ó Jerusalém, que se resseque a minha mão direita.

Apegue-se-me a língua ao paladar, se me não lembrar de ti, se não preferir eu Jerusalém à minha maior alegria.

Contra os filhos de Edom, lembra-te, SENHOR, do dia de Jerusalém, pois diziam: Arrasai, arrasai-a, até aos fundamentos.

Filha da Babilônia, que hás de ser destruída, feliz aquele que te der o pago do mal que nos fizeste.

Feliz aquele que pegar teus filhos e esmagá-los contra a pedra.” (Salmo 137.1-9)

Deus é quem paga o mal

Quero destacar os últimos dois versículos do trecho acima.

“Filha da Babilônia, que hás de ser destruída, feliz aquele que te der o pago do mal que nos fizeste.

Feliz aquele que pegar teus filhos e esmagá-los contra a pedra.” (Salmo 137.8-9)

O povo sabia que era o povo de Deus, do Deus vivo, do verdadeiro Criador dos céus e da terra. Sabia que estava sofrendo pela sua desobediência e que esse castigo foi profetizado. Foi Deus que preparou o castigo para o Seu povo, conforme lemos nos primeiros versículos de Daniel.

Contudo, o povo estava triste, inconformado diante desse contexto sinistro. Queriam repreensão, vingança, castigo para o povo que os colocou nessa condição. Desejavam um mal tão grande à Babilônia que chamaram de feliz aquele que esmagaria os filhos contra a pedra!

Veja só: Deus permitiu que esse sentimento ficasse registrado nas Sagradas Escrituras.

É incrível como Deus é todo verdade. Os pecados dos maiores servos de Deus, como Davi, vieram à tona e ganharam espaço nas Escrituras.

Os sentimentos mais escabrosos também não foram rejeitados. Assim, essa maneira de nos expressarmos diante de Deus é legítima.

Deus espera ouvir de nós as frustrações, a raiva, o desejo de vingança, a agonia, o desespero. Ele espera que aquilo que é produzido em nosso âmago seja despejado diante dEle, ainda que para outros homens pudesse ser um horror.

Deus nos criou e nos conhece. Ele sabe os sentimentos, as revoltas e as ações que somos capazes de produzir.

Entretanto, o crente ora a Deus. Antes de fazer qualquer coisa, ele ora a Deus. Deveria pensar um milhão de vezes antes de cometer uma atitude de rebeldia, para saber se aquilo é de Deus.

Deus ouve, age, não está inerte na História, e fará a Sua justiça.

O uso legítimo da oração imprecatória

O que o pastor Anderson Silva fez não é errado de forma alguma. Podemos até pensar melhor sobre as consequências de se falar isso para milhões de pessoas. Mesmo assim, o que ele fez não é errado.

Muitas vezes, precisamos alinhar nossos desejos e sentimentos àquilo que Deus deseja. É certo pedir a Deus que faça justiça sobre os políticos mal intencionados. Eles lesam a pátria e matam indiretamente milhões de brasileiros ao roubarem recursos que serviriam de sustento.

Deus é o dono da vida e pode matar sem cometer pecado. Ele pode quebrar os inimigos e destruir os planos ardilosos. Pode fazer como fez com Nabucodonosor. Transformou-o num animal até reconhecer que o Criador é o verdadeiro Deus e soberano sobre a terra.

Conclusão

Façamos mais orações imprecatórias. Coloquemos nossas angústias diante de Deus. Sabemos que Ele pode fazer a verdadeira justiça e que também precisamos ser disciplinados por maus governantes. Nós agimos mal contra Deus e merecemos todo tipo de castigo.

No entanto, Deus é rico em misericórdia. Enviou Seu Filho, Jesus Cristo, para morrer pelos nossos pecados. Portanto, já não pertencemos a esta terra. Lutamos pela verdade e pela justiça divina, como povo de Deus, sabendo que este mundo jaz no maligno.

Que Deus nos guarde e traga o castigo aos homens maus.

 

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